Só porque se trata de um meio de comunicação
de facilidade, que nos põe sentados no sofá, a escutar ou só a olhar, ou a
clicar em canais, em busca de saberes mais imediatos, acompanhados de imagens
mais directas - é o meu caso, muitas vezes, quando não procuro outros meios de
recreação espiritual, pelas minhas estantes ou pelos artigos do Público que a
minha irmã me fornece aos domingos – só porque proporciona uma aquisição
directa do mundo, pelas imagens sobre ele, em suma, é que foi assunto tratado
com bastante acrimónia por Alberto Gonçalves e grande parte dos leitores seus
afectos, (entre os quais me incluo), mas não rigorosamente no assunto por ele hoje
versado. Não só por respeito aos que melhor ou pior ali trabalham, a muitos dos
quais me afeiçoei visualmente, mas porque de facto me dão imagens e referências do mundo,
nos noticiários distribuídos pelo dia. Se preferir completar informações ou
deleitar-me com outros programas de maior “cilindrada” cultural, posso sempre
recorrer a outros canais internacionais, naturalmente, o que, todavia,
raramente sucede, exceptuado o “Questions pour un Champion” de religioso prazer
diário. Mas não, não concordo com a acidez de Alberto Gonçalves – não só por
não dar pelas falhas que a sua competência anota – a não ser em erros de
escrita ou orais, tão frequentes (nos nossos ministros também) - mas por pensar quanto
a Televisão é um meio bem útil para as pessoas de idade encerradas nas suas
casas e sobretudo nos lares que as recolhem nos finais da vida, televisão que
lhes permite, afinal, ainda receber alguma fruição no mundo, mesmo que seja apenas através desse meio de comunicação.
Um
futuro sem a SIC Notícias
Os moços e moças
(de recados) discorrem em circuito fechado, um mundo a brincar para eles e para
os que neles reparam. No mundo a sério, não incomodam ou influenciam vivalma.
ALBERTO GONÇALVES Colunista
do Observador
OBSERVADOR, 14 dez. 2024, 00:20156
Um Inquérito
às Competências dos Adultos, a cargo da OCDE, mostra que quase metade dos
portugueses só compreende “textos curtos e listas organizadas”. Quanto a números, 40% dos
nossos compatriotas ficam-se pelos redondinhos, sem casas decimais, e são
capazes de realizar operações desde que estas consistam em adicionar e subtrair
quantidades pequenas. Não fossem os chilenos, que pelos vistos
rivalizam em destreza mental com uma bigorna, seríamos os últimos entre os 31
países estudados. Ainda assim, temos cepos para
dar e, se cepos maiores caírem na trapaça, vender.
Suspeito que boa
parte dos cepos anda pelas televisões a comentar coisas, e a parte restante a
ouvi-los. Voluntariamente desprovido da caixa que descodifica aquilo, não tenho
acesso directo a canais. O Twitter, porém, faz o favor não requisitado de me
enriquecer com uma amostra do que por aí vai, e a cada dia sou agraciado com
vídeos, abençoadamente curtos, de novos sujeitos e sujeitas, irremediavelmente
ridículos, a falar acerca de assuntos que não dominam com uma autoridade que
não possuem. Escusam de me esclarecer que sou livre de não “abrir” os vídeos em
questão: eu sei. Sucede que o pervertido
em mim gosta de assistir a um certo tipo de desastres. É o tipo de deplorável
prazer que senti ao ler – sim, confesso – a autobiografia de Zezé Camarinha. E
comparado com a vastíssima maioria dos comentadores televisivos, Zezé Camarinha
era um portento de lucidez.
Antigamente, digamos há vinte anos, teríamos por junto
uma ou duas dúzias de comentadores televisivos, bons, sofríveis, maus e
péssimos. Hoje, devem ser centenas, quase todos para lá de inacreditáveis.
Excepto pelas relíquias, estilo Paulo Portas e Marques Mendes, e aqueles com
quem me relaciono pessoal ou profissionalmente (não por coincidência os únicos
decentes), não conheço nenhum. Aos poucos, vou reconhecendo alguns.
Não lhes retenho
os nomes. Retenho o descaramento com que partilham alucinações, em geral
alinhadas com o “zeitgeist” e as respectivas direcções de informação. Em
vez de tentarem explicar – e, já agora, perceber – os factos, a regra é
torcerem-nos até os factos se adequarem aos seus desejos. “Wishful
thinking”, portanto, método que, em matéria de eficácia, está para a
análise da actualidade como o candomblé para a chuva.
Dias antes das eleições
americanas, vi, na SIC Notícias, um jovem que parecia saído dos velhos filmes
da Hammer “provar” com satisfação que Trump atingira o seu máximo nas intenções
de voto enquanto Kamala apenas poderia crescer, circunstâncias que cabalmente
previam a espectacular vitória – da candidata que perdeu por larga margem. Que
eu saiba, o jovem continua a ser chamado aos estúdios a fim de iluminar as
massas, as massas com QI similar ao dele. E o mesmo, no mesmo canal, acontece à
senhora que descreveu o ataque do Irão a Israel com “mísseis basílicos”. Ou, na
RTP, à jurista com empatia pelos Taliban e por assassinos de gestores de
empresas. Os exemplos de burlesco, ou balístico, abasteceriam dezoito crónicas.
Onde desenterram
esta gente? Uns nas universidades, dos outros não faço ideia. Porque
desenterram esta gente? Aqui tenho uma teoria, que se subdivide em duas: em
primeiro lugar, porque sai barato. Descontada a CMTV, que não finge ser
“séria” e enche manhãs, tardes e noites com conversa igualmente baratinha sobre
fofocas, “dramas do quotidiano” e bola, consta que as demais estações, RTP
incluída, acumulam prejuízos imensos. Despachar
horas e horas de emissão com palpiteiros obscuros, que cobram pouco ou nada, é
uma maneira racional de tentar controlar os gastos. Lembro que, a acreditar
na OCDE, 60% dos portugueses consegue fazer contas. Basta que um desses
cidadãos integre a administração dos canais para defender a proliferação dos
palpiteiros e introduzir certa moderação económica na “grelha” (é verdade que
não tem resultado, talvez porque os administradores que não conseguem fazer
contas asseguram a subida incessante do passivo). Palpiteiros, movidos por uns trocos ou pela vaidade inerente a
“aparecer na tv” (juro!), não faltam. O público não abunda, mas uma população
repleta de analfabetos funcionais assegura os mínimos.
Eis a minha
segunda teoria: o “superavit” de
comentadores sem aptidões nem interesse garante a apetecida escassez de
pensamento próprio. Salvo por uns
generais que, sem acertarem uma, são algo excêntricos à ortodoxia em temas
bélicos, as hordas de “especialistas” falham de mãos dadas com o discurso
dominante nos temas que calhar. Ou seja, funcionam em rigorosa sintonia com os
clichés da época, que reproduzem com a convicção dos simples. Para os donos e
os editores das televisões, que por lastro ideológico ou receio de comprometer
subsídios estatais não apreciam dissidências, é muito agradável que 98,7%
(pronto, fintem a vírgula e arredondem para 99%) da opinião reproduzida caiba
na distância que vai do “Acção Socialista” ao “Esquerda.net”. Ou do lobo
frontal ao lobo occipital do eng. Guterres.
Isto é grave?
Ora essa: a gravidade da situação, à semelhança da da Lua, roça o zero (1,62
m/s², mas quis evitar vírgulas e gatafunhos). Os moços e moças (de recados)
discorrem em circuito fechado, um mundo a brincar para eles e para os que neles
reparam. No mundo a sério, não incomodam ou influenciam vivalma. Principalmente
não beliscam a realidade, indiferente e teimosa rumo a um futuro que, como o
passado, será pródigo em maravilhas e horrores. Mas que, em princípio, não
incluirá a SIC Notícias.
COMENTÁRIOS (de 156)
Nuno José: Façam como eu, deixei de ver os canais de notícias.
Fico-me pelo Rui Ramos e o Alberto Gonçalves! E considero-me bem servido. Maria Tavares: Concordo com o cronista globalmente, longe vai o tempo
que se lia com interesse expresso ou o independente e que se podia assistir com
interesse o expresso da meia noite!! Desastre total neste momento com os
jornaleiros comentadores. Temo que esta tomada de má, péssima informação esteja
a chegar ao observador, vejo por aqui muito jornaleiro que nem tenta distinguir
entre informação e opinião pessoal. A necessidade de produzir notícias resultam
em lixo. Os cronistas e alguns especialistas vão sendo a NATA do Observador. Luis Miguel: A Sic é um canal de propaganda da esquerda. Já nem disfarçam. E com a saída de Miguel Júdice então o canal é
literalmente lixo televisivo.
AFJ: Desliguei a
televisão há 2 anos. Não conheço ninguém nascido depois de 2000 que sequer
saiba o que é a SIC notícias. Podemos estar descansados. Novo AssinanteNovo Assinante: As demonstrações financeiras de TODOS os OCS
portugueses encontram-se disponíveis no portal da transparência da ERC, por
imposição legal; as audiências de cada programa de cada OCS estão permanentemente
disponíveis na GfK que as calcula. Só
mesmo por completa ignorância e também por pertencer ao tal grupo "dos portugueses que só compreende “textos curtos e listas
organizadas” e quanto a números, 40% dos nossos compatriotas ficam-se pelos
redondinhos, sem casas decimais,...", é que foi possível o escriba
Alberto Gonçalves ter escrito tantos disparates juntos! Vitor
Batista: Façam como eu, retirei essa gente da minha "grelha"televisiva, e
tenho grandes livros sempre à mão . Novo Assinante: As afirmações feitas pelo
senhor Alberto Gonçalves sobre as audiências e resultados financeiros das nossa
TV, por comparação com outros OCS como o Observador em que escreve e que está
em situação de permanente falência técnica desde que foi criado, colocam-no tal
grupo que referiu"dos portugueses que só compreende
“textos curtos e listas organizadas” e quanto a números, 40% dos nossos
compatriotas ficam-se pelos redondinhos, sem casas decimais,...". E
não. Não vou acrescentar a maldade já feita por outros sobre a referência à
aceleração provocada pela força da gravidade, pois isso é inadequado a
completos i g n orantes como o senhor Alberto Gonçalves que a melhor formação
escolar que conseguiu obter foi uma licenciatura em sociologia, "curso
superior" que não serve para coisa nenhuma, como o próprio já aqui
reconheceu, e onde não existem exigências de Matemática ou Física; se
existissem ele nem sequer teria tentado, pois sabia que era tempo perdido. Carlos F.
Marques: O Observador também só se vai aguentando graças a alguns artigos de opinião
semanais. Infestaram a redação com wokistas, esquerdistas e seus derivados e o
resultado está à vista. Antonio
Rodrigues: Olha, fiquei a saber que a sra apreciadora dos Talibãs e de assassinos de
CEO de seguradoras tem programa na RTP, ou seja, sou eu que a pago. Boa ! Luis
Figueiredo: Totalmente de acordo. Neste momento, entre a parafernália destes canais
ditos noticiosos (porque de noticias nada tem), não há efectivamente
jornalistas. Mas comissários políticos totalmente enfeudados a interesses , que
muitos deles, são claros. Por isso, o unico jornalismo que ainda podemos ter ,
ainda que só por vezes, é nas redes sociais. E eles andam revoltados com
isso. Têm o que merecem... Luis
Santos: Deixei de ver esses canais infestados e de ler o Expresso,
por isso não posso fazer um comentário mais aprofundado... Pedro
Campos: A SIC Notícias está a transformar-se numa espécie de canal TV da
esquersa.net! Isabel
Amorim: Não há pior que a televisão. Já os meus pais não tinham, explicaram porquê
e eu continuei a tradição que se perpetua com os meus filhos. Consigo
distinguir perfeitamente quem do meu círculo de conhecidos ou amigos os que
vêem e os que optaram por não ter essa caixinha que vomita boatos, vive à custa
deles e contribui em grande para a boçalidade hoje traduzida em números que nos
põem nos 1ros dos últimos da lista. Exactamente o que os meus pais referiram
quando nos explicaram porque é que a televisão era de evitar. Alguns
portugueses têm um Presidente que subiu muito à custa dessa caixinha boateira,
aonde ele patinava com destreza e deu o exemplo aos futuros lixeiros dos
boatos, hoje é um homem acossado. Sobrevive hoje a disfarçar e a ler os temas
do Observador sobre saúde mental. Quando ouvimos os cachets milionários de
certas figuras que são pagas pelas televisões, não fico admirada com os
montantes, apesar dos milhões que foram pagas ao preço do tremoço para o
objectivo pretendido, "educar" boçais, feios, porcos e maus com uma
auto estima em grande. Resultou.
António S: Haja quem grite: “O Rei vai nu ". Obrigado pela
crónica. Ricardo
Frade: Não consegui não me lembrar do Pedro Marques Lopes, um tipo que fala demais
para aquilo que pensa. António
Lamas: Simplesmente BRILHANTE. Deixe de ver as "notícias" nas TVs tugas.
Não paga a pena. Eduardo
Cunha: Excelente crónica. AndradeBG: De facto essa torrente de
comentadores generalistas especialistas já não influencia ninguém que já tenha
acordado e refrescado a cara, mas tem um efeito tremendo no desgaste dos botões
dos comandos de televisão a tentar fugir deles. Felizes dos que resolvem o
assunto deixando a TV com aquele fundo escuro de em permanência. F. Mendes: Artigo interessante. Algumas
observações: 1. Não penso que o Marques Mendes ou o Portas sejam comentadores decentes. Da
leitura do artigo, depreende-se o contrário; o que é estranho vindo do AG, a
menos que o seu termo de comparação seja uma Carmo Afonso ou a Anabela Neves. E
mesmo assim, seria precisa uma dose generosa de boa vontade e amor Cristão
(talvez seja da Quadra Natalícia!). 2. Agora a sério: os comentadores que temos não são escolhidos por saírem
baratos; são tantos que ficam globalmente caros, mesmo trabalhando por um prato
de sopa. São escolhidos, isso sim, para nos impingirem as fantasias da
oligarquia e manipular a maioria da população que ainda assiste aos
noticiários; e desviar as atenções para temas fantasma, como andar a
discutir (potenciais?) candidatos a PR, que nem sequer existem. Coxinho: Dado que há muitos anos deixei
de ver TV portuguesa não posso apreciá-la no que ela tem (?) de válido. Mas
dado que há vários anos o avalio a si, AG, pelas qualidades da sua escrita,
gozo da legitimidade suficiente para crer na justeza e na justiça do seu
artigo. O Observador tem evoluído, pois tem, difícil será não o reconhecer -- e
nem sempre no que me parece o melhor sentido. Mas os seus textos continuam a
sustentar uma boa parcela dos leitores deste Observador. Lápis Afiado: Muito bom.....estes canais
podiam era fechar e ninguém sentia a sua falta Maria
Tubucci: Um canal cujo nome é SIC esperava o quê, Xôr AG? Realidade? Foi criado pela elite que vive
num mundo virtual "virtuoso" cor-de-rosa, só transmite desinformação,
ai perdão, a informação do dono. O que faz impressão é que a politicagem cá do
sítio esteja sempre a apaparicá-los, provavelmente vivem no mesmo mundo. Eles
não sabem o que é informação nem imparcialidade, imagine que se lembravam de
informar sobre realidade do dia-a-dia dos portugueses normais, o dono não
deixava publicar pois poderia ajudar o CH a crescer. Assim, não se mostra a
realidade e escondem-se os problemas que precisam de ser resolvidos, que irão
crescer ainda mais. Quer cepos mais cepos que este tipo de gente? Claro que, o
pessoal manda as Sics desta vida às urtigas e vai à procura da informação não
manipulada, nem vomitada, nem descontextualizada... E os restantes canais não são
muito diferentes, vão ter o mesmo fim, incluindo o Observador se resolveram
encobrir a realidade... António
Fernandes: Como sempre
excelente! Maria
Paula Silva: Muito bom, mas como não vejo televisão há mais de 25 anos, não sei quem são
essas luminárias e muito menos o Zézé Camarinha :?? João Pimentel Ferreira: A DIGI não tem SIC nem SIC
Notícias. Joao
Cadete: Aqui concordo
a 100% consigo. Filipe
Costa: A SIC, CNN,
TVI, CM, é tudo farinha do mesmo saco, produzem show's para acéfalos. A RTP é
mais grave porque eu pago para aquela porcaria continuar a alimentar uma data
de desocupados. Para ver notícias,
prefiro a FOX, BBC e outras mais à esquerda ou direita, mas pelo menos dão notícias. António
Louro: Excelente. Realista. Do melhor que
tenho lido. Em que escolas, terá essa gente andado para serem tão
"sábios"? Por8175: A CNN lusa é ainda pior do que a SIC Notícias! Hugo
Silva > Pedra Nussapato: Nada como um sábado para poder destilar a repulsa que
sente pelo AG... Essa dor crónica é irreversível. José
Paulo Castro > Novo Assinante: Às vezes, penso que o Novo Assinante é o Paulo
Baldaia... Explicaria tanto fel sobre AG. Joao
Fontes: Excepcional
análise. Parabéns, Alberto. Porque é que isto está a acontecer? É o fenómeno
dos números. Os tolos tendem a acreditar nas opiniões que mais ouvem. Se muita
gente repetir o mesmo, é para eles verdade. No fundo, a CS a fazer o trabalho
encomendado. Jose
Antonio Rodrigues do Carmo > José B Dias: basta multiplicar pela massa do comentador. Por
exemplo, a Dra Ana Gomes tem muito mais gravidade que a sra basilisco. Manuel
Magalhaes > Novo Assinante: A propósito de disparates, tenha vergonha!!! Sérgio
Cruz: Desde 2015, quando o PS, perdendo as eleições,
tomou o poder através dum golpe de estado, juntando-se à extrema-esquerda, que
deixei de perder tempo com telejornais e comentadeiros. Reconheço que hoje
estou mais bem informado e consegui reduzir a lista de filmes recomendados para
menos de metade. Obrigado à SIC, RTP e afins. José B
Dias > Maria Tavares: José B
DiasF. Mendes: Vai ter de reler ... AG não
classifica como "decentes" as duas criaturas que refere, mas antes
aqueles com quem interage pessoal ou profissionalmente. paulo
mariano: A Sic é abjecta. Um canal de comunicação de excelência no mundo da
manipulação mediática. Nos quadros deste escarro de informação pululam activistas
que dominam como ninguém as técnicas de sobrepor ideologia face aos factos.
Quase nem damos conta. É nos detalhes mais ínfimos. Por exemplo na posição e no
enquadramento das câmaras quando filmam e registam. Nas legendas dos rodapés.
No conteúdo aparentemente neutro, muitas vezes irónico, das vozes que comentam
as imagens. No "palco" extremamente bem desenhado que concebem para
promover determinadas figuras e protagonistas políticos. Etc,etc,etc.
Manipuladores e envenenadores públicos. De jornalismo e informação, zero. Carlos
Carvalho: Expressinho, sics verdadeiro lixo. O expressinho tentou que voltasse a ser
assinante sempre a baixar o preço. Nem gratuito leio Manuel
Magalhaes: Tudo o que diga respeito ao
grupo Impresa é puro lixo, é pena que um grupo que nasceu do saudosissimo
Diário Popular se tenha tornado nesta autêntica porcaria!!! Maria
Emília Ranhada Santos: Cinco estrelas, AG! Gostei
sobretudo da frontalidade e transparência que hoje são predicados de muito poucos!
São raríssimos infelizmente! Disse tudo! Totalmente verdade tudo o que disse! Escreva
sempre e escreva assim, para que pelo menos haja uma luz no meio destas trevas
aterradoras, e, talvez, com muita sorte, os donos disto tudo e das TVs também,
parem para reflectir e tomem a sã resolução de corrigir os seus erros e começar
a trazer à luz do dia, programas educativos, elucidativos, de informação e
sobretudo verdadeiros! Jorge
Espinha > Ricardo Frade: O idiota útil favorito da
esquerda Alexandre Areias: Mísseis “Basilicos” -
hilariante e revelador da imensa pobreza intelectual e civilizacional da bolha.
E, como tantas vezes acontece com gente deste calibre que nunca saiu do
conforto da paróquia, profundamente arrogantes na sua ignorância Pertinaz: Caro Alberto, A “comunicação
social” e a área da comunicação em geral está minada de acéfalos incompetentes
que foram uns autênticos cábulas na escola (vulgo: burros) e que encontraram aí
uma “vocação”, muitas vezes a pedido dos pais, quais membros da elite dirigente
de nomes sonantes e quiçá estrangeirados… 🤮🤮🤮 Kaneco
tinto: Quando dei
aulas a alunos do 12° ano a maioria não sabia multiplicar ou dividir números
decimais ou até os pôr na forma exponencial. Já nestes ninguém sabia identificar
algarismos significativos. Quanto a unidades físicas do SI era um desastre.
Unidades de pressão, sua conversão, unidades de energia e potêencia, unidades
de iluminação, etc... Era o desastre total. E assim vamos cantando e rindo.
Fico estarrecido quando ouço jornalistas de TV a ler números na casa dos
milhares ou milhões que raramente os sabem ler correctamente. Onde teriam
sacado a sua licenciaturazita?
Joaquim Almeida: Balsemão,
ao leme da SIC e do Expresso, que papelão ! É pra morrer de vergonha... Mario FigueiredoTristão: Não vai encontrar, caro Tristão. Estava apenas a ser
sarcástico. Mas sinto muito a falta na sociedade portuguesa da exposição
pública do ridículo que temos vindo a normalizar a um ponto de quase comédia
negra. Alberto Gonçalves é dos poucos que o faz. Talvez até o único, porque não
conheço ninguém mais que o esteja a fazer. Mas não goza do estatuto que, num
país de senhores doutores, lhe daria a mesma impossibilidade de ser ignorado de
um Vasco Pulido Valente. E assim, de pobres lá caminhamos nós também para cada
vez mais estúpidos. E tem vindo a ser assim, o caminho português. Porque é que
não temos mais grandes escritores? O que aconteceu à grande tradição cultural
portuguesa na escrita, no teatro, na pintura? Tenho para mim que quando uma
sociedade perde a capacidade de se autocriticar, de achar que é a "melhor
do mundo", de defender que mais nenhuma língua tem a palavra
"saudade", que os fundos europeus são a melhor forma de existirmos no
espaço económico europeu, essa sociedade emburrece e perde a capacidade de
gerar cultura. pedro
dragone: Mas qual é a
diferença entre um "falsário" que não se coíbe de mandar bitaites
sobre matérias científicas para as quais não está minimamente habilitado, tais
como medicina/epidemiologia e física/climatologia, e os "tenrinhos"
(e tenrinhas) da SIC que falam o que lhes enfiaram na cassette com que foram
programados ? Nenhuma, excepto que os "tenrinhos" ainda não tiveram
tempo de vida suficiente para adquirirem conhecimento da experiência feito, ao
passo que os falsários que andam por aí fazem da máxima "em terra de cegos
quem tem um olho é rei" um modo de vida. PS:
quem, há não sei quantas crónicas atrás, confessa ter-se inscrito num curso de
Sociologia por aversão à matemática, devia sentir um pouco de vergonha que
fosse em falar dos que mal sabem fazer contas. Por conseguinte, o Observsdor, que
também é um órgão de Comunicação Social, em matéria de nódoas também está muito
bem servido. Alberico
Lopes: Claro está: é
por artigos como os do Alberto Gonçalves que ainda mantenho a minha subscrição
do Observador! Maria
Rita Menezes: Muito bom,
cheio de humor e, infelizmente, cheio de razão! Disse tudo! Parabéns e Cpts Seknevasse: Também pertenço ao grupo dos que não têm TV em casa,
há muitos filmes e séries "em atraso" para ver quando há tempo... Com
net chega. Esporadicamente abro a rtp.pt pelas 20h, se o tema do dia justificar
muito. Sic e Expresso é de fugir... Excelente crónica!! João
Floriano: Não vejo habitualmente a SICN, mas vejo a CNN, que sendo também uma lástima
em termos de comentário, consegue mesmo assim ser melhor do que a SICN. E
divirto-me bastante com muitos cromos que por lá aparecem. Mas nem tudo é mau.
Se não fosse a TVI e a Sandra Felgueiras, possivelmente o caso das gémeas
brasileiras teria passado despercebido. Tristão: Como alguns aqui já referiram,
também deixei de ver televisão à noite, isto é, raramente o faço.
Propositadamente não tenho televisão na cozinha nem na sala de jantar, a
refeição é sagrada, à mesa é para falarmos uns com os outros - lamentavelmente
tive que conceder televisão no quarto, a minha mulher assim o sugeriu 😅 Agora, pela experiência da
minha querida mãe que não vê novelas mas que é viciada em política e que “papa”
aqueles programas todos das “notícias” aquilo é visto como futebol, os dela
estão sempre óptimos, os outros são sempre uma desgraça. Não creio que
influencie muito a tomada de posição de quem quer que se seja, trata-se de uma
bolha relativamente pequena. A maioria daqueles que aqui comentam vêm
precisamente desta bolha 😁 A esmagadora maioria, estou convencido, vê novelas e vai-se deitar que de
manhã tem que se levantar cedo, outros cmtv para ver aquela peixeirada
futebolística e os crimes e curiosidades burlescas. Sim, são programas
baratos, onde os “tudólogos” se digladiam entre si, mas atenção, há também
muito boa gente que lá vai quer de um lado quer do outro, nem tudo é mau, o
problema como em quase tudo, é o excesso.
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