Servem de tema, para uma história trágico-cómica
sobre alguma da Humanidade actual… Vivemos, de facto, em insatisfação
permanente, e aproveitamos para moralizar, que gostamos de dar o nosso parecer,
provavelmente soltando, em simultâneo, umas fumaças do nosso próprio prazer,
sem pensarmos, de cigarro em punho, nessa coisa do clima e da poluição, assumindo
o nosso contributo para esta, ingratos para com as vantagens que o progresso nos
vai ofertando, naturalmente poluindo, mas aliviando, com algum sacrifício e
mais descobertas que minimizam a nossa participação na despoluição … Um texto
cómico de José Diogo
Quintela, pretexto para a comicidade de alguns comentadores, a
respeito da severidade dos anti qualquer coisa que lhes realce o perfil…
No paleolítico é que se estava bem
Os nossos antepassados viviam como os
paleoliticamente correctos activistas climáticos querem que nós agora vivamos,
mas nem isso os safou do clima.
JOSÉ DIOGO QUINTELA
Colunista do Observador
OBSERVADOR, 15
ago. 2023, 00:1936
Desde miúdo que passo as minhas
férias nas praias do Oeste. Daí que seja com grande cepticismo que partilho com
o leitor uma notícia que passou despercebida: “Amostras recolhidas em Portugal mostram que grande
inverno de quatro mil anos provocou morte dos primeiros habitantes da Europa”. O
cepticismo deve-se aos cientistas afirmarem que, há cerca de 1,1 milhões de
anos, houve um súbito arrefecimento de tal ordem que até a temperatura da água
do mar desceu 6°C. Ora, ainda
ontem tomei banho na Ericeira e não me parece que seja possível a água ser mais
fria sem que se dê a sua congelação. É sabido que quem se banha nestes
mares fica com pele de galinha tão áspera que se consegue lixar uma peça de
carpintaria esfregando-a no braço. Aliás, estou convencido que o sismo registado ontem em Peniche foi causado por uma família de turistas
ingleses a tremerem depois de uns mergulhos. É este tipo de declarações
improváveis que retiram credibilidade à ciência.
Além desta afirmação duvidosa, o
estudo revela ainda várias lacunas. Por exemplo, sabemos que a temperatura arrefeceu de tal modo que as condições de
vida se tornaram tão pouco propícias que o homem poderá ter desaparecido do
sudoeste europeu durante 200 mil anos. Isso é giro, e tal. Mas os
investigadores não nos dizem nada sobre as reacções desses humanos quando
começaram a ver o tempo a mudar.
Tenho curiosidade em saber quem é que estes primeiros hominídeos
culparam por estar a ficar frio? Algum magnata açambarcador com
7 ou 8 machados de pedra lascada, se calhar. Outra: uma vez que não existia ainda religião organizada como o cristianismo,
o islamismo ou o alarmismo climático, que Ser Supremo é que teve de ser
aplacado e com que sacrifício específico? A descarbonização não foi de certeza, que primeiro seria preciso
carbonizar e isso ainda estava a muitos milénios de acontecer. Também gostava de saber qual o
comportamento que esta sociedade julgou ter impacto suficiente para provocar a
alteração do clima? Aposto que
acharam que era a mania de tirar pedras dos leitos dos rios que fez a água
arrefecer, pois a pedra, quando está ao sol, fica quente. Por último, uma vez
que não havia viagens aéreas, contra que tecnologia do paleolítico é que
adolescentes histéricos se insurgiam? Just stop sílex?
O estudo não é completamente
inútil, porém. Dá-nos novidades importantes. Ao que parece, é possível que o
clima mude devido a variações naturais, sem que ao mesmo tempo se desenvolva
qualquer tipo de actividade industrial humana. O que levanta a questão: quão
preguiçosa é a Natureza que a partir de 1850 decidiu deixar de controlar o
clima? Fazia-o ininterruptamente desde há 4,5 mil milhões de anos, no último século
e meio meteu baixa e delegou-nos a tarefa. E, já agora, como é que a Natureza
conseguia mexer no clima sem uma fábrica que fosse para emitir CO2?
Também ficamos a saber que
enfrentar clima adverso quando se é um selvagem sem recurso a electricidade, gasolina,
cimento, plástico e outras modernices é uma grande maçada.
O que quer dizer que, para um
problema que a natureza nos apresenta amiúde, queremos abdicar voluntariamente
das ferramentas que ajudariam a ultrapassar as más condições climatéricas. Mas
o pior é que nem isso garante a sobrevivência. Repare-se: “Um arrefecimento desta magnitude terá colocado os
pequenos grupos de caçadores-recolectores [na região] sob um stress
considerável, especialmente porque os primeiros [destes hominídeos] podiam não
ter condições para se adaptar, como gordura corporal suficiente, meios para
fazer fogo roupas ou abrigos eficazes”, afirmou Nick Ashton, do
Departamento de Pré-História do British Museum“.
Estes primeiros habitantes da
Europa desapareceram porque não tinham acesso a uma tenda, um anoraque, um
campingaz e uma tablete de chocolate, tudo coisas que se arranjam na Decathlon
por menos de 100 euros. Ou seja, os nossos antepassados viviam
como os paleoliticamente correctos activistas climáticos querem que nós agora
vivamos, mas nem isso os safou do clima. Faz sentido que o regresso à Idade da
Pedra seja defendido pelos calhaus.
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS CLIMA AMBIENTE CIÊNCIA
COMENTÁRIOS (de 36):
Alexandre Barreira: Pois.
Caro Quintela, É isso mesmo. Anda tudo apanhado....do clima....! Joao
Cadete: Texto é divertido mas
é pena ler e ouvir pessoas a negar o óbvio... Alterações climáticas são reais.
Existem depois os fanáticos do clima que merecem ser combatidos. Corra
Tec > Joao Cadete: Eu creio que ninguém com um mínimo de
conhecimento possa negar a existência de "alterações climáticas"!
Aliás, o que gostaria que o Sr. Guterres demonstrasse é o momento nestes
últimos 4 mil milhões de anos (mais coisa menos coisa) em que o clima foi
constante... E já agora qual foi o clima perfeito... Qual é o clima aprovado
pela ONU...
Maria Paula Silva: ohpa....Just
stop sílex? 😂😂😂😂😂 ohpa......."Estes primeiros habitantes da Europa desapareceram
porque não tinham acesso a uma tenda, um anoraque, um campingaz e uma tablete
de chocolate, tudo coisas que se arranjam na Decathlon por menos de 100
euros." 😂😂😂😂😂 lá vou eu dormir super bem disposta outra
vez!!!!! Obrigada JDQ Não conheço ninguém
que escreva tão bem e com tanta graça. Rui Lima: Todas as notícias que contrariem a ideologia climática
de hoje, em que é o homem que desorganiza o clima e tem de ser o mundo
ocidental a fazer o sacrifício - o que já está a fazer com a destruição da sua
indústria automóvel - não tem divulgação. Um estudo recente sobre a Gronelândia
também ficou no escuro das notícias, sempre houve alterações climáticas na
terra e é isso que eles querem esconder dos crentes e não crentes. Outra notícia que não teve destaque, há no mundo
3 000000000000 ( 12 zeros ) de arvores com 400000000000 o problema estaria
resolvido e há muito espaço para o fazer. Outra
noticia recente mas não é do agrado dos verdes. “….
ª Ambos os projectos, localizados no Texas e na Louisiana, são os primeiros
nesta escala nos EUA. O seu objectivo é eliminar cada um um milhão de toneladas
de CO2 por ano -- um total equivalente às emissões anuais de 445.000 carros. A
capacidade de cada projeto será 250 vezes mais CO2 do que o maior local de
captação atualmente em operação, afirmou o departamento dos EUA.” João Floriano: Pois eu
até acredito convictamente que o problema das alterações climáticas já se
arrasta desde o paleolítico. Desconfio do efeito das fumaradas das fogueiras
dentro das cavernas. Devia ser pior do que a vizinha do 3ºfrente a assar
sardinhas e pimentos na varanda do apartamento e o cheiro e o fumo a entrar
para a casa do vizinho do lado. E que dizer sobre o excesso de consumo de carne
vermelha? Os nossos antepassados europeus caçavam mamutes, até à extinção da
espécie. Foi no paleolítico que surgiram os primeiros partidos verdes como
agora o PAN. E já nessa altura, a antepassada de Inês Real, alertava para a
necessidade de proteger os mamutes. Mas por outro lado havia outro partido que
dizia que cada vez que um mamute se esbufava, o sol ficava tapado por uma névoa
durante 3 dias. Diziam também que o melhor era acabar com os mamutes. Também
nos ficaram coisas importantíssimas desses tempos dos primeiros europeus.
Veja-se o caso dos grafitti. Então as imagens das mãos nas paredes das cavernas
não são exemplos de grafittis? Verdade que não havia cá feminismos. O machista
puxava a companheira à força para dentro da caverna arrastando-a pelos cabelos
e também não havia as modernices e esquisitices de blocos de partos. Os
cachopos nasciam junto á fogueira tribal. Era só abrir a perna e «pop» lá vinha
mais um europeu tipo rolha de garrafa de espumante. Hoje não estamos muito
distantes disso. Só foi pena naquele tempo não haver redes sociais ou televisão
porque os primeiros europeus não puderam ouvir as estórias da carochinha dos
Guterres e das Gretas paleolíticos. Sempre desenjoava das mesmas mentiras
contadas noite após noite à volta do fogo porque como todos sabemos não há
maiores mentirosos do que os caçadores e os pescadores. E agora lembrei-me:
alguém sabe se os nossos políticos caçam ou pescam para além dos nossos votos? Maria Tubucci: Bem, como isto é um artigo de gozo e não
um artigo científico, pois as alterações climáticas são intrínsecas do planeta.
Percebem? Vou avacalhar. No paleolítico é que se estava bem, diz o JDQ, é
verdade, podiam usar os combustíveis fósseis sem serem insultados. Durante o
inverno permanente que os assolou, os hominídeos protegeram-se do frio
refugiando-se nas cavernas. Que exploravam. Nessas explorações, acidentalmente,
um deles deixou cair o seu “archote” numa poça de líquido escuro e pastoso, que
imediatamente começou a arder e a irradiar calor. Pumba! Descobriram um
combustível fóssil. Outro grupo, mais à frente, sentou-se a descansar e
encostou os archotes a uma parede sólida e escura, observaram que esta começava
a arder. Pumba! Outro combustível fóssil foi descoberto. Provavelmente foram
salvos por estas descobertas. Eram espertos, aprenderam que batendo 2 calhaus
nas proximidades destes materiais obtinham calor. Actualmente, regredimos,
quando se juntam ½ dúzia de calhaus com 2 olhos a gritarem que as alterações
climáticas são devidas ao hominídeo branco e ocidental, só se obtém lixo, tanto
material como imaterial. Dá vontade de os colocar numa caverna sem qualquer
utensílio nem material, que seja feito de moléculas provenientes de
combustíveis fósseis para ver se descobrem a sua humanidade. Amigo
do Camolas: Pode-se
brincar com os czares climáticos mas é sempre bom lembrar que se Guterres ou
Barroso ou todos os czares climáticos do mundo embarcam em jactos que emitem
mais do que todos os carros que você já teve na sua vida quando voam para
Conferências do Clima da ONU, isso não é negar a ciência isso é só uma forma de
mostrar que são pessoas bem intencionadas e que não interessa o que eles fazem
mas sim o que eles dizem. Miguel
Seabra: Mas na
Ericeira apesar da água gelada ainda ficou um hominídeo que resiste a tudo….talvez
porque tem um amigo super generoso e uma mãe com um cofre cheio de fotocópias….
José Paulo C Castro: Eu estou um pouco irritado com a divulgação da notícia
de que os primeiros europeus chegaram há 1,12 milhões de anos. Nessa altura, nem da nossa espécie eram. Não
se sabe sequer se eram da espécie de que descendemos evolutivamente ou apenas
outra, que não se adaptou. Mas chamam-lhe europeus, como se fossem dos nossos,
para tentar introduzir o tema das alterações climáticas, num registo do tipo
"estão a ver o que aconteceu àqueles?"
Simplesmente, é óbvio que quem cometeu a calinada de chamar europeus,
da nossa espécie a hominídeos de há 1,12 milhões de anos não entende o bastante de ciência para
nos vir explicar o resto. Depois
disto, quer mesmo que acreditemos que leu e compreendeu os dados do estudo
sobre as alterações climáticas ? Usam e abusam do clickbait, da conclusão
fácil, do tema da moda, para se acharem 'cientificamente' aprovados de forma
irrefutável. É apenas o velho estratagema retórico da argumentação da
autoridade. Mal feito, neste caso. JDQ
aproveitou isto para fazer uma crónica, mas ao lado. Se gozasse com a falta de
conhecimento científico destes jornalistas copy-paste com preconceitos
ambientalistas, teria sido notável. Pontifex
Maximus: “Alterações
climáticas existem”, dizem alguns comentadores. Claro que existem, a questão é
que sempre existiram e continuarão a existir enquanto o planeta terra existir! nuno
cabeca: A
seguir vai chegar um texto daqueles dois doutores de leis, muito ofendidos,
pois isto é um assunto muito sério. Que o diga o Alberto Gonçalves. Pedro
Pereira: Os
ciclos Solares são sempre secundários para os estudos apresentados pelos
noticiários de vão de escada! A verdade é que a Terra tem passado por grandes
alterações climáticas ao longo da sua história, e agora estamos preocupados com
o Carbono, quando devíamos estar preocupados com a III guerra mundial.
Meio Vazio: "Ridendo castigat mores". (Já
agora; a temperatura - porque não é material - não aquece nem arrefece.)
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