segunda-feira, 11 de setembro de 2023

HOMENAGEM

 

Justa. Nota-se, na fotografia postada por LUÍS SOARES DE OLIVEIRA, no seu Facebook, acompanhada do texto do DR. SALLES DA FONSECA. Um rosto sereno e “competente”.

TEODORA CARDOSO, RIP

HENRIQUE SALLES DA FONSECA

A BEM DA NAÇÃO 10.09.23

Falava serenamente sobretudo acerca de Finanças Públicas e trazendo-nos à evidência o que nos parecera complexo. Discurso sóbrio, adjectivação mínima, tinha, no entanto, um trato fácil e um breve sorriso sempre pronto. Gostava de cães, era boa pessoa. Fará falta a tantos de nós que a estimávamos.

Henrique Salles da Fonseca

(OE nº 5154)

 

MENSAGEM DO BASTONÁRIO

«Caros Colegas,

É com profundo pesar que comunicamos o falecimento da Dra. Teodora Cardoso, membro nº 10105 da nossa Ordem.

A nossa ilustre colega desempenhou ao longo da sua vida profissional um papel de relevo na vida económica e cívica do País, tendo exercido diversas responsabilidades em instituições relevantes, designadamente, na Fundação Calouste Gulbenkian, no Banco de Portugal e no Conselho das Finanças Públicas (CFP). Esteve na génese desta última instituição, integrando, em 2011, o grupo de trabalho criado para elaborar os seus estatutos, tendo sido, ainda, a primeira Presidente, entre 2012 e 2019.
Por todo o trabalho que desenvolveu ao longo da sua vida, incluindo a participação, desde sempre, nas iniciativas da Ordem e da sua antecessora APEC, a Ordem dos Economistas manifesta a sua homenagem à mulher e economista e endereça as suas mais sentidas condolências à sua família e amigos.
António Mendonça»

COMENTÁRIOS (1)

Anónimo 10.09.2023 16:11: Singela e justa homenagem que fazes, Henrique, no teu blog à nossa Colega Dra. Teodora Cardoso. Tive o gosto de travar aprofundadas relações profissionais com ela na segunda parte da década 70, na sequência da primeira intervenção do FMI, estando ela no Gabinete de Estudos do Banco de Portugal, encarregada, entre outras tarefas, de definir, para cada Instituição de Crédito, o montante mensal de crédito que cada uma poderia conceder, o que significava negociações periódicas, por vezes, difíceis. Por sorte minha, estava numa Instituição Especializada de Crédito, pelo que tinha a vida algo facilitada nesses telefonemas mensais, pois a minha Instituição gozava de prioridade na concessão de crédito em relação aos chamados Bancos Comerciais. Nesses diálogos, encontrei, por parte da Doutora, espírito construtivo, rigor e independência. Aliás, estas caraterísticas sempre a acompanharam ao longo da vida, como bem demonstra a sua vida profissional, designadamente no Banco de Portugal. “Casada”, como dizíamos, com o nosso Banco Central, defendia, fundamentada e veementemente, as suas posições, independentemente da estrutura hierárquica onde se inserisse. Foi com perplexidade que constatei, quando exerceu funções de natureza mais pública, que alguns, que nem categoria tinham para chegar aos seus calcanhares, se permitiram criticá-la. Interrogava-me, por vezes, perante tal despautério, o que a levaria a continuar nessas funções. E encontrava sempre a mesma resposta – o seu amor pelo País e o seu desejo de bem o servir. Que descanse em Paz! Abraço amigo. Carlos Traguelho

 

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