Analisadas por um grande HISTORIADOR. Os partidos
de direita a pretender dar a volta, na Europa e na América, com algumas
esquerdas a rodar ainda, de que o nosso país é exemplo virtuoso e o nosso irmão
brasileiro é outro, mas com a faca e o queijo na mão…
De Buenos Aires a Haia
Quando em 15 Estados da UE os
partidos de “extrema-direita” têm mais de 20% do eleitorado, o alarme volta a
soar na Holanda, com a vitória de Wilders, e nas Américas, com a do argentino
Xavier Milei.
JAIME NOGUEIRA PINTO Colunista do Observador
OBSERVADOR, 09
dez. 2023, 00:1827
A eleição de Xavier
Milei para Presidente da Argentina e a vitória do partido
de Gert Wilders nas eleições parlamentares
holandesas são sinais de que qualquer coisa de novo e profundo está a acontecer
no mundo euro-americano.
A reviravolta na Europa e nas
Américas começou com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos – fez agora sete anos – e prosseguiu
com o triunfo de Bolsonaro;
enquanto na Europa Central se mantinham e renovavam os
governos nacionais-conservadores de Viktor
Orbán, na Hungria, e dos polacos do Lei e Justiça. Depois veio a vitória de Giorgia
Meloni, que começou a vida política, ainda
adolescente, na Frente da Juventude do MSI e fez todo o trajecto do partido de
Almirante até aos Fratelli d’Italia e
à coligação de direita que agora governa a Itália (passando pela Alianza
Nazionale, com Fini, e depois pela coligação com a Forza Italia de Berlusconi).
Hoje, em 15 Estados da União Europeia
os partidos a que alguns media chamam
de “extrema-direita”, dos
Democratas Suecos ao Rassemblement National francês (“União Nacional” em português), têm
mais de 20% do eleitorado. A
Esquerda, as esquerdas, o Centro, os centros e até as “direitas moderadas”
dizem-se alarmados com semelhante tendência, mas têm dificuldade em explicá-la
nos termos tradicionais, isto é, recorrendo à tese da ligação “Fascismo-Grande
Capital” ou detectando na ascensão da Direita, ou melhor, da extrema-direita, o
dedo invisível do imperialismo. Infelizmente,
o “Grande Capital”, o capital tentacular, globalista,
financeiro, tende hoje a alinhar com emoção e carinho no mundialismo, no
multiculturalismo, no wokismo – as agendas pós-neo-marxistas que sucederam às
tradicionais, organizadas em torno de notórios benfeitores da Humanidade como
Trotsky, Mao ou Lenine. Quanto
ao imperialismo – americano, supõe-se –, tanto quanto se sabe está
ao serviço da Administração Joe Biden-Kamala Harris, uma Administração
eminentemente progressista quando não francamente wokista.
As causas das coisas
Mas, maniqueísmos e teorias da
conspiração à parte, o que é que realmente há de comum em todas estas vitórias
ou subidas da “extrema-direita” e seus caudilhos?
A primeira característica comum é que exprimem uma rejeição do que está, recusando
a alternativa, muito particularmente nas bipolarizações em eleições
presidenciais: em 2016, nos Estados Unidos, Trump era alternativa a
Hillary Clinton, uma representante do establishment liberal chic da Costa Leste,
de onde, de resto, vinha o próprio Trump, que, entretanto, aparecia como a voz dos descontentes do Sul profundo e do
Nordeste desindustrializado, bem como de outros “deploráveis”.
O globalismo teve
esse efeito: procurando espaços
geopolíticos de mão de obra barata e com poucos direitos, contando com a
cumplicidade dos políticos dos partidos tradicionais, já sem União Soviética
nem China fechadas ao investimento, com a bênção do capital financeiro mais ou
menos anónimo, as indústrias debandaram para as periferias baratas, graças
também à total indiferença dos políticos norte-americanos e europeus em conter
a debandada. E do mesmo modo que permitiram e até encorajaram
a desindustrialização, permitiram e
encorajaram a entrada de imigrantes
oriundos de culturas dificilmente assimiláveis e que, por isso, foram
criando comunidades estranhas aos países de acolhimento. O alheamento ou
o divórcio destes governantes, ou das “elites”, da realidade vivida pelo povo e
os casos de compadrio e corrupção tornados públicos acirraram a hostilidade
popular.
Foi este o fenómeno que levou à
subida em flecha das votações na “extrema-direita” em países como a Suécia, a Finlândia, a Suíça e agora os
Países Baixos.
A
sensação de perda de identidade ou de “chão”, a descaracterização do território
de enraizamento ou pertença causada pela imigração não integrada, tem também,
em Espanha, expressão na ameaça à integridade
do território nacional causada pelos separatismos.
E a reacção pouco firme do leque político tradicional às pretensões
separatistas é, ali, uma das principais causas da ascensão de um partido
nacionalista como o Vox.
Por
outro lado, também as forças políticas tradicionais, num reflexo de defesa
perante a perda progressiva de eleitorado, tendem a reagir emocionalmente e
atavicamente – disparando teses conspiratórias desfasadas, alertando para os
perigos das novas formas de comunicação, do populismo, da manipulação, e até propondo
“cortar a liberdade aos inimigos da liberdade” para pôr fim ao “discurso de
ódio”, “salvar a democracia” e impedir “o regresso do fascismo”.
Não seria a primeira vez que em Portugal, a Esquerda, paladina
oficial das liberdades, recorria a métodos de supressão da liberdade para
defender a Liberdade ou de cancelamento da democracia para defender a
Democracia: fê-lo ao longo da Primeira República democrática e voltou a fazê-lo
já na Terceira República, entre 28 de Setembro de 1974 e 25 de Novembro de 1975.
De Buenos Aires a Haia
Não deixa de ser curioso o
desaparecimento da Direita da narrativa jornalística. Subitamente,
como no jogo do Monopólio, passa-se do Centro, ou quando muito do
centro-direita, à extrema-direita, sem passar pela “casa da Partida”. A
Esquerda (que não tem extremos) quando ganha, ganha sempre à “extrema-direita”,
e quando perde, perde sempre para a “extrema-direita”, perigosa horda iliberal
e anti-democrática sufragada por um povo manipulado por “populistas”.
As últimas perdas deram-se na Argentina
e nos Países Baixos. Na
Argentina, com a
vitória de um académico excêntrico, arqui-liberal e libertário. Xavier
Milei é, de certo modo, um discípulo de Murray Rothbard, o economista da
Escola Austríaca que, nos anos 70, fundou nos Estados Unidos o Libertarian
Party, dirigiu o Libertarian Forum e foi co-fundador, com o bilionário Charles
Koch, do Cato Institute.
Milei, também ele economista e defensor das teses do Estado
minimalista, um Estado restrito às funções da soberania – Defesa, Negócios
Estrangeiros, Segurança e Justiça –, encontrou uma janela de oportunidade no
caos económico da Argentina, governada no século XXI por Nestor
Kirchner, presidente de 2003 a 2007, e Cristina
Kirchner, presidente de 2007 a 2015 e
vice-presidente de 2019 a 2023.
Os Kirchner, Nestor e Cristina, proclamavam-se peronistas. A etiqueta peronista, na Argentina, tem
servido para quase tudo, com peronistas de esquerda, de direita, de
extrema-esquerda, de extrema-direita e até do centro. Peron
foi Presidente de 1946 a 1955 e a sua primeira mulher, Eva, Evita, foi decisiva na
construção da sua imagem de caudilho popular, capaz de trazer esperança aos
“descamisados”. Depois de
derrubado pelos militares, Peron viveu no exílio em Madrid. Regressou à presidência em
1973 e morreu em Julho de 1974; também fizera da segunda mulher, Maria Estela,
vice-Presidente e fora ela que lhe sucedera até ser derrubada pelos militares
no golpe do general Videla em Março de 1976.
Desde a restauração democrática, em
1983, só dois presidentes – Raul
Alfonsin e Fernando de la Rua, ambos do
Partido Radical – não foram peronistas. E também nenhum dos dois
terminou o mandato em tempo normal.
Nestor
e Cristina Kirchner adoptaram a moda dos casais e das dinastias democráticas,
na senda da famosa frase de Bill Clinton na campanha presidencial de 1992: “Buy one, get one free” (referindo-se às qualidades políticas de Hillary
que, supostamente, o ajudaria a governar).
O casal Kirchner governou a Argentina com uma geringonça
ideológica de peronismo e progressismo de esquerda na coligação Frente para La
Victoria, que deixou o país na miséria e no caos económico. Por isso Milei ficou
à frente em 21 das 24 províncias argentinas e foi, em 40 anos de pós-ditadura
militar, o vencedor com maior margem numa eleição presidencial: 55,65% dos
sufrágios contra os 44,35% de Sergio Massa, o peronista vencido.
Bem vai precisar dessa maioria para
enfrentar um Congresso maioritariamente hostil e para legitimar as reformas
radicais que quer levar por diante. Milei
é um ultra-liberal em economia, mas um conservador em valores: é anti-aborto e
anti-eutanásia. Como
é também simpatizante declarado de Trump e de Bolsonaro, Biden e Lula
declinaram estar presentes na sua posse, a 10 de Dezembro, que promete ser
um happening das
direitas nacionais e libertárias (que não são uma nem a mesma coisa). Entretanto, apesar de Milei, na campanha,
ter tratado de modo grosseiro o Papa respondendo a uma crítica do Sumo
Pontífice, Francisco não hesitou em telefonar-lhe a felicitá-lo pela eleição.
Falaram cerca de dez minutos, numa “conversa amena” sobre a pobreza na
Argentina e os planos do Presidente eleito na área social.
A fragmentação holandesa
A vitória de Wilders e do seu Partido da Liberdade nos Países Baixos
traduziu-se em 37 dos 150 lugares do Parlamento. O Partido
da Liberdade é crítico da imigração muçulmana incontrolada. Entretanto, para
governar, Wilders precisa de conseguir uma aliança com outras forças
políticas de direita e centro-direita.
Num parlamento como o holandês, muito
dividido e subdividido em partidos, as negociações para a formação do Executivo
costumam ser demoradas: Mark Rutte, em 2021, levou 299 dias a negociar a
coligação governativa. Para chegar à maioria absoluta (76 deputados), além dos
votos de 11 deputados de outros partidos de direita identitária, Wilders espera conseguir o apoio do Partido
Popular para a Liberdade e Democracia, de Dilan Yesilogz, e do recém-formado
Partido do Novo Contrato Social, de Peter Omtzigt. Nestas negociações, que
devem ser longas, Wilders – que
já manifestou a sua vontade de ser “líder de todos os holandeses” (e não “só
dos holandeses de bem”) – terá de deixar cair algumas das suas pretensões,
como a proibição de mesquitas no país, medida manifestamente
anticonstitucional, ou a realização de um referendo sobre a saída dos Países
Baixos da União Europeia.
Irá Wilders,
inspirando-se no dito de Henrique IV de França e III de Navarra, dizer que “o
governo da Holanda vale bem uma mesquita” e negociar? Tudo leva a crer que sim,
que o “exacerbado líder radical de extrema-direita” desista de “instaurar o
fascismo” na Holanda e se renda às alegrias da moderação e ao pragmatismo da
cedência democrática.
A SEXTA
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PAÍSES
BAIXOS EUROPA EXTREMA
DIREITA POLÍTICA
COMENTÁRIOS (de 27)
Rui Lima: Só tem 20%, porque a imprensa e o poder fazem um grande
trabalho diário a espalhar o medo dizendo que o fascismo está de volta e
censurando tudo o que possa dar votos a esses partidos , a verdade
sobre atentados e facadas. (Até 2017 havia divulgação eram 120 por dia
França hoje é segredo de Estado).
É verdade que estes partidos vivem do medo, sabendo que 40%
das crianças até 4 anos em França tem origens fora da Europa, que democracia
será possível no futuro? Sabemos
que esse povo tem valores opostos aos europeus serão a maioria dentro de algum
anos o que vai acontecer as nossas democracias a liberdade religiosa , já não falo
de liberdade que perdemos, ir a um mercado de Natal na Europa é ver
polícia por todo o lado sentimos que há perigo.
A qualidade da democracia na Dinamarca não é igual à da Guiné e isso
é consequência dos povos que habitam nesses países. A Europa com
europeus em minoria não será mais Europa ‘ O IFOP um instituto de líder de
sondagens desde 1938 publicou nesta sexta-feira um novo estudo sobre a relação
da comunidade muçulmana francesa com o secularismo. Esta pesquisa mostra,
que 31% dos alunos muçulmanos educados no ensino médio ou superior não
condenam a morte professor Dominique Bernard em Arras. Já o
mesmo tinha acontecido com o professor Samuel Paty a quem cortaram o
pescoço. A pesquisa também indica que 78%, 20 anos após sua aplicação, opõem-se
maciçamente à lei de 2004 que proíbe sinais religiosos, vêem
na laicidade um ataque à sua religião. 75% dos muçulmanos
franceses também são a favor da autorização de usar “coberturas religiosas
“para atletas do sexo feminino durante as Olimpíadas de Paris. Penso que
estes números assustam qualquer amante da liberdade. Rui Lima: Estou curioso para ver em que
partido vão votar os habitantes desta aldeia perto da terra dos perfumes.
“A provação dos habitantes da aldeia de Pré du Lac, em Châteauneuf-Grasse,
começou em março, quando o Hotel Campanile, localizado no coração da terra , alugou
parte de seus quartos a uma associação de ajuda aos migrantes. Era
o único hotel nesta aldeia nos Alpes-Maritimes com 3600 habitantes, na
fronteira com Grasse. Nove meses depois, ele não recebe mais nenhum cliente e
seus funcionários ficaram sem emprego …” Pesquisar a notícia e ler na
totalidade é assustador, viver em paz numa pequena aldeia e depois ter o
inferno … o governo quer espalhar o terror pelo país. Le Figaro:
"Immigration: comment l’État diffuse le problème dans toute la
France" OBS: São “menores”? sexo masculino não acompanhados
que chegam às dezenas de milhares incontroláveis custo por cada perto de 5 000
euros mês , fora os estragos que fazem ver números em certas áreas 50% do crime
é de menores . João
Floriano: Nas vésperas da segunda volta das eleições argentinas, tudo parecia apontar
para a vitória de Massa, o candidato da esquerda. Mas Milei ganhou e
surpreendeu os que já davam a sua derrota como um dado adquirido sobretudo
depois de Francisco ter metido a «colher» contra Milei. Depois pensou melhor e
chegou à conclusão que não era do interesse do Vaticano estar de mal com o
Presidente Milei, até porque os argentinos não tiveram em grande conta o seu
apoio a Massa. Outro que também sai mal é Lula, que pretende ser para já
o lider da América do Sul. Para além da Argentina, agora Maduro também quer ser
o Putin do continente, anexando parte da Guiana. Talvez que a surpresa
se venha a repetir em Portugal a 10 de março. Tal como muitos países da
Europa e do mundo que se voltam para governos de direita, estamos fartos de
bandalheiras e de governos de esquerda em estertor fim de ciclo. Kakuri
Kanna: Está tudo lá neste artigo, Jaime Nogueira Pinto é um historiador e analista
sem par. O Observador mudou muito há cerca de 2 meses se tanto, ora dos
comentários mais votados, apenas coloca um e tenho dúvidas se não há censura
nisto. Vi a entrevista a Avilez e a posição de 2 jornalistas com a mesma
opinião, Fernandes e Avilez, um triste contributo, não assimilam o mal que o PS
e PSD têm feito ao país, o PSD um partido do "status quo", que Rio
destruiu, e irados o par, com o ódio que destilaram ao Chega e que se adivinhou
nessa "entrevista" foi "ad nauseam", nada contra o PS/PCP e
BE, o Chega e quem vota nele são "burros". Pois espero que aumentem
no número, o Chega já não é um partido de protesto há muito e só a cegueira e o
ódio que os movem apoiados na censura, só tem cura no confessionário. Maria
Nunes: Obrigada JNP, por mais uma brilhante análise da actual situação
política. Aos sábados, leio sempre com imenso gosto os seus
artigos. L Faria: Se for de maneira a varrer o socialismo da Europa, que venham mais partidos
radicais de direita. Chega desta fantochada que provocou a miséria moral dos
povos. João
Floriano > Rui
Lima: Quem vai a Paris faça um exercício muito simples: suba a escadaria do
Sacré Coeur. Vai ser uma grande aventura, com algumas surpresas pouco
agradáveis desde receber insultos em línguas desconhecidas, ser abordado
fisicamente por grupos, as mulheres são particularmente visadas e importunadas.
Quando chegar ao topo da escadaria, sem outros dissabores, sente-se a descansar
e observe o que se passa com os que estão a subir. Eu agora uso o
ascensor para grande pena minha porque é um dos locais que mais me
agradam na cidade que um dia já foi a cidade Luz. Carlos
Chaves: É sempre um prazer aceder a estas pequenas lições de história política,
obrigado pela partilha Jaime Nogueira Pinto. Irá Portugal ser um dos próximos
países a entrar no grupo dos que irão expulsar do poder os responsáveis da
miséria que estamos a viver? Portugal nas mãos do socialismo, permitiu (e
permite) a imigração descontrolada, fenómeno indesejável que todos nós sabemos
ser uma das causas para as alterações políticas a que estamos a assistir.
Serão estes partidos de “extrema direita” capazes de responder aos
desequilíbrios criados pelos “moderados” e pela esquerda wookista e de causas
da moda?
José Miranda: É um prazer ler Jaime Nogueira Pinto. Conhecimento e
elegância. bento
guerra: O erro é chamarem de extrema-direita a partidos que querem acabar com
o desnorte dos instalados. Exemplo melhor é o do Chega, um partido que pode ter
perto desses 20 por cento, não ser considerado pelos outros e pelos papagaios
"analistas" como merecedor de influenciar a governação José
Ramos: Uma excelente análise daquilo que se passa no mundo. O real, não o da Fada
Sininho, no qual os patetas do wokismo talvez
acreditem, mas os seus cínicos chefes com certeza que não. E assim, continuamos
a ver a jovem Greta a apoiar o Hamas e o "excelente" povo
palestiniano - na realidade árabes da Judeia-Palestina, muitos deles de recente
importação - berrando palavras de ordem disparatadas e sem um nexo de lógica e
os patetas do bando do genro do dr. Louçã a colar-se às coisas, a destruir ou
danificar propriedade e a causar desacatos. Impunes até agora, começando pelo
extremoso genro. Miguel
Seabra: Excelente artigo, gostei muito! Educativo, interessante e muito bem
escrito. Na República Checa ganhou um socialista, mas como não engoliu
totalmente a cartilha dos “valores europeus”, foi rapidamente catalogado como
populista e expulso do grupo socialista europeu. Tristão >Miguel
Seabra: A República Checa nem sequer já existe…foi na Eslováquia, não confundir com
a Chéquia. 🙂
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