Naqueles tempos iniciais, lembro-me bem.
Foi um ver se te avias. Destruições também. A destruição mantém o seu carisma,
a começar pelos velhos valores pátrios, que assumiram um tom predominantemente
festivaleiro – tanto nos futebóis, como nas procissões de pendor grevista. Ou rezingão,
das disputas desportivas, digo, futebolísticas… mas o caso narrado por Helena Matos é “de gritos”.
A operação imobiliária especial do PCP
O PCP demoliu uma referência da arquitectura
portuguesa, para no mesmo local construir um edifício de sete pisos. Não é um
atentado ao património. É sim a operação imobiliária especial do PCP.
HELENA MATOS, COLUNISTA DO OBSERVADOR
OBSERVADOR, 10 set. 2023, 00:2198
Como é possível que num país em que os
licenciamentos são um inferno para os cidadãos, um partido possa demolir uma
casa considerada um marco na arquitectura portuguesa? Operação especial. Esta é a chave da
questão. Tal como a Rússia diz não ter invadido a Ucrânia, mas sim estar a
desenvolver uma operação militar especial, também o PCP não se dedica à
especulação imobiliária (para mais à custa da destruição de importante património
arquitectónico) mas sim à procura duma solução que valorize a cidade, no caso
de Aveiro.
Tudo
começa nos finais de 1974 quando o PCP ocupou em Aveiro a Casa Aleluia.
Para o PCP a coisa não se podia fazer por menos: um projecto
assinado por Silva Rocha, a Vivenda Aleluia, tinha sido a residência duma família ligada à cerâmica, a família Aleluia.
O seu interior, de que faziam parte importantes peças de cerâmica, reflectia
essa ligação.
Em
1974, a Casa Aleluia estava devoluta e antes que o ano acabasse já funcionava
ali o Centro de Trabalho de Aveiro, designação que os comunistas dão às suas
delegações e sedes.
Em 1974, note-se, os partidos não tinham
sedes nem delegações. Conseguiram-nas à custa de ocupações supervisionadas pelo
MFA e de contratos-empréstimos negociados sob o receio das ocupações. Também
existiram doações e cedências mas basicamente impôs-se a lei do mais forte, não
apenas em relação aos proprietários dos edifícios ocupados-alugados mas entre
os próprios partidos. E, entre estes, o PCP podia mais. Assim, do modernista
Hotel Vitória em Lisboa, que o PCP alugou em 1975 (seria interessante conhecer
esse contrato de arrendamento), ao símbolo da chamada Casa Tradicional
Portuguesa, que era a Casa Aleluia em Aveiro, o PCP instalou-se no que havia de
mais interessante, imobiliariamente falando.
Com a normalização democrática, e num
processo replicado em tantas outras ocupações, o ocupador tornou-se inquilino.
Até que chegamos ao ano de 2006.
Em 2006 os proprietários da Casa
Aleluia e senhorios do PCP anunciaram a sua intenção de demolir a Vivenda
Aleluia para, no mesmo local, construírem um edifício de cinco andares. Ainda 2006 não tinha acabado e já a Câmara de Aveiro,
então liderada por Élio Maia, independente eleito com o apoio duma coligação
PSD-CDS – indeferia por unanimidade o pedido de demolição da Vivenda Aleluia e
consequentemente o pedido de viabilidade para um novo edifício com cinco andares a
ser construído no mesmo local. A autarquia invocou para este indeferimento um
parecer da Comissão Concelhia de Património e do Instituto Português do
Património Arquitetónico (IPPAR) que classificara a “Vivenda Aleluia” como de
“interesse arquitectónico”.
O PCP
considerou a decisão “exemplar“ e explanava o seu desejo de ver
esta decisão alargada a outros edifícios da cidade de Aveiro. Invariavelmente
salientava-se a importância dos painéis de azulejos provenientes da antiga
fábrica Aleluia, que faziam daquela vivenda um lugar único, e do esforço do PCP
na preservação do edifício – preservação essa em que os senhorios, acusava o
PCP, participavam a contragosto.
Em resumo a luta do PCP pela Casa Aleluia
em 2006 era como que o prolongamento daqueles dias de Junho de 1975
quando povo em Aveiro cercara a vivenda sede do PCP com o intuito de correr com
os comunistas.
Em 2014 – passaram entretanto oito anos –
um comunicado da Direcção da Organização Regional de Aveiro (DORAV) do PCP
informava que adquirira o edifício onde se encontra instalado o seu Centro de
Trabalho, na Avenida Lourenço Peixinho. Por outras palavras, o PCP passara
de inquilino a proprietário. Ou, se se preferir o outro lado desta
transação imobiliária: uma vez inviabilizada pela autarquia qualquer operação
imobiliária, os proprietários optaram por vender a Casa Aleluia aos inquilinos.
Qual foi o valor da venda? Em que medida é que esse valor foi ou não afectado
pela decisão da autarquia de inviabilizar a demolição da Casa Aleluia? –
Ninguém fez estas ou outras perguntas, tanto mais que se considerou que o
destino da Casa Aleluia estava assegurado. Nada mais enganador.
Em 2018 o PCP “diligenciou
junto da Câmara Municipal para recolha de informação sobre o imóvel e o espaço
envolvente e as condições de edificabilidade, de acordo com os instrumentos
urbanísticos do município”. Começava a
operação imobiliária especial do PCP, aquela em que o PCP vai fazer exactamente
o contrário daquilo que defendera: não só pretende demolir a Casa Aleluia como,
no mesmo local, construir, um edifício. Sim, há uma diferença em relação aos
antigos proprietários: em 2006, os então senhorios do PCP queriam construir um
prédio com cinco pisos. O PCP sonha mais alto e vai até aos sete. Dezassete
apartamentos irão ocupar em altura o espaço da antiga Casa Aleluia. Irão estes
apartamentos para arrendamento acessível? Temos mesmo de perguntar, não só por
causa da demagogia que caracteriza os comunistas na hora de discutir o
arrendamento, mas também porque já não resta nada da Casa Aleluia.
Esta
semana, mais precisamente a 7 de Setembro, o que ainda se mantinha de pé da
Vivenda Aleluia foi abaixo. Pelo meio ainda se tiveram de ouvir
aquelas arengas comunistas em prol da cultura a propósito da entrega dos
azulejos da dita casa à autarquia, como se essa não fosse a opção derradeira
perante o avançar do camartelo.
E
o parecer do Instituto
Português do Património Arquitectónico (IPPAR) que classificava a “Vivenda
Aleluia” como de “interesse arquitectónico”, e que em 2006 inviabilizou o projecto de
demolição-construção dos antigos proprietários? Pelos vistos não tinha qualquer
valor. E a sempre tão activa Direção Geral do Património Cultural (DGPC), a
quem foi pedida a classificação da Casa Aleluia como património nacional?
Recusou. E a autarquia de Aveiro, liderada por Ribau Esteves (PSD/CDS), o que
fez, ou, melhor dizendo, não fez? Decidiu não classificar o imóvel como
património de interesse municipal.
Como é que em dezassete anos a
administração central e local mudou assim de opinião? Sim,
admitamos então que não se justificava a classificação da Casa Aleluia como
património nacional ou municipal, mas em 2006 o entendimento foi outro. O que mudou na Casa Aleluia entre 2006 e
2023 além de o PCP, que era inquilino, ter passado a proprietário? Temos o
direito de saber e o dever de perguntar.
Os comunistas são exímios em impor
brutalmente a sua vontade nos períodos em que mandam e, não menos importante,
em retirar todas as vantagens da legislação que contestam quando estão na
oposição. Ficou para a história o despedimento dos trabalhadores de O
Diário, um jornal afecto ao PCP, ao abrigo da legislação aprovada pelo governo
de Cavaco Silva, que obviamente o PCP crucificava nas ruas por causa da
implementação dessa mesma legislação.
O acontecido com a Casa Aleluia ilustra
bem esta táctica do PCP: em 1974, os comunistas impõem a ocupação. Depois usam a lei para se tornarem
inquilinos do edifício que tinham ocupado. Em seguida, e sempre no estrito
cumprimento do quadro legal, conseguem ser protegidos na sua condição de
inquilinos, não só mantendo a sua sede na Casa Aleluia como conseguido que
fosse inviabilizado o projecto imobiliário dos então proprietários e senhorios.
Quando finalmente se tornam proprietários vêem ser-lhes reconhecidos
direitos que tinham sido negados anteriormente a outros. Tudo sempre dentro da
lei. A definhar nas urnas, o PCP consegue não só demolir a Casa Aleluia – que
quando lhe deu jeito defendeu como uma extraordinária referência arquitectónica
– como se vai dedicar aos investimentos imobiliários. É em casos como este que
se vê o poder da esquerda. Um poder que não tem correlação com o voto.
A dissociação entre os actos, as palavras
e as alegadas boas intenções dos comunistas é um dos maiores embustes do século
XX que, contra toda a racionalidade, se mantém vivo no século XXI.
Portugal,
como muitos outros países, não tem qualquer monumento às vítimas do comunismo.
Daí que me parece adequado que o edifício que vai ser construído no local onde
existiu a Casa Aleluia se torne um símbolo do Embuste do Comunismo.
PS Acode-me uma dúvida inquietante: terá o PCP algum projecto para o Hotel
Vitória? Sim, o PCP é de há muito o proprietário deste magnífico edifício
assinado por Cassiano Branco de que (como não?) se tornaria inquilino em 1975. Se o
PCP estiver com dificuldade em arranjar argumentos para legitimar uma qualquer
intervenção no seu Centro de Trabalho da Avenida da Liberdade pode invocar que o edifício precisa de ser
desnazificado pois naqueles anos em que o centro de Lisboa era um ninho de
espiões, o então muito confortável Hotel Vitória gozava da preferência dos
agentes do Eixo.
COMENTÁRIOS (de 98)
NunoW Nunow: Triste país , decepcionante e
deprimente. Ribau Esteves é o 1º responsável mas ninguém naquela Câmara acordou
para este assassinato à história, à arquitectura e à cultura da grande cidade
de Aveiro? Alexandre Barreira: Pois. Cara Helena. "tudo
começa em finais de 1974". Tinha a "leninha" 13 aninhos. E o
"solar-dos-mosaicos". Passou a "solar-de-sete-andares". Agora
tem 62 primaveras.....parabéns....! Alfredo
Vieira: Incrível a impunidade e a tolerância histórica para
com esses parasitas... Ema
Gomes: Boa noite Helena Matos, agradeço a partilha da informação que
desconhecia..., e agrada-me sentir que o humilde pescador das Caxinas, de nome
José Milhazes, já não está tão sozinho na comunicação social a escrutinar o
partido comunista Fernando
Cascais: Boa malha. Estas operações especiais do PCP são
bons negócios. As câmaras municipais também fazem de vez em quando operações
especiais destas em conluio com amigos especiais através de um instrumento
urbanístico chamado PDM. Não é na construção que se ganha dinheiro fácil, é nos
loteamentos. Um proprietário (o Sr. Zé) tem o seu terreno classificado no PDM
como zona verde. Não consegue rentabilizar o terreno a não ser para fazer umas
hortas. Nem animais de pastoreio já lá pode ter, porque, os vizinhos ao lado,
já com loteamentos aprovados e habitações construídas queixam-se dos cheiros. O
Sr. Zé vai à câmara e diz: - então, todos os terrenos à volta já estão
classificados como urbanos e só o meu é que continua rústico? Sabe, responde o
vereador Luís, o PDM tem esta classificação devido à necessidade de
permeabilização dos solos e o seu terreno cumpre esta função nessa área. Teve
azar, nunca conseguirá urbanizar este terreno. Simultaneamente, o Dr. Jorge,
anda de volta do Sr. Zé para lhe vender o terreno para desenvolver um negócio
de hortas biológicas. O Sr. Zé acaba por vender o terreno ao Dr. Jorge, que por
coincidência era cunhado do vereador Luís. O preço? O da uva mijona para um
terreno rústico. Na próxima revisão do PDM, como por artes mágicas, o terreno
ganha a classificação de urbano, e o Dr. Jorge esquece as hortas biológicas e
parte para um loteamento. A operação
especial do PCP teve certamente a mesma lógica. Só falta conhecer quem foi o
vereador “Luís” do PCP. O PCP só conseguiu fazer a operação especial com ajuda
de alguém dentro da câmara. Mário
Martins: É realmente paradigmático do
"discurso vs acção" deste partido político (e de outros...) e também
da "impunidade" com que os organismos do estado, que deveriam pautar
as suas actuações por preocupações de isenção e respeito à lei, se sentem
livres para tomar decisões arbitrárias, sem receio de poderem ser
"repreendidos" . Que pena não haver um maior empenho da Comunicação
Social em investigar, divulgar e acompanhar o desenvolvimento de outros
casos como este, que certamente abundarão. Alberto
Sousa: Operação imobiliária especial
está muito bem dito.... José
Paulo C Castro: Em resumo: juntaram-se políticos autárquicos e um
partido para tirar uma casa aos seus legítimos proprietários e beneficiarem
depois das vantagens imobiliárias que antes tinham proibido aos donos. Isto tem
um nome: é roubo sob coação. Já estava na altura de qualquer aquisição
posterior a ocupação ter aquela norma das expropriações, segundo o qual os
ocupantes não podem vir a ser donos e só podem usar o bem para o fim específico
que 'justificou' a ocupação, sob pena de devolução do bem aos anteriores donos. Ana Maia: O PCP morre nas
urnas, mas o PZP continuará com o financiamento de Moscovo a infernizar a vida
de todos os que pode. Mesmo que alguém neste pais "tendencialmente
socialista" algum dia queira construir um monumento às vítimas do
comunismo, certamente o PZP saberá utilizar as leis a seu favor para o impedir. Carlos
Chaves: Obrigado Helena Matos, confesso que estou estupefacto
com este(s) exemplo(s) de hipocrisia, vandalismo e inacção! Que país é este que
permite este tipo de acções, ainda por cima praticadas por estes cínicos
paladinos da justiça, da igualdade, da defesa da cultura e do património...? Estamos há dois dias a
levar com o terramoto em Marrocos, na nossa CS, porquê estes assuntos não
ocupam nem um pequeno espaço no rodapé dos canais televisivos? E o sr. Ribau
que tão mal sai nesta fotografia? E os cagaréus e o resto dos Portugueses, para
quando uma revolta generalizada? Por enquanto ainda nos vai chegando alguma
informação (mais uma vez obrigado Helena), mas receio que a continuarmos assim,
também estas vozes serão silenciadas. O comunismo/socialismo está a assentar
arraiais em Portugal! Fernando
Fernandes: Cada vez me convenço que é mais do que tempo de desrussificar o país deste
cancro que desde 1974 sabota a democracia em Portugal. Partidos anti-Nato e
anti-europeus não deviam ter lugar no parlamento português e muito menos no
europeu Cisca
Impllit: Ao PCP o crime compensa e recompensa!! Jorge Silva: Os PC de todo o mundo, ao contrário do que dizem, não são partidos
políticos mas sim, associações de malfeitores e criminosas, com cara de
partidos políticos. A lista de crimes que cometem é extensa, desde
assassinatos, roubos, extorsões, atentados, genocídio dos próprios nacionais,
etc, etc . Veja-se a história da tomada de poder dos comunas em toda a Europa
no século 20 e verão exemplos de todos esses crimes. Pontifex Maximus: Convém também lembrar o Palácio do Rato, em Lisboa, que também foi ocupado
por um partido democrático que quer resolver o problema da habitação em
Portugal mais ou menos pelos mesmos meios, com o beneplácito dos cidadãos… João
Ramos: Os comunistas são a maior hipocrisia do século XX e
pelos vistos assim continuam por cá no século XXI, a atitude da câmara
municipal PSD/CDS também não fica nada bem na fotografia… Tim do Á: Investigue-se o património e as contas bancárias dos autarcas que
permitiram a demolição. Mais. E porque os partidos políticos não pagam IMI?
Isto está a saque. Volta Salazar.
Ana Luís da Silva: Excelente como sempre Helena
Matos com uma memória infalível a escalpelizar a hipocrisia e a mentira
dos partidos de esquerda Pertinaz: A crise da habitação não tem medidas de fundo por parte da esquerdalha…
porque a esquerdalha é largamente beneficiada pela especulação imobiliária…!!! Luis
Fernando: Apenas para agradecer a
inteligência e a argúcia dos argumentos da imprescindível Helena Matos. Este
texto ficará na história do jornalismo. Obrigado ao Observador e á Helena
Matos. Há dias que conseguimos renovar a esperança e a fé na condição humana Carlos
Chaves > Antonio Marques Mendes: (se me permite caríssimo
António Marques Mendes) – E os autarcas criminosos, neste caso na linha da
frente os do PSD e do CDS, mas também do PCP do PS do PPM do PAN do BE e do
CHEGA que nada disseram sobre este atentado ao nosso património edificado em
Aveiro (neste caso)! Se isto é democracia, eu vou ali e já venho! Paulo Almeida: Excelente, mas não
surpreendente. O comunismo só sobrevive com hipocrisia e totalitarismo. E por
cá como a literacia é fraca, ainda anda por cá. Isabel
Monteiro Grillo: Eu não li esta “operação especial” denunciada em mais
nenhum órgão de comunicação social e tem absolutamente que ser denunciado
noutros locais, pois infelizmente o Observador (a única oposição a este governo)
não é lido pelas pessoas apoiantes do PS PCP ou mesmo BE. O que se está a
passar neste país é vergonhoso e está a atrasar lo por várias décadas.
Infelizmente nas câmaras são todos mto amigos, o negócio tem que dar para
todos. Lembram se há alguns anos em Coimbra o edifício dos correios foi vendido
de manhã por um preço e á tarde o preço triplicou? é tudo a mesma gente. Um voto
em branco: destaca-se a afirmação de "tem um poder que não
tem correlação com o voto". tem toda a razao e esse é (mais) um sinal de
que a democracia que temos é-a apenas de nome Antonio
Marques Mendes: Duas importantes lições deste
episódio: 1) a hipocrisia dos comunistas; 2) a iniquidade das leis sobre
urbanismo e património que são invariavelmente aplicadas de acordo com os
interesses em causa. Fernando
CE: Oportuna denúncia. A questão
foi trazida por uma TV, não me lembro qual o canal, e achei inacreditável.
Nunca é demais falar sobre o caso. O PCP pode quase tudo. Como no Seixal,
em que a Câmara CDU exigiu durante anos a construção de um Hospital, até
como forma de utilizar e explorar o descontentamento da população relativamente
ao acesso aos serviços de saúde , para depois de a geringonça ter
esquecido o assunto. Tinha anteriormente fixado grandes cartazes com essa exigência
anos e anos a fio. Entretanto já só se fala de uma “extensão” do hospital Garcia
de Orta. Como na área laboral, o PCP usa aspirações (difusas muitas) das
pessoas para tirar dividendos políticos. Já agora , um dia passe pela quinta da
princesa no Seixal , e veja como a câmara comunista não se importa com a
degradação de alguns edifícios. E compare-se com o que CML da odiada direita
está a fazer com a recuperação de habitação social na av de Ceuta. João
A: Obter um licenciamento, conseguir construir uma casa é um inferno! É só
entraves, demora anos, cunhas, custos elevadíssimos. Pelos vistos há quem no
regime político português se consiga dar muito bem. Portugal é pior do que a
China - lá é só um partido - aqui são muitas bocas a comerem! Tiago
Pereira pZp é nojento e deve ser
remetido à insignificância. Portugal é um país muito pior por causa dessa
ideologia bafienta. Nuno
Borges: O PCP tem adquirido tudo o que pode com dinheiro de
Moscovo. Zé das Esquinas o Lisboeta: O PCP é mais um "partido pinóquio". Sempre o foi, continua e
continuará a ser enquanto existirem crédulos sejam eles do comunismo(?), do Pai
Natal, que os bebés veem de Paris no bico duma cegonha ou que os homens e as
mulheres são iguais... haja pachorra para quem ainda se admira com estas
'coisas' de respeitar o património construído por quem não respeita o ser
humano individual e único nem quem tem pensamento próprio.
P M: Estória exemplar da história do
embuste de um regime político-partidário (num capítulo que vai para além do
embuste do comunismo luso, mas envolve todos os outros devoristas desta choldra
político parasitária). Madalena
Sá: Portugal no seu melhor! Que
miséria! Maria Tejo: A HM fez esta denúncia e pelo
que diz um comentário acima alguma tv tb já tinha denunciado o caso, mas a
maioria dos órgãos de comunicação social não darão a notícia nem farão
perguntas ao PCP sobre esta trapaça. Enfim é o país em que vivemos! Para os
amigos tudo, para os outros aplique-se a lei! Maria
Augusta Martins: Por aqui se vê a sede do PCP...
e não é só de copos de três, seja branco ou tinto. Também se arma em "pato
bravo" do imobiliário. António
Dias: Dra Helena Matos Este artigo ,
ficará nos anais do jornalismo de investigação , pela Assertividade e coragem
em denunciar a hipocrisia do PCP e mais escandaloso é a promiscuidade do PSD e
do CDS, partidos que em teoria representam o centro direita .com o PCP. Esta
negociata é um ultraje ao pensamento de Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro
da Costa , que sempre lutaram contra estas vigarices . Ribau Esteves,
não é um PSD anónimo . Foi sec geral do PSD do consulado do Filipe Menezes
.Tem aspirações a ser candidato a líder do PSD . Diz cobras e lagartos do L
montenegro é demais líderes . Anda de beijos e abraços com A costa , sempre a
bajula-ló , dizem que a espera de um tacho quando sair da câmara . Seria útil ,
mover uma acção popular , para meter uma providência cautelar , a travar este
crime urbanístico , para não falar nesta desonestidade política . Qual foi o
parecer da direcção do Património ? Quem foi subornado, na CMA e demais
instituições ... Seria útil seguir o conselho da Helena Matos e erguer um
monumento em Aveiro , neste local para perpetuar a luta contra o PREC. Bem Haja
pela coragem e lucidez , deste artigo . Luis
Freitas: Este regime em vigor
comuno-socialista já assassinou a Educação o SNS e a Justiça agora está a assassinar
o imobiliário e só os grandes corruptos e amigos do regime conseguem fazer
grandes negócios no imobiliário como comprar terrenos agrícolas e passado pouco
tempo é aprovado um projecto de urbanização e com o tal têm lucros fabulosos e
ganham fortunas. O PZP foi quem mais roubou no 25 de Abril de 74 e hoje tem um
grande património imobiliário em que não paga impostos uma grande vergonha pois
é o maior responsável pela continuidade da leis das rendas das casas congeladas
desde Novembro de 1910 até à data de 1990 ano a partir dessa data as novas
rendas deixaram de ser congeladas. Hoje Portugal está num caos, ninguém constrói casas
para a classe baixa e classe média e portanto o valor das casas velhas e
abarracadas têm valores insuportáveis para a grande maioria do povo Tuga. Não
tenho nenhuma pena do povo português porque adora votar neste regime
comuno-socialista e até deu a maioria absoluta ao número dois dos governos PS
de Sócrates que puseram Portugal na bancarrota. Carlos
Chaves > Carlos Chaves: Devem estar todos a comemorar
com uns “Pêra Manca” que o Isaltino lhes enviou aqui de baixo, e daí talvez
não, deve ser mesmo com “Barca Velha”! A Toupeira: As autarquias comunistas têm histórias semelhantes, destruição de
património e operações arquitectónicas especiais e na destruição de jardins
públicos para os transformar em imensas calçadas, hoje, depois das abandonadas
ciclovias que vieram a seguir às rotundas. Ainda há no país câmaras que
continuam desde Abril dominadas pelo PCP, sem interregno, no entanto e isto
mostra o conluio com o chamado Centro, PS/PSD/CDS, onde nas legislativas o PCP
perde ou fica em 3º ou 4º lugar. Ora as operações imobiliárias especiais
já duram há muito e chama-se corrupção, num sítio parido por Abril que irá
comemorar 50 anos, decerto haverá muitos autocarros para o povo sem vergonha e
sem espinha dorsal mobilizado por todos os partidos do regime, PCP/BE/PS/PSD
como no Brasil a comemoração do Dia da Pátria ou da Independência 7 de Setembro
onde se viu um Lula mais a Janja a acenar para o nada, apenas uns arrebanhados
para passear em autocarros pagos pelo Estado brasileiro do PT, só se acenaram
para os militares no seu desfile a isso obrigados, assim foi em Brasília, S.
Paulo e Rio, o povão não vai em conversa e pode-se comparar, com outros 7 de
Setembro. João
Bilé Serra: Da mentira como método, passando
pela hipocrisia para enganar papalvo, e acabando na sociopatia, de que TODOS os
esquerdalhos padecem. GateKeeper: Cara HM, basta apurar as evidências desde 1975. O "PCP & satélites e o seu "braço
armado da rua, a "Intersindical" sempre tiveram "privilégios e
sinecuras" rasteiros, contra-natura, mas sempre alinhados com o seu adn
estalinista/urss. Assim, edifícios, imobiliárias, jornais, editoras, marinhas,
"lisnaves", festarolas festivaleiras, dinheiro lavado e outras
"cortinas de fumo" sempre imperaram nas zonas "vermelhas" e
num País obscuro e de "mafias" com muitos "capos". Por isso
mesmo é que por essa UE fora estes "dinossauros" já se extinguiram e,
por cá, ainda existem. Ricardo
Lacerda Dias: Muito obrigado pelo seu artigo, porque desconhecia. Rui Lima: Se me dessem a escolher uma casa na Avenida Lourenço Peixinho em Aveiro,
seria a vivenda Aleluia: é dos mais belos exemplares arquitectónicos da Cidade
.não vejo uma reacção da sociedade civil se este crime de ganância fosse do
Chega teríamos o país em peso a protestar . Durante o PREC os comunistas
ocuparam patrimónios de muitos milhões, assustando os proprietários, fazem
agora uns negócios de milhões .
Francisco Almeida: Tudo farinha do mesmo saco mas, mesmo assim, o PCP
começou mais cedo mas demorou mais tempo para suplantar Ricardo Robles do BE. Maria da Assunção Gaivão
> Isabel Monteiro Grillo: Não se esqueça de
que os media portugueses (com raras excepções ) são subsidiodependentes e por
conseguinte muito semelhantes aos de países do 3º mundo, bem longe daquilo que
em democracia se exige : denunciar toda e qualquer corrupção !! Maria
da Assunção Gaivão: Ribau Esteves , nome a não
esquecer bem como o partido a que pertence :PSD!! O resto já se sabe : o
partido da foice e do martelo com “ uma operação “ em Portugal desde o 25 de
Abril … Artigo de opinião muito bom e com actualidade .
João Floriano: A esquerda em todo o seu
esplendor de hipocrisia e cinismo. Tenho afirmado várias vezes que mesmo
definhando nas urnas o PCP será um perigo e um empecilho no futuro de Portugal.
A sua influência é enorme. Há cerca de um ano, o Bloco de esquerda aproveitou
igualmente a legislação para se ver livre de «colaboradores» e não
trabalhadores que não podia manter devido ao trambolhão nas legislativas de
2022. Não foram devidamente averiguadas as condições em que esses colaboradores
trabalhavam para o partido. Não deixa de ser desmoralizador que a autarquia
governada por PSD e CDS não se tivesse conseguido opor à destruição do belíssimo
edifício. Mais um belo exemplo da direita inócua, fofinha, colaborante que
tanto agrada e convém à esquerda. Espera-se agora que os apartamentos que serão
construídos possam ser colocados a preços acessíveis sobretudo para os jovens
que o PCP diz defender. E olho vivo no Hotel Vitória, porque poderá ser a
próxima vítima do PCP. Vai na volta o Raimundo resolveu pedir aumento de ordenado com
retroactivos, o que obriga o partido a uma operação imobiliária especial. E
assim se vê não a força mas a ronha e hipocrisia do PCP. Lily Lx: Agradeço a denúncia do caso. Então e o património do PCP não
é incluído no mais habitação? E o património do Estado que nem sabem a quantas
anda? Sabem, sabem. Querem é deixá-lo fora desta discussão.. O que é de justiça
social é ir buscar as casas dos privados. Já agora queremos saber quando deixamos de pagar a
taxa da segurança social sobre os nossos salários. Se de cada vez que é preciso
alguma coisa da segurança social chamam quem trabalha a pagar a conta, então
não faz sentido cobrarem nos todos os meses! Pagamos duas vezes! (ou mais). O
argumento de cobrar impostos a uma população é que o Estado possa (e bem)
acudir a estas situações de fragilidade bem como assegurar tudo o que é comum.
Em Portugal parece um contrato com uma seguradora manhosa (quase todas) que só
serve para cobrar. De cada vez que realmente precisamos de alguma coisa lá vem
aquela alínea escondida justificar que aquele caso específico não tem
cobertura! Para que pagamos impostos então? Finalmente está a nu que não saímos
da troika, não da sua gestão mas sim do seu diagnóstico. Quem o conheça sabe
que esta é que é a realidade. Os 8 anos que passaram são pura fantasia. A
realidade impôs se. Não há serviço público sem crescimento económico, não há
reformas sem jovens bem pagos a descontar, não há saúde pública sem salários do
pessoal que pague o custo de vida. O Estado "não produz um parafuso" ,
ou mudamos todos de mentalidade, abandonamos preconceitos e aceitamos que as
empresas são o motor de qualquer sociedade ou voltaremos todos às aldeias de
onde saímos. António
Moreira: Ou seja, o PCP, desta feita em Aveiro,
com a Vivenda Aleluia em pano de fundo, “foi” o que os partidos comunistas
sempre foram… Nada de novo, portanto!
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