sexta-feira, 29 de setembro de 2023

“Com que então caiu na asneira…”

 

O Ricardo fez três quadras, neste vinte e nove do nove, para festejar, com a doçura tradicional – ou com a pena existencial – os 18 anos da sobrinha Beatriz, os 53 do irmão Artur – juvenis os da Beatriz, jovens ainda os do Artur, que já foi “Tutula”, no colo dos irmãos mais velhos.

E é assim que nos vai a vida. Festejemo-la sempre, Ricardo, os anos da nossa existência – em festas mais preenchidas, ou mais diminutas, porque a vida é sempre um dom. Estranho, mas admirável, com alegria e com dor, em crescimento e avanço. Festejemos, pois, os anos - aninhos ou anões que sejam. E sejamos gratos.

Mas gostei a valer dos teus “Anões”. Afinal, foram eles também que protegeram a “Bela Adormecida” na sua existência condenada pela Madrasta má, e no seu sono centenário, que um Príncipe Encantado, finalmente safaria. É claro que não se chamou este, Putin, nem…

Mas são três quadras que provam bem a tua brilhante capacidade de explicitar argumentos, por malandros que sejam. Ou significativos, plutôt, de íntimo padecer… Dommage!

 

«Anões»

«Há quem lhe chame um aninho

Mas para mim é anão,

Vem passando de mansinho,

Correndo até à exaustão.

 

Não há no mundo sequer

Dicionário que o altere

Vamo-lo vendo a crescer...

Complete-o quem o quiser...

 

Seja homem ou mulher,

Seja menina ou rapaz,

Um dia, haja o que houver,

Segure-o quem for capaz.

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