domingo, 15 de dezembro de 2024

Televisão, a quanto obrigas!

 

Só porque se trata de um meio de comunicação de facilidade, que nos põe sentados no sofá, a escutar ou só a olhar, ou a clicar em canais, em busca de saberes mais imediatos, acompanhados de imagens mais directas - é o meu caso, muitas vezes, quando não procuro outros meios de recreação espiritual, pelas minhas estantes ou pelos artigos do Público que a minha irmã me fornece aos domingos – só porque proporciona uma aquisição directa do mundo, pelas imagens sobre ele, em suma, é que foi assunto tratado com bastante acrimónia por Alberto Gonçalves e grande parte dos leitores seus afectos, (entre os quais me incluo), mas não rigorosamente no assunto por ele hoje versado. Não só por respeito aos que melhor ou pior ali trabalham, a muitos dos quais me afeiçoei visualmente, mas porque de facto me dão imagens e referências do mundo, nos noticiários distribuídos pelo dia. Se preferir completar informações ou deleitar-me com outros programas de maior “cilindrada” cultural, posso sempre recorrer a outros canais internacionais, naturalmente, o que, todavia, raramente sucede, exceptuado o “Questions pour un Champion” de religioso prazer diário. Mas não, não concordo com a acidez de Alberto Gonçalves – não só por não dar pelas falhas que a sua competência anota – a não ser em erros de escrita ou orais, tão frequentes (nos nossos ministros também) - mas por pensar quanto a Televisão é um meio bem útil para as pessoas de idade encerradas nas suas casas e sobretudo nos lares que as recolhem nos finais da vida, televisão que lhes permite, afinal, ainda receber alguma fruição no mundo, mesmo que seja apenas através desse meio de comunicação.

Um futuro sem a SIC Notícias

Os moços e moças (de recados) discorrem em circuito fechado, um mundo a brincar para eles e para os que neles reparam. No mundo a sério, não incomodam ou influenciam vivalma.

ALBERTO GONÇALVES Colunista do Observador

OBSERVADOR, 14 dez. 2024, 00:20156

Um Inquérito às Competências dos Adultos, a cargo da OCDE, mostra que quase metade dos portugueses só compreende “textos curtos e listas organizadas”. Quanto a números, 40% dos nossos compatriotas ficam-se pelos redondinhos, sem casas decimais, e são capazes de realizar operações desde que estas consistam em adicionar e subtrair quantidades pequenas. Não fossem os chilenos, que pelos vistos rivalizam em destreza mental com uma bigorna, seríamos os últimos entre os 31 países estudados. Ainda assim, temos cepos para dar e, se cepos maiores caírem na trapaça, vender.

Suspeito que boa parte dos cepos anda pelas televisões a comentar coisas, e a parte restante a ouvi-los. Voluntariamente desprovido da caixa que descodifica aquilo, não tenho acesso directo a canais. O Twitter, porém, faz o favor não requisitado de me enriquecer com uma amostra do que por aí vai, e a cada dia sou agraciado com vídeos, abençoadamente curtos, de novos sujeitos e sujeitas, irremediavelmente ridículos, a falar acerca de assuntos que não dominam com uma autoridade que não possuem. Escusam de me esclarecer que sou livre de não “abrir” os vídeos em questão: eu sei. Sucede que o pervertido em mim gosta de assistir a um certo tipo de desastres. É o tipo de deplorável prazer que senti ao ler – sim, confesso – a autobiografia de Zezé Camarinha. E comparado com a vastíssima maioria dos comentadores televisivos, Zezé Camarinha era um portento de lucidez.

Antigamente, digamos há vinte anos, teríamos por junto uma ou duas dúzias de comentadores televisivos, bons, sofríveis, maus e péssimos. Hoje, devem ser centenas, quase todos para lá de inacreditáveis. Excepto pelas relíquias, estilo Paulo Portas e Marques Mendes, e aqueles com quem me relaciono pessoal ou profissionalmente (não por coincidência os únicos decentes), não conheço nenhum. Aos poucos, vou reconhecendo alguns.

Não lhes retenho os nomes. Retenho o descaramento com que partilham alucinações, em geral alinhadas com o “zeitgeist” e as respectivas direcções de informação. Em vez de tentarem explicar – e, já agora, perceber – os factos, a regra é torcerem-nos até os factos se adequarem aos seus desejos. “Wishful thinking”, portanto, método que, em matéria de eficácia, está para a análise da actualidade como o candomblé para a chuva.

Dias antes das eleições americanas, vi, na SIC Notícias, um jovem que parecia saído dos velhos filmes da Hammer “provar” com satisfação que Trump atingira o seu máximo nas intenções de voto enquanto Kamala apenas poderia crescer, circunstâncias que cabalmente previam a espectacular vitória – da candidata que perdeu por larga margem. Que eu saiba, o jovem continua a ser chamado aos estúdios a fim de iluminar as massas, as massas com QI similar ao dele. E o mesmo, no mesmo canal, acontece à senhora que descreveu o ataque do Irão a Israel com “mísseis basílicos”. Ou, na RTP, à jurista com empatia pelos Taliban e por assassinos de gestores de empresas. Os exemplos de burlesco, ou balístico, abasteceriam dezoito crónicas.

Onde desenterram esta gente? Uns nas universidades, dos outros não faço ideia. Porque desenterram esta gente? Aqui tenho uma teoria, que se subdivide em duas: em primeiro lugar, porque sai barato. Descontada a CMTV, que não finge ser “séria” e enche manhãs, tardes e noites com conversa igualmente baratinha sobre fofocas, “dramas do quotidiano” e bola, consta que as demais estações, RTP incluída, acumulam prejuízos imensos. Despachar horas e horas de emissão com palpiteiros obscuros, que cobram pouco ou nada, é uma maneira racional de tentar controlar os gastos. Lembro que, a acreditar na OCDE, 60% dos portugueses consegue fazer contas. Basta que um desses cidadãos integre a administração dos canais para defender a proliferação dos palpiteiros e introduzir certa moderação económica na “grelha” (é verdade que não tem resultado, talvez porque os administradores que não conseguem fazer contas asseguram a subida incessante do passivo). Palpiteiros, movidos por uns trocos ou pela vaidade inerente a “aparecer na tv” (juro!), não faltam. O público não abunda, mas uma população repleta de analfabetos funcionais assegura os mínimos.

Eis a minha segunda teoria: o “superavit” de comentadores sem aptidões nem interesse garante a apetecida escassez de pensamento próprio. Salvo por uns generais que, sem acertarem uma, são algo excêntricos à ortodoxia em temas bélicos, as hordas de “especialistas” falham de mãos dadas com o discurso dominante nos temas que calhar. Ou seja, funcionam em rigorosa sintonia com os clichés da época, que reproduzem com a convicção dos simples. Para os donos e os editores das televisões, que por lastro ideológico ou receio de comprometer subsídios estatais não apreciam dissidências, é muito agradável que 98,7% (pronto, fintem a vírgula e arredondem para 99%) da opinião reproduzida caiba na distância que vai do “Acção Socialista” ao “Esquerda.net”. Ou do lobo frontal ao lobo occipital do eng. Guterres.

Isto é grave? Ora essa: a gravidade da situação, à semelhança da da Lua, roça o zero (1,62 m/s², mas quis evitar vírgulas e gatafunhos). Os moços e moças (de recados) discorrem em circuito fechado, um mundo a brincar para eles e para os que neles reparam. No mundo a sério, não incomodam ou influenciam vivalma. Principalmente não beliscam a realidade, indiferente e teimosa rumo a um futuro que, como o passado, será pródigo em maravilhas e horrores. Mas que, em princípio, não incluirá a SIC Notícias.

COMENTÁRIOS (de 156)

Nuno José: Façam como eu, deixei de ver os canais de notícias. Fico-me pelo Rui Ramos e o Alberto Gonçalves! E considero-me bem servido.                Maria Tavares: Concordo com o cronista globalmente, longe vai o tempo que se lia com interesse expresso ou o independente e que se podia assistir com interesse o expresso da meia noite!! Desastre total neste momento com os jornaleiros comentadores. Temo que esta tomada de má, péssima informação esteja a chegar ao observador, vejo por aqui muito jornaleiro que nem tenta distinguir entre informação e opinião pessoal. A necessidade de produzir notícias resultam em lixo. Os cronistas e alguns especialistas vão sendo a NATA do Observador.                 Luis Miguel: A Sic é um canal de propaganda da esquerda. Já nem disfarçam. E com a saída de Miguel Júdice então o canal é literalmente lixo televisivo.                AFJ: Desliguei a televisão há 2 anos. Não conheço ninguém nascido depois de 2000 que sequer saiba o que é a SIC notícias. Podemos estar descansados.                Novo AssinanteNovo Assinante: As demonstrações financeiras de TODOS os OCS portugueses encontram-se disponíveis no portal da transparência da ERC, por imposição legal; as audiências de cada programa de cada OCS estão permanentemente disponíveis na GfK que as calcula. Só mesmo por completa ignorância e também por pertencer ao tal grupo "dos portugueses que só compreende “textos curtos e listas organizadas” e quanto a números, 40% dos nossos compatriotas ficam-se pelos redondinhos, sem casas decimais,...", é que foi possível o escriba Alberto Gonçalves ter escrito tantos disparates juntos!                Vitor Batista: Façam como eu, retirei essa gente da minha "grelha"televisiva, e tenho grandes livros sempre à mão .              Novo Assinante: As afirmações feitas pelo senhor Alberto Gonçalves sobre as audiências e resultados financeiros das nossa TV, por comparação com outros OCS como o Observador em que escreve e que está em situação de permanente falência técnica desde que foi criado, colocam-no tal grupo que referiu"dos portugueses que só compreende “textos curtos e listas organizadas” e quanto a números, 40% dos nossos compatriotas ficam-se pelos redondinhos, sem casas decimais,...". E não. Não vou acrescentar a maldade já feita por outros sobre a referência à aceleração provocada pela força da gravidade, pois isso é inadequado a completos i g n orantes como o senhor Alberto Gonçalves que a melhor formação escolar que conseguiu obter foi uma licenciatura em sociologia, "curso superior" que não serve para coisa nenhuma, como o próprio já aqui reconheceu, e onde não existem exigências de Matemática ou Física; se existissem ele nem sequer teria tentado, pois sabia que era tempo perdido.                   Carlos F. Marques: O Observador também só se vai aguentando graças a alguns artigos de opinião semanais. Infestaram a redação com wokistas, esquerdistas e seus derivados e o resultado está à vista.               Antonio Rodrigues: Olha, fiquei a saber que a sra apreciadora dos Talibãs e de assassinos de CEO de seguradoras tem programa na RTP, ou seja, sou eu que a pago. Boa !                Luis Figueiredo: Totalmente de acordo. Neste momento, entre a parafernália destes canais ditos noticiosos (porque de noticias nada tem), não há efectivamente jornalistas. Mas comissários políticos totalmente enfeudados a interesses , que muitos deles, são claros. Por isso, o unico jornalismo que ainda podemos ter , ainda que só por vezes,  é nas redes sociais. E eles andam revoltados com isso. Têm o que merecem...                        Luis Santos: Deixei de ver esses canais infestados e de ler o Expresso, por isso não posso fazer um comentário mais aprofundado...                 Pedro Campos: A SIC Notícias está a transformar-se numa espécie de canal TV da esquersa.net!                Isabel Amorim: Não há pior que a televisão. Já os meus pais não tinham, explicaram porquê e eu continuei a tradição que se perpetua com os meus filhos. Consigo distinguir perfeitamente quem do meu círculo de conhecidos ou amigos os que vêem e os que optaram por não ter essa caixinha que vomita boatos, vive à custa deles e contribui em grande para a boçalidade hoje traduzida em números que nos põem nos 1ros dos últimos da lista. Exactamente o que os meus pais referiram quando nos explicaram porque é que a televisão era de evitar. Alguns portugueses têm um Presidente que subiu muito à custa dessa caixinha boateira, aonde ele patinava com destreza e deu o exemplo aos futuros lixeiros dos boatos, hoje é um homem acossado. Sobrevive hoje a disfarçar e a ler os temas do Observador sobre saúde mental. Quando ouvimos os cachets milionários de certas figuras que são pagas pelas televisões, não fico admirada com os montantes, apesar dos milhões que foram pagas ao preço do tremoço para o objectivo pretendido, "educar" boçais, feios, porcos e maus com uma auto estima em grande. Resultou.                António S: Haja quem grite: “O Rei vai nu ". Obrigado pela crónica.                Ricardo Frade: Não consegui não me lembrar do Pedro Marques Lopes, um tipo que fala demais para aquilo que pensa.                 António Lamas: Simplesmente BRILHANTE. Deixe de ver as "notícias" nas TVs tugas. Não paga a pena.                Eduardo Cunha: Excelente crónica.              AndradeBG: De facto essa torrente de comentadores generalistas especialistas já não influencia ninguém que já tenha acordado e refrescado a cara, mas tem um efeito tremendo no desgaste dos botões dos comandos de televisão a tentar fugir deles. Felizes dos que resolvem o assunto deixando a TV com aquele fundo escuro de em permanência.         F. Mendes: Artigo interessante. Algumas observações: 1. Não penso que o Marques Mendes ou o Portas sejam comentadores decentes. Da leitura do artigo, depreende-se o contrário; o que é estranho vindo do AG, a menos que o seu termo de comparação seja uma Carmo Afonso ou a Anabela Neves. E mesmo assim, seria precisa uma dose generosa de boa vontade e amor Cristão (talvez seja da Quadra Natalícia!). 2. Agora a sério: os comentadores que temos não são escolhidos por saírem baratos; são tantos que ficam globalmente caros, mesmo trabalhando por um prato de sopa. São escolhidos, isso sim, para nos impingirem as fantasias da oligarquia e manipular a maioria da população que ainda assiste aos noticiários; e desviar as atenções para temas fantasma, como andar a discutir (potenciais?) candidatos a PR, que nem sequer existem.                   Coxinho: Dado que há muitos anos deixei de ver TV portuguesa não posso apreciá-la no que ela tem (?) de válido. Mas dado que há vários anos o avalio a si, AG, pelas qualidades da sua escrita, gozo da legitimidade suficiente para crer na justeza e na justiça do seu artigo. O Observador tem evoluído, pois tem, difícil será não o reconhecer -- e nem sempre no que me parece o melhor sentido. Mas os seus textos continuam a sustentar uma boa parcela dos leitores deste Observador.                Lápis Afiado: Muito bom.....estes canais podiam era fechar e ninguém sentia a sua falta               Maria Tubucci: Um canal cujo nome é SIC esperava o quê, Xôr AG? Realidade? Foi criado pela elite que vive num mundo virtual "virtuoso" cor-de-rosa, só transmite desinformação, ai perdão, a informação do dono. O que faz impressão é que a politicagem cá do sítio esteja sempre a apaparicá-los, provavelmente vivem no mesmo mundo. Eles não sabem o que é informação nem imparcialidade, imagine que se lembravam de informar sobre realidade do dia-a-dia dos portugueses normais, o dono não deixava publicar pois poderia ajudar o CH a crescer. Assim, não se mostra a realidade e escondem-se os problemas que precisam de ser resolvidos, que irão crescer ainda mais. Quer cepos mais cepos que este tipo de gente? Claro que, o pessoal manda as Sics desta vida às urtigas e vai à procura da informação não manipulada, nem vomitada, nem descontextualizada... E os restantes canais não são muito diferentes, vão ter o mesmo fim, incluindo o Observador se resolveram encobrir a realidade...                 António Fernandes: Como sempre excelente!                 Maria Paula Silva: Muito bom, mas como não vejo televisão há mais de 25 anos, não sei quem são essas luminárias e muito menos o Zézé Camarinha :??              João Pimentel Ferreira: A DIGI não tem SIC nem SIC Notícias.                  Joao Cadete: Aqui concordo a 100% consigo.               Filipe Costa: A SIC, CNN, TVI, CM, é tudo farinha do mesmo saco, produzem show's para acéfalos. A RTP é mais grave porque eu pago para aquela porcaria continuar a alimentar uma data de desocupados. Para ver notícias, prefiro a FOX, BBC e outras mais à esquerda ou direita, mas pelo menos dão notícias.                   António Louro: Excelente. Realista. Do melhor que tenho lido. Em que escolas, terá essa gente andado para serem tão "sábios"?                Por8175: A CNN lusa é ainda pior do que a SIC Notícias!                 Hugo Silva > Pedra Nussapato: Nada como um sábado para poder destilar a repulsa que sente pelo AG... Essa dor crónica é irreversível.                        José Paulo Castro > Novo Assinante: Às vezes, penso que o Novo Assinante é o Paulo Baldaia... Explicaria tanto fel sobre AG.                 Joao Fontes: Excepcional análise. Parabéns, Alberto. Porque é que isto está a acontecer? É o fenómeno dos números. Os tolos tendem a acreditar nas opiniões que mais ouvem. Se muita gente repetir o mesmo, é para eles verdade. No fundo, a CS a fazer o trabalho encomendado.                Jose Antonio Rodrigues do Carmo > José B Dias: basta multiplicar pela massa do comentador. Por exemplo, a Dra Ana Gomes tem muito mais gravidade que a sra basilisco.                 Manuel Magalhaes > Novo Assinante: A propósito de disparates, tenha vergonha!!!                 Sérgio Cruz:  Desde 2015, quando o PS, perdendo as eleições, tomou o poder através dum golpe de estado, juntando-se à extrema-esquerda, que deixei de perder tempo com telejornais e comentadeiros. Reconheço que hoje estou mais bem informado e consegui reduzir a lista de filmes recomendados para menos de metade. Obrigado à SIC, RTP e afins.               José B Dias > Maria Tavares: José B DiasF. Mendes: Vai ter de reler ... AG não classifica como "decentes" as duas criaturas que refere, mas antes aqueles com quem interage pessoal ou profissionalmente.                  paulo mariano: A Sic é abjecta. Um canal de comunicação de excelência no mundo da manipulação mediática. Nos quadros deste escarro de informação pululam activistas que dominam como ninguém as técnicas de sobrepor ideologia face aos factos. Quase nem damos conta. É nos detalhes mais ínfimos. Por exemplo na posição e no enquadramento das câmaras quando filmam e registam. Nas legendas dos rodapés. No conteúdo aparentemente neutro, muitas vezes irónico, das vozes que comentam as imagens. No "palco" extremamente bem desenhado que concebem para promover determinadas figuras e protagonistas políticos. Etc,etc,etc. Manipuladores e envenenadores públicos. De jornalismo e informação, zero.                       Carlos Carvalho: Expressinho, sics verdadeiro lixo. O expressinho tentou que voltasse a ser assinante sempre a baixar o preço. Nem gratuito leio              Manuel Magalhaes:  Tudo o que diga respeito ao grupo Impresa é puro lixo, é pena que um grupo que nasceu do saudosissimo Diário Popular se tenha tornado nesta autêntica porcaria!!!               Maria Emília Ranhada Santos: Cinco estrelas, AG! Gostei sobretudo da frontalidade e transparência que hoje são predicados de muito poucos! São raríssimos infelizmente! Disse tudo! Totalmente verdade tudo o que disse! Escreva sempre e escreva assim, para que pelo menos haja uma luz no meio destas trevas aterradoras, e, talvez, com muita sorte, os donos disto tudo e das TVs também, parem para reflectir e tomem a sã resolução de corrigir os seus erros e começar a trazer à luz do dia, programas educativos, elucidativos, de informação e sobretudo verdadeiros!                 Jorge Espinha > Ricardo Frade: O idiota útil favorito da esquerda                   Alexandre Areias: Mísseis “Basilicos” - hilariante e revelador da imensa pobreza intelectual e civilizacional da bolha. E, como tantas vezes acontece com gente deste calibre que nunca saiu do conforto da paróquia, profundamente arrogantes na sua ignorância               Pertinaz: Caro Alberto, A “comunicação social” e a área da comunicação em geral está minada de acéfalos incompetentes que foram uns autênticos cábulas na escola (vulgo: burros) e que encontraram aí uma “vocação”, muitas vezes a pedido dos pais, quais membros da elite dirigente de nomes sonantes e quiçá estrangeirados… 🤮🤮🤮                Kaneco tinto: Quando dei aulas a alunos do 12° ano a maioria não sabia multiplicar ou dividir números decimais ou até os pôr na forma exponencial. Já nestes ninguém sabia identificar algarismos significativos. Quanto a unidades físicas do SI era um desastre. Unidades de pressão, sua conversão, unidades de energia e potêencia, unidades de iluminação, etc... Era o desastre total. E assim vamos cantando e rindo. Fico estarrecido quando ouço jornalistas de TV a ler números na casa dos milhares ou milhões que raramente os sabem ler correctamente. Onde teriam sacado a sua licenciaturazita?                 Joaquim Almeida: Balsemão, ao leme da SIC e do Expresso, que papelão ! É pra morrer de vergonha...                  Mario FigueiredoTristão: Não vai encontrar, caro Tristão. Estava apenas a ser sarcástico. Mas sinto muito a falta na sociedade portuguesa da exposição pública do ridículo que temos vindo a normalizar a um ponto de quase comédia negra. Alberto Gonçalves é dos poucos que o faz. Talvez até o único, porque não conheço ninguém mais que o esteja a fazer. Mas não goza do estatuto que, num país de senhores doutores, lhe daria a mesma impossibilidade de ser ignorado de um Vasco Pulido Valente. E assim, de pobres lá caminhamos nós também para cada vez mais estúpidos. E tem vindo a ser assim, o caminho português. Porque é que não temos mais grandes escritores? O que aconteceu à grande tradição cultural portuguesa na escrita, no teatro, na pintura? Tenho para mim que quando uma sociedade perde a capacidade de se autocriticar, de achar que é a "melhor do mundo", de defender que mais nenhuma língua tem a palavra "saudade", que os fundos europeus são a melhor forma de existirmos no espaço económico europeu, essa sociedade emburrece e perde a capacidade de gerar cultura.                      pedro dragone: Mas qual é a diferença entre um "falsário" que não se coíbe de mandar bitaites sobre matérias científicas para as quais não está minimamente habilitado, tais como medicina/epidemiologia e física/climatologia, e os "tenrinhos" (e tenrinhas) da SIC que falam o que lhes enfiaram na cassette com que foram programados ? Nenhuma, excepto que os "tenrinhos" ainda não tiveram tempo de vida suficiente para adquirirem conhecimento da experiência feito, ao passo que os falsários que andam por aí fazem da máxima "em terra de cegos quem tem um olho é rei" um modo de vida. PS: quem, há não sei quantas crónicas atrás, confessa ter-se inscrito num curso de Sociologia por aversão à matemática, devia sentir um pouco de vergonha que fosse em falar dos que mal sabem fazer contas. Por conseguinte, o Observsdor, que também é um órgão de Comunicação Social, em matéria de nódoas também está muito bem servido.                   Alberico Lopes: Claro está: é por artigos como os do Alberto Gonçalves que ainda mantenho a minha subscrição do Observador!                   Maria Rita Menezes: Muito bom, cheio de humor e, infelizmente, cheio de razão! Disse tudo! Parabéns e Cpts                     Seknevasse: Também pertenço ao grupo dos que não têm TV em casa, há muitos filmes e séries "em atraso" para ver quando há tempo... Com net chega. Esporadicamente abro a rtp.pt pelas 20h, se o tema do dia justificar muito. Sic e Expresso é de fugir... Excelente crónica!!               João Floriano: Não vejo habitualmente a SICN, mas vejo a CNN, que sendo também uma lástima em termos de comentário, consegue mesmo assim ser melhor do que a SICN. E divirto-me bastante com muitos cromos que por lá aparecem. Mas nem tudo é mau. Se não fosse a TVI e a Sandra Felgueiras, possivelmente o caso das gémeas brasileiras teria passado despercebido.                Tristão: Como alguns aqui já referiram, também deixei de ver televisão à noite, isto é, raramente o faço. Propositadamente não tenho televisão na cozinha nem na sala de jantar, a refeição é sagrada, à mesa é para falarmos uns com os outros - lamentavelmente tive que conceder televisão no quarto, a minha mulher assim o sugeriu 😅 Agora, pela experiência da minha querida mãe que não vê novelas mas que é viciada em política e que “papa” aqueles programas todos das “notícias” aquilo é visto como futebol, os dela estão sempre óptimos, os outros são sempre uma desgraça. Não creio que influencie muito a tomada de posição de quem quer que se seja, trata-se de uma bolha relativamente pequena. A maioria daqueles que aqui comentam vêm precisamente desta bolha 😁 A esmagadora maioria, estou convencido, vê novelas e vai-se deitar que de manhã tem que se levantar cedo, outros cmtv para ver aquela peixeirada futebolística e os crimes e curiosidades burlescas.  Sim, são programas baratos, onde os “tudólogos” se digladiam entre si, mas atenção, há também muito boa gente que lá vai quer de um lado quer do outro, nem tudo é mau, o problema como em quase tudo, é o excesso.

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