Como comentário ao criterioso
texto de retoma temática, de MARGARIDA BENTES PENEDO, a
Marchinha de Carnaval: «Daqui
não saio Daqui ninguém me tira” das carnavaladas da nossa “cultura”
presunçosa, falsamente generosa à esquerda, para com a negritude de um passado
mártir dessa “branquitude” passadista tirânica, teoria que julgava ultrapassada.
Puro engano, desta vez apoiado noutra canção contendo um “E ela não voltou”, puro
engano ambicioso de discrição, sobretudo face a uma conjuntura bestiária em que
o mundo descambou, que poderia servir para desmanchar vis atitudes de
irredutibilidade tendenciosa nessa questão do racismo generalizado aos
“brancos” aproveitadores do serviço escravo. Mas a malandrice da má consciência
acusadora volta sempre, como prova o magnífico texto de MARGARIDA BENTES
PENEDO.
A raça da esquerda
Quais são os reais interesses das
minorias étnicas? Não sabemos. Mas suponho que tenham direito a livrar-se das
falsas "comunidades" em que a esquerda as limitou.
MARGARIDA BENTES PENEDO Arquitecta e
deputada municipal
OBSERVADOR, 24
abr. 2025, 00:1751
O Dia
Internacional Contra a Discriminação Racial fixou-se a 21 de Março. Em Abril os partidos apresentaram
na Assembleia Municipal de Lisboa os seus documentos, a sua retórica, e a sua
demagogia. Quais partidos? A esquerda,
claro: Livre, PEV e PS. O documento do PS era
sofrível: com um esforço patriótico de boa vontade conseguia-se ignorar a
menção ao “racismo institucionalizado”; e a mania dos “programas comunitários”,
das “campanhas educativas”, dos “educadores” em matéria de costumes, e dos
“activistas”. O deputado municipal médio conseguia encher o peito de ar e votar
abstenção. O pior veio da
extrema-esquerda.
“Pessoas racializadas”,
é como a esquerda agora designa as minorias étnicas. Um truque, típico da retórica
sofística da seita, que assim recusa a expressão objectiva e já não designa os
indivíduos. Designa os outros, os “racistas”, os que destratam as minorias étnicas.
Que obviamente, no entender da esquerda, somos
todos. Nessa grande medida, a
expressão “pessoas racializadas” pressupõe uma atitude discriminatória e
estabelece uma acusação generalizada. Eis o “racismo
estrutural”: somos culpados porque existimos, porque somos brancos e porque
somos ocidentais. A
expressão “pessoas racializadas” cai sobre nós como uma sentença transitada em
julgado. E serve para levar às minorias étnicas três informações: primeira,
elas são vítimas; segunda, não precisam de se esforçar; terceira, toda a
vingança está justificada à partida. É assim que a esquerda aborda o capítulo
da “paz social”.
Para efeitos de “paz social”, a esquerda organiza
batalhões de activistas profissionais distribuídos pelas “organizações”. As
“organizações” podem ser “núcleos”, “plataformas”, “colectivos”, “movimentos”
ou “comités”, mas o papel dos activistas raramente é recomendável. Ou respeitável. Porquê? Porque os activistas promovem o racismo. Seja através do estereótipo, que se empenham em
acentuar, seja através da consequente atitude confrontacional. Os activistas, magnificamente
instruídos pela extrema-esquerda, operam provocando o choque e o confronto,
para manter impossível a naturalidade e a conciliação. Reservaram para si mesmos este papel e não sabem nem
querem viver de outra maneira. O importante é compreendermos que este modo de
vida é pensado e aperfeiçoado para favorecer a própria esquerda, à custa dos
dinheiros públicos e dos reais interesses das minorias.
Quais são os
reais interesses das minorias? Não sabemos exactamente, ninguém sabe, e serão
diferentes consoante a minoria e a pessoa a quem se pergunte. Mas suponho que tenham direito
a livrar-se das falsas “comunidades” a que a esquerda as limitou. E tenham também direito a associar-se ou detestar-se entre si,
conforme partilhem interesses, valores, ou rancores, como qualquer outro mortal.
Acima de tudo, as pessoas de todas as etnias
têm direito a que a sua identidade individual seja reconhecida como cidadãos,
como indivíduos únicos e irrepetíveis; têm direito a que a identidade delas não
seja reduzida à instrumentalização das feições, cabelos, ou cor da pele, de
maneira a melhor servir a esquerda.
A nossa
cultura, que a esquerda quer amolgar com as suas “campanhas educativas”,
evoluiu ao longo do tempo para se aproximar da civilização mais livre e
desenvolvida de sempre. É a cultura que mais respeita a vida, o conhecimento, a
razão, a ciência, a sociedade, a espiritualidade, a ordem, o direito, a
segurança, o indivíduo, as liberdades públicas e as liberdades individuais. Algumas culturas promovem
comportamentos que a nossa cultura condena; essa condenação custou esforços,
anos, e vidas. As conquistas civilizacionais, como a igualdade de
homens e mulheres perante a lei, a liberdade religiosa, a liberdade de
expressão ou a liberdade política, não podem ser dadas por adquiridas.
Precisamos de as praticar e defender todos os dias, sob pena de elas, a pouco e
pouco, ou às mãos de activistas e “educadores”, acabarem por se perder. As
pessoas de todas as etnias, desde que abandonaram as sociedades de origem e
procuraram viver connosco, devem ver reconhecida essa vontade e respeitados os
direitos que reservámos aos nossos. Um país define-se pelo território e pelas
pessoas; mais pelas pessoas do que pelo território.
A celebração em Lisboa não terminou sem a maldita apologia das “reparações
coloniais”. Faz algum sentido? Não faz. É discutível que uma população no seu
todo tenha responsabilidade por acontecimentos históricos remotos. Se essa responsabilidade fosse
aceite como princípio, os países andavam todos a pedir reparações uns aos
outros. No entender da esquerda, devemos reparações ao Brasil, à Índia, e aos
países africanos das nossas ex-colónias. Mas, nesse caso, pediríamos reparações
a Marrocos, porque os árabes nos invadiram a nós; e a Itália, pela invasão dos
romanos; e a França, pelas invasões francesas; e aos espanhóis, por todas as
invasões deles. Por outro lado, não é clara a entidade a quem se devia entregar
a reparação: a um governo corrupto? Ao sr. Obiang? Ao sr. João Lourenço, da
Sonangol? Ou a uma ONG, controlada pela esquerda radical e empenhada na luta
contra o capitalismo?
ACTIVAR
ALERTAS RACISMO DISCRIMINAÇÃO SOCIEDADE
POLÍTICA
COMENTÁRIOS (de 51)
Ruço Cascais: Queria escrever qualquer coisa
interessante sobre o assunto mas está a faltar-me o engenho. O Mamadou Ba tem
andado desaparecido. Tive insónias novamente às 3:33. Acordo sempre aquela
hora. Ler ou TikTock, TikTok. Dei com a Joana Amaral Dias em Ermesinde. Quem a
viu e quem a vê. Apareceu numa manifestação popular contra uma família de
Okupas em Ermesinde que além de ocuparem um R/C infernizaram a vida a uma mãe e
filha que moravam no 1⁰ andar. O autarca fez ouvidos moucos à situação. Só
quando as televisões apareceram no local é que foi a correr arranjar uma
habitação social para a mãe e filha. A Joana, que continua bonita mesmo
exagerando nas pestanas e nas pinturas, indignava-se contra os Okupas e contra
a passividade da câmara. Podia lá estar o Ventura que seria igual. Também
queria salvar um cão, toma Inês Real. Às tantas dei por mim a pensar; onde
paira o BE, o LIVRE e o PCP? Uma ocupação ilegal, bullying a uma mãe e filha
menor, roubo de água, lixeira a céu aberto, mau trato a animais, incompetência
do autarca e manifestação popular e a esquerda fechada em casa com os estores
descidos para ver se ninguém se lembra deles. A esquerda não aparece porque os
Okupas são uma nova frente de combate das esquerdas radicais que se juntam a
outras frentes como é o caso do racismo e da culpabilização do homem RAL 9001,
sim, branco mas pouco.
Luis Mira Coroa: Muito bom! Isabel
Amorim: Não podia estar mais claro o que diz Margarida Bento. Muito bom. Não
podemos permitir que um punhado de oportunistas sempre atentos às oportunidades
insulte a maioria de um povo que ainda- por cima sabe o que é integração por
ter grande historial de emigração. A liberdade que conquistámos não lhes dá
esse direito. Não sabem discernir e tratam-nos abaixo de cão. Apanham de
surpresa gente que nem os entende e que são usados como arma de arremesso, mas
os maus são o povo português, num todo. Não podemos permitir este abuso
oportunista. Gente que se puder vende a própria mãe para cumprir a agenda de
que eles é que sabem o que é bom para nós. Herança directa de falta de educação
e cultura própria do patriarcado que tiveram em casa, boçal e violento.
Habituaram-se a truques para se defenderem. Mas não somos todos iguais, somos
muitos e bem melhores que este refugo de gentinha oportunista. Maria
Augusta Martins: Cara senhora. Não se esforce a caiar pretos nem engraxar brancos.
Obriguem-se é a cumprir as leis existentes e a cada um a paga pelo seu mérito,
tudo o mais é filosofia inútil, mas que dá de comer e viagens a muitos
oportunistas, nomeadamente da política e da comunicação social que nos
envenena. GateKeeper: Top 5. Francisco
Almeida: Faço uma pequena ideia dos olhares da esquerda - começando em Rosário
Farmhouse - quando Margarida Bentes Penedo entra na sala de reuniões. Pagava
para ver. José
Tomás: Perfeito. Esta colunista é, e de longe, a melhor fotógrafa do pior da
esquerda "tuga". Agora é preciso que quem a lê perceba que não deve
ajudar estes cínicos a capturar os "eleitores racializados"
Repito-me: se a Direita alienar gente conservadora, que quer trabalhar, ganhar
dinheiro e manter os filhos na escola, e é confrontada com um Estado
tentacular, falhado e falido - apenas porque têm outro tom de pele, outro
sotaque, e rezam a Este e não Àquele - mais do que um crime, será um erro. maria
santos > Manuel
Magalhaes: Bons dias. Uma barata tonta maligna. Não esquecer a Alexandra Leitão, professora
universitária, à frente daquela turba rancorosa na Rua do Bem-Formoso. O ódio é
uma arma mental muito poderosa e o PS vive do ódio. Não esquecer a amnistia de
Mário Soares às FP25Abril. Boa semana de trabalho. António
Cézanne: Na minha opinião já não se justifica muito falar da extrema-esquerda, quanto
mais se fala mais se dá atenção a um grupo de gente que toda junta mal chega
aos 5%. Essa atenção é o que eles querem e precisam para continuar a existir. Gente
frustrada, complexada, mas com a mania de que são espertos. São muito poucos,
quase nada, é ignorar completamente como se nem sequer existissem. Tim do A: Os racistas supremacistas de
esquerda colocam as minorias num patamar de coitadinhos incapazes e inferiores.
Temos é de lhes dar um estatuto de igualdade e auto responsabilidade, como a
maioria tem. Manuel
Magalhaes: A esquerda serve-se das liberdades da direita democrática para a atacar e
corromper o sistema, que é o grande objectivo dessa esquerda onde incluo o
actual PS que mais parece uma barata tonta no meio de tudo isto!!! Lmncalves: “reparações coloniais” !!! então do Brasil....
O Brasil deveria “compensar” Portugal por o ter criado! A América do Sul é
composta por 12 países e o Brasil ocupa 47% do território! Quando ouço alguns
Brasileiros (normalmente Brancos, Pretos e Mulatos) a reclamar “reparações
coloniais”, pergunto-me onde andarão os índios... Sergio Alves: Excelente texto, obrigado Manuel Matos: Pontos nos is... JPGSG: Tempo de apontar o dedo à
esquerdalha e qq dia, colocar esta gente na prisão. Os danos causados à
sociedade, através do ódio, da tribalização da sociedade. Todos presos.
Incluindo António Costa. Portugal e os Portugueses, não se vão esquecer. Gastão Cunha Ferreira: Grande Margarida! à falta de causas a sério, a
esquerda constrói causas para outros, que alega proteger, mesmo que seja contra
o interesse dos próprios. Nada de novo... João Cunha-Rêgo: Espectacular artigo, como sempre! António
Martins: Excelente
artigo. Como de costume Maria
Carvalho: Excelente,
como sempre! 👏👏👏👏 Maria
Alva: 👏👏🎯 antonyo
antonyo > Gabriel
Madeira: E não ter
medo de dizer que os ocupas eram ciganos .
Gabriel Madeira > Ruço
Cascais: Faltou mencionar
que o autarca é...do PS. Meio
Vazio: Os mais
refinados pressupostos racistas são sempre mais evidentes nos
"presuntivos" movimentos/activismos/plataformas/observatórios (um
mimo, os "observatórios"!) anti-racistas. Rosa Graça: O habitual. Perfeito.
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