De uma figura feminina que apreciei, em tempos, sensata, como se revela também, na entrevista de hoje.
Assunção Cristas: "Coligação
pré-eleitoral PSD-CDS é um caminho possível"
Texto de INÊS ANDRÉ FIGUEIREDO, MARIANA LIMA CUNHA, MIGUEL VITERBO DIAS E RUI PEDRO ANTUNES
Cristas afasta ser ministra, mas defende coligação à direita. Elogia
Passos, mas acredita que Montenegro pode chegar lá. Prefere Carneiro a Pedro
Nuno. E Portas em Belém seria "sorte" para o País.
DIOGO VENTURA/OBSERVADOR
OBSERVADOR, 01 dez. 2023, 18:243
A antiga ministra e líder do CDS defende
uma coligação pré-eleitoral entre o PSD e o CDS, naquilo que
considera ser uma oportunidade especial de afastar o PS do poder. Em entrevista
ao programa Vichyssoise, da Rádio Observador, Assunção Cristas, lembra que o
sistema eleitoral favorece as coligações e lembra ainda à Iniciativa Liberal o
que aconteceu em Lisboa, em que ficaram de fora e PSD e CDS governam liderados
por Carlos Moedas. Com o Chega, não quer conversas.
Assunção Cristas diz que não está, neste momento, nos seus planos
abandonar a vida profissional e voltar a governante, mas que há vários quadros
de qualidade no CDS que podem integrar um Governo. Sobre a liderança do PS, a
antiga presidente do CDS diz que é muito mais fácil fazer acordos de regime com
José Luís Carneiro, de uma “ala mais moderada”, do que com Pedro Nuno Santos
que defende uma geringonça que “tanto mal fez ao País”.
Sobre as presidenciais diz que apoiará incondicionalmente Paulo Portas
se decidir avançar e acrescenta que Portugal teria “muita sorte enquanto país se pudermos vir a contar com Paulo Portas na
Presidência.”
“Coligação PSD/CDS é um caminho. Todos os
mandatos contam”
Assunção Cristas foi ministra de um
Governo de coligação e fez campanha em 2015 em coligação pré-eleitoral.
Concorda com Nuno Melo, quando este defende que a melhor solução é uma
coligação pré-eleitoral com o PSD?
Estamos
numa situação muito especial, também para o CDS, mas mais importante do que
para o partido, especialíssima para o país e onde as pessoas vão ser chamadas a
decidir se querem continuar com uma governação à esquerda ou se querem passar
para uma governação à direita, de uma direita moderada e responsável,
sensata e experiente. E nesse contexto, que [a coligação pré-eleitoral] é
um caminho possível. Caberá aos líderes partidários em causa fazerem as
conversas que eventualmente haja a fazer e o mais importante é que as
pessoas percebam o contributo que cada partido, de todo o espectro político
pode vir a dar e as consequências que daí decorrerão. Para o CDS, que
obviamente tem experiência de Governo e Parlamento, o mais importante é poder
voltar a ter uma representação no Parlamento com as suas ideias e com as
pessoas que tem que são muitíssimo competentes. A maneira como isso vai
acontecer, pois esse é um tema que só os actuais líderes poderão decidir.
Disse que era possível a pré-coligação,
podemos depreender pelas suas palavras que é também desejável porque poderia
favorecer e potenciar um maior número de mandatos à direita.
Isso
não é novidade, no sentido em que o nosso sistema eleitoral favorece essa
junção. E este momento é especialmente sensível para o país, onde todos os
mandatos, todos os votos vão poder fazer a diferença. Agora, não é o único
caminho. É importante haver mensagens claras e pessoas empenhadas, que dêem a
cara por essas mensagens e felizmente o CDS já demonstrou no passado que está a
fazer o seu caminho.
Percebe a hesitação do PSD relativamente
a uma solução deste género?
Não
me compete estar a fazer comentários sobre aquilo que é a posição do PSD. Cada
partido quer ter o melhor desempenho possível e oferecer uma solução
alternativa para o País. Parece-me muito claro, como já aconteceu noutras
eleições, que os temas se vão jogar fortemente em blocos. E aqui há que
encontrar as soluções que melhor ajudam a favorecer uma governação. Obviamente que o Parlamento é muito importante. A
representação no Parlamento é imprescindível e tem um papel muito relevante,
como aliás temos visto, mas também é importante encontrar soluções que do
Parlamento possam suportar os governos. Portanto, aí cada um tem de fazer a sua
melhor solução.
DIOGO VENTURA/OBSERVADOR
Mas o que é que um partido tão
enfraquecido como o CDS pode oferecer aos seus parceiros?
O que é preciso saber é o que o CDS tem
para oferecer ao País. Penso que tem aquilo pelo qual é reconhecido: tem
competência, tem pessoas de qualidade, experientes, competentes nas suas áreas
profissionais e muitas delas experimentadas no Parlamento e na governação e,
portanto, são um valor seguro para um momento em que se procura uma efetiva
alternativa a muitos anos de uma governação que não provou responder aos
desafios do país.
E o facto de a Iniciativa Liberal se excluir à partida
de uma solução deste género não enfraquece a eventual coligação?
Cada um tem
de fazer as suas reflexões.
E já agora se não enfraquece a ideia de
uma direita unida?
Cada
um tem de retirar consequências de decisões que já teve no passado. Por
exemplo: veja-se o que aconteceu na câmara de Lisboa. Podíamos ter uma
governação mais reforçada e mais interessante. O actual Executivo camarário
está a fazer um grande trabalho apesar de não ter conseguido ter o apoio
maioritário que, talvez com uma frente mais alargada, tivesse sido mais fácil
de alcançar. Mas isso, cada um terá de fazer as suas reflexões e depois
também explicar as suas escolhas. IL fora da coligação?
Entende que os liberais estão mais
preocupados em conquistar lugares do que propriamente em afastar o PS do poder?
É
natural que todos queiram afirmar posições. É uma coisa que é da natureza
humana e da natureza dos partidos. Este é um momento especialmente sensível
para se pensar de forma bastante pragmática e, olhando para aquilo que o país e
que as pessoas querem, ter soluções claras. E também a este nível. E portanto,
este deve ser um aspecto norteador e inspirador.
A direita tem então de pensar num bem
maior em vez dos interesses partidários?
Neste momento era muito importante
que o país pudesse, definitivamente, virar a página do socialismo. E isso é
mais fácil conseguir quando há, com muita clareza, um projecto forte
alternativa. Não há uma única maneira de o alcançar. Agora, é importante que as
coisas sejam claras e haja eficácia.
Voltar a ser ministra? “Nada me afastará da minha vida profissional”
Mudou de vida nos últimos anos, mas aceitaria integrar as listas do partido nas
próximas legislativas?
O CDS tem muitas pessoas boas,
felizmente, muitas que já passaram pelo Parlamento e pelo Governo e outras que
eu ainda espero que possam vir a passar. E, portanto, não faria sentido agora,
depois de estar afastada há dois anos, e de ter voltado à minha vida profissional,
académica e de advocacia, e de estar muito empenhada nessas duas frentes, estar
agora a voltar a outro momento. Sempre olhei para a política como um serviço e
como algo em que se está ou não se está, mas quando se está, está-se de corpo
inteiro e quando não se está, também não se está. Enfim, dá-se a ajuda possível.
Mas cumpre esses dois critérios: passou
pelo Governo e pelo Parlamento.
E outros que também passaram pelos dois.
Mas estive 12 anos, talvez um pouco mais da minha vida, dedicados à política,
10 deles praticamente em exclusividade sem fazer outra coisa. Há tempo para
tudo. Este é o tempo também para fazer coisas muito importantes e desafiantes
noutros domínios e o CDS felizmente tem muitas pessoas de grande qualidade que
estarão nesta linha da frente.
Isso mudava se fosse convidada para um
Governo de direita?
Tenho,
neste momento, muitos desafios na minha vida profissional e nada me afastará
dela. Agora, darei toda a ajuda que puder ao CDS nesta fase pré-eleitoral, para
que tenha um grande resultado nas eleições.
“Não tenho dúvida que é mais fácil
pactos de regime com José Luís Carneiro” Era líder do CDS quando Pedro Nuno
Santos era secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares. O candidato à
liderança do PS é um radical?
Ele,
nessa altura, seria porventura mais radical, também mais jovem do que aquilo
que eventualmente era agora. Mas é de um perfil e de uma área do Partido
Socialista muito à esquerda, como todos nós sabemos, e defensor de uma solução
à esquerda que só fez mal ao país. Fez mal ao país e com efeitos negativos no
próprio espectro político-partidário. Portanto, não creio que daí venham boas
soluções para Portugal.
Será mais fácil ter pactos de regime
(entre o anterior arco da governação PSD-CDS-PS) caso o líder do PS seja José Luís
Carneiro?
Sobre
isso não tenho a menor dúvida, até porque a solução, ou a visão de Pedro Nuno
Santos estará certamente muito à esquerda. Para ele o regime ideal é com o PCP
e o BE.
Vê em José Luís Carneiro mais esse
sentido de responsabilidade e de Estado?
José Luís Carneiro é com certeza de
uma ala muito mais moderada do PS. No entanto, vem na continuidade do actual
primeiro-ministro, que foi quem inventou esta solução, apoiada nas esquerdas
mais radicais. E, portanto, nessa medida, este PS, do qual José Luís Carneiro
também se considera sucessor e tributário, foi o PS que inventou a ligação à
esquerda. E, portanto, é inegável que um é mais radical e à esquerda que outro,
mas na verdade os dois partilharam da mesma solução.
Transformou o CDS num partido ao centro,
um catch all party. Mas sente alguma responsabilidade pelo crescimento do
Chega?
Tenho
comigo um momento muito clarificador, que não faria hoje de maneira diferente,
que se calhar poderá de alguma maneira ter contribuído para dar visibilidade a
alguém que na altura ainda não era do Chega, mas depois se tornou. Foi nas
autárquicas de 2017, quando se rompeu uma coligação por causa de declarações
com as quais não queríamos estar identificados e não poderíamos compactuar. E
eu não mudei a minha opinião. Agora, que é claro que o país não sente neste
momento que haja uma resposta, e isso radicaliza também à direita é
compreensível. Qual a solução? Tenho para mim que as soluções radicais à
esquerda e à direita não são boas para um país que quer progredir, que quer ter
igualdade de oportunidades, inclusivo, aberto ao mundo, cosmopolita. E,
portanto, continuo a achar que não é nesses extremos que encontramos as boas
soluções. Agora, que é natural que com oito anos de PS e uma fase muito
significativa ligada à esquerda tenha um reflexo das pessoas se virarem para
uma outra ponta do espectro partidário, isso acho que é muito natural. O que
compete aos partidos não radicais é encontrar maneira de explicarem que
populismos, soluções mágicas, bodes expiatórios que se inventam
e soundbites não são a forma de se levar por diante um país que se
quer próspero e a progredir.
André Ventura é xenófobo e racista?
Não
queria estar a qualificar ninguém, o que lhe posso dizer é que um país como
Portugal ganha com pessoas responsáveis, que sabem o que estão a dizer. Que
sabem as consequências do que dizem, que são sérias quando têm ideias e
afirmações e que estão disponíveis para as aplicar. Portanto, creio que essa
é a preocupação dos partidos como o CDS, que não resvalam para soluções que
claramente são populistas e irrealistas e que podem servir para uma conversa de
café. E eu compreendo e não estou a desvalorizar, de forma nenhuma, as
pessoas que se sentem descontentes. O que estou a dizer é que isso traz uma
exigência acrescida nas respostas que têm de ser encontradas.
A direita deve recusar governar se
depender do Chega para aprovar programa de governo e orçamentos?
Para
mim as coisas são muito simples: quem ficar em primeiro lugar, deve poder
formar Governo. Encontrará os apoios para o Governo que forem os adequados e os
que não forem adequados para Governo, terão de tomar as suas posições no
Parlamento.
Ou seja: um apoio do Chega não é
adequado, mas fica com o Chega esse ónus de escolher viabilizar ou não?
Com
certeza. Quem ficar no Parlamento escolhe quem é que quer viabilizar, se quer
viabilizar à esquerda ou a direita.
No caso do Chega deveria ser sem
qualquer conversa prévia? Ou seja: expor o programa e depois o Chega decidiria
o que fazer perante esse programa?
A
preocupação dos partidos que querem fazer parte de uma solução de Governo,
alternativo para Portugal, sério, sensato, com arrojo, com ambição, mas com
soluções exequíveis, o foco deles é exactamente esse. O resto são conversas que
só se têm depois. Ou não se têm sequer, na minha opinião, para ser
completamente clara. São conversas para depois, não é antes. Antes cada um tem
de encontrar a sua proposta para oferecer aos portugueses e, quanto mais se
empenhar nisso, mais bem-sucedido será.
Se desta vez o CDS não conseguir eleger
nenhum deputado, a sua sobrevivência está em risco? E que eleitorado já não vê
utilidade no CDS?
Estou
convicta que o CDS vai eleger e vai regressar ao Parlamento e espero que,
depois do 10 de março, possamos todos concluir que vivemos um período muito
triste, mas que foi um percalço no percurso do CDS. Aquilo que eu sinto, e
que oiço agora fora do mundo da política, é uma grande vontade de que o CDS
possa voltar ao Parlamento porque o CDS faz falta ao Parlamento. O
Parlamento não ficou melhor sem o CDS, ficou pior sem o CDS. E uma voz
credível, competente, moderada, sensata, mas também com ambição para o país,
penso que faz muita falta ao Parlamento. E eu estou convicta que o CDS voltará.
“Só tenho pena que o Governo Costa não
tenha acabado há seis anos” O primeiro-ministro António Costa fez bem em
demitir-se?
Não quero estar a comentar
essas decisões que, imagino, são muito difíceis e muito particulares. Agora, o
que posso dizer é que oito anos de governação socialista já são de mais. E
portanto, é uma pena que não tenha acabado há quatro anos ou que não tenha
acabado há seis.
E é legítima a pressão que os dirigentes
do PS estão a fazer ao Ministério Público?
Há
muitos temas para tratar neste país e, certamente, o tema da justiça é um
deles. Aquilo que me parece que vamos ter, em algum momento, de tratar de forma
muito significativa é conseguir garantir que não há nenhuma dúvida sobre a
independência e a isenção da justiça, mas também sobre a sua eficácia.
Mas entende esta pressão que está a ser
feita?
Acho
que não deve haver nenhuma pressão nem sobre o Ministério Público, nem sobre o
poder judicial. Obviamente que nenhuma pressão é admissível. Aquilo que a
política tem de se preocupar em fazer, é garantir que a independência existe,
mas também garantir que a eficácia existe. E, neste momento, não há eficácia.
Não vamos aqui escalpelizar os casos que ainda estão por resolver, mas são
muitos e não nos dizem bem enquanto país.
Mesmo com todos estes casos e casinhos,
da demissão do Governo e de estarmos perante um dos momentos mais difíceis da
história do PS entende-se que um partido como PSD não tenha ainda descolado das
sondagens?
Vamos
ver o que acontece daqui até às eleições. É muito importante que os partidos
todos possam trazer as suas propostas e as suas pessoas. E a sua visão sobre a
governação e acho que é importante que isso seja feito, num clima que,
obviamente, é sempre combativo, mas que seja tranquilo no sentido em que, de
facto, se debatem ideias, perfil de pessoas, capacidades, competências e não
outras coisas. E que haja uma clareza quanto ao que se vai fazer a seguir às
eleições, obviamente lendo os resultados das eleições e essa é uma leitura que
só pode ser feita no dia seguinte. E quanto mais os partidos forem claros nas
suas intenções, melhor. E mais ajudam à decisão dos votos, que há certamente
muitos votos por decidir daqui até ao dia 10 de março, e este é o tempo de
chegar às pessoas e procurar clarificar todas as dúvidas.
“Paira
a ideia de que o Governo de Passos foi eficaz. Mas agora há outros
protagonistas” Há um problema de liderança do PSD? Há sondagens a
dizer que Pedro Passos Coelho teria mais votos — e trabalhou com ele directamente
no Governo.
Os tempos são os que são. Fiz parte,
com muito gosto, de um Governo de Passos Coelho, que foi um Governo muito duro,
muito difícil e onde podemos contar com um país mobilizado e, apesar de todas
as dificuldades, solidário nesse tempo difícil ao qual nos tinha trazido o PS.
Obviamente de que esta ideia de que houve um Governo com um tempo muito
difícil, que foi extraordinariamente competente e eficaz, é uma ideia que
paira, mas isso não quer dizer que outros não possam ser igualmente competentes
e eficazes. Portanto, este é o tempo que nós estamos a viver, com outros
protagonistas, já lá vão muitos anos, o que é importante é que, quem agora
está, possa mostrar aquilo ao que vem, juntar-se e rodear-se das melhores
pessoas, trazer as melhores ideias e, no caso do CDS, é isso que estamos a
fazer, que Nuno Melo está a fazer, com a ajuda de todos. E esta semana tive a oportunidade de estar no
Largo do Caldas na quarta-feira e foi com grande alegria que vi muitas caras,
muitas pessoas boas, com vontade, com experiência, com conhecimento e a
ajudarem na construção de um programa que eu espero que ajude a trazer força
para o CDS e para a direita.
E quem também esteve no Caldas foi Paulo
Portas, que tem sido apontado em sondagens como um dos potenciais candidatos à
direita às presidenciais. Ele teria o seu apoio?
Com
certeza que teria. Teríamos muita sorte enquanto país se pudermos vir a contar
com Paulo Portas na Presidência.
Arroz de atum? “Para José Luís
Carneiro, com certeza”
Vamos agora avançar para o Carne ou
Peixe, em que tem de escolher uma de duas opções. Preferia ser ministra num
Governo liderado por Francisco Rodrigues dos Santos ou André Ventura?
Não tenho nenhum projecto de Governo.
Para quem cozinhava um arroz de atum: Pedro Nuno
Santos ou José Luís Carneiro?
José Luís Carneiro, com certeza.
Quem levaria numa peregrinação a
Fátima: Luís Montenegro ou Pedro Passos Coelho
Não sei se algum deles é crente, mas
levava os dois. As portas estão sempre abertas para andar em conjunto.
A partir de março de 2026, preferia
deixar de ouvir Luís Marques Mendes ou Paulo Portas na televisão ao domingo?
Obviamente
que gostava de poder ver Paulo Portas em Belém se isso implicasse ele não poder
continuar com o comentário, pois assim seria.
VICHYSSOISE POLÍTICA ELEIÇÕES LEGISLATIVAS CDS-PP PSD
LUÍS MONTENEGRO NUNO MELO
COMENTÁRIOS
Hugo Silva: A malta do CDS
andava desaparecida, mas de repente, o cheiro a poder, fez com que saíssem da
gruta onde andavam escondidos. O cheiro a poder tem destas coisas.nnnnnnnnnCisca Impllit: Inteligente
e equilibrada, pena que os tempos não estavam para ela. O que foi
muito mau para nós. Ela e Cecília Meireles faziam uma boa dupla no
Parlamento. Hugo Silva > Cisca
Impllit: A Cecília sim.
Não sei porque nunca se chegou à frente mas se o fizesse, o meu voto era
garantido. António
Fernandes: Já
lá esteve e foi assim que o CDS começou a decadência. Depois o menino da linha
acabou com ele. JOHN
MARTINS: São precisas mais Mulheres como Cristas na cena
política portuguesa, que não precisem de quotas!.. António de Godim: Assunção Cristas: uma lufada de ar fresco para ajudar a
limpar a atmosfera política deste país.
Liberales Semper Erexitque > António
de Godim: Os tugas
gostam de sujidade, gostam de chafurdar! É isso que explica o insucesso de
Assunção Cristas, a única pessoa na política que encostou o Kostas às cordas
durante a "geringonça".
João Amorim: Que riquinha
que ela é, tão colorida e tão progressista. Não quer conversas com o Chega e
acha que seria uma grande sorte para o país, termos o Paulo Portas como
Presidente da República. E, para nosso alívio, anuncia que não tenciona voltar
à política activa - única coisa acertada que disse. Pertinaz: Bem precisam… Américo
Silva: Temos casas
para oferecer debaixo da ponte, reserva já o teu espaço.
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