Do local, (palco da guerra não santa actual), descrito pela INTERNET, a que o saber - também viageiro - do DR. SALLES acrescenta de sentenciosa ironia crítica. O texto da INTERNET, sobre a BASÍLICA DA NATIVIDADE, vem colocado no fim.
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO, 24.12.23
Já passaram alguns anos desde que
visitei a Basílica da Natividade e recordo o ambiente sombrio da nave central
do templo. Por contraste, a zona onde se localiza a gruta mais sagrada do
Cristianismo encontra-se profusamente iluminada por uma miríade de luzes,
luzinhas e luzernas que encandeiam quem ali chega. A decoração, ao estilo ortodoxo grego, parece-me «kitsch» e pouco
solene. Mas será mesmo que «gostos não se discutem»?
Foi ali que me lembrei da pergunta
que uns anos antes, um amigo meu, jesuíta, me colocara sobre se eu sabia quem
era a companhia de Jesus. Atabalhoadamente, balbuciei algumas banalidades
pseudo-históricas e ele, aprontando breve sorriso, me informa que a resposta é «a vaca e o burro são a companhia de
Jesus no Presépio».
Mais me lembro de que, no extremo oposto
do amplíssimo lajedo fronteiro à Basílica onde se encontra uma Mesquita cujo
altifalante exalava ensurdecedores decibéis, fiquei sem saber se afirmava
verdades da fé corânica ou se se tratava de impropérios contra. Mas o
que sei é que passei a chamar àquele lugar, o fronteiro à Basílica. Fiquei sem saber se se tratava de
afirmações da fé corânica ou de impropérios contra quem tem outras
pertenças de fé. Por isso, passei a chamar ao dito espaço «o lajedo
do perdão e da vingança».
24
de Dezembro de 2023
Henrique
Salles da Fonseca
NOTAS DA INTERNET:
Basílica da Natividade
A Basílica da
Natividade (em hebraico: כנסיית המולד, e em árabe:
كنيسة المهد), também conhecida como Igreja da Natividade,
localizada em Belém,
no Estado da Palestina,
é uma das mais antigas igrejas ainda em
uso no mundo. Sua estrutura foi construída sobre uma caverna que
a tradição cristã marca
como o local de nascimento de Jesus. Em razão de os muçulmanos considerarem Jesus como sendo o
segundo maior profeta islâmico, o local é considerado sagrado tanto para
o cristianismo como
para o islamismo.de
Jesus.
Sua construção data do ano de 326,
quando teria sido ordenada por santa Helena,
mãe do imperador romano Constantino. Não se tem
muita certeza de que a igreja é o local onde Jesus Cristo nasceu,
mas sabe-se que a igreja foi disputada ao longo dos anos. Actualmente
ela pertence às Igrejas Católica, Ortodoxa e Armênia.
História
O local sagrado conhecida como a Gruta da Natividade, em que a
Igreja da Natividade fica no topo, é hoje associado com a caverna em que o
nascimento de Jesus de Nazaré ocorreu. Em 135 d.C., o imperador romano Adriano ordenou a construção de um
local de culto para Adônis, o deus grego da
beleza e do desejo. Um padre da Igreja, Jerónimo, observou antes de sua morte, em
420 d.C., que a caverna da natividade estava em um ponto consagrado pelos
pagãos ao culto de Adónis, e que um bosque agradável foi plantado lá, a fim de
acabar com a memória de Jesus Cristo. Embora alguns
estudiosos modernos disputem este argumento e insistam que o culto de Adónis originou
o santuário e que foram os cristãos que assumiram o controle, a
associação do local com o nascimento de Jesus é atestada pelo apologista cristão Justino, o Mártir (c.
100-165 d.C.), que observou em sua obra Diálogo
com Trifão que a Sagrada
Família (José, Maria e o menino Jesus)
se refugiou em uma caverna fora da cidade:
"José pegou seus aposentos
em uma determinada caverna perto da aldeia (Belém),
e enquanto eles estavam lá Maria deu à luz o Cristo e colocou-o numa
manjedoura, e aqui os Magos que vieram da Arábia encontraram-no." (capítulo
LXXVIII).
Além disso, o filósofo grego Orígenes de
Alexandria (185 d.C. -
cerca de 254 d.C.) escreveu a respeito do local:
Em Belém, a caverna é apontado
onde nasceu, e a manjedoura na caverna onde ele foi envolto em panos. E o boato
é nesses lugares, e entre os estrangeiros da fé, que na verdade Cristo nasceu
em uma caverna que é adorada e venerada pelos cristãos. (Contra
Celso, livro I, capítulo LI).
A
primeira basílica neste local foi iniciada por Helena de
Constantinopla, mãe do Imperador Constantino, o
Grande. Sob a supervisão do bispo Macário de
Jerusalém, a construção começou em 327 e
foi concluída em 333. A
construção desta igreja primitiva era realizada como parte de um projecto maior
após o Primeiro
Concílio de Niceia, durante o reinado de Constantino a construir nos
locais supostamente relacionados à vida de Jesus Cristo. O projecto da
basílica foi centrado em torno de três grandes secções arquitectónicas: uma
rotunda octogonal sobre a área onde se acredita que Jesus de Nazaré nasceu, um
átrio quadrado de 45×28 m; e adro duas edificações de 29×28 m. A estrutura foi incendiada e destruída em
uma rebelião entre os judeus e os samaritanos na Palestina Prima em 529 ou 556.
A basílica que existe actualmente é a que
foi reconstruída pelo imperador romano Justiniano I.
Quando os persas, comandados por Cosroes II invadiram Jerusalém e a Palestina em
614, não chegaram a destruir a
estrutura. Segundo a lenda,
seu comandante foi movido pela representação no interior da igreja os Três Reis
Magos vestindo roupas persas, e ordenou que o edifício fosse poupado da
destruição. Os cruzados no século XI fizeram mais
reparos e adições ao edifício durante o Reino de Jerusalém com
a permissão e ajuda dada pelo imperador bizantino, e o primeiro rei de
Jerusalém que foi coroado na igreja. Ao longo
dos anos, o composto foi ampliado e hoje abrange cerca de 12 mil metros
quadrados. A igreja foi uma das causas directas para a
participação francesa na Guerra da Crimeia contra a Rússia. Em 2002,
Israel invadiu Belém (que fica em território palestiniano) em busca de
militantes muçulmanos. Um grupo
deles refugiou-se dentro da basílica da Natividade e acabou ficando por lá com
um alguns civis por 39 dias – enquanto os israelitas fizeram um cerco à
igreja exigindo a rendição dos militantes muçulmanos – que acabaram sendo
exilados na Europa e na faixa de Gaza.
Em 2012 foi classificada pela UNESCO como Patrimônio da
Humanidade.
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