terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Em torno da guerra

 

Da Ucrânia e previsíveis.

I-Finlândia reforça laços militares com os EUA após aviso de Putin

Laços com os EUA melhoram "significativamente a capacidade de agir em conjunto em todas as situações". Presidente russo avisou que haverá problemas.

AGÊNCIA LUSA Texto

OBSERVADOR, 18 dez. 2023, 20:35  

Finlândia aderiu à NATO em abril deste ano ALEXANDER ZEMLIANICHENKO / POOL/EPA

A Finlândia assinou esta segunda-feira um acordo para reforçar a cooperação militar com os EUA, um dia depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter anunciado um reforço militar em resposta à adesão à NATO do país escandinavo.

O acordo — assinado em Washington e que formaliza laços mais estreitos entre Washington e Helsínquia — foi saudado pelo ministro da Defesa finlandês, Antti Hakkanen, como “um forte sinal do compromisso dos Estados Unidos na defesa da Finlândia e de toda a Europa do Norte”.

“Não esperamos que os Estados Unidos cuidem da defesa da Finlândia”, acrescentou Hakkanen, recordando que “este acordo melhora significativamente a capacidade de agir em conjunto em todas as situações”.

A Finlândiaque repeliu a invasão soviética no inverno de 1939-1940evitou aderir à NATO durante décadas, procurando não antagonizar o seu vizinho.

Contudo, as relações entre os dois países deterioraram-se consideravelmente desde fevereiro de 2022, com a invasão russa da Ucrânia, levando a Finlândia a aderir à NATO em abril deste ano.

No domingo, Vladimir Putin acusou o Ocidente de ter “arrastado a Finlândia para a NATO” e afirmou que esta adesão criaria problemas onde eles não existiam até agora.

O Presidente russo também anunciou a criação de um distrito militar russo perto da Finlândia, com os dois países a partilhar uma fronteira de 1.340 quilómetros de extensão.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que esteve presente na assinatura do acordo, disse que a Finlândia “sabe quase melhor do que ninguém o que está em jogo para a Ucrânia”.

“Em 1939, os finlandeses também enfrentaram uma invasão russa e provaram que uma nação livre pode oferecer uma resistência incrivelmente poderosa”, explicou Blinken.

Blinken e a ministra dos Negócios Estrangeiros finlandesa, Elina Valtonen, renovaram o seu apoio à entrada na NATO da Suécia, que lançou a sua candidatura ao lado da Finlândia, mas cujo processo de adesão tem sido adiado por reservas por parte da Turquia.

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II-Mais extractos – do OBSERVADOR - a propósito da Rússia e da sua guerra actual:


1-(Porque será?)

De acordo com o The Guardian, os tribunais russos suspenderam sete audiências judiciais esta segunda-feira “até que o paradeiro (de Navalny) seja estabelecido”, afirmaram os advogados. De acordo com a assessora de Navalny, a equipa de advogados enviou, até ao momento, pedidos a quase 200 centros de detenção preventiva do país à procura do político, mas não foram bem-sucedidos.

 

2- Rússia "esconde" viaturas na frente de combate com "peruca"

A nova estratégia da Rússia passa por colocar uma cobertura nas viaturas que apoiam a frente de combate, permitindo que se escondam do inimigo. Especialistas dizem que medida não resulta.

 

3 - RÚSSIA-UCRÂNIA Famílias de soldados russos apelam ao seu regresso e fim da guerra

Um grupo de famílias de soldados russos mobilizados na Ucrânia apelou ao regresso dos seus familiares num canal de Telegram, exigindo ao Presidente russo, Vladimir Putin, que acabe com a guerra.

Os membros do canal de Telegram “Caminho para Casa” (Put’ Domoi), composto maioritariamente pelas esposas e mães dos soldados mobilizados, acusaram Putin de “levar as pessoas ao limite”, exigindo o fim do que o Kremlin insiste em chamar de “operação militar especial”. “Nós, russos, já não temos esperança sob a sua liderança. Sente-se à mesa de negociações“, afirmou o grupo através de uma mensagem dirigida ao líder russo.“Deixe-nos viver em paz! Ou vá você mesmo para a linha da frente e morra lá”, acrescentaram. Cerca de 300 mil reservistas foram chamados para aumentar o número de tropas russas na Ucrânia, no âmbito da mobilização parcial anunciada por Putin, em setembro de 2022. A mensagem do grupo “Caminho para Casa” foi acompanhada por um vídeo de um alegado soldado russo mobilizado que manifestou o seu desapontamento pelo facto de Putin ter ignorado o pedido de um limite de serviço de um ano para os soldados mobilizados.

 

4 - Putin diz que não tem interesse em atacar NATO - 17 dez. 2023 , por Agência Lusa

 

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