E também do avô e do tio, lá em África,
fui explicadora da neta KÁTIA - já nessa altura esperta e travessa – cá em
Portugal, os seus comentários leio-os com alegria. Como este - Uma linda
homenagem espirituosa e meiga da filha ao pai – o JOSÉ JOÂO do tempo dos meus filhos
mais velhos, que a vida ceifou, no nosso espanto.
«10 h
Todos os meses a família Reis fazia o
"rancho"...um evento peculiar que consistia em fazer compras de uma
quantidade enorme, no Cascaishopping, seguido de jantar no mesmo local (rezando
para que as coisas não descongelassem).
No Continente, após reunir tudo que era
preciso num carrinho, cheio até ao cimo, a família Reis ia para a fila de
pagamento (notar que não havia filas rápidas, nem de self-service, tendo que
esperar a nossa vez e falar com seres humanos).
Numa dança coreografada, umas punham os
artigos no tapete, enquanto outras esperavam na outra ponta para empacotar.
Enquanto isso, o Reis falava com quem estava na caixa, habitualmente mulher...
"Então...a senhora é do Benfica,
claro?!"
"Porquê?!"
"Ora....tem uma camisola
vermelha!"
"É a minha farda"
"Ahhh... não diga isso... É
obrigatório todas as mulheres serem do Benfica!"
"Ah! Como assim?!"
"Pois claro... dão à luz, não é às
antas, nem alvalade"
(Risos nervosos)
"E além disso...deve ser
católica...certo?"
"Hmm....sim"
"Então...Jesus reencarnou... não
esverdeou nem azulou!"
(Risos mais nervosos)
"Estou a brincar consigo!
Obrigada... quanto lhe devo?"
Era isto...
Todos...os...meses.
Happy Birthday Daddy!
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