De uma Mulher combativa e lúcida,
desejando mudar um status calamitoso -
o que não acontecerá, acomodados que somos a uma artificiosa estabilidade pouco
exigente de esforço e de ambição, afinal. Mas mesmo que mudança houvesse, as
forças da pseudo bondade reivindicativa, habilitadas às marchas grevistas de
sempre, fariam parar o país, como se tem visto, desde que não dominem também,
em pretendida aliança aparentemente – e astutamente - democrática. Não, não
vamos recusar o que está, por malandro que seja, embora seja outro, o patrono,
que não se escusará à tal aliança. E assim continuaremos, até ver.
Fim do Ano
Sendo o eleitorado mais opaco do que
as sondagens que supostamente o desnudam, há que esperar muito até saber qual o
prato da balança vencedor: a recusa do que “está” ou a vitória dos
“instalados”?
MARIA JOÃO AVILLEZ
Jornalista, colunista do Observador
OBSERVADOR, 27
dez. 2023, 00:235
1Estamos lembrados: o PS tem a
capacidade de se unir no dia seguinte de qualquer combate interno. Mas nem equivale a vitalidade – não
votaram todos os que o poderiam ter feito em tão apregoada “mobilização” – nem dispensa a memória: os combates
deixam feridas, também estamos lembrados de que algumas não sararam.
Ficou claro que houve militantes que
prefeririam para líder outro que não o militante vencedor. E o país quando se
desatordoar de festas, fios e fitas, de bacalhau e de broa, também talvez se
venha a interrogar sobre a utilidade e o destino do seu voto.
O combate é porém desigual. Muitíssimo
desigual. E sendo o eleitorado sempre mais opaco do que as
sondagens que supostamente o desnudam teremos que esperar muito até alcançar
qual o prato da balança vencedor: o
da recusa taxativa do que “está” ou a continuada vitória dos “instalados”? De um lado
há aqueles que talvez tenham achado esquisito ouvir o ainda Primeiro-Ministro
falar-lhes naturalmente – convictamente, até, quem sabe? – de “tranquilidade”: qual? Há
os que não encontram nem sequer a sombra da “tranquilidade” quando batem com o
nariz na porta de uma urgência ou precisam de um calendário para saber de que
hospital público não serão expulsos; aqueles que não simpatizam por aí além com a “tranquilidade” de uma
burocracia sempre vencedora que os impede há mais de quatro, cinco, dez anos
anos, de concretizar um projecto, um licenciamento, uma iniciativa, a mera
construção uma casa; aqueles
cuja in “tranquilidade” pode ser dolorosa ao ver os filhos partir
para melhor vida over seas, ou nas fronteiras europeias, como nos anos
quarenta ou cinquenta do século passado; ou talvez aqueles que, confrontando-se com os actuais maus
resultados escolares da sua prole, não esquecem que os filhos não tiveram
direito nem a todas as aulas, nem a todos os professores, nem à qualidade
educativa que a escola pública tem o dever de prover; que tentam acudir aos filhos e netos na
inglória e impiedosa procura de uma casa ou de algo que dê por esse nome, após
oito anos de governação socialista. Etc.
“Recuperámos a tranquilidade no dia-a-dia das famílias”, disse
António Costa neste Natal e eu pergunto: quantas famílias portuguesas com cada vez menos dinheiro ao fim do
mês, acharam isto afrontoso? Não sei. Em contrapartida, sei o poder da
“instalação”. Um veneno. Letal. Os portugueses, não sei quantos mas parecem-me muitos, estão tão
instalados neste (não) dolce farniente que já leva mais de oito anos
que não querem que os macem. O Estado vela por eles e eles sabem. Não são
infelizes, não exigem, não se envergonham, não sonham com mais. Vão vivendo.
Sem ambição digna de nota e com uma tão persistente capacidade de, como dizer?,
adaptação, alheamento, adormecimento face ao que está, qualquer alteração
climática política interrompe-lhes a beatitude da letargia.
Adormecimento-empobrecimento.
2Claro que neste desconforme
cenário cabe a Luís Montenegro a parte de leão. Será
o protagonista de uma história que chegou cedo de mais, sem pré-aviso e
indesejada por todos, absolutamente todos. Protagonista, sim: se houver
mudança, tarefa ciclópica será a sua. Se rondarem os ventos e as vontades, será
devido à sua capacidade de liderança, se for convicto e decisivamente
reformador, merece a autoria de um novo ciclo. Se for fiável, merecerá o maior
número de votos. Falta, claro está, a prova maior – a governação – mas até lá
terá havido, se houver, muito mais de meio caminho andado. Não estou certa do
êxito da empreitada, estou apenas inteiramente segura da sua
indispensabilidade, o que não é nada o mesmo.
Não vale a pena disfarçar que o PSD já
conheceu melhores dias e outras equipas; que não tem os líderes e os decisores
que já teve (nenhum partido tem, já repararam?). Sucede porém que
nesse grande espaço do centro e da direita o PSD permanece o único. O único
que. O único que pode mudar, pode levar gente consigo, pode ser confiável, o
único enfim que pode liderar. E como tal – e por ser “o” verdadeiramente
adversário em pista de que valerá a pena fazer caso – irá ser alvo de manipulação grosseira, intriga e mentira: a máquina non
stop de propaganda do PS é capaz de tudo (e o PS também). Mas isto
ainda é a política ou o (duvidoso) método eleito para fazer política: a cada um
a sua escolha de a enobrecer ou ou conspurcar . Também não vale a pena repetir pela enésima vez que o país pode temer
mais que confiar em Pedro Nuno Santos. Repentino, incerto, impetuoso,
confunde tudo isso com ser um “fazedor” (?). Convenhamos que será fazer de nós totalmente imbecis convencer- nos que
teve êxito como responsável-mor pela inconcebível saga da TAP, a tragédia da
habitação, a vergonha da ferrovia. Ou seja, alarma mais do que convence.
3Na forma com olho para as coisas –
estas, tão essenciais como um país ser capaz de se convencer a si mesmo a mudar
– o meu pessimismo reside porém muito mais na enorme dificuldade do
combate contra a tão assente “instalação” no Estado, na resignada continuação
do que está, no “assim-como-assim”. Numa palavra, reside na dúvida de Portugal e os portugueses serem
capazes de responder e corresponder a um grande repto. Definitivo, diria. Mas esta é uma das cruciais grandes incógnitas de 2024
num país a empobrecer e num mundo com guerra em todas suas frentes.
Há quantas décadas não provávamos passas
tão amargas à porta do novo ano?
RECOMENDAMOS
Motorista da
TVDE detido por suspeita de violação
Rússia
otimista, mas apenas com "ligeira vantagem"
Novocherkassk.
O navio russo que a Ucrânia afundou
Como Neves
não conseguiu manter a Farfetch a voar
ELEIÇÕES LEGISLATIVAS POLÍTICA PEDRO NUNO SANTOS LUÍS MONTENEGRO ANTÓNIO COSTA PAÍS
COMENTÁRIOS:
Manuel Martins: A percepção do estado do país é
mais importante nas eleições que a realidade. A comunicação social,
quase toda manipulada pelo poder político, vende-nos versões erradas do
país, umas vezes melhores outras piores que a realidade. Dois exemplos: " a crise
da habitação "- a maioria dos portugueses não sente qualquer problema de
habitação, pois têm casa própria, ou pagam rendas baixas, e muitos
têm 2a habitação, e até estão a ganhar muito com as rendas
elevadas. O problema habitacional é sobretudo dos imigrantes e alguns
jovens urbanos. "os imigrantes contribuem mais que beneficiam
para a segurança social "- é óbvio e acontece sempre, mas é uma leitura
muito parcial. Se em Portugal só se tem direito ao subsídio desemprego
após 2 anos descontos, e à residência após 1 ano, e depois de 6 se pode ser português,
por regra quando se começa a beneficiar da segurança social já se é português e
não conta na estatística como estrangeiro ou imigrante, apesar de
ser a mesma pessoa. É um mero truque estatístico que a comunicação social
não quer esclarecer. Também não quer saber qual o custo dos imigrantes na
saúde, na segurança ou na educação, por exemplo. Sendo a imigração
globalmente positiva para um país, não é um tema possível discutir com
seriedade. Haveria mais exemplos, e daí a minha opinião, que vamos
continuar a ser enganados e a fingir que queremos mudar... JOHN
MARTINS: O que Luis Montenegro já fez bem feito, para além de ter corrido o país de
lés-a-lés, conhecendo in loco as necessidades da população: Teve o
Congresso do PSD donde saiu com apoio reforçado onde contou, com o raro apoio
de Cavaco Silva e também de Carlos Moedas. Conseguiu o apoio de mais de 100
personalidades de relevo na sociedade civil, onde se encontram alguns
ministeriáveis. Chegou a acordo com o CDS para a formação de uma nova AD. Termina
bem o fim do ano e bom augúrio para o 10 de março... Fernando
CE: Pedro Nuno Santos é um homem impreparado e como se não bastasse
impulsivo e imaturo. O povo quer que não se mexa em nada, para garantir um
subsídio ou um magro apoio social, vê TV e anda feliz. Vivemos uma autêntica
sociedade da miséria. Falta de ambição, o que sobrava nos tempos de Cavaco
Silva, era eu um jovem estudante universitário. Não espero nada de bom no país.
Tenho “vergonha” de dizer que sou português lá fora, visto como um povo
atrasado, até aqui ao lado ,em Espanha. Glorioso
SLB: Pois mas LM teve um ano e meio para dar ideias. Dizer o q estava mal e o q
faria de diferente. Ficou-se pela parte do falar mal. Vai ter o meu voto, por
causa do CDS, mas vou pôr a cruz muito ao “de leve”. Fernando
Cascais: “Será o protagonista de uma
história que chegou cedo de mais, sem pré-aviso e indesejada por todos,
absolutamente todos.“ Se a tal história que chegou cedo demais é a eleição para
as legislativas a 10 de março, então, todos os protagonistas ficaram
agradavelmente surpreendidos. Montenegro escapou do teste que seriam as
europeias. Pedro Nuno deparou-se com o futuro desejado no presente. BE pode
recuperar os deputados perdidos sem esperar pelo fim da legislatura. IL tem
oportunidade de mostrar o que vale, e, até o CDS teve a possibilidade de
ressuscitar contra a vontade dos eleitores. Talvez o PCP fosse o único que não
se importava de esperar mais algum tempo, já que até o próprio Costa também
desejava ver-se livre das culpas de um governo manhoso. O eleitorado que paga
impostos está esgotado de financiar um estado social que não pára de crescer e
para o qual o dinheiro nunca chega. Reduzir o tamanho do estado social com uma
optimização da sua função corta na despesa e só cortando na despesa se podem
baixar os impostos. O único partido político com um programa para reduzir a
carga fiscal e o peso do estado na sociedade e na vida das pessoas é a IL. A
diferença entre o PS e o PSD é que este último é mais competente a governar,
todavia, ambos defendem um estado social gigante que garanta os votos
necessários para a reeleição. O eleitorado de direita já percebeu que passar de
b.urro para c.avalo não é suficiente, e, é por isso que o PSD não sai da cepa
torta nas sondagens e no sufrágio eleitoral. Passos Coelho cortou na despesa
cumprindo o acordo com a Troika e ganhou as eleições, o que prova, que o
eleitorado de direita não anda à procura de mais social democracia disfarçada
de socialismo.
De uma Mulher combativa e lúcida,
desejando mudar um status calamitoso -
o que não acontecerá, acomodados que somos a uma artificiosa estabilidade pouco
exigente de esforço e de ambição, afinal. Mas mesmo que mudança houvesse, as
forças da pseudo bondade reivindicativa, habilitadas às marchas grevistas de
sempre, fariam parar o país, como se tem visto, desde que não dominem também,
em pretendida aliança aparentemente – e astutamente - democrática. Não, não
vamos recusar o que está, por malandro que seja, embora seja outro, o patrono,
que não se escusará à tal aliança. E assim continuaremos, até ver.
Fim do Ano
Sendo o eleitorado mais opaco do que
as sondagens que supostamente o desnudam, há que esperar muito até saber qual o
prato da balança vencedor: a recusa do que “está” ou a vitória dos
“instalados”?
MARIA JOÃO AVILLEZ
Jornalista, colunista do Observador
OBSERVADOR, 27
dez. 2023, 00:235
1Estamos lembrados: o PS tem a
capacidade de se unir no dia seguinte de qualquer combate interno. Mas nem equivale a vitalidade – não
votaram todos os que o poderiam ter feito em tão apregoada “mobilização” – nem dispensa a memória: os combates
deixam feridas, também estamos lembrados de que algumas não sararam.
Ficou claro que houve militantes que
prefeririam para líder outro que não o militante vencedor. E o país quando se
desatordoar de festas, fios e fitas, de bacalhau e de broa, também talvez se
venha a interrogar sobre a utilidade e o destino do seu voto.
O combate é porém desigual. Muitíssimo
desigual. E sendo o eleitorado sempre mais opaco do que as
sondagens que supostamente o desnudam teremos que esperar muito até alcançar
qual o prato da balança vencedor: o
da recusa taxativa do que “está” ou a continuada vitória dos “instalados”? De um lado
há aqueles que talvez tenham achado esquisito ouvir o ainda Primeiro-Ministro
falar-lhes naturalmente – convictamente, até, quem sabe? – de “tranquilidade”: qual? Há
os que não encontram nem sequer a sombra da “tranquilidade” quando batem com o
nariz na porta de uma urgência ou precisam de um calendário para saber de que
hospital público não serão expulsos; aqueles que não simpatizam por aí além com a “tranquilidade” de uma
burocracia sempre vencedora que os impede há mais de quatro, cinco, dez anos
anos, de concretizar um projecto, um licenciamento, uma iniciativa, a mera
construção uma casa; aqueles
cuja in “tranquilidade” pode ser dolorosa ao ver os filhos partir
para melhor vida over seas, ou nas fronteiras europeias, como nos anos
quarenta ou cinquenta do século passado; ou talvez aqueles que, confrontando-se com os actuais maus
resultados escolares da sua prole, não esquecem que os filhos não tiveram
direito nem a todas as aulas, nem a todos os professores, nem à qualidade
educativa que a escola pública tem o dever de prover; que tentam acudir aos filhos e netos na
inglória e impiedosa procura de uma casa ou de algo que dê por esse nome, após
oito anos de governação socialista. Etc.
“Recuperámos a tranquilidade no dia-a-dia das famílias”, disse
António Costa neste Natal e eu pergunto: quantas famílias portuguesas com cada vez menos dinheiro ao fim do
mês, acharam isto afrontoso? Não sei. Em contrapartida, sei o poder da
“instalação”. Um veneno. Letal. Os portugueses, não sei quantos mas parecem-me muitos, estão tão
instalados neste (não) dolce farniente que já leva mais de oito anos
que não querem que os macem. O Estado vela por eles e eles sabem. Não são
infelizes, não exigem, não se envergonham, não sonham com mais. Vão vivendo.
Sem ambição digna de nota e com uma tão persistente capacidade de, como dizer?,
adaptação, alheamento, adormecimento face ao que está, qualquer alteração
climática política interrompe-lhes a beatitude da letargia.
Adormecimento-empobrecimento.
2Claro que neste desconforme
cenário cabe a Luís Montenegro a parte de leão. Será
o protagonista de uma história que chegou cedo de mais, sem pré-aviso e
indesejada por todos, absolutamente todos. Protagonista, sim: se houver
mudança, tarefa ciclópica será a sua. Se rondarem os ventos e as vontades, será
devido à sua capacidade de liderança, se for convicto e decisivamente
reformador, merece a autoria de um novo ciclo. Se for fiável, merecerá o maior
número de votos. Falta, claro está, a prova maior – a governação – mas até lá
terá havido, se houver, muito mais de meio caminho andado. Não estou certa do
êxito da empreitada, estou apenas inteiramente segura da sua
indispensabilidade, o que não é nada o mesmo.
Não vale a pena disfarçar que o PSD já
conheceu melhores dias e outras equipas; que não tem os líderes e os decisores
que já teve (nenhum partido tem, já repararam?). Sucede porém que
nesse grande espaço do centro e da direita o PSD permanece o único. O único
que. O único que pode mudar, pode levar gente consigo, pode ser confiável, o
único enfim que pode liderar. E como tal – e por ser “o” verdadeiramente
adversário em pista de que valerá a pena fazer caso – irá ser alvo de manipulação grosseira, intriga e mentira: a máquina non
stop de propaganda do PS é capaz de tudo (e o PS também). Mas isto
ainda é a política ou o (duvidoso) método eleito para fazer política: a cada um
a sua escolha de a enobrecer ou ou conspurcar . Também não vale a pena repetir pela enésima vez que o país pode temer
mais que confiar em Pedro Nuno Santos. Repentino, incerto, impetuoso,
confunde tudo isso com ser um “fazedor” (?). Convenhamos que será fazer de nós totalmente imbecis convencer- nos que
teve êxito como responsável-mor pela inconcebível saga da TAP, a tragédia da
habitação, a vergonha da ferrovia. Ou seja, alarma mais do que convence.
3Na forma com olho para as coisas –
estas, tão essenciais como um país ser capaz de se convencer a si mesmo a mudar
– o meu pessimismo reside porém muito mais na enorme dificuldade do
combate contra a tão assente “instalação” no Estado, na resignada continuação
do que está, no “assim-como-assim”. Numa palavra, reside na dúvida de Portugal e os portugueses serem
capazes de responder e corresponder a um grande repto. Definitivo, diria. Mas esta é uma das cruciais grandes incógnitas de 2024
num país a empobrecer e num mundo com guerra em todas suas frentes.
Há quantas décadas não provávamos passas
tão amargas à porta do novo ano?
RECOMENDAMOS
Motorista da
TVDE detido por suspeita de violação
Rússia
otimista, mas apenas com "ligeira vantagem"
Novocherkassk.
O navio russo que a Ucrânia afundou
Como Neves
não conseguiu manter a Farfetch a voar
ELEIÇÕES LEGISLATIVAS POLÍTICA PEDRO NUNO SANTOS LUÍS MONTENEGRO ANTÓNIO COSTA PAÍS
COMENTÁRIOS:
Manuel Martins: A percepção do estado do país é
mais importante nas eleições que a realidade. A comunicação social,
quase toda manipulada pelo poder político, vende-nos versões erradas do
país, umas vezes melhores outras piores que a realidade. Dois exemplos: " a crise
da habitação "- a maioria dos portugueses não sente qualquer problema de
habitação, pois têm casa própria, ou pagam rendas baixas, e muitos
têm 2a habitação, e até estão a ganhar muito com as rendas
elevadas. O problema habitacional é sobretudo dos imigrantes e alguns
jovens urbanos. "os imigrantes contribuem mais que beneficiam
para a segurança social "- é óbvio e acontece sempre, mas é uma leitura
muito parcial. Se em Portugal só se tem direito ao subsídio desemprego
após 2 anos descontos, e à residência após 1 ano, e depois de 6 se pode ser português,
por regra quando se começa a beneficiar da segurança social já se é português e
não conta na estatística como estrangeiro ou imigrante, apesar de
ser a mesma pessoa. É um mero truque estatístico que a comunicação social
não quer esclarecer. Também não quer saber qual o custo dos imigrantes na
saúde, na segurança ou na educação, por exemplo. Sendo a imigração
globalmente positiva para um país, não é um tema possível discutir com
seriedade. Haveria mais exemplos, e daí a minha opinião, que vamos
continuar a ser enganados e a fingir que queremos mudar... JOHN
MARTINS: O que Luis Montenegro já fez bem feito, para além de ter corrido o país de
lés-a-lés, conhecendo in loco as necessidades da população: Teve o
Congresso do PSD donde saiu com apoio reforçado onde contou, com o raro apoio
de Cavaco Silva e também de Carlos Moedas. Conseguiu o apoio de mais de 100
personalidades de relevo na sociedade civil, onde se encontram alguns
ministeriáveis. Chegou a acordo com o CDS para a formação de uma nova AD. Termina
bem o fim do ano e bom augúrio para o 10 de março... Fernando
CE: Pedro Nuno Santos é um homem impreparado e como se não bastasse
impulsivo e imaturo. O povo quer que não se mexa em nada, para garantir um
subsídio ou um magro apoio social, vê TV e anda feliz. Vivemos uma autêntica
sociedade da miséria. Falta de ambição, o que sobrava nos tempos de Cavaco
Silva, era eu um jovem estudante universitário. Não espero nada de bom no país.
Tenho “vergonha” de dizer que sou português lá fora, visto como um povo
atrasado, até aqui ao lado ,em Espanha. Glorioso
SLB: Pois mas LM teve um ano e meio para dar ideias. Dizer o q estava mal e o q
faria de diferente. Ficou-se pela parte do falar mal. Vai ter o meu voto, por
causa do CDS, mas vou pôr a cruz muito ao “de leve”. Fernando
Cascais: “Será o protagonista de uma
história que chegou cedo de mais, sem pré-aviso e indesejada por todos,
absolutamente todos.“ Se a tal história que chegou cedo demais é a eleição para
as legislativas a 10 de março, então, todos os protagonistas ficaram
agradavelmente surpreendidos. Montenegro escapou do teste que seriam as
europeias. Pedro Nuno deparou-se com o futuro desejado no presente. BE pode
recuperar os deputados perdidos sem esperar pelo fim da legislatura. IL tem
oportunidade de mostrar o que vale, e, até o CDS teve a possibilidade de
ressuscitar contra a vontade dos eleitores. Talvez o PCP fosse o único que não
se importava de esperar mais algum tempo, já que até o próprio Costa também
desejava ver-se livre das culpas de um governo manhoso. O eleitorado que paga
impostos está esgotado de financiar um estado social que não pára de crescer e
para o qual o dinheiro nunca chega. Reduzir o tamanho do estado social com uma
optimização da sua função corta na despesa e só cortando na despesa se podem
baixar os impostos. O único partido político com um programa para reduzir a
carga fiscal e o peso do estado na sociedade e na vida das pessoas é a IL. A
diferença entre o PS e o PSD é que este último é mais competente a governar,
todavia, ambos defendem um estado social gigante que garanta os votos
necessários para a reeleição. O eleitorado de direita já percebeu que passar de
b.urro para c.avalo não é suficiente, e, é por isso que o PSD não sai da cepa
torta nas sondagens e no sufrágio eleitoral. Passos Coelho cortou na despesa
cumprindo o acordo com a Troika e ganhou as eleições, o que prova, que o
eleitorado de direita não anda à procura de mais social democracia disfarçada
de socialismo.
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