Parece estranho que seja preciso propor.
Sendo o «Sapador» um “soldado responsável por cavar
fossos, trincheiras e galerias subterrâneas, geralmente em operações militares”, segundo definição da Internet, e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas tendo «por
missão propor, acompanhar
e assegurar a execução das políticas de conservação da natureza e das florestas
visando a conservação, a utilização sustentável, a valorização, a fruição e o
reconhecimento público do património natural, promovendo o desenvolvimento
sustentável dos espaços florestais e dos recursos associados, bem como fomentar
a competitividade das fileiras florestais, assegurar a prevenção estrutural no
quadro do planeamento e actuação concertadas no domínio da defesa da floresta,
dos recursos cinegéticos e aquícolas das águas interiores e outros directamente
associados à floresta e às actividades silvícolas», parece de
todo justa a proposta da Comunidade
Intermunicipal da Região de Leiria, essa tal criação de equipas de sapadores
florestais, nestes tempos de incêndios, de incendiários e de muitas selfies de toda
essa beleza ardente e devastadora.
CIM de Leiria insiste com o Governo para
criação de equipas de sapadores florestais
A Comunidade Intermunicipal da Região
de Leiria requere junto do Governo a autorização para que seja criada uma
equipa de sapadores florestais. Pedido foi feito há uma ano, permanecendo sem
resposta.
OBSERVADOR, 10 ago. 2023, 23:41
▲Autarcas
destacam que a região é "ciclicamente afetada pelo fenómeno dos incêndios
florestais"
ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
A Comunidade Intermunicipal da Região de
Leiria (CIMRL) insistiu junto do Governo para que autorize a criação de equipas
de sapadores florestais, pedido feito há um ano e que continua sem resposta,
disse esta quinta-feira aquela entidade.
Numa
nota de imprensa, a CIMRL adianta que, desde setembro de 2022,
está a aguardar por uma “resposta ao pedido apresentado junto do secretário de
Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, para a
constituição de uma brigada de sapadores florestaispara reforço das ações de
prevenção e gestão das faixas de combustíveis”.
Cansados da ausência de
respostas, numa área que consideram estratégica para a segurança e ambiente da
região, e para a qual os municípios não abdicam e mais do que triplicaram o
investimento nos últimos cinco anos, os autarcas da CIMRL insistem junto do
Governo a necessidade de criação da brigada intermunicipal de sapadores
florestais, a laborar durante todo o ano e focalizada nas acções de prevenção
do risco de incêndio”, lê-se no comunicado.
No
documento dirigido ao secretário de Estado da Conservação da Natureza e
Florestas, a CIMRL adianta que a “Região de Leiria é a única da região Centro, com
elevada área florestal, sem financiamento do Fundo Ambiental e a devida
autorização do ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas] para
a concretização deste importante projecto de prevenção”.
Os
autarcas consideram esta situação “inaceitável e penalizante para os municípios
deste território, sobremaneira aqueles que não são abrangidos por qualquer
resposta a este nível através das associações florestais”.
Os autarcas dos dez concelhos que integram a CIMRL consideram o
silêncio” uma enorme incompreensão por parte dos autarcas deste território”.
Citando
o despacho de 14 de março, que aprova o orçamento do Fundo
Ambiental para o ano de 2023, a
CIMRL sublinha que “são considerados apoios ao funcionamento e equipamento
de equipas de sapadores florestais, no montante global de 25,5 milhões de euros,
montante que tem o ICNF como principal entidade beneficiária e que deverá ser
alargado aos municípios, para contemplar a criação de mais equipas de sapadores
florestais em Leiria e no resto do país”.
Os autarcas de Alvaiázere, Ansião,
Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande,
Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós destacam
que a região é “ciclicamente afectada pelo fenómeno dos incêndios florestais,
como sucedeu com gravidade nos últimos dias” ou em 2017, com impactos sociais “avassaladores,
quer no número de vítimas mortais quer no número de feridos graves e ligeiros,
e perdas ambientais, por vezes, com um período de retorno muito dilatado”.
Segundo a CIMRL, as “brigadas de
sapadores florestais são constituídas por três equipas constituídas por 14
sapadores e um líder de equipa, para intervir prioritariamente no âmbito da
manutenção da rede primária de defesa da floresta contra incêndios, nas acções
de consolidação pós-fogo, bem como nas acções de estabilização de emergência, estando
a sua constituição e financiamento sujeitos a autorização do ICNF“.
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