quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Nugas


Mais uma selfie a justificar o rumo de um país de frioleiras, ou, intencionalmente, para firmar uma viragem necessária à direita. André Ventura seria, todavia, parece-me, um factor de desestabilização, na irrequietude das suas ambições e exigências açambarcadoras de direitos que julga ter, uma espécie de Trumpezinho ao nosso nivelzinho espremidinho, pequenininho….

Marcelo é o maior aliado do Chega

Presidente deixou claro na mensagem de Ano Novo, como já tinha feito antes da reeleição, que não há partidos fora do arco da governação. Em privado deu essa garantia directa, não desmentida, a Ventura.

RUI PEDRO ANTUNES, Editor de Política do Observador

OBSERVADOR, 09 jan. 2024, 00:1777

O novo PS tem um novo inimigo: Marcelo Rebelo de Sousa. A estratégia no Congresso ficou clara: responsabilizar o Presidente da República pelas eleições antecipadas e sugerir que tem um plano escondido para levar a direita ao poder. O ataque concertado dos socialistas tem o objetivo de condicionar ao máximo o chefe de Estado quando tiver de tomar decisões após 10 de março.

Qualquer acto do Presidente pode dar um empurrão ou, ao invés, ser fatal para Pedro Nuno Santos ou Luís Montenegro. Preferir dar posse a um governo minoritário, só dar posse a um executivo com apoio maioritário no Parlamento ou, por exemplo, exigir um acordo escrito são potenciais imposições presidenciais que podem — mesmo dentro dos poderes constitucionais — desequilibrar a balança.

O problema do PS é que Marcelo Rebelo de Sousa não é só o suspenso militante número três do PSD. O Presidente da República é também — de todos os protagonistas com poder decisório após as eleições — o maior aliado do Chega no processo de normalização do partido. Luís Montenegro não quer nenhum acordo com o Chega. Nuno Melo, idem. Já Marcelo não tem qualquer problema em que o Chega faça parte de uma solução governativa.

E não são apenas sinais, são garantias públicas. O Presidente, sempre adiantado nos cálculos políticos, começou a dizê-lo quando ainda estava em campanha para um segundo mandato. Em dezembro de 2020, antes de ser reeleito com 60,7% dos votos (com o apoio não assumido, mas implícito do PS de Costa), Marcelo avisou em entrevista à SIC Notícias: “Chega-me a proposta de formação de um Governo com maioria parlamentar, em que um determinado partido dá apoio parlamentar, não vejo razão constitucional para dizer a esse partido que não pode”.

A interpretação constitucional de Marcelo está longe de ser única ou exclusiva de personalidades da direita. Isabel Moreira, também especialista em Direito Constitucional e insuspeita de simpatizar com o Chega, é da mesma opinião jurídica de que o Presidente jamais se podia substituir ao Tribunal Constitucional e não dar posse a um partido como o Chega.

Já em setembro de 2023 um jovem emigrante militante do Chega confrontou o Presidente no Canadá com a seguinte questão: “Porque é que você tem medo de o Chega ir para o Governo? É por isso que você não faz nada?”. Marcelo Rebelo de Sousa respondeu de imediato que “os portugueses decidem o que querem para o Governo e, portanto, se decidirem A é A, se for B é B”. Ou seja: se o Chega for o A ou B dos portugueses para Marcelo está tudo bem.

Menos de dois meses depois, em novembro, foi o próprio André Ventura a dar conta de uma garantia do Presidente, que este nunca desmentiu publicamente: “Foi satisfatório [perceber] que o Presidente da República não será obstáculo a qualquer tipo de participação governamental por parte do Chega e de que não será o Presidente da República um obstáculo à construção de um governo se os partidos quiserem”.

Na última mensagem de Ano Novo, já em 2024, o Presidente da República voltou a deixar bem claro que, para ele, não existem linhas vermelhas — nem à esquerda, nem à direita. “O povo é quem mais ordena” ou “2024 irá ser, largamente, aquilo que os votantes, em democracia, quiserem” quer dizer isso mesmo: Marcelo permitirá formar Governo quem tiver votos para isso, seja qual for a matriz ideológica.

Marcelo preferiria até, na salvaguarda da sua popularidade e legado, que a nova AD conseguisse a maioria parlamentar em conjunto com a Iniciativa Liberal. Mas o seu lado de constitucionalista não lhe permitiria outra opção senão aceitar um governo que venha a ter o apoio parlamentar do Chega. Para o Presidente da República não há linhas vermelhas. Ora, se para a primeira figura da Nação o partido de André Ventura faz parte do arco da governação, a discussão sobre a normalização do Chega torna-se irrelevante. Marcelo já mais que o normalizou. Deu-lhe legitimidade de governação.

No dia do arranque do Congresso do PS, Marcelo voltou a falar, no festival de podcasts do Expresso, sobre a direita radical, mas até fez uma distinção entre a “soft” e a “hard“. O Chega encaixa, porém, no critério “soft” definido por Marcelo. Mais do que isso: o Presidente diz que a direita radical é um problema da direita, mas também da esquerda. Só não é um problema dele. A ele, Marcelo, só lhe compete olhar resultados eleitorais.

Astuto, André Ventura já percebeu que não tem um obstáculo em Belém. Depois de anos a criticar o Presidente da República, o líder do Chega elogiou o discurso de Ano Novo de Marcelo. Mesmo o arremesso político do caso das gémeas, que Ventura não larga, foi redireccionado para o Governo, enquanto em meados de dezembro as exigências também eram feitas ao chefe de Estado.

Ventura, que dentro de quatro dias protagoniza mais um Congresso ‘patrocinado’ pelo Tribunal Constitucional, só tem um último grande obstáculo a integrar uma solução de Governo se a direita tiver votos para isso: a coerência de Luís Montenegro.

PARTIDO CHEGA POLÍTICA PRESIDENTE MARCELO ANDRÉ VENTURA

COMENTÁRIOS (de 77)

José Tomás: Não percebi a razão de ser deste artigo: mas, por que raio este ou outro presidente qualquer não daria posse a um governo com suficiente apoio parlamentar? Pois se o Cavaco deu à geringonça…           Tim do Á: Esperemos que o Chega tenha uma votação estrondosa porque é um partido corajoso, que ouve o povo que sofre e que vai dar uma limpeza na corrupção. Portugal precisa do Chega. Esperemos que o partido cumpra o esse desígnio.                 Nuno Filipe: Nas últimas legislativas 399510 eleitores votaram no Chega, se alguém duvida que a 10 de março vão ser mais eleitores a votar neste partido? E estes eleitores são portugueses de segunda categoria? Não pagam impostos (provavelmente alguns não, mas isso é transversal a eleitores de todos os partidos principalmente aos portugueses que votam PS e que foram e são empobrecidos pelo PS e como tal ganham tão pouco que nem fazem “descontos”? Os políticos que se deixem de mer__d@s. O problema de Portugal nao é o Chega mas sim o PS que com os cúmplices BEsterco e PZP (dois partidos democráticos que gostavam que Portugal se tornasse uma Venezuela 🇻🇪 ou Coreia do Norte 🇰🇵) tem empobrecido o país. Os “jornalistas/jornaleiros e comentadores” cuja agenda passa por estar sempre a baterem na tecla do Chega só podem ser avençados do PS. Se fossem sérios e honrassem a verdade (e a sua profissão) falariam sobre tudo principalmente o que incomoda. Quem vai para a política tem de ser escrutinado ponto final.           JOHN MARTINS: Então, vamos todos calma e democraticamente, esperar pelo resultado das eleições de 10 de março, dar vivas aos vencedores e respeitar os vencidos. O Presidente tem direito a um voto como eu e não é culpado de nada. Se há culpados são somente os que não votam.                 Fernando Cascais: Suspeito que um pedido de inconstitucionalidade para o partido Chega faz parte de um plano B dos socialistas, caso, este seja um dos elos para uma geringonça de direita. Se em 2024 acontecer o mesmo que em 2015, mas, com o PS no lugar do PSD, aos socialistas só lhes restará pedir a inconstitucionalidade do Chega para evitar que a direita governe. Não tenho dúvida que o farão. Aliás, algumas figuras públicas socialistas e da esquerda radical já o afirmaram publicamente.  Marcelo não fará parte desse jogo, felizmente, mas, será pressionado ferozmente a não dar posse ao Chega com alegações de inconstitucionalidade.  Se o bloco da esquerda perder para o bloco da direita na AR, as esquerdas não vão aceitar a derrota e tudo farão para que a direita não governe. Os arruaceiros da política não estão na direita, estão nas esquerdas.                  FCE: Não me oponho a uma aliança de governo do PSD com o Chega. Terão ambos de negociar. Tudo menos socialismo. Voto PSD desde 1975, e não foi pelo facto de ter existido a ASDI, com metade dos deputados a saírem do PSD que impediu Sá  Carneiro ser PM, juntamente com os “fascistas” do CDS. E muitas das propostas do Chega são aplicadas por governos não radicais por toda essa Europa fora.               Carminda Damiao: Mas se o CHEGA é um partido legal e com vários deputados na Assembleia da República, por que carga de água é que o Marcelo há-de impedir que faça parte do Governo? Os votantes do Chega são extra-terrestres, ou portugueses como os votantes dos outros partidos?             José Paulo C Castro: Eu começo a achar que a CSocial é a maior aliada do Chega. Primeiro, quando o tenta ignorar e fingir que não fala da realidade (o polígrafo e afins fazem isso muito bem... classificam como falsas as afirmações de Ventura a toda a hora, baseados em detalhes, esquecendo que a mensagem deste não é literal mas emocional e metafórica). Entretanto, falam dele. Depois, quando fazem cenários atrás de cenários, sugestões atrás de sugestões, para tentar que o Chega não entre em cena a sério. Cada boicote é o mesmo que dizer:" o Chega é o único que o regime teme". Ora, o que pensa disto quem acha o regime podre? Por fim, em desespero, quando tentam começar a demonizar as pessoas não-Chega que podem aceitá-lo. Com isso, acabam a criar nas pessoas a sensação de que serão canceladas e empurram-nas, de facto, para simpatia com o Chega. As que engrossam o outro lado da cerca que estes querem impor são apenas pessoas que têm mais medo destes do que do Chega. E com razão. Por isso, se dúvidas houvesse, não há má publicidade. O Chega cresceu com os erros e a própria natureza disforme de quem se lhe opõe. É obra. A tal ponto é isto que agora só rezam para que Montenegro mantenha a sua coerência.  Meus caros, o problema não é o Chega. O Chega é o efeito. O problema, são vocês... Os que o querem cancelar, enquanto toleram os representantes do KGB em Portugal. O problema não são os "fascistas" (termo errado). São os delírios woke. A cada delírio nasce mais um "fascista".  Eu espero que Montenegro mantenha a linha vermelha. Apenas por dois motivos: ou o PS é obrigado a negociar com Montenegro ou é o próprio PS que vai forçar a entrada do Chega na solução, daqui para a frente. Seria divertido. E Ventura continuaria a não ter de provar o que vale...               Vitor Costa Lima: Se virem o número de eleitores do PCP, ficam a saber quantos estalinistas há em Portugal. Se virem o número dos eleitores do Bloco, ficam a saber quantos são os socias-fascistas. Quanto ao número dos patetas, são os eleitores do PS (estou desculpado, porque isto é humor...)                Nokogiri: O rapazinho não sabe mais, faz o que lhe mandam e é bem mandado, escreve e escreve, já não pega a conversa, rapaz de recados!                João Floriano > Fernando Cascais: Totalmente de acordo. Mas os inconvenientes são muitos: 1. O PS abriu uma guerra com a justiça devido ao caso Influencer.  2. Já vão um tanto ou quanto tarde para recorrer à inconstitucionalidade do CHEGA. Não há partido político que tenha sido mais escrutinado nos tribunais do que o CHEGA. 3. A imagem dada para o exterior seria péssima: Itália, Holanda, o norte da Europa, têm partidos de direita semelhantes ao CHEGA e a democracia não está em perigo, antes pelo contrário, está melhor do que por cá. 4. Permitimos um partido como o PCP, esse sim verdadeiramente obsoleto, anti NATO, anti UE, antidemocracia  5. Apesar de sermos um povo meio adormecido, calculo que a onda de protesto seria grande. 6. A esquerda terá sempre a opção de colocar o país a ferro e fogo dentro de um quadro de legalidade. Concordo integralmente com a sua última frase: o perigo está na esquerda e não na direita.               bento guerra: Quem é  este desmiolado? É a coisa mais estúpida que já vi nesta folha. E como parece que guarda em ficheiro, talvez um tipo perigoso.   Ana Maia: Mais um da série "um artigo contra o CH por dia" Quando chegar ao fim lançam um livro ou um podcast?               João Floriano: Espera-se de um editor de política de um dos nossos maiores, se não o maior jornal online da nossa CS, que mantenha uma certa objectividade e equidistância e que não revele tão abertamente o pânico em que todos estão da esquerda à direita com a votação que o CHEGA poderá conseguir. É que não se trata de coisa pequena como em muitos partidos de esquerda que servem de contrapeso ao PS, tal e qual como uma pequena bifana que o talhante põe a mais para perfazer o 1,5 kg pedido pela D. Filomena. Tão pouco o CHEGA é um PPM ou um CDS que anda por aí a esbracejar sonhando com as glórias passadas. O CHEGA está em crescimento. Foi aqui reconhecido que há gente do IL a pisar as linhas vermelhas e o PSD também deve estar muito preocupado com os eleitores que não se deixam convencer. A estratégia de canibalizar o CHEGA está  a sair completamente errada. ao lado e vai custar muito caro à ressuscitada AD. Neste quadro têm-se dito os maiores disparates e agora este será um dos maiores. Marcelo já foi considerado o best friend do PS. Agora é o inimigo a abater. Não tenho qualquer pena do PR: colhe o que plantou. Andou a fazer festas a hienas e eis o resultado. O que a insigne constitucionalista Isabel Moreira diz sobre a validade do CHEGA não tem qualquer interesse. Não me merece credibilidade uma deputada que na Assembleia dirige grupos wokes completamente loucos que fizeram aprovar a lei das casas de banho e dos nomes neutros. Afinal a Constituição ainda é para cumprir, ou tem dias de acordo com as conveniências do PS e da esquerda? Aparentemente é a segunda hipótese que prevalece. Só quem é muito jovem ou desatento em relação  a estas coisas não percebeu as semelhanças entre um congresso da União Nacional e o recente congresso do PS: tal como a UN, o PS quer ser hegemónico, partido único a mandar, assessorado pelos seus pequenos acólitos de esquerda e nada incomodado por uma direita fraca, medrosa, lambe botas, verdadeiramente soft, que se preste para fingir que a democracia ainda funciona em Portugal. Marcelo nem quer pensar que possa acontecer uma situação em que o CHEGA assuma posição no governo. Quando proferiu as declarações que assustam o editor de política do Observador, devia pensar que o CHEGA se iria manter numa votação discreta. Ainda não se vislumbravam os escândalos das gémeas, do caso Influencer, da Lei malandra. Marcelo pensou que ia ficar bem com a esquerda e o CHEGA porque percebeu que para  a sua popularidade  convém estar de bem com todos, todas, todes. Quem lhe havia de dizer que seria precisamente com os grandes amigos que até pediam para mudar voos, que se iria incompatibilizar de modo tão sério?  Quem havia também de dizer aos portugueses que nas vésperas dos 50 anos do 25 de Abril, teríamos novamente  a sombra da UN e que o desespero do PS pelo poder total havia de o transformar numa ameaça para  a democracia? Nas próximas semanas muito se falará dos Açores e não tem  a ver com o anticiclone. Montenegro apareceu ontem  a saltar muros, nas vinhas da ilha do Pico. Bela imagem! mas seria ainda melhor se saltasse outros muros e ele sabe muito bem quais! Se o PS está muito inquieto, o PSD nem se fala.               António Soares: O maior aliado do Chega, é mesmo o PS. Talvez lhe saia o tiro pela culatra. Voto AD. Mas se esta precisar do apoio do Chega para aprovação do programa do governo e do orçamento, não vejo nenhum problema nisso. Sinistra é que não.               João Amorim > Ana Luís da Silva: O problema deles é não só a falta de espírito democrático como a atitude de permanente e obstinada negação da realidade               Ana Luís da Silva: Continuo sem perceber o tipo de escuta selectiva que a CS faz ao que André Ventura diz.  O líder do CHEGA já disse não se contentar com apoiar no parlamento um governo liderado por Montenegro, pois aprendeu com a lição dos Açores. Qual é o vosso problema?               Paulo Machado: Mas agora só contam os votos que o PS quiser? 400.000 votos são deitados ao lixo? Quem foi o terceiro partido mais votado?             António Soares: Não voto Chega. Todavia os eleitores é que decidem quem terá tomates para formar governo ou não. O erro de Marcelo, foi "ter-se esquecido" de ser isento e ter sido mais Costista do que Assis, Sérgio Sousa Pinto ou Álvaro Beleza, juntos. Se o povo der peso político ao Chega, o partido terá que contar. Pior do que PC+BE+PS, não será com certeza.                    Américo Silva: Crónica sem pés nem cabeça, este parece que ainda não percebeu que a importância do Chega advém de que as pessoas votam nele.       Sérgio Rodrigues:  “Ou seja: se o Chega for o A ou B dos portugueses para Marcelo está tudo bem.” – Qual é a solução? Considerar nulos os votos no CHEGA? Repetir as eleições? Seguir o exemplo da democracia venezuelana (amigos do PS)? “Astuto, André Ventura já percebeu que não tem um obstáculo em Belém.” Deveria ter escrito “Astuto, André Ventura já percebeu que tem o apoio eleitoral necessário”              Vitor Batista > Fernando Cascais: Essa questão nunca será posta em cima da mesa, porque uma vez que o TC obrigou o partido a rever certas normas internas acabou por lhe conferir toda a legitimidade para concorrer a eleições, mais fácil seria Marcelo convocar um referendo sobre a legitimidade de bloco e pcp, não esquecer que estes partidos são contra o euro a UE e a Nato, e o Chega é a favor dessas Instituições.                 Coxinho: Qual é na verdade a sua intenção, senhor autor deste artigo? Só relatar os factos? Ou contribuir sorrateiramente para um apoio inconfessável?         António Soares: O Costa gaba-se de ter derrubado um muro ao criar a geringonça. De tanto marrarem com o Chega, os socialistas vão derrubar a cerca que eles próprios ergueram á volta do Chega  Olé!                Vitor Batista: O Rui Pedro Antunes, o ps, a AD ou outros paspalhos não decidem nada sobre o direito e legitimidade do Chega de ser um partido democrático e tomar as decisões politicas que quiser, e Montenegro só não governa com o Chega, porque já se percebeu que tem telhados de vidro, se não fosse assim aproveitaria a porta aberta em 2015.          João Amorim > José Tomás: Sim, o artigo é completamente redundante, trata-se de uma clarificação do óbvio - sendo que o citado Marcelo é já ele próprio, como o autor do texto, um especialista dessa arte…                Carlos Chaves: Caro Rui Pedro, permita-me que lhe diga que o título que escolheu parece-me errado, deveria ser, Marcelo de vez em quando cumpre a Constituição! Quanto à “coerência” de Luis Montenegro eu chamaria de estupidez! Apesar do estado comatoso a que o PS levou este país, o PSD acha que pode desprezar 15 ou mesmo 20% dos votos de eleitores legítimos tais como todos os outros, mesmo os que votam em partidos totalitários e defensores das mais terríveis ditaduras, para expulsar o socialismo do poder. Vivemos tempos muito estranhos em Portugal, estamos todos a assistir ao vivo e a cores a um partido socialista que ocupa todo o espaço que pode, que acha que Estado é o próprio PS, que asfixia a sociedade civil, que põe em causa o regime democrático, que mente descaradamente enquanto nos empobrece a cada dia que passa, e os jornalistas não têm mais que fazer do que tentarem entreter-nos com cenários mais ou menos surreais, descolados da verdadeira vontade dos eleitores que ainda mantêm alguma sanidade mental! Pedro Vieira de Matos: Dos textos mais idiotas que vi por aqui. Para este Sr. o Chega existe mas é só a fingir. Os votos no Chega não contam, mesmo que por absurdo o Chega tivesse maioria absoluta, nunca poderia formar governo. O PR diz e faz o que está na CRP. Não o que consta das fantasias húmidas deste Sr. O jargão da normalização é do mais idiota que existe. O Chega foi normalizado pelo Tribunal Constitucional quando aprovou a sua criação. Tudo o resto é conversa.                 Jorge Barbosa: Só por pura subserviência à esquerda, por cobardia ou por muita idiotice é que um não socialista alinha com a campanha em curso de estúpida diabolização do CHEGA. O articulista ainda não terá percebido que o PR já percebeu que sem o CHEGA, jamais a boa direita chegará ao poder, continuando assim os portugueses a chafurdar na pobreza sob a corrupta e incompetente liderança socialista já que não há "bancos contra a fome" que compensem a escassa produção da economia tutelada pelo socialismo                 GateKeeper: Para p@rvoínho esqu€rdalha não  falta mesmo nada a este p@cóvio "crooner". Talvez até  mesmo um 'adorador"' de bêtes rouges, com alguma esclarecedora tendência  berloqueira. Esta m@lt@ é  tão "imbecílica" que nem percebe  ou percebe mas não consegue entender ?...) que dão,  oferecem, de borla, certezas objectivas no voto 'Chega'?! Well... So far so good. O obs anda mesmo nas 'ruas d'amargura'.                  João Amorim > Fernando Cascais: Confesso que nunca me ocorreu essa ideia, prova da minha ingenuidade. Mas lá que é possível, é. O único obstáculo é a actual composição do Tribunal Constitucional, que não é assim tão má como isso (estou a pensar no imediato no Rui Guerra da Fonseca, no José Eduardo Figueiredo Dias, no Carlos Carvalha, no João Lourenço e na Benedita Malaquias, e outros mais - não me parece que alinhem num golpe de Estado desse tipo…)              Vítor Prata: O voto de cada português tem o nesmo valor dos demais. Mas, o autor do texto, como não votará Chega, julga-se que o seu voto valerá mais do que o de muitos a votar no Chega. Mais um a armar em democrata mas com carradas de hipocrisia.

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