quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Um esclarecimento meritório

 

De uma Mulher combativa e lúcida, desejando mudar um status calamitoso - o que não acontecerá, acomodados que somos a uma artificiosa estabilidade pouco exigente de esforço e de ambição, afinal. Mas mesmo que mudança houvesse, as forças da pseudo bondade reivindicativa, habilitadas às marchas grevistas de sempre, fariam parar o país, como se tem visto, desde que não dominem também, em pretendida aliança aparentemente – e astutamente - democrática. Não, não vamos recusar o que está, por malandro que seja, embora seja outro, o patrono, que não se escusará à tal aliança. E assim continuaremos, até ver.

Fim do Ano

Sendo o eleitorado mais opaco do que as sondagens que supostamente o desnudam, há que esperar muito até saber qual o prato da balança vencedor: a recusa do que “está” ou a vitória dos “instalados”?

MARIA JOÃO AVILLEZ Jornalista, colunista do Observador

OBSERVADOR, 27 dez. 2023, 00:235

1Estamos lembrados: o PS tem a capacidade de se unir no dia seguinte de qualquer combate interno. Mas nem equivale a vitalidadenão votaram todos os que o poderiam ter feito em tão apregoada “mobilização” – nem dispensa a memória: os combates deixam feridas, também estamos lembrados de que algumas não sararam.

Ficou claro que houve militantes que prefeririam para líder outro que não o militante vencedor. E o país quando se desatordoar de festas, fios e fitas, de bacalhau e de broa, também talvez se venha a interrogar sobre a utilidade e o destino do seu voto.

O combate é porém desigual. Muitíssimo desigual. E sendo o eleitorado sempre mais opaco do que as sondagens que supostamente o desnudam teremos que esperar muito até alcançar qual o prato da balança vencedor: o da recusa taxativa do que “está” ou a continuada vitória dos “instalados”? De um lado há aqueles que talvez tenham achado esquisito ouvir o ainda Primeiro-Ministro falar-lhes naturalmente – convictamente, até, quem sabe? – de “tranquilidade”: qual? Há os que não encontram nem sequer a sombra da “tranquilidade” quando batem com o nariz na porta de uma urgência ou precisam de um calendário para saber de que hospital público não serão expulsos; aqueles que não simpatizam por aí além com a “tranquilidade” de uma burocracia sempre vencedora que os impede há mais de quatro, cinco, dez anos anos, de concretizar um projecto, um licenciamento, uma iniciativa, a mera construção uma casa; aqueles cuja in “tranquilidade” pode ser dolorosa ao ver os filhos partir para melhor vida over seas, ou nas fronteiras europeias, como nos anos quarenta ou cinquenta do século passado; ou talvez aqueles que, confrontando-se com os actuais maus resultados escolares da sua prole, não esquecem que os filhos não tiveram direito nem a todas as aulas, nem a todos os professores, nem à qualidade educativa que a escola pública tem o dever de prover; que tentam acudir aos filhos e netos na inglória e impiedosa procura de uma casa ou de algo que dê por esse nome, após oito anos de governação socialista. Etc.

“Recuperámos a tranquilidade no dia-a-dia das famílias”, disse António Costa neste Natal e eu pergunto: quantas famílias portuguesas com cada vez menos dinheiro ao fim do mês, acharam isto afrontoso? Não sei. Em contrapartida, sei o poder da “instalação”. Um veneno. Letal. Os portugueses, não sei quantos mas parecem-me muitos, estão tão instalados neste (não) dolce farniente que já leva mais de oito anos que não querem que os macem. O Estado vela por eles e eles sabem. Não são infelizes, não exigem, não se envergonham, não sonham com mais. Vão vivendo. Sem ambição digna de nota e com uma tão persistente capacidade de, como dizer?, adaptação, alheamento, adormecimento face ao que está, qualquer alteração climática política interrompe-lhes a beatitude da letargia. Adormecimento-empobrecimento.

2Claro que neste desconforme cenário cabe a Luís Montenegro a parte de leão. Será o protagonista de uma história que chegou cedo de mais, sem pré-aviso e indesejada por todos, absolutamente todos. Protagonista, sim: se houver mudança, tarefa ciclópica será a sua. Se rondarem os ventos e as vontades, será devido à sua capacidade de liderança, se for convicto e decisivamente reformador, merece a autoria de um novo ciclo. Se for fiável, merecerá o maior número de votos. Falta, claro está, a prova maior – a governação – mas até lá terá havido, se houver, muito mais de meio caminho andado. Não estou certa do êxito da empreitada, estou apenas inteiramente segura da sua indispensabilidade, o que não é nada o mesmo.

Não vale a pena disfarçar que o PSD já conheceu melhores dias e outras equipas; que não tem os líderes e os decisores que já teve (nenhum partido tem, já repararam?). Sucede porém que nesse grande espaço do centro e da direita o PSD permanece o único. O único que. O único que pode mudar, pode levar gente consigo, pode ser confiável, o único enfim que pode liderar. E como tal – e por ser “o” verdadeiramente adversário em pista de que valerá a pena fazer caso – irá ser alvo de manipulação grosseira, intriga e mentira: a máquina non stop de propaganda do PS é capaz de tudo (e o PS também). Mas isto ainda é a política ou o (duvidoso) método eleito para fazer política: a cada um a sua escolha de a enobrecer ou ou conspurcar . Também não vale a pena repetir pela enésima vez que o país pode temer mais que confiar em Pedro Nuno Santos. Repentino, incerto, impetuoso, confunde tudo isso com ser um “fazedor” (?). Convenhamos que será fazer de nós totalmente imbecis convencer- nos que teve êxito como responsável-mor pela inconcebível saga da TAP, a tragédia da habitação, a vergonha da ferrovia. Ou seja, alarma mais do que convence.

3Na forma com olho para as coisas – estas, tão essenciais como um país ser capaz de se convencer a si mesmo a mudar – o meu pessimismo reside porém muito mais na enorme dificuldade do combate contra a tão assente “instalação” no Estado, na resignada continuação do que está, no “assim-como-assim”. Numa palavra, reside na dúvida de Portugal e os portugueses serem capazes de responder e corresponder a um grande repto. Definitivo, diria. Mas esta é uma das cruciais grandes incógnitas de 2024 num país a empobrecer e num mundo com guerra em todas suas frentes.

Há quantas décadas não provávamos passas tão amargas à porta do novo ano?

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ELEIÇÕES  LEGISLATIVAS    POLÍTICA    PEDRO NUNO SANTOS     LUÍS MONTENEGRO     ANTÓNIO COSTA     PAÍS

COMENTÁRIOS:

Manuel Martins: A percepção do estado do país é mais importante nas eleições que a realidade.  A comunicação social,  quase toda manipulada pelo poder político,  vende-nos versões erradas do país,  umas vezes melhores outras piores que a realidade.  Dois exemplos: " a crise da habitação "- a maioria dos portugueses não sente qualquer problema de habitação,  pois têm casa própria, ou pagam rendas baixas, e muitos têm 2a habitação,  e até estão a ganhar muito com as rendas elevadas.  O problema habitacional é sobretudo dos imigrantes e alguns jovens urbanos.  "os imigrantes contribuem mais que beneficiam para a segurança social "- é óbvio e acontece sempre, mas é uma leitura muito parcial.  Se em Portugal só se tem direito ao subsídio desemprego após 2 anos descontos, e à residência após 1 ano, e depois de 6 se pode ser português,  por regra quando se começa a beneficiar da segurança social já se é português e não conta  na estatística como estrangeiro ou imigrante,  apesar de ser a mesma pessoa.  É um mero truque estatístico que a comunicação social não quer esclarecer. Também não quer saber qual o custo dos imigrantes na saúde, na segurança ou na educação,  por exemplo. Sendo a imigração globalmente positiva para um país,  não é um tema possível discutir com seriedade. Haveria mais exemplos,  e daí a minha opinião,  que vamos continuar a ser enganados e a fingir que queremos mudar...                  JOHN MARTINS: O que Luis Montenegro já fez bem feito, para além de ter corrido o país de lés-a-lés, conhecendo in loco as necessidades da população:  Teve o Congresso do PSD donde saiu com apoio reforçado onde contou, com o raro apoio de Cavaco Silva e também de Carlos Moedas. Conseguiu o apoio de mais de 100 personalidades de relevo na sociedade civil, onde se encontram alguns ministeriáveis. Chegou a acordo com o CDS para a formação de uma nova AD. Termina bem o fim do ano e bom augúrio para o 10 de março...                      Fernando CE: Pedro  Nuno Santos é um homem impreparado e como se não bastasse impulsivo e imaturo. O povo quer que não se mexa em nada, para garantir um subsídio ou um magro apoio social, vê TV e anda feliz. Vivemos uma autêntica sociedade da miséria. Falta de ambição, o que sobrava nos tempos de Cavaco Silva, era eu um jovem estudante universitário. Não espero nada de bom no país. Tenho “vergonha” de dizer que sou português lá fora, visto como um povo atrasado, até aqui ao lado ,em Espanha.                        Glorioso SLB: Pois mas LM teve um ano e meio para dar ideias. Dizer o q estava mal e o q faria de diferente. Ficou-se pela parte do falar mal. Vai ter o meu voto, por causa do CDS, mas vou pôr a cruz muito ao “de leve”.                    Fernando Cascais:  “Será o protagonista de uma história que chegou cedo de mais, sem pré-aviso e indesejada por todos, absolutamente todos.“ Se a tal história que chegou cedo demais é a eleição para as legislativas a 10 de março, então, todos os protagonistas ficaram agradavelmente surpreendidos. Montenegro escapou do teste que seriam as europeias. Pedro Nuno deparou-se com o futuro desejado no presente. BE pode recuperar os deputados perdidos sem esperar pelo fim da legislatura. IL tem oportunidade de mostrar o que vale, e, até o CDS teve a possibilidade de ressuscitar contra a vontade dos eleitores. Talvez o PCP fosse o único que não se importava de esperar mais algum tempo, já que até o próprio Costa também desejava ver-se livre das culpas de um governo manhoso. O eleitorado que paga impostos está esgotado de financiar um estado social que não pára de crescer e para o qual o dinheiro nunca chega. Reduzir o tamanho do estado social com uma optimização da sua função corta na despesa e só cortando na despesa se podem baixar os impostos. O único partido político com um programa para reduzir a carga fiscal e o peso do estado na sociedade e na vida das pessoas é a IL. A diferença entre o PS e o PSD é que este último é mais competente a governar, todavia, ambos defendem um estado social gigante que garanta os votos necessários para a reeleição. O eleitorado de direita já percebeu que passar de b.urro para c.avalo não é suficiente, e, é por isso que o PSD não sai da cepa torta nas sondagens e no sufrágio eleitoral. Passos Coelho cortou na despesa cumprindo o acordo com a Troika e ganhou as eleições, o que prova, que o eleitorado de direita não anda à procura de mais social democracia disfarçada de socialismo.

 

De uma Mulher combativa e lúcida, desejando mudar um status calamitoso - o que não acontecerá, acomodados que somos a uma artificiosa estabilidade pouco exigente de esforço e de ambição, afinal. Mas mesmo que mudança houvesse, as forças da pseudo bondade reivindicativa, habilitadas às marchas grevistas de sempre, fariam parar o país, como se tem visto, desde que não dominem também, em pretendida aliança aparentemente – e astutamente - democrática. Não, não vamos recusar o que está, por malandro que seja, embora seja outro, o patrono, que não se escusará à tal aliança. E assim continuaremos, até ver.

Fim do Ano

Sendo o eleitorado mais opaco do que as sondagens que supostamente o desnudam, há que esperar muito até saber qual o prato da balança vencedor: a recusa do que “está” ou a vitória dos “instalados”?

MARIA JOÃO AVILLEZ Jornalista, colunista do Observador

OBSERVADOR, 27 dez. 2023, 00:235

1Estamos lembrados: o PS tem a capacidade de se unir no dia seguinte de qualquer combate interno. Mas nem equivale a vitalidadenão votaram todos os que o poderiam ter feito em tão apregoada “mobilização” – nem dispensa a memória: os combates deixam feridas, também estamos lembrados de que algumas não sararam.

Ficou claro que houve militantes que prefeririam para líder outro que não o militante vencedor. E o país quando se desatordoar de festas, fios e fitas, de bacalhau e de broa, também talvez se venha a interrogar sobre a utilidade e o destino do seu voto.

O combate é porém desigual. Muitíssimo desigual. E sendo o eleitorado sempre mais opaco do que as sondagens que supostamente o desnudam teremos que esperar muito até alcançar qual o prato da balança vencedor: o da recusa taxativa do que “está” ou a continuada vitória dos “instalados”? De um lado há aqueles que talvez tenham achado esquisito ouvir o ainda Primeiro-Ministro falar-lhes naturalmente – convictamente, até, quem sabe? – de “tranquilidade”: qual? Há os que não encontram nem sequer a sombra da “tranquilidade” quando batem com o nariz na porta de uma urgência ou precisam de um calendário para saber de que hospital público não serão expulsos; aqueles que não simpatizam por aí além com a “tranquilidade” de uma burocracia sempre vencedora que os impede há mais de quatro, cinco, dez anos anos, de concretizar um projecto, um licenciamento, uma iniciativa, a mera construção uma casa; aqueles cuja in “tranquilidade” pode ser dolorosa ao ver os filhos partir para melhor vida over seas, ou nas fronteiras europeias, como nos anos quarenta ou cinquenta do século passado; ou talvez aqueles que, confrontando-se com os actuais maus resultados escolares da sua prole, não esquecem que os filhos não tiveram direito nem a todas as aulas, nem a todos os professores, nem à qualidade educativa que a escola pública tem o dever de prover; que tentam acudir aos filhos e netos na inglória e impiedosa procura de uma casa ou de algo que dê por esse nome, após oito anos de governação socialista. Etc.

“Recuperámos a tranquilidade no dia-a-dia das famílias”, disse António Costa neste Natal e eu pergunto: quantas famílias portuguesas com cada vez menos dinheiro ao fim do mês, acharam isto afrontoso? Não sei. Em contrapartida, sei o poder da “instalação”. Um veneno. Letal. Os portugueses, não sei quantos mas parecem-me muitos, estão tão instalados neste (não) dolce farniente que já leva mais de oito anos que não querem que os macem. O Estado vela por eles e eles sabem. Não são infelizes, não exigem, não se envergonham, não sonham com mais. Vão vivendo. Sem ambição digna de nota e com uma tão persistente capacidade de, como dizer?, adaptação, alheamento, adormecimento face ao que está, qualquer alteração climática política interrompe-lhes a beatitude da letargia. Adormecimento-empobrecimento.

2Claro que neste desconforme cenário cabe a Luís Montenegro a parte de leão. Será o protagonista de uma história que chegou cedo de mais, sem pré-aviso e indesejada por todos, absolutamente todos. Protagonista, sim: se houver mudança, tarefa ciclópica será a sua. Se rondarem os ventos e as vontades, será devido à sua capacidade de liderança, se for convicto e decisivamente reformador, merece a autoria de um novo ciclo. Se for fiável, merecerá o maior número de votos. Falta, claro está, a prova maior – a governação – mas até lá terá havido, se houver, muito mais de meio caminho andado. Não estou certa do êxito da empreitada, estou apenas inteiramente segura da sua indispensabilidade, o que não é nada o mesmo.

Não vale a pena disfarçar que o PSD já conheceu melhores dias e outras equipas; que não tem os líderes e os decisores que já teve (nenhum partido tem, já repararam?). Sucede porém que nesse grande espaço do centro e da direita o PSD permanece o único. O único que. O único que pode mudar, pode levar gente consigo, pode ser confiável, o único enfim que pode liderar. E como tal – e por ser “o” verdadeiramente adversário em pista de que valerá a pena fazer caso – irá ser alvo de manipulação grosseira, intriga e mentira: a máquina non stop de propaganda do PS é capaz de tudo (e o PS também). Mas isto ainda é a política ou o (duvidoso) método eleito para fazer política: a cada um a sua escolha de a enobrecer ou ou conspurcar . Também não vale a pena repetir pela enésima vez que o país pode temer mais que confiar em Pedro Nuno Santos. Repentino, incerto, impetuoso, confunde tudo isso com ser um “fazedor” (?). Convenhamos que será fazer de nós totalmente imbecis convencer- nos que teve êxito como responsável-mor pela inconcebível saga da TAP, a tragédia da habitação, a vergonha da ferrovia. Ou seja, alarma mais do que convence.

3Na forma com olho para as coisas – estas, tão essenciais como um país ser capaz de se convencer a si mesmo a mudar – o meu pessimismo reside porém muito mais na enorme dificuldade do combate contra a tão assente “instalação” no Estado, na resignada continuação do que está, no “assim-como-assim”. Numa palavra, reside na dúvida de Portugal e os portugueses serem capazes de responder e corresponder a um grande repto. Definitivo, diria. Mas esta é uma das cruciais grandes incógnitas de 2024 num país a empobrecer e num mundo com guerra em todas suas frentes.

Há quantas décadas não provávamos passas tão amargas à porta do novo ano?

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Novocherkassk. O navio russo que a Ucrânia afundou

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ELEIÇÕES  LEGISLATIVAS    POLÍTICA    PEDRO NUNO SANTOS     LUÍS MONTENEGRO     ANTÓNIO COSTA     PAÍS

COMENTÁRIOS:

Manuel Martins: A percepção do estado do país é mais importante nas eleições que a realidade.  A comunicação social,  quase toda manipulada pelo poder político,  vende-nos versões erradas do país,  umas vezes melhores outras piores que a realidade.  Dois exemplos: " a crise da habitação "- a maioria dos portugueses não sente qualquer problema de habitação,  pois têm casa própria, ou pagam rendas baixas, e muitos têm 2a habitação,  e até estão a ganhar muito com as rendas elevadas.  O problema habitacional é sobretudo dos imigrantes e alguns jovens urbanos.  "os imigrantes contribuem mais que beneficiam para a segurança social "- é óbvio e acontece sempre, mas é uma leitura muito parcial.  Se em Portugal só se tem direito ao subsídio desemprego após 2 anos descontos, e à residência após 1 ano, e depois de 6 se pode ser português,  por regra quando se começa a beneficiar da segurança social já se é português e não conta  na estatística como estrangeiro ou imigrante,  apesar de ser a mesma pessoa.  É um mero truque estatístico que a comunicação social não quer esclarecer. Também não quer saber qual o custo dos imigrantes na saúde, na segurança ou na educação,  por exemplo. Sendo a imigração globalmente positiva para um país,  não é um tema possível discutir com seriedade. Haveria mais exemplos,  e daí a minha opinião,  que vamos continuar a ser enganados e a fingir que queremos mudar...                  JOHN MARTINS: O que Luis Montenegro já fez bem feito, para além de ter corrido o país de lés-a-lés, conhecendo in loco as necessidades da população:  Teve o Congresso do PSD donde saiu com apoio reforçado onde contou, com o raro apoio de Cavaco Silva e também de Carlos Moedas. Conseguiu o apoio de mais de 100 personalidades de relevo na sociedade civil, onde se encontram alguns ministeriáveis. Chegou a acordo com o CDS para a formação de uma nova AD. Termina bem o fim do ano e bom augúrio para o 10 de março...                      Fernando CE: Pedro  Nuno Santos é um homem impreparado e como se não bastasse impulsivo e imaturo. O povo quer que não se mexa em nada, para garantir um subsídio ou um magro apoio social, vê TV e anda feliz. Vivemos uma autêntica sociedade da miséria. Falta de ambição, o que sobrava nos tempos de Cavaco Silva, era eu um jovem estudante universitário. Não espero nada de bom no país. Tenho “vergonha” de dizer que sou português lá fora, visto como um povo atrasado, até aqui ao lado ,em Espanha.                        Glorioso SLB: Pois mas LM teve um ano e meio para dar ideias. Dizer o q estava mal e o q faria de diferente. Ficou-se pela parte do falar mal. Vai ter o meu voto, por causa do CDS, mas vou pôr a cruz muito ao “de leve”.                    Fernando Cascais:  “Será o protagonista de uma história que chegou cedo de mais, sem pré-aviso e indesejada por todos, absolutamente todos.“ Se a tal história que chegou cedo demais é a eleição para as legislativas a 10 de março, então, todos os protagonistas ficaram agradavelmente surpreendidos. Montenegro escapou do teste que seriam as europeias. Pedro Nuno deparou-se com o futuro desejado no presente. BE pode recuperar os deputados perdidos sem esperar pelo fim da legislatura. IL tem oportunidade de mostrar o que vale, e, até o CDS teve a possibilidade de ressuscitar contra a vontade dos eleitores. Talvez o PCP fosse o único que não se importava de esperar mais algum tempo, já que até o próprio Costa também desejava ver-se livre das culpas de um governo manhoso. O eleitorado que paga impostos está esgotado de financiar um estado social que não pára de crescer e para o qual o dinheiro nunca chega. Reduzir o tamanho do estado social com uma optimização da sua função corta na despesa e só cortando na despesa se podem baixar os impostos. O único partido político com um programa para reduzir a carga fiscal e o peso do estado na sociedade e na vida das pessoas é a IL. A diferença entre o PS e o PSD é que este último é mais competente a governar, todavia, ambos defendem um estado social gigante que garanta os votos necessários para a reeleição. O eleitorado de direita já percebeu que passar de b.urro para c.avalo não é suficiente, e, é por isso que o PSD não sai da cepa torta nas sondagens e no sufrágio eleitoral. Passos Coelho cortou na despesa cumprindo o acordo com a Troika e ganhou as eleições, o que prova, que o eleitorado de direita não anda à procura de mais social democracia disfarçada de socialismo.

 

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