Sociais. Mas… Que seria do mundo se não houvesse ambiguidade? A Verdade só faz falta aos falhados, bem fazem os da duplicidade que aqui se demonstra, nesta crónica bem urdida de Helena Matos, os quais defendem a escola pública, com unhas e dentes como centros do bom aprender (que, de resto, assim foi em tempos, muitas vezes ouvi o meu paizinho dizê-lo, era eu aluna lá), e onde hoje não é mais isso possível, na libertinagem grassante aí praticada, segundo metodologia emanada do ministério educativo, seguidor dos pontos de vista democráticos, desencadeadores dos abusos conhecidos, e preferindo, para os seus filhos – desses ministros, repito, e seus parceiros ministeriais ou mesmos de outros calibres profissionais – o ensino privado, hoje em dia mais protegido, e até ajudado financeiramente pelos dinheiros públicos desse mesmo Estado, campeão da duplicidade nos seus termos e acções, a virtude dos seus dizeres públicos bem oposta à dos seus fazeres particulares...
Vida dupla
O discurso de sobranceria que emana
dos socialistas portugueses é resultante desta duplicidade entre uma virtude
reivindicada e uma irresponsabilidade praticada.
HELENA MATOS Colunista
do Observador
OBSERVADOR, 21 jan. 2024, 00:2096
O filho de Pedro Nuno Santos frequenta o Colégio Moderno. António Costa
escolheu o mesmo colégio privado (excelente, por sinal) para os filhos. José
Sócrates idem acrescentando a Escola Alemã ao leque das escolas privadas
escolhidas pelos dirigentes socialistas para matricularem os seus filhos. A lista prossegue com o caso
politicamente notável da socialista Alexandra
Leitão que
enquanto secretária de Estado Adjunta e da Educação no governo da geringonça
perseguiu os contratos de associação celebrados entre o Ministério da Educação
e vários colégios privados, apesar do bom desempenho desses
colégios, da satisfação de famílias e alunos e das poupanças que esses
contratos permitiam ao contribuinte: sim o custo por aluno era mais baixo nas escolas com
contrato de associação do que nas escolas públicas. Toda
esta cruzada contra o ensino privado, sobretudo aquele em que era maior a
diversidade social, não suscitou qualquer questão moral à então secretária de
Estado cujas filhas frequentavam então a privadíssima Escola Alemã e muito
menos a penalizou politicamente à época ou agora, pois encontramo-la
presentemente como a figura mais destacada na liderança e no programa de Pedro
Nuno Santos.
Alguém
devia traduzir para francês esta lista das preferências dos socialistas
portugueses pelas escolas privadas e enviá-la à imprensa francesa e também a
Amélie Oudéa-Castéra, a actual ministra da educação de França. Mal chegou ao
cargo Amélie Oudéa-Castéra viu-se envolta numa polémica por ter colocado os
seus três filhos numa escola privada, para mais a muito católica escola
Stanislas, o que numa França enredada na armadilha do activismo laicista ainda
agrava mais a polémica. Ora a senhora Amélie Oudéa-Castéra, em vez de andar a
tentar arranjar justificações para o que é mais ou menos óbvio – queria uma boa
escola para os seus filhos – devia pura e simplesmente dizer que segue
os melhores exemplos da esquerda politicamente melhor sucedida na Europa, a esquerda portuguesa, aquela que ergueu um muro entre
a forma como governa o povo e como se governa a si.
A óbvia preferência dos dirigentes da esquerda portuguesa em geral e
dos socialistas nacionais em particular pelas mais reputadas escolas privadas e
também pela medicina privada e por tudo aquilo que os poupe de ter de
frequentar os mesmos serviços públicos que eles impõem aos demais cidadãos
(sempre em nome da justiça e da igualdade), sem que sejam questionados por
isso, é um óptimo exemplo do sucesso da demagogia em política.
O
discurso de sobranceria que emana dos socialistas portugueses, que nem por
sombras se imaginam na pele de Amélie Oudéa-Castéra, é resultante não dum
qualquer mau feitio mas sim da interiorização desta duplicidade entre uma
virtude reivindicada e uma irresponsabilidade praticada. A este título são exemplares as
declarações do ministro João Costa sobre a morte de uma aluna na Escola
Secundária de Seia após ter chocado com uma porta de vidro. Recordo que
João Costa, na Covilhã (tanto quanto sei João Costa nem foi à escola de Seia),
declarou “Nós
estamos a falar de um acidente que poderia ter acontecido, infelizmente, em
qualquer escola ou em qualquer lugar onde haja vidro. Acho que qualquer
associação entre a tragédia e as diferentes condições que as escolas têm é de
mau gosto”. Portanto para João Costa o problema é o mau gosto
de quem pergunta e não as perguntas que qualquer pessoa faz perante uma
tragédia destas. Por exemplo, deverão
existir portas de vidro nas escolas? E de que tipo de vidro? (De repente,
acodem-me à memórias as grossas portas de madeira com aberturas de vidro
aramado das escolas públicas que frequentei e sou levada a concluir que
obviamente a questão está mais que estudada mas alguém saltou esses capítulos!)
O ministro ao menos podia ter mostrado preocupação com o facto de
existirem portas de vidro facilmente quebrável nas escolas. Num tempo em que se
arrancam árvores dos recreios por causa da segurança, se proíbe tudo e mais
alguma coisa em matéria alimentar por causa da segurança, se avaliam brinquedos
por causa da segurança… não é compreensível que existam portas de vidro que se
podem estilhaçar porque alguém, no caso uma rapariga, choca com elas. Não
é portanto uma questão de mau gosto perguntar como e porquê se escolheu colocar
portas de vidro nas escolas. É uma
questão de exigência. Mas é revelador que João Costa tenha usado a expressão
mau gosto. Sim, o sucesso do discurso da esquerda vê-se exactamente nesse
aparente detalhe: o que noutras áreas políticas é um erro que tem de ser
denunciado, criticado e corrigido, à esquerda é um facto pelo qual se mandam
condolências mas que é de mau gosto questionar. Tal como é de mau gosto questionar que escolas
frequentam os filhos dos políticos, tal como é de mau gosto perguntar as causas
da degradação do atendimento aos utentes no Hospital Beatriz Ângelo após o fim
da PPP levado a cabo por Marta Temido, agora estrela ascendente no universo
socialista, tal como é de mau gosto tudo o que ponha em causa a superioridade
política do discurso estatista.
COMENTÁRIOS (de 101)
Manuel Martins: Dificilmente
se encontrará um filho de um político numa escola pública, excepto se for
uma das poucas no top 100, e onde existe "aldrabices" nas
moradas para colocar lá os filhos, onde são colocados os melhores
professores, por cunha, pela proximidade ao ministério, e onde nada
falta. São também locais onde não entram alunos ciganos, imigrantes
pobres ou de bairros degradados. Se existem linhas que qualquer político
desrespeita no que respeita a aplicar a si o que impõem ao povo, é no
cuidar do futuro dos seus filhos, e a sua educação e saúde. observador
censurado: "... tal
como é de mau gosto perguntar as causas da degradação do atendimento aos
utentes no Hospital Beatriz Ângelo após o fim da PPP levado a cabo por Marta
Temido ..." Surpreende-me que não exista um conjunto de cidadãos
que tenha pegado no relatório do Tribunal de Contas, mostrando que os hospitais
com gestão privada prestavam melhores cuidados de saúde aos cidadãos com
menores custos, e agido judicialmente sobre Marta Temido. Salvo melhor
opinião, no século XXI não deveria ser aceitável responsáveis políticos fazerem
experiências sociais com a saúde dos cidadãos sem estarem escudados em vários
estudos de credibilidade inabalável sobre o assunto. Além disso, um
governante responsável deverá considerar um plano B para proteger os cidadãos
da suas decisões menos acertadas.
Assim, logo que se verificou que a
qualidade dos serviços prestados tinha piorado no Beatriz Ângelo, teria sido
obrigação do governo do Partido Socialista oferecer uma solução que oferecesse
uma qualidade semelhante à anterior. Lourenço de Almeida:Bando de pacóvios novos-ricos! Até que enfim que alguém
escreve preto no branco que não é aceitável que as mesmas pessoas que impedem o
Estado de poupar dinheiro e o povo de ter melhor ensino e cuidados de saúde,
sejam aqueles cujos filhos se esquivam aos péssimos ensino e serviços de saúde
que esses governantes impõem à população. Infelizmente a população parece que
nem isto merece porque continuam a votar neles! mjoao pgomes: Sabe Helena, tenho pensado
muitas vezes: ninguém compara os perigos (por realizar ) da xenofobia do Chega
com os perigos do fanatismo estatista, que no estado em que já se encontrava o
SNS, fechou Hospitais PPP, sabendo que ia deixar sem resposta, pessoas a
morrer, à espera horas e horas nos corredores dos hospitais? Maria Cordes: A hipocrisia é uma das muitas
qualidades dos governantes do Largo dos Ratos, querer parecer uma coisa e fazer
outra, lembrem-se do caso Robles. A única preocupação é a propaganda. Uma porta
de vidro, transparente, numa escola, é criminoso. madalena colaço : Alexandra Leitão é tratada
pelos jornalistas e colegas de painel, como alguém que fez obra. Há dias,
falava sobre a educação e dizia com ar muito convicto que conhecia muito bem
essa área. Ninguém a interrogou sobra a degradação do conhecimento que revelam
os testes Pisa, e ninguém a interroga por que razão fechou a maioria das
escolas privadas. Como diz a Helena, poupavam os bolsos dos contribuintes e
alunos, professores e pais estavam todos satisfeitos. Lembro-me que muito
contestaram, mas para Alexandra a democracia é o que o socialismo quer. Em relação a Amélie Castéra para além do que refere neste artigo, existe
agora o perigo real de a escola Stanislas, uma das melhores em França, poder
estar em risco. Veja-se o que agora a esquerda francesa contesta: que ter aulas
de catecismo pode pôr em questão a dita escola pois a laicidade da
República pode estar em causa. A dita escola, que é Católica, e que os pais que
inscrevem os filhos sabem isso, e que curiosamente as aulas de catecismo estão
cheias e abarrotar, o director foi obrigado a responder a um questionário longo
e melindroso a defender a escola que gere. Aqui em Portugal, depois do fecho das escolas por Alexandra Leitão, vi no
interior do país, escolas católicas fechadas. O método de ensino nas escolas
católicas continua a ser dos melhores, porque não andaram a fazer experiências.
Os socialistas gostam da igualdade nivelada por baixo. Maria
Tubucci: Está coberta de razão Sra. HM. Os pregadores da moral e da virtude têm 2
pesos e 2 medidas, é mau gosto fazer o escrutínio dos socialistas, quem o faz
tem o discurso do ódio. Os socialistas dividem os portugueses em 2 classes nós,
os nobres, e os outros, o povo. Eles só precisam dos votos dos papalvos para
terem emprego para toda a vida, a monarquia socialista. Para eles e para os
seus filhos só o melhor, para os filhos do povo qualquer bodega de ensino é
suficiente, eles não querem que os seus filhos sejam ultrapassados pelos filhos
do povo. O problema é que o povo é incapaz de enxergar isto, é incapaz de ver
que está a ser usado, que dá o voto a quem intencionalmente o quer prejudicar,
menorizar e empobrecer. Esta é a nossa grande tragédia e assim, nunca mais
saímos da cepa torta, continuamos a viver no reino da hipocrisia... Rui Lima > Pedra Nussapato: Há uma grande diferença: a direita
não é contra o ensino privado, já a esquerda é contra, por isso nunca
devia lá colocar os seus filhos para ser decente e coerente
com o que defende. L Faria: E a fotografia da miséria moral que tomou o povo. A comunicação social tem
muita responsabilidade nisto. Não é por acaso que quase toda a comunicação
social se diz de esquerda e milita a esquerda. Veja-se a prole de comentadeiros
nas tvs. Ou são PS ou prós lados do BE. Inacreditável. Infelizmente, o nosso povo,
desde que dado pela esquerda, até meeeeerda come e jura que é chocolate suíço.
É o que temos. Agora digam-me com sinceridade, isto acontecia se fosse um
governo de direita? Éramos bombardeados de manhã à noite, com notícias,
abertura de telejornais, até a exaustão, com a falta de moral e podridão de um
governo de direita. Vejam o que fizeram a Passos Coelho. Nem a sua condição
familiar difícil que viveu foi poupada. Nunca votei na esquerda. Tenho orgulho
nisso. Considero os esquerdalhos gente pouco recomendável. Canaaaalhas no pior
sentido da palavra. Não há escrúpulos, nem valores. Tudo é aceitável à esquerda
e condenável à direita. Mostra bem porque somos o que somos. Uma vergonha! observador censurado observador censurado: Excelente artigo. Só num país
com uma comunicação social ausente se compreenderá que haja responsáveis
políticos sem problemas com a sua vida dupla. João Floriano: Desta vez Helena Matos não nos
traz na sua crónica qualquer coisa de particularmente novo ou inédito. Bin
Laden, o super inimigo dos Estados Unidos, tinha filhos a estudar em
Universidades norte americanas e apostaria sem medo de perder que os altos
dirigentes do Hamas, Hezzbolah e associados também mandam os filhos estudar no
Ocidente. O presidente da Coreia do Norte estudou na Suíça. Nada de novo quando
os nossos dirigentes PS e não só, juram pela alma da avozinha que a Escola
Pública tem qualidade, mas depois matriculam os filhos nos melhores colégios
de Lisboa, onde não se ensina o lixo doutrinário woke de Isabel Moreira e da
extrema esquerda. E apostaria de novo sem medo de perder que mesmo no
Colégio Moderno há uma turma muito especial onde já se prepara uma nova fornada
de dirigentes PS, já que apesar de sermos uma república formal, na prática nos
estamos a parecer cada vez mais com uma monarquia. Também não me espantam as
considerações de João Costa cuja incompetência foi apenas ultrapassada pelo
anterior ministro Tiago Brandão, verbo de encher, de quem não me lembro de ter
ouvido uma frase com mais de duas linhas. Em relação à tragédia de Seia, nem
conseguimos imaginar a dor de uma família que de manhã entrega uma adolescente
saudável, alegre e bonita na escola e à hora de almoço recebe a notícia da sua
morte no acidente mais estúpido, mais difícil de conceber: chocou com uma porta
de vidro. Os vidros são das coisas mais perigosas onde há crianças e jovens. Um
empurrão, uma corrida travada tardiamente, uma bola de futebol, mesmo uma birra
ou acesso de raiva em que se dá um pontapé e a tragédia está por perto.
Esperemos que na ânsia de encontrar desculpas, o ministério não atire as
responsabilidades para a equipa de limpeza que limpou o vidro demasiado
bem. E espanta-me ainda menos a sobranceria do PS que não é de agora. O PS
sempre se considerou acima de tudo e todos. e aproveito para contar o único encontro
que tive com «ELA» a matriarca. 1981 e 1982 foram os anos negros da minha vida:
um divórcio extremamente complicado e uma situação profissional que não
controlei. Nessa altura a formação dos professores recebeu o nome de formação
em exercício e os professores profissionalizavam-se nas suas escolas com o
Conselho Pedagógico a supervisionar. As reuniões eram inúmeras, cada cabeça sua
sentença, demoravam-se horas a chegar a consensos e a ideologia estava lá e,
tal como hoje, professores de esquerda protestavam contra os de direita.
Faziam-se inúmeras reuniões igualmente promovidas pelo Ministério de Educação
na altura (AD penso eu, com Pinto
Balsemão como PM) para aferir critérios. No meu grupo ficou a representante do
Colégio Moderno, uma simpática professora cuja grande contribuição era avisar
que «ELA não vai deixar, não vai querer!». E uma manhã, «ELA» entra pela sala
adentro, seguida pela professora de orelha murcha. Vinha informar-se «in loco»
das coisas que se andavam a passar naquele grupo e que lhe eram
transmitidas pela docente go-between. Nunca a vi esboçar um sorriso nem
dirigir-se aos professores presentes: ignorou-os e fixou-se em quem tinha a
responsabilidade pelo grupo. Ouviu e no final deu o veredicto: «Não estamos
interessados! Eu vou falar com o Victor!». O Victor era Victor Crespo, M Educação
da altura. Saiu como entrou! Sem se despedir, levando atrás a sua professora
atarantada. E já adivinharam quem era «ELA»: Maria Barroso! Rui Lima: Os socialistas têm o apetite
pelo privilégio e o gosto da igualdade, eis as paixões que dominam quem nos tem
governado . No caso francês há uma
diferença , os nossos socialistas sacam ao Estado português o dinheiro com que
pagam o colégio dos filhos , já a ministra francesa é casada com Frédéric Oudéa
uns dos grandes Patrões de França que pode comprar a escola onde tem os filhos
. Mas acima de tudo é a
hipocrisia total , esta gente de esquerda é indecente . José Costa: Num país minimamente decente já estaria aberto um
inquérito para apurar quem foram os responsáveis por permitir o uso de vidro
inadequado numa escola. Terá sido trafulhice do construtor? Terá sido desleixo
de quem tinha de fiscalizar a obra? Ou, se era "mesmo assim", quem o
permitiu? Morreu uma jovem na Escola! E não há qualquer responsável face à
incúria óbvia! A leviandade do Ministro diz tudo sobre a sua própria e
intolerável irresponsabilidade. Rui Lima: Caro Pedra sabe que a esquerda odeia que o povo tenha os mesmos serviços
que a “elite canhota” por isso a escola pública é para os pobres, não para
filho de dirigente socialista, como aceitar que um seu filho vá para uma turma
com 20 nacionalidades onde nada aprendem, ou para uma turma com muitos
ciganos um pai ou uma mãe socialista protege o seu filho e faz bem. Também na saúde vão ao privado, e depois temos os trabalhadores privados tem
um serviço público de saúde, os trabalhadores públicos tem um sistema liberal
de saúde a ADSE . Carlos Chaves: Pois é, estes inaceitáveis e execráveis comportamentos
dos socialistas/comunistas, até podiam acontecer (os actos ficam com quem os
pratica), o incompreensível é a manada jornalística/comentadeira,
branquear/esconder/desvalorizar esta forma errada de estar na política e na
vida pública/privada. O jornalismo português de mão dada com a esquerda está a
condenar à falência a democracia em Portugal! Espantar-se-á quando for ele a
próxima vítima! Maria Luthgarda: Já não era sem tempo... Finalmente alguém pegou neste assunto para o qual tenho vindo a alertar há
anos e que, aliás, era do conhecimento de todos. Não surpreende que queiram proporcionar o melhor aos seus filhos, mas é
inacreditável que retirem aos outros pais a mesma possibilidade. No fundo o PS mais não é do que um partido onde milita gente que -
contrariamente ao que quer fazer crer - pretende manter e alargar o fosso
entre o "NÓS" e "eles". Lembro, a quem não saiba, que antes de Abril as escolas públicas eram
melhores do que muitos colégios (não havia muitos com qualidade, diga-se) e eram
frequentadas por todos: filhos da elite e de pessoas mais modestas. Ao
contrário das escolas públicas, os colégios podiam contratar professores sem
uma formação completa nem direccionada para o ensino. Outra coisa: todos os que frequentavam colégios faziam os exames finais nas
escolas públicas: 2º ano (hoje 6º); 5º ano (hoje 9º) e 7º (hoje 12º). Manuel
Rocha: Este
comportamento socialista é a prova do seu reconhecimento do falhanço completo
da escola pública que defendem para os filhos do povo. António Lamas: Há uma característica comum a
toda a nossa esquerda. São uns parolos, uns "parvenus" deslumbrados
pela luz da capital. Quem não se lembra de ver o nome do Sócrates na
porta do Bijan?
Basta ver as roupinhas com que se vestem, antes e depois de entrar para o
governo.
Só há um problema. Mesmo que se vistam de ouro têm bem escarrapachado na
testa a marca SALOIO. Amigo do Camolas: Levar uma vida de capitalista a
pregar o socialismo para os outros não é para amadores. Mário Soares morreu milionário e deixou uma fortuna. Sócrates herdou uma
fortuna que ninguém sabe de quem, mas que todos sabem que nunca mais acaba.
Costa conseguiu comprar cinco casas e está de olho na sexta. Pedro Nuno Santos
chegou ao PS de Porsche, por coerência, não é difícil imaginar como ele vai
sair. É bom ser socialista, se você é membro do partido, e
não um dos peões que paga por tudo. Madalena Sa: E está tudo dito! Os socialistas portugueses são uma
verdadeira escumalha! Está à vista em todos os seus procedimentos! Vitor Batista: Cara Helena, o ministro teria
de se demitir perante esta tragédia, é que ele não aquece o lugar há dois dias,
ele está lá há tempo demais, senão vejamos: morreu uma sra idosa à espera oito
horas numa maca, e o que disseram foi que estava em fim de vida, morre esta
aluna, e o que o ministro disse é próprio de um covarde, o SNS não tem
capacidade nem funciona, e o Costa disse que as pessoas enchem os
hospitais, e por aí além, o que eu penso mesmo e sem ironia é que todos estes
merlos socialistas deveriam ser julgados em tribunal, porque a negligência é
crime. Álvaro Venâncio: Excelente artigo, subscrevo na íntegra……………………………..
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