Já então a população emigrava, fugindo
de qualquer coisa – fosse ele frio, fogo,
ferro, fome... E a fúria a formatar
as feridas da nossa forma de feitura – de vivência, afinal (os vv sendo de
idêntica postura lábio-dental dos ff, conquanto mais sonora) – vozeada, como se
lhe chama também, ou, pelo menos, já chamou, muito depois desses percalços
climáticos escandalosos, só que sem sacos de plástico da chacina piscícola de
hoje.
Amostras recolhidas em Portugal mostram
que grande inverno de quatro mil anos provocou morte dos primeiros habitantes
da Europa
Novo estudo sugere que um
arrefecimento extremo foi responsável pela depopulação da Europa há 1,12
milhões de anos. Análise foi feita com amostras colhidas na costa portuguesa.
OBSERVADOR, 10 ago. 2023, 20:47 26
▲Os hominídeos
terão sido incapazes de se adaptar às mudanças climáticas, acabando por morrer
RENAUD MEYER / UNDP NEPAL / HAND/EPA
Um grande inverno, que durou cerca de quatro mil anos, foi
responsável pelo desaparecimento dos primeiros habitantes do sudeste da Europa,
há 1,12 milhões de anos.
Um novo estudo, divulgado
esta quinta-feira na revista Science, sugere que, ao contrário do que se
considerava, não houve uma ocupação em
permanência na Europa durante o período do Pleistoceno. O clima era
também mais irregular do que se pensava, com estações quentes e húmidas intercaladas
com períodos de frio moderado.
“A
descoberta de um evento de arrefecimento glacial extremo há cerca de 1,1
milhões de anos desafia a ideia de uma ocupação humana precoce e contínua na
Europa. É um daqueles momentos na ciência em que se descobre o inesperado e
isso é emocionante”, disse Chronis Tzedakis, um dos
autores do estudo, que envolveu também cientistas espanhóis, de acordo com o El Español.
“Para
nossa surpresa, esse arrefecimento é comparável a alguns eventos mais severos
das eras glaciares recentes”, acrescentou outro cientista, Vasiliki Margari, também
do Centro de Investigação de Alterações Climáticas do Departamento de Geografia
da University College London.
As amostras de sedimentos, colhidos na
costa portuguesa, mostram que a temperatura da água do mar desceu 6.º na zona
de Lisboa, provocando mudanças drásticas na vegetação que dificultariam a
sobrevivência dos caçadores-recolectores na zona.
“Um
arrefecimento desta magnitude terá colocado os pequenos grupos de
caçadores-recolectores [na região] sob um stress considerável, especialmente
porque os primeiros [destes hominídeos] podiam não ter condições para se
adaptar, como gordura corporal suficiente, meios para fazer fogo roupas ou
abrigos eficazes”, afirmou Nick Ashton, do Departamento de Pré-História do
British Museum, também citado pelo El Español.
Além de sugerirem que a população europeia pode ter desaparecido no
Pleistoceno, as conclusões dos investigações indicam que é muito provável que
“a Europa possa ter sido colonizada novamente há 900 mil anos”, indicou Chris Stringer, do Museu de História Natural, em Londres, por
hominídeos mais resilientes e capazes, que sofreram mudanças evolutivas ou que
desenvolveram ferramentas que lhes permitiram sobreviver num clima mais frio.
ARQUEOLOGIA CIÊNCIA ANTROPOLOGIA
COMENTÁRIOS (de 26):
José Vaz: Porque não tiveram a Greta def nem o Guterres com água até aos joelhos para
os avisar AAMTL Sociedade Na altura só não havia quem cobrasse taxas e
impostos por causa do carbono! Alterações climáticas sempre houve e sem
interferência humana! Agora só arranjaram forma de nos amedrontar e sacar
dinheiro com o “fim do mundo”! mais um: As alterações climáticas já
faziam das suas eheheh Filipe Costa: A natureza reage, não tem
pensamento, mas reage e sempre correctamente. Alguém
alguma vez pensou que o problema das alterações climáticas é dos 8 mil milhões
de humanos? Pois, é tabu. A
Toupeira: Resiliente é uma
palavra que deriva de resiliens usado na física em relação a materais que se
deformam após uma acção, voltando ao estado inicial, resistir do latim, ou
resistente será o termo, resilir é anular ou desfazer, mas tornou-se um hábito
o uso deste termo, apenas uma sugestão sem ofensa e posso estar errado. Sobre o artigo é interessante,
prova que 100 anos chegam não chegam, serve às ONGs que propósito não mostram
as contas e de quem recebem. Para se usar o termo de aquecimento para ebulição
que Guterres usou, puro terrorismo a favor do extremismo ambientalista e a
favor de grandes interesses, o homem tem o cérebro queimadinho é muito flexível,
como ou o ouro ou o estanho, não resiliente sem dúvida às pressões, dobra-se
todo e anda curvado perante os patrões do EWF ou da RPC. Rui Machado > Lúcio Monteiro: É mais ou menos como há 1.2
milhões de anos. Não ligaram ao arrefecimento global e pagaram o preço. Ana Maia: Terão sido as alterações
climáticas? Uma espécie de arrefecimento global só que sem jornalixo a relatar. bernardino o camarada
> Lúcio Monteiro: "espera-se que da Evolução
emerja uma nova espécie humana, mas dessa vez, com os parafusos todos no sítio."
Uma espécie sem Lúcios.
José Paulo C Castro: Falar em hominídeos semelhantes
a nós há 1,12 milhões de anos é... enfim...Tudo se faz por um título que atraia
clicks JOSÉ MANUEL: os automóveis diesel sempre
foram um problema...curiosamente os barcos parece que nem tanto, os iates de
luxo até consomem gasóleo quase sem imposto... Lúcio Monteiro: Se não for estancado, e quanto
antes, o actual problema do aquecimento global, desta vez, não serão apenas os
europeus a serem mortos. Seremos todos mortos. Só que, desta vez, não vai ser
pelo frio, mas sim pelo calor extremo e letal, que já se vai fazendo sentir. Nós, os humanos, somos a
espécie mais estúpida existente no planeta, porque em vez de interagirmos com a
Terra como se se tratasse de ser o único planeta habitável em todo o Universo,
tratamo-la como se fôssemos uns irresponsáveis predadores. E o resultado está aí:
a Terra está agonizante, dando já sinais claros de estar a emitir os seus
últimos estertores. Quando a nossa espécie for extinta – já não se trata de se
saber se será extinta, mas sim, de quando será extinta – espera-se que da
Evolução emerja uma nova espécie humana, mas dessa vez, com os parafusos todos
no sítio. A actual espécie humana é um fracasso total, um autêntico aborto
evolutivo. E como tal, só resta um caminho: ser descartada pelo planeta que os
humanos praticamente destruíram e tornaram inabitável.
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