Um país – do que dele resta –
sem ilusões. Talvez já não seja possível tê-las. Estamos condenados a sentir vergonha, apenas.
Para onde foi o futuro?
HELENA MATOS Colunista
do Observador
OBSERVADOR, 15/1/24
Há
50 anos o país agarrou-se a “Portugal e o Futuro” um
livro assinado por Spínola,
para questionar: “A
vitória exclusivamente militar é inviável”? Em
2024, a pergunta mudou: será Portugal
inviável?
“O Livro Esperado. A crise
que enfrentamos. A nossa posição no mundo. As nossas contradições. Os
fundamentos de uma estratégia nacional. Uma hipótese de estruturação política
da nação. Peça na sua livraria ou directamente à Editora Arcádia, Apartado 21,
Damaia.”
Era assim que em 1974, se
publicitava Portugal e o Futuro,
o livro assinado pelo recém-nomeado vice-chefe do estado-maior das Forças
Armadas, António de Spínola,
entre o anúncio da construção da primeira central nuclear portuguesa e a
revelação de que Jackie Stewart, campeão mundial de condutores, estava em
Portugal para, numa acção promocional da Ford, dar aulas de condução.
Jornais como o Expresso, o Diário Popular e República… vão
publicar excertos do livro de Spínola. Uma frase nele inscrita faz títulos:
“A vitória exclusivamente militar é
inviável”. Muitos daqueles que compraram Portugal e o Futuro não
o leram na sua totalidade (até porque a prosa não é fluida) mas certamente que
quase todos procuraram as páginas onde se lia: “resta apenas uma via para a solução do
conflito e essa é eminentemente política, a vitória exclusivamente militar é
inviável” ou “não
é pela força nem pela proclamação unilateral de uma verdade que conseguiremos
conservar portugueses os nossos territórios ultramarinos. Por essa via, apenas
caminharemos para a desintegração do todo nacional pela amputação violenta e
sucessiva das suas parcelas, sem que dessas ruínas resulte sobre que construir
o futuro.”
Portugal
e o Futuro rapidamente
atingiu as seis edições. Torna-se um enorme sucesso editorial e um caso
político incontornável. O que nos obriga a perguntar: porquê? Certamente que a popularidade granjeada
por Spínola enquanto Governador-Geral e Comandante-Chefe da Guiné contribuíam
para tal mas não servem como explicação. Afinal muito daquilo que
estava escrito em Portugal e o Futuro já tinha sido antecipado doze
anos antes por alguém de dentro do regime,
Manuel José Homem de
Mello, num livro curiosamente intitulado Portugal, o Ultramar e o Futuro.
Depois, nada do que Spínola
expõe em 1974 era propriamente uma novidade. Em Portugal e o Futuro não
só se encontram transcritos e adaptados documentos que Spínola partilhara
antes, nomeadamente com Marcelo Caetano, como várias daquelas teses tinham sido
abundantemente divulgadas por Spínola nas várias entrevistas que dava.
Mais do que pelo seu conteúdo, Portugal e o Futuro funcionou como um sinal de que os
militares estavam prontos para avançar e fazerem o que se esperava deles: um golpe. Os militares tinham-se
tornado no elemento chave da mudança do regime: a via eleitoral falhara em
1969, quando o fraco resultado dos socialistas da CEUD – Comissão
Eleitoral de Unidade Democrática levou Marcelo Caetano a acreditar que não
havia outros interlocutores além dos comunistas e logo a cortar com a abertura
do regime. O diálogo com a Igreja falhara desde os incidentes da Capela do Rato
em 1973. A Ala Liberal chefiada por Sá Carneiro trocara o parlamento pelo Expresso e
a via presidencial falhara quando Américo Tomás se recandidatou em 1972 e
inviabilizou uma candidatura do próprio Spínola.
De
cada vez que Marcelo
Caetano perdia
interlocutores para o desbloqueamento
do regime a solução militar
ganhava peso. O que Spínola veio mostrar com o seu livro
é que militares prestigiados, de alta patente e que conheciam o Ultramar, como
era o caso dele mesmo, Spínola, estavam disponíveis para estar nessa solução. A
partir da saída de Portugal e o Futuro todos sabem que os militares
vão fazer o que se espera deles. É apenas uma questão de tempo.
O livro vale portanto não tanto pelo
que diz mas sim pelo momento em que diz. E
é aqui, neste encontro entre uma mensagem e o seu tempo, que Portugal e o
Futuro se torna subitamente actual: o que é preciso para que esse encontro
aconteça?
Em 2024, já não se pedem
livros para apartados e valha a verdade boa parte das revelações impactantes já
não chegam pelos livros. Mas se nos
despojarmos dos artefactos do momento deparamos com a mesma atmosfera de um
país bloqueado e com a mesma sensação de que os protagonistas estão reféns de
um presente que sabem insustentável mas que não podem desmontar sob risco de
perderem a face. É como se todos esperassem pelo momento em que algo ou
alguém faça o gesto que sabem incontornável e em que aquilo que eram sinais de
mal-estar se tornam factos urgentemente incontornáveis. Um dia – qual? – serão interpretadas como um
falhanço do regime (tal como o bloqueio em torno do Ultramar o foi em relação
ao regime anterior) notícias como a divulgada esta semana pelo Expresso que
dá conta de que “Mais de 850 mil jovens que têm
hoje entre 15 e 39 anos deixaram o país e residem actualmente no exterior,
segundo uma estimativa do Observatório da Emigração. Quase um terço das
mulheres em idade fértil está fora. Êxodo tem um “impacto brutal” na
fecundidade e no mercado de trabalho, alertam especialistas“.
Mas, e esta é de facto a questão
central, como vai Portugal resolver este seu novo bloqueio? No passado dictatorial os militares
cumpriam esse papel. Na democracia as falências não mudaram a demagogia do
discurso político que as gerou mas pelo menos corrigiram alguns procedimentos.
Mas agora os militares já não fazem golpes, o risco de falência está afastado
com as novas regras europeias e as contas certas, à custa das cativações e duma
brutal carga fiscal, permitem que se façam cortes sem que se diga que se fazem
cortes. Mas não só. O país mudou
também porque está mais velho e mais dependente do estado, logo mais
interessado em manter o presente mesmo que à custa do futuro do que em desfazer
bloqueios. Como alertava Vítor
Bento aqui no Observador, a 11 de Janeiro: “Reformar é preciso (mas é possível?) O eleitorado
envelheceu consideravelmente. Problema: a população com mais idade preocupa-se
mais com a sua reforma do que com as reformas do país. (…) Actualmente, 55% do
eleitorado tem mais de 50 anos (eram 39% há 40 anos) (…) mais de 60% dos
potenciais eleitores actuais passaram a ter o seu rendimento directamente
dependente do Estado, seja este o fornecedor directo do mesmo (cerca de 50%), seja
o decisor do rendimento fornecido pelo sector produtivo (cerca de 10% recebem
salário mínimo, fixado pelo Estado).“
50 anos depois da saída de Portugal
e o Futuro um presente bloqueado volta a sequestrar-nos o futuro. Não
tinha de ser assim. E como pode deixar de ser assim?
POLÍTICA 25 DE ABRIL PAÍS DEMOGRAFIA SOCIEDADE
COMENTÁRIOS (de 92)
Rui Lima: É preciso
coragem e gritar que o 25 de abril falhou não há razões para festa sabendo que:
“30% dos jovens nascidos em Portugal vivem fora do país » Isto devia
colocar todo o país de luto .
Manuel Martins: É
apenas a minha avaliação: o crescimento do ordenado mínimo e pensões, principal
rebuçado da geringonça e da esquerda para quem decide eleições, tem
enviado a nossa juventude para fora. Aumentar artificialmente o ordenado
mínimo sem aumentar a produtividade, obriga os empresários a pagar apenas
ordenados mínimos, impedindo a valorização dos competentes e mais
qualificados. Quando um jovem licenciado pouco mais
consegue ganhar relativamente a quem na mesma empresa faz o trabalho não
qualificado, desiste deste país. Os
governantes, na sua ânsia de poder, criaram um país que não recompensa o
trabalho, a valorização pessoal e o mérito. Somos um país, no contexto
europeu, de pobres e remediados... Miguel
Vilaverde > Fernando Cascais: Permita-me discordar de que o tamanho não pode ser
desculpa. Existem vários países europeus menores do que Portugal quer em dimensão
geográfica quer em projecção histórica e cultural com melhores perspectivas e
que se respeitam. Colectivamente temos sido incompetentes. Os políticos emanam
do povo que somos. Miguel
Vilaverde: O socialismo é
o nosso principal problema. As
mentalidades estão eivadas de comuuuno/socialismo. Nenhum país sobrevive a este
fanatismo ideológico. Fernando
CE: Análise brilhante. Acrescentaria a
lavagem ao cérebro que foi transmitida de pais para filhos e netos. Que o
progresso da sociedade portuguesa se deu pelo 25 abril. Nada mais mentiroso. A
democracia acabou com entorses na sociedade, como a inexistência de liberdade e
outros direitos cívicos. Mas o D de desenvolvimento só começou com os governos
de Cavaco Silva, sempre vilipendiado pela elite pensante do regime muito à
esquerda. Esquecem-se
todos que o terceiro D do 25 de abril se chama CEE e UE, com as suas regras e
sobretudo dinheiro a rodos, que não tem sido gerido nem aproveitado pelos
sucessivos governos, com excepção dos de Cavaco Silva. Fernando Cascais: Tudo mudou cara Helena, o contexto já não é o mesmo. Há
50 anos éramos um país, hoje, somos uma província da União Europeia e
do mundo. A globalização engoliu-nos. Somos realmente pequeninos. Se os indianos se lembrassem de urinar todos ao mesmo
tempo para dentro de Portugal morríamos todos afogados. Entretanto
perdemos todas as grandes empresas produtivas e de serviços desde a Cimpor à
EDP. Longe vão os tempos em que o Estado construía Bairros de Alvalade e Pontes
Metálicas sobre os rios, hoje, anunciamos alegremente e com pompa e
circunstância que a UE deu-nos dinheiro para fazer uma linha férrea. 2074,
mais 50 anos e a globalização e o federalismo acabarão por nos engolir
totalmente. A nação desaparece e o sangue português passará a ser um exotismo.
Gostemos ou não, não há volta a dar. Somos demasiado pequenos e frágeis para
resistirmos a ser engolidos. Ainda temos algumas partes de fora mas a
globalização e o federalismo já nos engoliu a cabeça e continua num abocanhar
constante até nem um pézinho ficar de fora. JOHN MARTINS: Não há dúvida
que os números referentes à demografia são simplesmente, catastróficos. E se em
1974 se falava em Portugal e o Futuro, na visão Spinolista, hoje, 50 anos
depois a situação é muito pior porque basta passar nas ruas para ver o
ambiente bem demonstrativo, do que é da nação? A caminhar acelaradamente para
um finis patriae, sem solução? Sangue português há. Mas está
no exterior na segunda e terceira geração. É preciso criar o cargo de Vice
Presidente da Republica só para lidar com as comunidades no exterior e cativar
a única salvação de Portugal, português. Fernando
CE > Glorioso SLB: Sabe qual o endividamento das famílias portuguesas (e
indivíduos, já agora?). Óbvio que existe uma “elite” económica de uns poucos
milhares de portugueses para permitirem encher alguns restaurantes e enviar
os filhos aos festivais de verão (não são os mesmos que vão a todos). Por
outro lado, há imensa gente que vive a crédito, desde com os cartões das várias
empresas fornecedoras bens bem como até o Visa, etc.. Sabe como se alimenta essa
gente, se cuida da saúde devidamente, ou em que condições chega, aos serviços
de saúde? Sabe por
exemplo que Portugal é campeão em doenças como a diabetes? E vou contar algo
que li numa entrevista do economista Daniel Bessa, enquanto ministro da
economia de Guterres. Daniel Bessa manifestou ao PM que havia que limitar o
acesso ao crédito fácil por parte dos cidadãos e recebeu como
resposta “Mas você quer que eu perca as eleições?!” Está tudo dito, digo
eu. Tim do Á
> Pedra Nussapato: Antes da abrilada Portugal era
o país que mais crescia na Europa, processo que foi interrompido com o golpe de
74 amparado por interesses estrangeiros. Se não fosse o 25 de Abril, Portugal
seria hoje um país rico. Mais, mesmo antes de 1974 os jovens conseguiam ter
casa e criar família. Agora nem isso. No máximo podem viver em quartos pagos a
peso de ouro. Fernando
Cascais > Miguel Vilaverde: Lembra-se de um jogo dos anos
oitenta que chamávamos de Glutão (PAC-MAN). Era uma boca que engolia tudo o que
lhe aparecia à frente. O jogo era conseguirmos escapar ao glutão. Na minha
opinião nós estamos no caminho do glutão sem escapatória. As políticas
socialistas que nos governaram desde o 25 de Abril não nos conseguiram livrar do
glutão. Temos uma economia tóxico-dependente, ficámos pobres, tornámo-nos
corruptos (economia paralela) e também preguiçosos (metade dos contribuintes
recebem em vez de contribuírem). Para escaparmos ao glutão teríamos que ser
como os finlandeses ou os suecos, mas, estamos muito longe disso. Repare que
depois de 50 anos de demagogia barata e políticas públicas sem sucesso, continuamos
a acreditar em balelas e promessas eleitoralistas que a serem concretizadas
ainda cavariam mais a nossa desgraça. Mais despesa do Estado corresponde a mais
impostos, mais impostos implica mais pobreza, mais pobreza resulta em mais
socialismo. A espiral de pobreza em curso. Ninguém quer ouvir falar de
políticas que cortem na despesa, de um Estado mais encolhido mas mais
eficiente, ou de estratégias para criação de riqueza (um mal para muitos) e de medidas
que consigam cativar aqueles que não contribuem, a começar a contribuir, para a
factura não caber apenas a uns. O que as pessoas querem é promessas, entraram num
estado de masoquismo que é o nosso suicídio colectivo enquanto nação. Nunca
fomos todos por um, fomos sempre cada um por si. Está no ADN da nossa
história enquanto povo e do nosso território múltiplas vezes invadido. afonso
moreira: Este deslaçar do país começou há 3 ou 4 décadas, primeiro nas aldeias de
todo o interior e depois nas vilas é cidades. A fuga dos jovens para os grandes
centros nunca incomodou minimamente a corte que nos governava, pois a sua
preocupação era o poder que lhes forneceria as prebendas. Basta recordar
Armando Vara, Edite Estrela, e tantos outros, que vieram de Trás os Montes para
Lisboa e que rapidamente se acomodaram a essa corte. Os que ficavam que se
arranjassem ou que fizessem como eles. Foram enchendo Lisboa e Porto sem
qualquer estratégia de governação de longo prazo para todo o interior. Mas,
hoje essa sina chegou também aos jovens, que vivem nos grandes centros em que a
única saída é para o estrangeiro. Já nem o malabarista Costa consegue disfarçar
e a CS também não pode esconder. Durante anos foi um problema dos provincianos hoje já é um problema do país. Não temos e nunca tivemos
governantes à altura das necessidades das populações e do território como um
todo. Não tinha que ser assim, pois em muitos países não o é, e no nosso também
não foi sempre assim. Um dia a História será feita por historiadores
independentes, só é pena que, já hoje, não se apontem os principais
culpados. Joaquim
Almeida: Estamos numa encruzilhada perigosa. Com os média em peso a
apontar-nos o caminho do precipício socialista. Carlos Chaves: Muito simples, Helena, se a
maioria da comunicação social seguir o seu exemplo e informar os cidadãos do
que está em causa, ou seja fazer exactamente o contrário do que anda a fazer,
talvez os mais velhos e dependentes do Estado tenham a atitude que o General
Ramalho Eanes proclamou no início da pandemia – “Ramalho Eanes apela aos
"velhos" como ele: "Se necessário, oferecemos o ventilador ao
homem que tem mulher e filhos"! Se este bloqueio de regime provocado pelo partido socialista, não for
desbloqueado a 10 de Março e continuarmos a insistir no socialismo e no
comunismo de PNS, Portugal terá o futuro que o PCP sonhou implementar em Abril
de 1974 – uma República comunista sem liberdade com muita pobreza e controlo
absoluto do Estado, onde o indivíduo não conta, em prol de uma falácia a que
chamam colectivo! Grande parte dos jovens já se estão a pôr a salvo desta
verdadeira tragédia. Como eu os entendo! José
Paulo C Castro: O economista de origem turca Rodrik tem uma teoria bem fundamentada no seu
livro "O paradoxo da globalização" e desenvolvida depois noutros. Segundo ele,
por questões internas do funcionamento de qualquer economia, só consegue ser
estável uma qualquer das combinações de duas destas três coisas (nunca as três
ao mesmo tempo): - Estado-nação - Democracia- Globalização
económica Ou seja, uma das
três tem de cair ou vai ser forçada a isso pela realidade económica. E há
exemplos bastantes disso: na China ou Rússia actual
falha a democracia, em países como a Suíça ou Noruega, agora o Reino Unido,
caiu a globalização, nos países como nós (e até maiores) envolvidos em comércio
e regras globais, cai o Estado-nação. Portanto, a escolha para o futuro é clara. Resta
saber qual a opção maioritária dos portugueses para deixar cair. Os jovens que
saem parecem-me claros na sua decisão. Para eles, é o fim do estado-nação.
Alternativas? Várias. Esta actual, com o fim do Estado-nação económico assumido, e mais duas: um
pequeno país especializado e globalizado economicamente com ditadura interna
(para controlar a inflação e moeda, logo sem utopias marxistas) OU uma pequena democracia que abdica de globalizar
a sua economia e cria barreiras proteccionistas. É preciso coragem e tempo
para assumir qualquer delas. Não tentem é juntar as três coisas outra vez, que
dá ilusão: cai a mais fraca. Neste caso, um reino de 8 séculos, que já caíra em
1910. A seguir é tudo consequência das mesmas mentes, sidonistas ou não... J.
Gabriel: Em 2012 /13/14 viam-se cenas de choro e maldizentes ao governo de então,
PORQUE os seus entes queridos saiam do país para sobreviver. É hoje DIZEM, vai
filho faz te um homem ou mulher, PORQUE este país NÃO tem futuro, SERÁ que o
governo é o mesmo, OU JÁ MUDOU? passaram 10 ANOS Como aquela em Setúbal num
comício chorava baba e ranho ERA UMA PEÇA MONTADA PELO PS,. LEMBRAM SE? O
youtube tem Roberto
Carlos: Não se iluda minha cara Helena Matos, conheci o nosso General em campanha e
o grupo de distintos oficiais que o
coadjuvavam, poucos deles ainda vivos felizmente. Há mais de 50 anos que me
pergunto porque ninguém, ninguém viu então a dimensão da infiltração comunista
nas FA's. Tal como hoje, parece que ninguém se apercebe que os lugares na AR
iludem a verdade do dia a dia, o País continua nas mãos dos comunistas e das greves políticas que toda a
gente sofre e perdoa. Isto não vai lá com livros, talvez a mudança de regime
não esteja assim tão longe, oxalá. Ed
7: Um Portugal
renovado, não socialista e muito desenvolvido é possível. Demora 15-20 anos a
atingir um patamar de boa classificação. E preciso é começar. Outros países
fizeram o mesmo em épocas diferentes: Coreia do Sul, Singapura, Suécia, etc todos avançaram e tornaram-se países onde os seus
habitantes têm alto poder de compra e qualidade de vida. João
Ramos: 50 anos maioritariamente governados pelo socialismo, os resultados estão à
vista e o pior é que o tal socialismo se tem tornado cada vez mais radical o
que tem acelerado a decadência deste pobre país e isto com a conivência da
comodista UE que também tem agravado a nossa e a dela decadência!!! Rosa
Silvestre > Glorioso SLB: Muitas cigarras e poucas
formigas?
A. Atalaia > Fernando Cascais: Estamos todos cheios de certezas. Eu também tenho as
minhas. Uma delas
é a de que, pouca gente quer, verdadeiramente, participar no debate se "a
sua" não sair vencedora. Vamos a ver. A ver qual seja a resultante deste sistema
de desentendimentos. Pouca coisa na história foi o resultado do que
conscientemente se quis. O 25 A foi um problema de carreira e de Pré.
Nunca Democracia e muito menos socialismo. O último (o único?) que teve um
propósito e o materializou foi Salazar: resgatou Portugal da dívida externa e
assegurou a paz, tanto quanto pode, em todo o território nacional. As caixas de
comentários não serão a instância ideal para qualquer programa de salvação
nacional. Acrescento só, Sr. Fernando Cascais que "economia paralela"
e "corrupção" são coisas diferentes. Luis Figueiredo
> Tim do Á: o dinheiro que entrou a seguir a 74 foi para os bolsos
de alguns. Não para a populaça. Mas ela, no alto da sua ignorância, nunca
entendeu. Também porque os media estão totalmente controlados por esta
pseudo-elite dominante há muito tempo. E ninguém quer ou consegue falar do
verdadeiro fiasco em termos práticos que foi o 25 de Abril. Dizem que crescemos
muito como país. Mas pergunta: será que com o antigo regime também não
cresceriamos?. Ou até mais?. Esta é a verdadeira comparação a ser feita. Para
não falar que tivemos 3(!!!) bancarrotas no espaço de 30 anos., É obra. Ok, a
culpa foi da conjuntura internacional.... Zé da
Esquina > JOHN MARTINS: Disse ao meu filho que partisse e não voltasse senão de
férias, pois este país não lhe daria futuro. Tirou o doutoramento lá fora e
está numa universidade de topo. Está feliz. Preferia que ele estivesse perto de
mim, mas seria egoísmo da minha parte. Luis
Figueiredo > Fernando Cascais: Plenamente de acordo. O ponto é que essa á verdade
que não nos é dita. Preto no branco. Todavia,
apesar da globalização nos ter engolido, penso que definitivamente, só com uma
verdadeira aposta numa educação de qualidade vamos lá. Não com a sua
massificação. Porque, mesmo que muitas cabeças possam
sair para o estrangeiro, há que sempre contar que, pelo menos, uma minoria
possa ficar e criar starts up, alguns pólos tecnológicos, ainda que, claro, em
reduzida escala, que é a nossa... António
Sennfelt: Artigo devastador e tão verdadeiro que
até dói! Sim, 50 anos após o 25A, que país é este em que mais de 30% de jovens
com formação superior e em que cerca de 30% das mulheres em idade fértil dele
fogem como o diabo da cruz? Sim, que país é este em que, não obstante o atrás
referido, o número de nascituros aumenta graças à cada vez maior imigração de
hindustanos, magrebinos e outros africanos? Sim, que país é este em que o
democratíssimo parlamento vomita leis como quem faz chouriços e em que a sua
Justiça nem consegue levar a tribunal um ex-primeiro ministro e um ex-banqueiro
indiciados de latrocínio? Sim, que país é este em que tantos nele nascidos já
quase que não o reconhecem? Maria
Tubucci: Para onde foi
o futuro? Cara HM ainda não foi, mas vai ser decidido por quem já não tem nada
a perder. O futuro será decidido pelos eleitores a 10 de março, não se vota por
se ser a favor de um partido, mas contra os outros partidos. A ruptura virá dos
que já não têm mais nada a perder, pois são quem paga o circo, com tal, querem
ver o circo pegar fogo. Um partido político não é um clube de futebol, se ao
fim de 4 anos não tiver feito nada, não levará o voto. Uma coisa é certa,
quando 2 fornecedores se entendem quem se lixa é o cliente, é preciso que haja
concorrência, coligações de vários partidos e que se entendam entre si, partido
único não interessa, é um monopólio, cujos resultados estão à vista. A
estabilidade não serve os interesses dos portugueses. José
Paulo C Castro > Pedra Nussapato: O erro é achar que Ventura é visto como Messias. Não é.
Esteja atento: Ventura é visto como castigador do regime actual. É isso que o
elege. O desejo de castigar os partidos deste regime fechado (com listas
fechadas, militantes provenientes das jotas a chegarem a ministros e mesmo PMs,
num círculo de poder restrito e de entrada seleccionada, desde concelhias a
distritais) é maior do que a esperança em qualquer salvamento. Primeira fase:
desparasitar. É só isso: não vai encontrar mais nada em comum entre aqueles que
votam Chega. Ok, talvez o afirmarem-se de direita e conservadores, agora... Se
são, não sei. jorge
espinha A esquerda
bem pensante tem uma solução, que é a versão fofinha da “great replacement
theory “. Venham os imigrantes, idealmente os menos assimiláveis, ou seja os
que não são do Brasil e dos Palops. Se forem muçulmanos ainda melhor. Claro que
terão de ser pouco qualificados porque os qualificados têm juízo. O problema,
claro está, é se ficarão cá uma vez que obtenham a nacionalidade o que é
duvidoso. Os eleitores votam ao serviço dos seus interesses imediatos e a Helena
traçou o diagnóstico que Medina Carreira tinha vaticinado. Eu vejo as coisas muito negras. Sinceramente não vejo
saída. A conspiração grisalha é imparável Tim do Á: Portugal morreu em 1974.
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