terça-feira, 12 de setembro de 2023

Ocupações houve muitas


Naqueles tempos iniciais, lembro-me bem. Foi um ver se te avias. Destruições também. A destruição mantém o seu carisma, a começar pelos velhos valores pátrios, que assumiram um tom predominantemente festivaleiro – tanto nos futebóis, como nas procissões de pendor grevista. Ou rezingão, das disputas desportivas, digo, futebolísticas… mas o caso narrado por Helena Matos é “de gritos”.

A operação imobiliária especial do PCP

O PCP demoliu uma referência da arquitectura portuguesa, para no mesmo local construir um edifício de sete pisos. Não é um atentado ao património. É sim a operação imobiliária especial do PCP.

HELENA MATOS, COLUNISTA DO OBSERVADOR

OBSERVADOR, 10 set. 2023, 00:2198

Como é possível que num país em que os licenciamentos são um inferno para os cidadãos, um partido possa demolir uma casa considerada um marco na arquitectura portuguesa? Operação especial. Esta é a chave da questão. Tal como a Rússia diz não ter invadido a Ucrânia, mas sim estar a desenvolver uma operação militar especial, também o PCP não se dedica à especulação imobiliária (para mais à custa da destruição de importante património arquitectónico) mas sim à procura duma solução que valorize a cidade, no caso de Aveiro.

Tudo começa nos finais de 1974 quando o PCP ocupou em Aveiro a Casa Aleluia. Para o PCP a coisa não se podia fazer por menos: um projecto assinado por Silva Rocha, a Vivenda Aleluia, tinha sido a residência duma família ligada à cerâmica, a família Aleluia. O seu interior, de que faziam parte importantes peças de cerâmica, reflectia essa ligação.

Em 1974, a Casa Aleluia estava devoluta e antes que o ano acabasse já funcionava ali o Centro de Trabalho de Aveiro, designação que os comunistas dão às suas delegações e sedes.

Em 1974, note-se, os partidos não tinham sedes nem delegações. Conseguiram-nas à custa de ocupações supervisionadas pelo MFA e de contratos-empréstimos negociados sob o receio das ocupações. Também existiram doações e cedências mas basicamente impôs-se a lei do mais forte, não apenas em relação aos proprietários dos edifícios ocupados-alugados mas entre os próprios partidos. E, entre estes, o PCP podia mais. Assim, do modernista Hotel Vitória em Lisboa, que o PCP alugou em 1975 (seria interessante conhecer esse contrato de arrendamento), ao símbolo da chamada Casa Tradicional Portuguesa, que era a Casa Aleluia em Aveiro, o PCP instalou-se no que havia de mais interessante, imobiliariamente falando.

Com a normalização democrática, e num processo replicado em tantas outras ocupações, o ocupador tornou-se inquilino. Até que chegamos ao ano de 2006.

Em 2006 os proprietários da Casa Aleluia e senhorios do PCP anunciaram a sua intenção de demolir a Vivenda Aleluia para, no mesmo local, construírem um edifício de cinco andares. Ainda 2006 não tinha acabado e já a Câmara de Aveiro, então liderada por Élio Maia, independente eleito com o apoio duma coligação PSD-CDS – indeferia por unanimidade o pedido de demolição da Vivenda Aleluia e consequentemente o pedido de viabilidade para um novo edifício com cinco andares a ser construído no mesmo local. A autarquia invocou para este indeferimento um parecer da Comissão Concelhia de Património e do Instituto Português do Património Arquitetónico (IPPAR) que classificara a “Vivenda Aleluia” como de “interesse arquitectónico”.

O PCP considerou a decisão “exemplar“ e explanava o seu desejo de ver esta decisão alargada a outros edifícios da cidade de Aveiro. Invariavelmente salientava-se a importância dos painéis de azulejos provenientes da antiga fábrica Aleluia, que faziam daquela vivenda um lugar único, e do esforço do PCP na preservação do edifício – preservação essa em que os senhorios, acusava o PCP, participavam a contragosto.

Em resumo a luta do PCP pela Casa Aleluia em 2006 era como que o prolongamento daqueles dias de Junho de 1975 quando povo em Aveiro cercara a vivenda sede do PCP com o intuito de correr com os comunistas.

Em 2014 – passaram entretanto oito anos – um comunicado da Direcção da Organização Regional de Aveiro (DORAV) do PCP informava que adquirira o edifício onde se encontra instalado o seu Centro de Trabalho, na Avenida Lourenço Peixinho. Por outras palavras, o PCP passara de inquilino a proprietário. Ou, se se preferir o outro lado desta transação imobiliária: uma vez inviabilizada pela autarquia qualquer operação imobiliária, os proprietários optaram por vender a Casa Aleluia aos inquilinos. Qual foi o valor da venda? Em que medida é que esse valor foi ou não afectado pela decisão da autarquia de inviabilizar a demolição da Casa Aleluia? – Ninguém fez estas ou outras perguntas, tanto mais que se considerou que o destino da Casa Aleluia estava assegurado. Nada mais enganador.

Em 2018 o PCP “diligenciou junto da Câmara Municipal para recolha de informação sobre o imóvel e o espaço envolvente e as condições de edificabilidade, de acordo com os instrumentos urbanísticos do município”. Começava a operação imobiliária especial do PCP, aquela em que o PCP vai fazer exactamente o contrário daquilo que defendera: não só pretende demolir a Casa Aleluia como, no mesmo local, construir, um edifício. Sim, há uma diferença em relação aos antigos proprietários: em 2006, os então senhorios do PCP queriam construir um prédio com cinco pisos. O PCP sonha mais alto e vai até aos sete. Dezassete apartamentos irão ocupar em altura o espaço da antiga Casa Aleluia. Irão estes apartamentos para arrendamento acessível? Temos mesmo de perguntar, não só por causa da demagogia que caracteriza os comunistas na hora de discutir o arrendamento, mas também porque já não resta nada da Casa Aleluia.

Esta semana, mais precisamente a 7 de Setembro, o que ainda se mantinha de pé da Vivenda Aleluia foi abaixo. Pelo meio ainda se tiveram de ouvir aquelas arengas comunistas em prol da cultura a propósito da entrega dos azulejos da dita casa à autarquia, como se essa não fosse a opção derradeira perante o avançar do camartelo.

E o parecer do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) que classificava a “Vivenda Aleluia” como de “interesse arquitectónico”, e que em 2006 inviabilizou o projecto de demolição-construção dos antigos proprietários? Pelos vistos não tinha qualquer valor. E a sempre tão activa Direção Geral do Património Cultural (DGPC), a quem foi pedida a classificação da Casa Aleluia como património nacional? Recusou. E a autarquia de Aveiro, liderada por Ribau Esteves (PSD/CDS), o que fez, ou, melhor dizendo, não fez? Decidiu não classificar o imóvel como património de interesse municipal.

Como é que em dezassete anos a administração central e local mudou assim de opinião? Sim, admitamos então que não se justificava a classificação da Casa Aleluia como património nacional ou municipal, mas em 2006 o entendimento foi outro. O que mudou na Casa Aleluia entre 2006 e 2023 além de o PCP, que era inquilino, ter passado a proprietário? Temos o direito de saber e o dever de perguntar.

Os comunistas são exímios em impor brutalmente a sua vontade nos períodos em que mandam e, não menos importante, em retirar todas as vantagens da legislação que contestam quando estão na oposição. Ficou para a história o despedimento dos trabalhadores de O Diário, um jornal afecto ao PCP, ao abrigo da legislação aprovada pelo governo de Cavaco Silva, que obviamente o PCP crucificava nas ruas por causa da implementação dessa mesma legislação.

O acontecido com a Casa Aleluia ilustra bem esta táctica do PCP: em 1974, os comunistas impõem a ocupação. Depois usam a lei para se tornarem inquilinos do edifício que tinham ocupado. Em seguida, e sempre no estrito cumprimento do quadro legal, conseguem ser protegidos na sua condição de inquilinos, não só mantendo a sua sede na Casa Aleluia como conseguido que fosse inviabilizado o projecto imobiliário dos então proprietários e senhorios. Quando finalmente se tornam proprietários vêem ser-lhes reconhecidos direitos que tinham sido negados anteriormente a outros. Tudo sempre dentro da lei. A definhar nas urnas, o PCP consegue não só demolir a Casa Aleluia – que quando lhe deu jeito defendeu como uma extraordinária referência arquitectónica – como se vai dedicar aos investimentos imobiliários. É em casos como este que se vê o poder da esquerda. Um poder que não tem correlação com o voto.

A dissociação entre os actos, as palavras e as alegadas boas intenções dos comunistas é um dos maiores embustes do século XX que, contra toda a racionalidade, se mantém vivo no século XXI.

Portugal, como muitos outros países, não tem qualquer monumento às vítimas do comunismo. Daí que me parece adequado que o edifício que vai ser construído no local onde existiu a Casa Aleluia se torne um símbolo do Embuste do Comunismo.

PS Acode-me uma dúvida inquietante: terá o PCP algum projecto para o Hotel Vitória? Sim, o PCP é de há muito o proprietário deste magnífico edifício assinado por Cassiano Branco de que (como não?) se tornaria inquilino em 1975. Se o PCP estiver com dificuldade em arranjar argumentos para legitimar uma qualquer intervenção no seu Centro de Trabalho da Avenida da Liberdade pode invocar que o edifício precisa de ser desnazificado pois naqueles anos em que o centro de Lisboa era um ninho de espiões, o então muito confortável Hotel Vitória gozava da preferência dos agentes do Eixo.

PCP   POLÍTICA   AVEIRO   PAÍS

COMENTÁRIOS (de 98)

NunoW Nunow: Triste país , decepcionante e deprimente. Ribau Esteves é o 1º responsável mas ninguém naquela Câmara acordou para este assassinato à história, à arquitectura e à cultura da grande cidade de Aveiro? Alexandre Barreira: Pois. Cara Helena. "tudo começa em finais de 1974". Tinha a "leninha" 13 aninhos. E o "solar-dos-mosaicos". Passou a "solar-de-sete-andares". Agora tem 62 primaveras.....parabéns....!     Alfredo Vieira: Incrível a impunidade e a tolerância histórica para com esses parasitas...             Ema Gomes: Boa noite Helena Matos, agradeço a partilha da informação que desconhecia..., e agrada-me sentir que o humilde pescador das Caxinas, de nome José Milhazes, já não está tão sozinho na comunicação social a escrutinar o partido comunista            Fernando Cascais: Boa malha. Estas operações especiais do PCP são bons negócios. As câmaras municipais também fazem de vez em quando operações especiais destas em conluio com amigos especiais através de um instrumento urbanístico chamado PDM. Não é na construção que se ganha dinheiro fácil, é nos loteamentos. Um proprietário (o Sr. Zé) tem o seu terreno classificado no PDM como zona verde. Não consegue rentabilizar o terreno a não ser para fazer umas hortas. Nem animais de pastoreio já lá pode ter, porque, os vizinhos ao lado, já com loteamentos aprovados e habitações construídas queixam-se dos cheiros. O Sr. Zé vai à câmara e diz: - então, todos os terrenos à volta já estão classificados como urbanos e só o meu é que continua rústico? Sabe, responde o vereador Luís, o PDM tem esta classificação devido à necessidade de permeabilização dos solos e o seu terreno cumpre esta função nessa área. Teve azar, nunca conseguirá urbanizar este terreno. Simultaneamente, o Dr. Jorge, anda de volta do Sr. Zé para lhe vender o terreno para desenvolver um negócio de hortas biológicas. O Sr. Zé acaba por vender o terreno ao Dr. Jorge, que por coincidência era cunhado do vereador Luís. O preço? O da uva mijona para um terreno rústico. Na próxima revisão do PDM, como por artes mágicas, o terreno ganha a classificação de urbano, e o Dr. Jorge esquece as hortas biológicas e parte para um loteamento. A operação especial do PCP teve certamente a mesma lógica. Só falta conhecer quem foi o vereador “Luís” do PCP. O PCP só conseguiu fazer a operação especial com ajuda de alguém dentro da câmara.                  Mário Martins: É realmente paradigmático do "discurso vs acção" deste partido político (e de outros...) e também da "impunidade" com que os organismos do estado, que deveriam pautar as suas actuações por preocupações de isenção e respeito à lei, se sentem livres para tomar decisões arbitrárias, sem receio de poderem ser "repreendidos" . Que pena não haver um maior empenho da Comunicação Social em investigar, divulgar e acompanhar o desenvolvimento de outros casos como este, que certamente abundarão.                 Alberto Sousa: Operação imobiliária especial está muito bem dito....             José Paulo C Castro: Em resumo: juntaram-se políticos autárquicos e um partido para tirar uma casa aos seus legítimos proprietários e beneficiarem depois das vantagens imobiliárias que antes tinham proibido aos donos. Isto tem um nome: é roubo sob coação. Já estava na altura de qualquer aquisição posterior a ocupação ter aquela norma das expropriações, segundo o qual os ocupantes não podem vir a ser donos e só podem usar o bem para o fim específico que 'justificou' a ocupação, sob pena de devolução do bem aos anteriores donos.                       Ana Maia: O PCP morre nas urnas, mas o PZP continuará com o financiamento de Moscovo a infernizar a vida de todos os que pode. Mesmo que alguém neste pais "tendencialmente socialista" algum dia queira construir um monumento às vítimas do comunismo, certamente o PZP saberá utilizar as leis a seu favor para o impedir.                   Carlos Chaves: Obrigado Helena Matos, confesso que estou estupefacto com este(s) exemplo(s) de hipocrisia, vandalismo e inacção! Que país é este que permite este tipo de acções, ainda por cima praticadas por estes cínicos paladinos da justiça, da igualdade, da defesa da cultura e do património...? Estamos há dois dias a levar com o terramoto em Marrocos, na nossa CS, porquê estes assuntos não ocupam nem um pequeno espaço no rodapé dos canais televisivos? E o sr. Ribau que tão mal sai nesta fotografia? E os cagaréus e o resto dos Portugueses, para quando uma revolta generalizada? Por enquanto ainda nos vai chegando alguma informação (mais uma vez obrigado Helena), mas receio que a continuarmos assim, também estas vozes serão silenciadas. O comunismo/socialismo está a assentar arraiais em Portugal!              Fernando Fernandes: Cada vez me convenço que é mais do que tempo de desrussificar o país deste cancro que desde 1974 sabota a democracia em Portugal. Partidos anti-Nato e anti-europeus não deviam ter lugar no parlamento português e muito menos no europeu                    Cisca Impllit: Ao PCP o crime compensa e recompensa!!                Jorge Silva: Os PC de todo o mundo, ao contrário do que dizem, não são partidos políticos mas sim, associações de malfeitores e criminosas, com cara de partidos políticos. A lista de crimes que cometem é extensa, desde assassinatos, roubos, extorsões, atentados, genocídio dos próprios nacionais, etc, etc . Veja-se a história da tomada de poder dos comunas em toda a Europa no século 20 e verão exemplos de todos esses crimes.               Pontifex Maximus: Convém também lembrar o Palácio do Rato, em Lisboa, que também foi ocupado por um partido democrático que quer resolver o problema da habitação em Portugal mais ou menos pelos mesmos meios, com o beneplácito dos cidadãos…              João Ramos: Os comunistas são a maior hipocrisia do século XX e pelos vistos assim continuam por cá no século XXI, a atitude da câmara municipal PSD/CDS também não fica nada bem na fotografia…                 Tim do Á: Investigue-se o património e as contas bancárias dos autarcas que permitiram a demolição. Mais. E porque os partidos políticos não pagam IMI? Isto está a saque. Volta Salazar.               Ana Luís da Silva: Excelente como sempre Helena Matos com uma memória  infalível a escalpelizar a hipocrisia e a mentira dos partidos de esquerda              Pertinaz: A crise da habitação não tem medidas de fundo por parte da esquerdalha… porque a esquerdalha é largamente beneficiada pela especulação imobiliária…!!!              Luis Fernando: Apenas para agradecer a inteligência e a argúcia dos argumentos da imprescindível Helena Matos. Este texto ficará na história do jornalismo. Obrigado ao Observador e á Helena Matos. Há dias que conseguimos renovar a esperança e a fé na condição humana                   Carlos Chaves > Antonio Marques Mendes: (se me permite caríssimo António Marques Mendes) – E os autarcas criminosos, neste caso na linha da frente os do PSD e do CDS, mas também do PCP do PS do PPM do PAN do BE e do CHEGA que nada disseram sobre este atentado ao nosso património edificado em Aveiro (neste caso)! Se isto é democracia, eu vou ali e já venho!      Paulo Almeida: Excelente, mas não surpreendente. O comunismo só sobrevive com hipocrisia e totalitarismo. E por cá como a literacia é fraca, ainda anda por cá.               Isabel Monteiro Grillo: Eu não li esta “operação especial” denunciada em mais nenhum órgão de comunicação social e tem absolutamente que ser denunciado noutros locais, pois infelizmente o Observador (a única oposição a este governo) não é lido pelas pessoas apoiantes do PS PCP ou mesmo BE. O que se está a passar neste país é vergonhoso e está a atrasar lo por várias décadas. Infelizmente nas câmaras são todos mto amigos, o negócio tem que dar para todos. Lembram se há alguns anos em Coimbra o edifício dos correios foi vendido de manhã por um preço e á tarde o preço triplicou? é tudo a mesma gente.             Um voto em branco: destaca-se a afirmação de "tem um poder que não tem correlação com o voto". tem toda a razao e esse é (mais) um sinal de que a democracia que temos é-a apenas de nome             Antonio Marques Mendes: Duas importantes lições deste episódio: 1) a hipocrisia dos comunistas; 2) a iniquidade das leis sobre urbanismo e património que são invariavelmente aplicadas de acordo com os interesses em causa.               Fernando CE: Oportuna denúncia. A questão foi trazida por uma TV, não me lembro qual o canal, e achei inacreditável. Nunca é demais falar sobre o caso. O PCP pode quase tudo. Como no Seixal,  em que a Câmara CDU exigiu durante anos a construção de um Hospital, até como forma de utilizar e explorar o descontentamento da população relativamente ao acesso aos serviços de saúde  , para depois de a geringonça ter esquecido o assunto. Tinha anteriormente fixado grandes cartazes com essa exigência anos e anos a fio. Entretanto já só se fala de uma “extensão” do hospital Garcia de Orta. Como na área laboral, o PCP usa aspirações (difusas muitas) das pessoas para tirar dividendos políticos. Já agora , um dia passe pela quinta da princesa no Seixal , e veja como a câmara comunista não se importa com a degradação de alguns edifícios. E compare-se com o que CML da odiada direita está a fazer com a recuperação de habitação social na av de Ceuta.                       João A: Obter um licenciamento, conseguir construir uma casa é um inferno! É só entraves, demora anos, cunhas, custos elevadíssimos. Pelos vistos há quem no regime político português se consiga dar muito bem. Portugal é pior do que a China - lá é só um partido - aqui são muitas bocas a comerem!                Tiago Pereira pZp é nojento e deve ser remetido à insignificância. Portugal é um país muito pior por causa dessa ideologia bafienta.                    Nuno Borges: O PCP tem adquirido tudo o que pode com dinheiro de Moscovo.                     Zé das Esquinas o Lisboeta: O PCP é mais um "partido pinóquio". Sempre o foi, continua e continuará a ser enquanto existirem crédulos sejam eles do comunismo(?), do Pai Natal, que os bebés veem de Paris no bico duma cegonha ou que os homens e as mulheres são iguais... haja pachorra para quem ainda se admira com estas 'coisas' de respeitar o património construído por quem não respeita o ser humano individual e único nem quem tem pensamento próprio.              P M: Estória exemplar da história do embuste de um regime político-partidário (num capítulo que vai para além do embuste do comunismo luso, mas envolve todos os outros devoristas desta choldra político parasitária).                  Madalena Sá: Portugal no seu melhor! Que miséria!               Maria Tejo: A HM fez esta denúncia e pelo que diz um comentário acima alguma tv tb já tinha denunciado o caso, mas a maioria dos órgãos de comunicação social não darão a notícia nem farão perguntas ao PCP sobre esta trapaça. Enfim é o país em que vivemos! Para os amigos tudo, para os outros aplique-se a lei!                Maria Augusta Martins: Por aqui se vê a sede do PCP... e não é só de copos de três, seja branco ou tinto. Também se arma em "pato bravo" do imobiliário.             António Dias: Dra Helena Matos Este artigo , ficará nos anais do jornalismo de investigação , pela Assertividade e coragem em denunciar a hipocrisia do PCP e mais escandaloso é a promiscuidade do PSD e do CDS, partidos que em teoria representam o centro direita .com o PCP. Esta negociata é um ultraje ao pensamento de Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa , que sempre lutaram contra estas vigarices . Ribau Esteves, não é um PSD anónimo . Foi sec geral do PSD do consulado do Filipe Menezes .Tem aspirações a ser candidato a líder do PSD . Diz cobras e lagartos do L montenegro é demais líderes . Anda de beijos e abraços com A costa , sempre a bajula-ló , dizem que a espera de um tacho quando sair da câmara . Seria útil , mover uma acção popular , para meter uma providência cautelar , a travar este crime urbanístico , para não falar nesta desonestidade política . Qual foi o parecer da direcção do Património ? Quem foi subornado, na CMA e demais instituições ... Seria útil seguir o conselho da Helena Matos e erguer um monumento em Aveiro , neste local para perpetuar a luta contra o PREC. Bem Haja pela coragem e lucidez , deste artigo .                      Luis Freitas: Este regime em vigor comuno-socialista já assassinou a Educação o SNS e a Justiça agora está a assassinar o imobiliário e só os grandes corruptos e amigos do regime conseguem fazer grandes negócios no imobiliário como comprar terrenos agrícolas e passado pouco tempo é aprovado um projecto de urbanização e com o tal têm lucros fabulosos e ganham fortunas. O PZP foi quem mais roubou no 25 de Abril de 74 e hoje tem um grande património imobiliário em que não paga impostos uma grande vergonha pois é o maior responsável pela continuidade da leis das rendas das casas congeladas desde Novembro de 1910 até à data de 1990 ano a partir dessa data as novas rendas deixaram de ser congeladas. Hoje Portugal está num caos, ninguém constrói casas para a classe baixa e classe média e portanto o valor das casas velhas e abarracadas têm valores insuportáveis para a grande maioria do povo Tuga. Não tenho nenhuma pena do povo português porque adora votar neste regime comuno-socialista e até deu a maioria absoluta ao número dois dos governos PS de Sócrates que puseram Portugal na bancarrota.             Carlos Chaves > Carlos Chaves: Devem estar todos a comemorar com uns “Pêra Manca” que o Isaltino lhes enviou aqui de baixo, e daí talvez não, deve ser mesmo com “Barca Velha”!                A Toupeira: As autarquias comunistas têm histórias semelhantes, destruição de património e operações arquitectónicas especiais e na destruição de jardins públicos para os transformar em imensas calçadas, hoje, depois das abandonadas ciclovias que vieram a seguir às rotundas. Ainda há no país câmaras que continuam desde Abril dominadas pelo PCP, sem interregno, no entanto e isto mostra o conluio com o chamado Centro, PS/PSD/CDS, onde nas legislativas o PCP perde ou fica em 3º ou  4º lugar. Ora as operações imobiliárias especiais já duram há muito e chama-se corrupção, num sítio parido por Abril que irá comemorar 50 anos, decerto haverá muitos autocarros para o povo sem vergonha e sem espinha dorsal mobilizado por todos os partidos do regime, PCP/BE/PS/PSD como no Brasil a comemoração do Dia da Pátria ou da Independência 7 de Setembro onde se viu um Lula mais a Janja a acenar para o nada, apenas uns arrebanhados para passear em autocarros pagos pelo Estado brasileiro do PT, só se acenaram para os militares no seu desfile a isso obrigados, assim foi em Brasília, S. Paulo e Rio, o povão não vai em conversa e pode-se comparar, com outros 7 de Setembro.                  João Bilé Serra: Da mentira como método, passando pela hipocrisia para enganar papalvo, e acabando na sociopatia, de que TODOS os esquerdalhos padecem.               GateKeeper: Cara HM, basta apurar as evidências desde 1975.              O "PCP & satélites e o seu "braço  armado da rua, a "Intersindical" sempre tiveram "privilégios e sinecuras" rasteiros, contra-natura, mas sempre alinhados com o seu adn estalinista/urss. Assim, edifícios, imobiliárias, jornais, editoras, marinhas,  "lisnaves", festarolas festivaleiras, dinheiro lavado e outras "cortinas de fumo" sempre imperaram nas zonas "vermelhas" e num País obscuro e de "mafias" com muitos "capos". Por isso mesmo é que por essa UE fora estes "dinossauros" já se extinguiram e, por cá, ainda existem.           Ricardo Lacerda Dias: Muito obrigado pelo seu artigo, porque desconhecia.              Rui Lima: Se me dessem a escolher uma casa na Avenida Lourenço Peixinho em Aveiro, seria a vivenda Aleluia: é dos mais belos exemplares arquitectónicos da Cidade .não vejo uma reacção da sociedade civil se este crime de ganância fosse do Chega teríamos o país em peso a protestar . Durante o PREC os comunistas ocuparam patrimónios de muitos milhões, assustando os proprietários, fazem agora uns negócios de milhões .               Francisco Almeida:  Tudo farinha do mesmo saco mas, mesmo assim, o PCP começou mais cedo mas demorou mais tempo para suplantar Ricardo Robles do BE.                Maria da Assunção Gaivão > Isabel Monteiro Grillo: Não se esqueça de que os media portugueses (com raras excepções ) são subsidiodependentes e por conseguinte muito semelhantes aos de países do 3º mundo, bem longe daquilo que em democracia se exige : denunciar toda e qualquer corrupção !!                     Maria da Assunção Gaivão: Ribau Esteves , nome a não esquecer bem como o partido a que pertence :PSD!! O resto já se sabe : o partido da foice e do martelo com “ uma operação “ em Portugal desde o 25 de Abril … Artigo de opinião muito bom e com actualidade .              João Floriano: A esquerda em todo o seu esplendor de hipocrisia e cinismo. Tenho afirmado várias vezes que mesmo definhando nas urnas o PCP será um perigo e um empecilho no futuro de Portugal. A sua influência é enorme. Há cerca de um ano, o Bloco de esquerda aproveitou igualmente a legislação para se ver livre de «colaboradores» e não trabalhadores que não podia manter devido ao trambolhão nas legislativas de 2022. Não foram devidamente averiguadas as condições em que esses colaboradores trabalhavam para o partido. Não deixa de ser desmoralizador que a autarquia governada por PSD e CDS não se tivesse conseguido opor à destruição do belíssimo edifício. Mais um belo exemplo da direita inócua, fofinha, colaborante que tanto agrada e convém à esquerda. Espera-se agora que os apartamentos que serão construídos possam ser colocados a preços acessíveis sobretudo para os jovens que o PCP diz defender. E olho vivo no Hotel Vitória, porque poderá ser a próxima vítima do PCP. Vai na volta o Raimundo resolveu pedir aumento de ordenado com retroactivos, o que obriga o partido a uma operação imobiliária especial. E assim se vê não a força mas a ronha e hipocrisia do PCP.              Lily Lx: Agradeço a denúncia do caso. Então e o património do PCP não é incluído no mais habitação? E o património do Estado que nem sabem a quantas anda? Sabem, sabem. Querem é deixá-lo fora desta discussão.. O que é de justiça social é ir buscar as casas dos privados. Já agora queremos saber quando deixamos de pagar a taxa da segurança social sobre os nossos salários. Se de cada vez que é preciso alguma coisa da segurança social chamam quem trabalha a pagar a conta, então não faz sentido cobrarem nos todos os meses! Pagamos duas vezes! (ou mais). O argumento de cobrar impostos a uma população é que o Estado possa (e bem) acudir a estas situações de fragilidade bem como assegurar tudo o que é comum. Em Portugal parece um contrato com uma seguradora manhosa (quase todas) que só serve para cobrar. De cada vez que realmente precisamos de alguma coisa lá vem aquela alínea escondida justificar que aquele caso específico não tem cobertura! Para que pagamos impostos então? Finalmente está a nu que não saímos da troika, não da sua gestão mas sim do seu diagnóstico. Quem o conheça sabe que esta é que é a realidade. Os 8 anos que passaram são pura fantasia. A realidade impôs se. Não há serviço público sem crescimento económico, não há reformas sem jovens bem pagos a descontar, não há saúde pública sem salários do pessoal que pague o custo de vida. O Estado "não produz um parafuso" , ou mudamos todos de mentalidade, abandonamos preconceitos e aceitamos que as empresas são o motor de qualquer sociedade ou voltaremos todos às aldeias de onde saímos.                  António Moreira: Ou seja, o PCP, desta feita em Aveiro, com a Vivenda Aleluia em pano de fundo, “foi” o que os partidos comunistas sempre foram… Nada de novo, portanto!

 

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