O Ricardo fez três quadras, neste vinte e nove do nove, para festejar, com a doçura tradicional – ou com a pena existencial – os 18 anos da sobrinha Beatriz, os 53 do irmão Artur – juvenis os da Beatriz, jovens ainda os do Artur, que já foi “Tutula”, no colo dos irmãos mais velhos.
E é assim que nos vai a vida. Festejemo-la sempre, Ricardo, os anos da
nossa existência – em festas mais preenchidas, ou mais diminutas, porque a vida
é sempre um dom. Estranho, mas admirável, com alegria e com dor, em crescimento
e avanço. Festejemos, pois, os anos - aninhos ou anões que sejam. E sejamos
gratos.
Mas gostei a valer dos teus “Anões”. Afinal, foram eles também que
protegeram a “Bela Adormecida” na sua
existência condenada pela Madrasta má, e no seu sono centenário, que um
Príncipe Encantado, finalmente safaria. É claro que não se chamou este, Putin,
nem…
Mas são três quadras que provam bem a tua brilhante capacidade de
explicitar argumentos, por malandros que sejam. Ou significativos, plutôt, de íntimo padecer… Dommage!
«Anões»
«Há quem lhe chame um aninho
Mas para mim é anão,
Vem passando de mansinho,
Correndo até à exaustão.
Não há no mundo sequer
Dicionário que o altere
Vamo-lo vendo a crescer...
Complete-o quem o quiser...
Seja homem ou mulher,
Seja menina ou rapaz,
Um dia, haja o que houver,
Segure-o quem for capaz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário