De amor pela verdade dos factos. Por LUÍS
ROSA. E não nos vai servir para reflexão e acção, com certeza…
O PS de António Costa perdeu a noção do
que é certo e do que é errado. E o PS de Pedro Nuno também perdeu?
Levar
o melhor amigo para o Governo, ter 75k em notas em São Bento ou meter uma cunha
para passar à frente do cidadão comum no SNS revelam uma democracia de casta
que defende a autocracia como regra.
LUÍS ROSA Redactor
Principal e colunista do Observador
OBSERVADOR, 21 dez. 2023, 00:2056
1Há muito que se diz que Portugal vive um
inverno demográfico devido à baixa taxa de natalidade e respectiva perda de
população — com todas as consequências perniciosas que daí advêm para o futuro
do país. A esse inverno juntou-se, para grande infelicidade da
nossa comunidade, outro igualmente grave: o inverno da ética, da integridade e
do simples respeito por noções básicas como o certo ou errado.
Vivemos
um verdadeiro inverno do nosso descontentamento. Vivemos um
tempo em que o essencial é trocado pelo acessório, em que a verdade é algo
dispensável, em que a responsabilização política pura e simplesmente não existe
(pelo contrário, deu lugar um vazio em que tudo é permitido) e em que somos
bombardeados diariamente com narrativas que tentam esconder o óbvio: o
regime está doente, o que significa dizer que a democracia está seriamente
doente às portas do 50.º aniversário do 25 de Abril.
Esconder
isso em nome da sobrevivência política de um primeiro-ministro que foi obrigado
a demitir-se e do desejo de um partido de se eternizar no poder, significa
agravar ainda mais os problemas de falta de confiança dos portugueses nas
instituições democráticas e potenciar o voto em forças extremistas, populistas
e demagógicas — e não o Chega não é a única dessas forças, há outras como o
Bloco de Esquerda e o PCP.
E, mais importante do que isso, ocultar
o diagnóstico impede a regeneração do regime — que ainda é possível e é
obrigatória. E tal regeneração também inclui o poder judicial — que será
abordado num próximo artigo de opinião.
2Não quero abordar neste artigo qualquer
matéria penal relacionada com a Operação Infuencer ou com o caso das gémeas.
Quero abordar, sim, todos os problemas a montante desses (e de outros)
processos judiciais porque só com um diagnóstico e medidas preventivas é
possível evitar a sério a judicialização da vida política.
À
Justiça não cabe o papel de moralizar a vida pública mas a intervenção judicial
pode, e deve, ser evitada pela classe política se esta quiser agir
preventivamente, aplicando mecanismos, regras e procedimentos que visem impedir
conflitos de interesse, a falta de transparência e a promiscuidade entre o
poder público e o económico. Em suma: agir preventivamente para evitar a
prática de ilícitos no exercício de funções públicas.
Vamos começar por aquele que é o problema
a montante de toda a Operação Influencer: a
contratação de Diogo Lacerda Machado como conselheiro especial do primeiro-ministro
António Costa para diferentes temáticas, como os lesados do BES, a saída de
Isabel dos Santos do BPI ou a reversão da privatização da TAP.
António
Costa decidiu contratar Lacerda Machado em 2016 sem qualquer contrato nem
remuneração. O primeiro-ministro sempre entendeu que não era
necessário qualquer tipo de formalismo. O que diz muito sobre a forma como
Costa se vê a si próprio — alguém que está no Olimpo da seriedade e dispensa os
formalismos que se aplicam a todos os comuns mortais que tenham passado por São
Bento.
Se quisermos, essa é a
definição da autocracia. Todos os
autocratas se julgam sérios — nunca estudei nenhum que se julgasse
corrupto — e estão sempre acima de
todos os outros políticos. O que faz com que o exercício do poder não tenha que
respeitar as regras e a lei.
É muito curioso recordar a forma como
António Costa reagiu quando foi confrontado com a polémica da contratação de
Lacerda Machado em 2016. Pressionado, Costa lá foi obrigado a contratar o seu
melhor amigo mas insistiu que Lacerda não estava ali pelo dinheiro.
Pior: o primeiro-ministro sempre considerou
que a existência de um contrato não tornava a relação mais transparente. “É
simplesmente mais caro para o Estado” e era uma despesa cujo “dinheiro
podia não ser gasto”. Ou seja, estando em causa pessoas sérias é óbvio que as
regras não têm de ser iguais à arraia-miúda — sobre a qual há razões fundadas,
obviamente, para desconfiar.
Aliás, António Costa nunca percebeu o
“interesse” dos media por Lacerda Machado, chegando mesmo a classificar tal
interesse como “absolutamente estonteante”. Lacerda era um simples
“conciliador” ou “mediador”. E ainda por cima trabalhava de borla! Isso
é certo ou errado?
3Sem entrar em grandes considerações sobre
o facto de António Costa estar a contratar para seu conselheiro o seu melhor
amigo, basta só considerar que nenhum dirigente da administração pública (AP)
tem o mesmo privilégio devido ao Código de Procedimento Administrativo, que
impede a contração de familiares directos mas também de alguém próximo do
circulo social do respectivo dirigente da função pública.
E a pergunta que se impõe é simples: se os
dirigentes da administração pública não podem, por que razão o
primeiro-ministro, o líder da administração, pode? Será que agora todos os membros do Governo
podem passar a contratar os seus melhores amigos para conselheiros pessoais?
Se sim, porque não contratar o irmão, o pai, a mãe ou os avós? Ou o periquito?
Outra questão prende-se com a
ausência de escrutínio da opinião pública. Tudo isto se passou em frente dos
nossos olhos e a pergunta que deixo é simples: quantos de nós levantaram a voz ou censuraram algo tão obviamente
censurável — e admitido de viva voz pelo próprio António Costa com a arrogância
que o caracteriza?
Muito poucos, o que também revela uma
ausência de escrutínio e de falta de critério, nomeadamente da comunicação
social. A ideia assente é que a confiança política justifica
todo o tipo de contratações — e não justifica, de todo em todo. Basta ver o
caso de Lacerda Machado.
Isso é certo ou errado?
4Já agora, outro pormenor relevante.
Diogo Lacerda Machado é chairman desde
2012 de um banco na Guiné Bissau chamado Banco da África Ocidental, detido
maioritariamente pela empresa Geo Capital — uma empresa que nasceu de um
investimento do magnata do jogo Stanley Ho, na qual Almeida Santos chegou a ter 5% do capital e à qual terá estado ligado Ambrose So, um
comunista chinês que chegou a ser membro da Comissão de Relações Internacionais
do Conselho Consultivo da República Popular da China, segundo o jornal Público.
Além de outros cargos em bancos
africanos, como o Moza Banco (onde, uma vez mais, há ligações
políticas, desta vez a um alto
funcionário da Frelimo e ex-presidente do Banco de Moçambique chamado Prakash
Ratilal), Lacerda Machado é chairman — vale a pena
repetir — de um banco de um país como a Guiné Bissau, reconhecido por várias
instituições internacionais (como as Nações Unidas) ou países
(como os Estados Unidos) como um narco-Estado em que as instituições políticas
estão à mercê dos traficantes de droga sul-americanos que utilizam aquele país
africano como plataforma de distribuição.
Mais: o Banco da
África Ocidental é apresentado em praças financeiras como Singapura como uma
sociedade que “ajuda a fornecer à economia chinesa, em plena expansão, os
recursos de que necessita para continuar a sua espantosa expansão económica”. Portanto, tem
fortes ligações à China — um país comunista que não faz propriamente parte dos
aliados naturais de Portugal e com o qual a União Europeia tem tido cada vez
mais uma política de confrontação, nomeadamente por razões económicas e de
segurança.
Tudo isto para dizer o seguinte: que
campainhas tocaram no gabinete do primeiro-ministro, no Governo e no PS sobre
as ligações de Diogo Lacerda Machado ao poder económico chinês ou a bancos que
constituem um risco claro reputacional a partir do momento em que actuam em
narco-estados como a Guiné-Bissau?
É
que ao mesmo tempo que andava a aconselhar o primeiro-ministro de Portugal e ao
mesmo tempo que António Costa lhe entregava as chaves de acesso ao poder
político e aos segredos de alguns dos maiores negócios da economia portuguesa,
Lacerda Machado continuava a ter todos os outros cargos na Guiné Bissau e em
muitos outros interesses da Geo Capital em África e na China.
Termino este ponto com um conselho:
se António Costa quer mesmo candidatar-se a um cargo relevante na União
Europeia, recomendo que leve Diogo Lacerda Machado como conselheiro para
experimentar a reacção das instituições europeias e da comunicação social
francesa, alemã, belga ou até mesmo inglesa ao curriculum vitae do seu melhor
amigo.
Aposto um almoço com António Costa no
JNcQUOI Asia que não vão ser tão complacentes como as instituições e os
media portugueses têm sido e que certamente concluirão que não está certo
contratar o seu melhor amigo para funções públicas
5Outra questão relevante são os cerca de
75 mil euros que foram descobertos no dia 7 de novembro
no gabinete de Vítor Escária, o chefe de gabinete do primeiro-ministro António
Costa. E aqui tenho de elogiar
a extraordinária capacidade narrativa do PS e de Costa. Os
socialistas comportam-se como autênticos David Copperfield’s da ilusão e
têm conseguido inventar pretextos atrás de pretextos para retirar o tema da
agenda pública.
O problema é que os 75 mil euros
existiram mesmo e até Costa já foi obrigado a admitir que eventualmente
(eventualmente!) teria que se demitir à mesma, caso não existisse uma
investigação no STJ contra si.
Vamos ser claros: desde o início da
década de 2000 que Portugal transpôs para o seu ordenamento jurídico todas as
directivas de combate ao branqueamento de capitais, obrigando os bancos a
fiscalizar a origem dos fundos dos seus clientes e a escrutinar de forma
particularmente apertada as chamadas pessoas politicamente expostas e os seus
familiares.
Em
caso de detecção de irregularidades ou de mera suspeita, as instituições
financeiras têm de comunicar à Justiça de forma proactiva todos os indícios que
conseguiram recolher, sendo certo que hoje em dia esse dever de diligência
alargou-se a outros sectores, como o notariado, os mediadores imobiliários e
até aos advogados, entre outros.
Outro pormenor importante e que
complementa o que acabei de escrever: o
Estado desaconselha há largos anos que os cidadãos paguem ou recebam algo em
numerário. Deve ser tudo feito com instrumentos bancários para poder ser
possível identificar a origem e o destino dos fundos, rastreando-se assim todos
os circuitos financeiros.
Desde
a primeira notícia sobre esses 75 mil euros em notas descobertos no gabinete a
poucos metros daquele que ainda pertence a António Costa que os socialistas
mostram um tremendo incómodo. Basta recordar que o socialista Ascenso Simões
chegou a prometer um “par
de lambadas” a Escária.
Obviamente que não coloco em causa a
palavra de António Costa — que garante que nada sabe sobre aquele dinheiro — ou
a sua decisão de exonerar Vítor Escária pouco depois de saber o resultado das
buscas judiciais em São Bento. Nem vou opinar sobre as questões penais
relacionadas com esses 75 mil euros — que
existem, ao contrário do que se julga.
A questão é outra. António Costa é politicamente responsável
pelas pessoas que escolhe para trabalhar e pode ser naturalmente censurado por
ter falhado na escolha. Aconteceu com o seu ex-secretário de Estado Adjunto
Miguel Alves (arguido em dois processos quando foi convidado
por Costa e hoje acusado) e voltou a acontecer com Vitor
Escária, entre outros casos.
Pior:
na altura em que o primeiro-ministro convida Escária para ser seu chefe de
gabinete, já tinham saído trabalhos de investigação jornalística, como este publicado no Observador, que
demonstravam a tendência de Escária para confundir interesses públicos com
interesses privados. António Costa não quis ler nem ouvir.
Na prática, e se associarmos a questão de
Lacerda Machado à de Escária, Costa cumpriu um velho ditado do povo português: fez
a cama em que se deitou. Não sei se é certo ou errado mas foi o que
aconteceu.
6Como se isso
não bastasse, António Costa ainda criou uma guerra aberta com o poder
judicial, arriscando uma eventual crise constitucional — como está a acontecer
há meses em Espanha, como todos os riscos que isso acarreta em termos de uma
eventual intervenção da Comissão Europeia.
Na prática, e por
razões exclusivamente relacionadas com a sua sobrevivência política, Costa está a fazer tudo para que o PS
pressione o máximo que puder a procuradora-geral Lucília Gago e o Supremo
Tribunal de Justiça para arquivarem o inquérito que corre termos contra o ainda
primeiro-ministro.
Vamos ser directos:
António Costa, da forma mais maquiavélica
(outra característica sua) e hipócrita possível, está a fazer aquilo que José
Sócrates gostava que ele tivesse feito em 2015. Isto é, está a usar o escudo do
PS para se proteger da Justiça.
É mesmo caso
para dizer que parece que Costa não tem noção do que é certo mas tem a
obrigação de saber o mal que está a fazer à democracia.
7Finalmente, o
caso das gémeas. Desde o início do caso, que
nasceu da investigação jornalística da TVI, que sempre disse que
havia dois focos no escrutínio aos representantes do poder político neste
caso:
O Presidente
Marcelo Rebelo de Sousa, por ter dado início ao processo, despachando sobre
um email do seu próprio filho Nuno Rebelo de Sousa e incorrendo assim em conflito de interesses. E também por não ter
imposto regras claras ao staff da Presidência para não lidar com pedidos da sua
própria família;
E o Governo de
António Costa. Ao contrário de Marcelo, era o Ministério da Saúde quem tinha o poder efectivo hierárquico sobre o
Hospital de Santa Maria.
Como era de
esperar, o pior lado do PS veio ao de cima quando o escrutínio chegou ao
Governo e a auditoria do Hospital de Santa Maria detectou uma ilegalidade
clara: as gémeas luso-brasileiras chegaram à primeira consulta via
intervenção do secretário de Estado da Saúde [Lacerda Sales].
Perante a evidência, não só o PS impediu o escrutínio
parlamentar da ex-ministra Marta Temido e do ex-secretário de Estado Lacerda
Sales, como ainda tivemos direito ao plus de ouvir Francisco Ramos, ex-secretário de Estado do
PS e amigo de Lacerda Sales a dizer coisas verdadeiramente extraordinárias na
TVI/CNN
E o que disse Ramos, que, refira-se, foi obrigado a
demitir-se de coordenador do combate à Covid-19 por não ter respeitado as
regras do processo de vacinação no Hospital da Cruz Vermelha?
Que teria
feito o mesmo que Lacerda Sales porque “o filho do Presidente da República não
é uma pessoa qualquer” e que o seu amigo está a ser injustamente crucificado no
espaço público pela cunha.
O que diz tudo
sobre a falência ética e moral do
Partido Socialista que foi liderado por António Costa e representa uma
normalização de que algo que é anormal. Repito: a auditoria do
Hospital de Santa Maria confirmou que a lei que regula o acesso dos utentes ao
SNS foi violada no caso das gémeas luso-brasileiras porque não é possível uma
intervenção do Governo para se marcar uma consulta.
Pior: as declarações de Francisco Ramos demonstram que o PS de António Costa
quis instituir uma espécie de democracia
de casta. Há os que têm acesso ao
poder políticos e conseguem consultas no SNS por via privilegiada, violando a
lei. E há os pobres coitados, que são os cidadãos comuns, que têm que ir
para a fila de espera.
Definitivamente,
isso é errado.
8Vivemos um tempo
em que, por razões de conveniência política ou de outro tipo de obediências, se
está a tentar normalizar algo que, obviamente, não é normal. E não é normal
porque a igualdade de todos perante a lei é uma das características
estruturantes da Democracia. Numa
democracia, não é normal que o primeiro-ministro contrate o seu melhor amigo
como conselheiro. Numa democracia,
não é normal que um pedido do filho do Presidente da República valha mais do
que um comum cidadão. Não é normal
que um secretário de Estado marque uma consulta no SNS ou dê instruções nesse
sentido.
Nada disso é
normal. E normalizar o anormal, como o PS de António Costa tentou fazer ao
longo destes oito anos, é agravar a doença da democracia. O PS de Pedro Nuno
Santos identifica-se com isso? Ou sabe o que é certo e o que é errado?
GOVERNO POLÍTICA ANTÓNIO COSTA
COMENTÁRIOS (de 56)
AdOB: Com todo o respeito que merece,
premissas erradas, levam a um juízo errado. Para perder a vergonha, é
necessário tê-la. E o PS, desde Guterres, não a tem. Tem razão em expor as más-figuras,
indecências e 'crapulices' mas para um desonesto - como a maioria do PS o é -
isso, ou é chover no molhado, ou é medalha. Percamos os pudores e chamemos às
coisas o que elas são. O PS não faz o que faz porque perdeu a vergonha. O PS
faz o que faz porque não tem qualquer tipo, nem de vergonha, nem de respeito.
Com a devida ressalva - eles são o grau abaixo de zero da política, é
verdade - mas o nosso povo é o grau abaixo de zero da ética e da moral. E essa
é a razão pela qual já fomos ultrapassados por quase todos dentro do nosso
campeonato. PS: a Polónia em 2006 tinha um ordenado mínimo de 230 euros,
Portugal de 550. Em 2024, Portugal e Polónia vão ter praticamente o mesmo
ordenado mínimo. Mas a culpa é da extrema-direita da Polónia e não do
Socialismo Luso. A culpa é sempre dos outros. Carlos Chaves: Isto sim é jornalismo!
Jornalismo do bom e serviço público! Os assuntos que o Luís Rosa aqui nos traz
são tão graves, mas tão graves, que torna incompreensível o papel da esmagadora
maioria da comunicação social portuguesa ao manterem todos estes assuntos fechados
a sete chaves, ou tratados com a devida leviandade de ocultação, é a democracia
que está em causa. Por que raio estes figurões socialistas (incluindo o
PR) têm a protecção e boa imprensa de quase toda a comunicação social? Um
grande bem-haja Luís Rosa!
JOHN MARTINS: Parabéns por este muito
esclarecedor artigo, sobre a casta que nos tem governado nestes últimos 8 anos.
Conclusão, António Costa não sabe governar. Não foi um caso, nem meia dúzia.
Desde a usurpação do governo ao lídimo vencedor Passos Coelho em 2015, até à sua
demissão em 7 de Novembro verdadeiramente humilhante, Costa foi um autêntico
desastre. E Santos foi um grande colaborador do legado de ambos. João
Eduardo Gata: Há muito tempo que afirmo e reafirmo o seguinte: (1) O PS é o Maior Cancro
da Democracia Portuguesa; (2) O PS é a Maior Plataforma de Corrupção em
Portugal e das maiores da Europa. António Dias: Artigo pedagógico de antologia
. Luís Rosa e a maioria da CS, repete o mantra de que acredita que o A costa
não sabia dos 75k da sociedade Escária/Costa. Aconselho-o a não ter tanta certeza
e não pôr as mãos no fogo pelo Costa (nem o dedo mais pequeno). O Costa estava
careca de saber das negociatas do Escária e do Lacerda Machado. Aconselho-o a
transpor a música de “ amar pelos dois” do Salvador Sobral para os negócios e
perceberá que Escária e o Lacerda são 2 dos testas de ferro do A Costa. Não
tenha a menor dúvida. Ao não perceber isto, é o mesmo que ainda acreditar no
pai Natal.
F. Mendes: Embora o artigo seja útil, peca pela extensão. Claro que, quando assim é,
se corre o risco de fazer afirmações pouco esclarecidas. Foi o caso. Deixo algumas perguntas: - por que motivo
considera (o LR) o CH um partido extremista? Acaso aquele defende regimes
totalitários? Anda a bater em pessoas nas ruas? Condiciona jornalistas? É
extremista em matéria de controlo de imigração? Está errado em abominar um
regime completamente podre? É errado rejeitar o politicamente correcto,
ideologias de género em escolas, etc.? Esclareço que não sou do CH. – por que motivo seria
óbvio que o Costa nada sabia sobre o dinheiro do Escária escondido no gabinete?
E se soubesse o que teria feito? Provavelmente, dito ao escória "oh pá,
guarda a massa noutro sítio"!. O cadastro do personagem era bem
conhecido. Em Portugal, o que se vai passando é cada vez mais bizarro. Podemos
terminar com o PN "Santo" a agravar o péssimo trabalho dos
socialistas, afundando o país e multiplicando desigualdades. É pena que tanta
gente não tenha percebido o óbvio. E que à direita continue esta divisão
inconcebível, possível apenas pela incompreensão da amplitude da desgraça a que
podemos chegar. madalena
colaço: Agradeço todos estes esclarecimentos desta política de favores que não são
normais. Se em Portugal não existisse corrupção o país não tinha uma dívida de
vários milhares de milhões que nos obriga a pagar impostos elevadíssimos. António Costa disse que não
queria Joana Marques Vidal e Marcelo, que fez os maiores elogios a Marques
Vidal dando a entender aos portugueses que a ia reconduzir, nas vésperas diz
que Lucília Gago é muito parecida e nomeiam-na como Procuradora. Para Lucília
ser obrigada a pôr o parágrafo que tanto desagradou a Costa, para mim
algo se deve passar... Um enorme erro foi não reconduzirem Marques Vidal
que estava a fazer um trabalho excelente de combate à corrupção. Do futebol à
magistratura, ninguém escapava, mas não quiseram nem Costa nem Marcelo que esse
combate prosseguisse, pois se quisessem era manter uma procuradora que parecia
não ter medo de nada para combater a corrupção. Era bom que os
jornalistas esclarecessem os portugueses sobre a Tap e a CP, que segundo Pedro
Nuno Santos estão a dar lucro devido às suas políticas. Balmat: Onde estão os cães de guarda da
democracia? Como se consegue retirar da media os 75k ? F. Mendes > joão Melo: Obviamente, porque Costa nunca
foi entrevistado na vida. O que lhe dão é tempo de antena, sem contraditório,
para que ele possa vomitar livremente a propaganda deste regime abjecto. Mas,
entendi que o João já percebeu que sempre assim foi. O mesmo se aplica ao Marcelo,
bem entendido. Paulo
Machado: Este texto devia ser impresso e afixado nas paredes! Parabéns. afonso moreira: Sim, LR, se uma pequena parte
da CS tivesse a sua coragem, eles não seriam tão indecentes. Não coloca em
causa a palavra do PM quanto aos 75, em S. Bento, mas se tivesse sido com um PM
de direita as TV's, teriam feito de imediato uma planta do interior do palácio,
com os centímetros que medeiam entre a porta do gabinete do PM e do gabinete do
Escária; já tinham falado com o pessoal da limpeza, com o electricista, e sei
lá mais quem de cara escondida; já todos tínhamos sido esclarecidos se quando o
Escária entrava no seu gabinete a primeira coisa que faria, ainda antes de
tirar obviamente o casaco, seria fechar a porta à chave; saberíamos quantas
vezes o PM teria que bater à porta para lhe ser aberta, etc. Seríamos
martelados diariamente com esses e outros "dados", para que todo o
bom povo pudesse reflectir bem. Quem não se lembra de como Tecnoforma foi
dissecada pela mesma CS que hoje cala? Maria Luthgarda > JOHN MARTINS: E, pior um pouco, inaugurou um
estilo de usurpação do poder, ultrapassando o que era norma entre nós (o poder
ao mais votado) que, daqui para o futuro, e sabendo nós como em Portugal é
difícil estabelecer acordos e alianças, após cada eleição legislativa se
instalará o caos e apenas a esquerda se unirá porque o fará contra a
"extrema direita".
Pontifex Maximus: O PS é um ente amoral e sem ética, que vide do e para o poder. Quando as
pessoas despertarem (os jovens, pois o regime actual é uma gerontocracia), o PS
será eliminado, como em França ou Itália, por exemplo e nunca mais voltará a
exercer o poder. Ou pensam que é por acaso que só em Portugal e Espanha
sobrevive (vejam o que está a acontecer na Alemanha e nos países nórdicos)?
Não, o socialismo é o espelho da degradação social em que nós e Espanha estamos
metidos e só daí sairão correndo com estes abcessos poli. CHEGA disto. NunoW Nunow: Muito bem, mais um corajoso e
excelente artigo de LR, sem mezinhas, reafirmando o mais óbvio, de a lei ser
igual para todos. Existe, de facto, uma corte nobiliárquica no PS, que pensa
que pode abusar de todos os privilégios e cometer as mais grosseiras
ilegalidades com total impunidade. Uma nota final, para a coragem de denunciar o cerco
censório e autocrata feito ao Chega que não tem qq reciprocidade no
tratamento dispensado ao Bloco, às seguidoras do Boaventura e ao Putinesco
PCP.
Carlos Real: Luis Rosa tem razão quando diz que o regime está doente. O problema não
esta nos populismos dos partidos, mas sim no umbigo dos portugueses. Cavaco
que foi o primeiro a atacar a inflação, que construiu as estradas, e todo o
cimento que o dinheiro da CEE deu, que acabou com os bairros de lata, acabou
ostracizado pelo povo porque não teve bom senso, ao dizer que a sua reforma não
chegava. O mesmo se está a acontecer com Marcelo, o Populista Cunhista,
que não percebeu que mais uma cunha para brasileiras no estado em que se
encontra o SNS, o povo que aguarda meses por uma operação não aceita. O
famigerado Sócrates só ficou sepultado porque a seguir veio a troika dos
sacrifícios. Se a Europa não tivesse fechado a torneira, o povo não se
importava que o chuchialista fosse comissionista encartado. O Costa das
trafulhices, ainda vira vítima, mesmo depois do seu braço direito e esquerdo
esconderem muitos milhares de euros de dinheiro sujo no meio de livros e
garrafas. O povo quer é ter segurança no emprego, subsídios e ordenados
melhorados trabalhando o mínimo. Na prática o povo premeia Isaltinos que mesmo
condenados e presos fazem obra. O problema é se gozam com o seu ego e ultrapassam
os limites do aceitável. Este povo não se importa com valores éticos, nem com
as cunhas diárias, nem com a corrupção. Desde que o seu umbigo esteja minimamente
satisfeito. João
Floriano: PS de Pedro Nuno Santos identifica-se com isso? Ou sabe o que é certo e o
que é errado? O PS de Pedro Nuno não só se identifica com toda esta trapalhada como elogia
o legado costista e quer ser o seu mais directo herdeiro. A campanha paupérrima
que fez o PS escolher entre Santos e Carneiro assistiu a um duelo estéril entre
os dois candidatos (PNS escusou-se ao debate) sobre quem era o melhor herdeiro
do legado. Quando num jantar de Natal e já anteriormente na despedida da
assembleia há lágrimas de crocodilo nas vozes embargadas pela emoção dos
socialistas, compreende-se perfeitamente que a «famiglia» é completamente
indiferente a ética e decência política mas toda dada ao posso quero e mando.
Mesmo os que não estão particularmente atentos aos acontecimentos e declarações
dos nossos políticos, todos perceberam que PNS não é social-democrata e
muito menos moderado como quer fazer crer. PNS é um comunista convicto e
figuras como Álvaro Beleza e Sérgio Sousa Pinto perderam grande parte da
credibilidade política que tinham apoiando a narrativa de PNS e prestando-se a
vender gato por lebre. António Costa não tem tido oposição significativa
porque o PSD de Rui Rio durante muito tempo resolveu desistir dessa função. Mas
a grande culpada é sem dúvida a CS e Luís Rosa sabe-o melhor que ninguém. E
mesmo o caso das Gémeas que à semelhança da TAP abala a base do regime vem a
público com o intuito de tramar Marcelo por quem não tenho qualquer
simpatia. O pior é o dano colateral de também tramar parte do governo
socialista. Agora vá de lançar pás de cal sobre o assunto. Finalmente Luís Rosa
não pode meter dentro do mesmo saco a extrema esquerda e o CHEGA, utilizando o
mesmo argumento de demagogia e populismo. Todo este artigo demonstra da
primeira à última linha que se há demagogia e populismo, estes são muito mais
perigosos usados por quem tem e já teve influência governamental (e sonha vir a
renovar essa influência), do que pelo CHEGA . João Ramos: Costa é comprovadamente o maior
responsável pela decadência moral e ética e não só, deste pobre país, o homem
endeusado por uma comunicação social sem qualquer qualidade, acha-se um
habilidoso e que por isso consegue dar a volta às maiores trafulhices que vai
praticando, mas parece que a factura está a chegar (será que está?), mas é com
artigos como este, apenas baseado em factos verídicos, em que este país de
tótós começa a perceber que o « rei » vai nu… JOHN MARTINS > Maria Luthgarda: Para além de ter sido mau precedente, revela bem o
caráter anti-democrático do actor.
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