Expressa de forma simplesmente brincalhona, de quem vê realizado aquilo em que sempre acreditou: o papel benfazejo da Igreja Católica, como instituição educativa, mau grado as condenações de que tantas vezes foi alvo, ao longo dos séculos. Quem pode levar a mal a alegria do discurso de P. G P de A., ao condenar, aparentemente – por antífrase – uma prática portuguesa de excelência comportamental, contrária ao habitual, a merecer reparo receoso?
No rescaldo da JMJ, uma maldição papal
Isto é uma questão patriótica, uma questão de
identidade nacional: está em causa a nossa soberania!
P. GONÇALO PORTOCARRERO
DE ALMADA Colunista
OBSERVADOR, 08 ago. 2023, 00:1314
Estou muito triste: o Papa disse que
esta foi a JMJ mais bem organizada de todas!! Que insulto à improvisação portuguesa!! Onde está a nossa
tradição de deixar tudo para a última hora?! Onde pára o desleixo lusitano?!
Que é feito da tradição de fazer depois de amanhã o que devia ter ficado
terminado antes de ontem?!
Isto é uma questão patriótica, uma
questão de identidade nacional: está em causa a nossa soberania! Um Papa reconheceu, em 1179, a nossa
independência nacional, e outro Papa, em 2023, destruiu a nossa essência como
nação orgulhosamente caótica!
Por
este caminho, qualquer dia comparam-nos aos bárbaros, ou seja, os alemães!!
Corremos o risco de ser apontados como um exemplo de ordem e de disciplina e os
germânicos o oposto, um povo de trafulhas e preguiçosos!!
Acreditem
em mim: isto é muito pior do que as alterações climáticas!
Não é por nada, mas a tradição já não é
o que era e isto vai de mal a pior! Não gosto de ser profeta de desgraças, mas
o fim do mundo está cada vez mais próximo!! Depois não digam que eu não
avisei!!!
Neste rescaldo da JMJ, desculpem este
aparte bem-humorado, que é também um fruto desta tão grande graça, porque ser cristão é ser feliz, na alegria
de se saber amado por Deus e de amar o próximo, porque há mais alegria em dar
do que em receber. Foi essa a grande lição do Papa e dos peregrinos que
invadiram o nosso país, as nossas cidades, as nossas ruas, as nossas casas, as
nossas vidas e os nossos corações! Não em vão Nossa Senhora é a “cheia de
graça”, ou seja, teologicamente, engraçadíssima!
Depois
de dias tão intensos de espiritualidade, permitam-me o atrevimento deste
momento de bom-humor, na certeza das minhas orações e amizade por todos, todos,
todos!
COMENTÁRIOS (de 14):
Lino Oliveira: Gostei do artigo. Podia mas talvez não devesse explicar que
"eles" bem tentaram deixar tudo para o fim nomeando mesmo um
empata-obras para coordenar. E se o presidente da CML não tem mudado, não
sei... É notório que a excelente organização se deveu a 4 anos de intenso e
discreto trabalho ... da Igreja.
Saul Campos: Obrigado pelo artigo leve e
descontraído, realmente vale a pena pensar nisto.
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