Os que condenam tais sabores, e os
arrotos respectivos. Helena Matos aponta a
verdade, com muitos seguidores igualmente lúcidos. Bem hajam todos, que ainda têm esperança, talvez. Ou vergonha na cara.
E no fim a justiça ficou com o que era
da política
...a política ficou sem nada e o país
ficou a braços com um manto de decadência. Não, isto não é a democracia a
funcionar. É sim um modo perigoso de funcionar na democracia.
HELENA MATOS Colunista do Observador
OBSERVADOR, 28 jan. 2024, 00:2383
“É uma
democracia que funciona. É uma democracia que funciona.” — repetia
Marcelo Rebelo de Sousa à jornalista que o interrogava sobre as crises
políticas que o país vive. O mantra da democracia a funcionar sucede
ao já obviamente caduco e ultrapassado pela vertigem dos acontecimentos do “À
justiça o que é da justiça. À política o que é da política” que nos trouxe a
este Janeiro de 2024. Um e
outro procuram apenas tirar o foco da responsabilidade dos protagonistas e
transferir para nós a responsabilidade e a culpa: ou porque estamos a discutir
na política o que é da justiça (ou vice-versa) ou porque não percebemos que
isto é uma democracia a funcionar. Mas isto não é a democracia a funcionar.
Enquanto
escrevo esta crónica, Portugal tem um primeiro-ministro demissionário a ser
investigado pelo Supremo Tribunal de Justiça e vários membros do seu governo/equipa
também a serem investigados. O agora demissionário presidente do governo
regional da Madeira foi constituído arguido. O também demissionário presidente
da câmara do Funchal está detido para interrogatório. O Presidente da República
não consegue dar explicações convincentes sobre o uso do seu nome e influência
no chamado caso das gémeas. O líder da oposição é objecto
de um inquérito sobre os benefícios fiscais atribuídos à sua casa em Espinho.
Um antigo primeiro-ministro socialista está acusado de 22 crimes três dos quais
de corrupção, 13 de branqueamento de capitais e seis de fraude fiscal sem que o
PS tenha até agora reflectido sobre esse período recente da sua e da nossa
história.
É
isto uma democracia a funcionar? Não, isto não é a democracia a funcionar. É
sim um modo perigoso de funcionar na democracia. E é esse
modo que temos de discutir, criticar e abordar porque a alternativa é aquilo
que está a acontecer: a justiça
ficou com o que era da política, a política ficou sem nada e o país imerso num
manto de sordidez, decadência e bruteza, vive de sobressalto em sobressalto,
viciado numa escala crescente de indignação em que o inimaginável que acontece
hoje banaliza o que na véspera era impensável.
A emergência de que não se fala: a
violência nas escolas. “Aluno de 11 anos
sodomizado por oito colegas em escola de Vimioso na presença de uma funcionária” – A cada linha das notícias sobre este caso surge mais uma questão. A primeira e óbvia: porque não interveio
a funcionária? Mas há
mais: como conseguem oito jovens com idades entre os 13 e os
16 anos agredir desta forma um colega (e irmão de um dos agressores) sem que ninguém mais, além da funcionária que
“nada fez”, perceba que algo de anormal está a ter lugar? Os outros funcionários e professores da
escola não deram por nada? Note-se que tudo isto terá acontecido pelas 12h 30
hora em geral movimentada em qualquer escola. Mas não acabam aqui os
factos a exigirem esclarecimento: o presidente da Junta de Freguesia de
Vimioso, José Manuel Alves Ventura, que tem tido um papel muito mais activo que
os responsáveis do agrupamento escolar na denúncia deste caso alerta para “um
clima de terror e de encobrimento” que, segundo ele, se vive no Agrupamento de
Escolas de Vimioso, relatando mesmo vários casos de violência entre alunos,
entre alunos e funcionários. Algo de francamente anormal está a acontecer neste
agrupamento escolar.
A
violência nas escolas deixou de
ser assunto o que não quer dizer que tenha deixado de existir, antes pelo
contrário. Mas como acontece quando a ideologia pretende determinar a realidade
os números foram sendo trabalhados e apagados para que os resultados fossem
conformes aos amanhãs cantados pela equipa do ministério da Educação: em
Dezembro de 2023, um estudo revelava que o número de ocorrências em ambiente escolar comunicado às
forças de segurança é 48% superior aos casos que depois surgem contabilizados
nos relatórios oficiais.
Mas nem a brutalidade do acontecido na
escola de Vimioso foi suficiente para que se quebrasse o muro de silêncio que se tem levantado em torno do que está a acontecer
nas escolas: dos resultados à violência. Antes de começar o coro de críticas
à funcionária que “nada fez” quero recordar que essa funcionária e os demais
que as 12h 30 m não viram nem ouviram nada de estranho naquela escola agem como
toda a sociedade portuguesa que tanto se tem esforçado por não ver nem ouvir o
que de estranho lhes chega das escolas portuguesas.
PS. Continuam a aguardar-se
explicações sobre a morte de uma aluna na Escola Secundária de Seia após
ter chocado com uma porta de vidro. Os diferentes vidros que se podem usar nas escolas
está especificado e devidamente regulamentado. Logo não é verdade que como o
ministro João Costa defendeu se trate “de um acidente que poderia ter
acontecido, infelizmente, em qualquer escola ou em qualquer lugar onde haja
vidro.”
ELEIÇÕES POLÍTICA DEMOCRACIA SOCIEDADE JUSTIÇA
COMENTÁRIOS (de 83)
Manuel Martins: Relativamente ao aumento da
violência nas escolas, parece-me que resulta de vários factores: - o foco exacerbado nos temas do
sexo e do género, introduzido pelo ministério e deputados com as novas
leis, cria o contexto para a emancipação da sexualidade, e dos abusos
sexuais - os ataques institucionais à autoridade dos professores, aliado a
professores mais preocupados com a sua carreira e salários, criaram um
ambiente em que estes se desinteressaram completamente pelo comportamento dos
alunos - uma geração de alunos, a quem não se exige estudo e esforço,
em que os pais e professores se tornam criminosos se contrariarem as suas
vontades, hiper sensíveis e mimados - entrada massiva de alunos
estrangeiros, que não falam a língua e com hábitos sociais
diferentes, atrasaram os objectivos escolares para todos os alunos,
tornando as escolas mais como espaços de integração e doutrinação social,
ficando a aprendizagem para segundo plano. Etc Maria
Paula::Excelente, como sempre. Esta frase: "em que o
inimaginável que acontece hoje banaliza o que na véspera era impensável." é de uma acuidade profunda, o melhor retrato da
situação actual do país. Quanto à situação de violência nas escolas é coisa que
já começou há pelo menos duas décadas (tenho muitos amigas e amigos
professores), senão mais. De tal forma que, no início do milénio, lá para
2003, 2005, as escolas começaram a promover workshops para os alunos, a que era
obrigatório ir, intitulados "a violência no namoro". É
significativo e sintomático. Mas a violência não se manifestava apenas entre jovens
na puberdade e adolescentes, em namoro. Os próprios professores eram alvo de
ameaças e por vezes alguma violência. Tanto de alunos, como de pais.
Dependia muito das escolas. Há escolas piores que outras. A situação tem vindo
a piorar e a degradar-se e muitas vezes, tanto professores como auxiliares têm
medo de intervir. A realidade escolar é de facto preocupante e assustadora. Mas, no caso de Vimioso, parece-me
que o caso apresenta contornos um pouco diferentes. O irmão mais velho é um dos
dois mais velhos do grupo (dois com 16 anos) de 8 que atacam o miúdo de
11 anos. O irmão mais velho e os seus amigos atacam o irmão de 11 anos no dia
em que o irmão mais velho faz 16 anos. Não vos soa nenhum alerta? SE o irmão
mais velho não odiasse o irmão mais novo, alguma vez permitiria que
fizessem aquilo ao irmão? Não, o irmão mais velho é o violador. Muita coisa
há para investigar sobre o que se passa nessa família. E ficamos sem saber se
esse grupo a que pertence o irmão mais velho não será o grupo, ou um dos
grupos, que provoca a violência anormal nas escolas e na Freguesia de
Vimioso, de acordo com o que diz o Presidente da Freguesia, José Manuel
Ventura: "“um clima de terror e de
encobrimento” que, segundo ele, se vive no Agrupamento de Escolas de
Vimioso," Esse irmão mais velho tem que ser
muito bem investigado e analisado. L Faria:
Mas a culpa disto é do passos? Do
Cavaco? Ou deste povo me(r)droso que não se importa com a degradação moral e
ética a que este país chegou por via da esquerda, desde que no fim do mês lá
tenha mais dez euritos no vencimento e a promessa de aumento do ordenado mínimo.
Comportamento típico de menina de beira de estrada. Somos um povo sem carácter,
que, desde que dado pela esquerda, até meeerda come. O que está a acontecer
na Madeira resulta de anos e anos com a mesma força política no poder. Não
por acaso, também na Madeira o nome de passos coelho é maldito. No entanto
existe, sempre a direita uma diferença fundamental. É que é a seguinte: ninguém
a direita atacou a justiça como fez o nazi santos Silva e toda a corja de lambe
tomates do Costa. O povo idolatra os corruptos de esquerda e morde nos da
direita. Não admira que sejamos os pedintes da Europa. Deixei de votar psd
com Rui Rio. Não voto em socialistas, nunca votei e podem internar-me se algum
dia disser que votarei à esquerda. Não voto em canaaalhas e gente sem valores
ou escrúpulos. Ana Luís
da Silva: O exemplo
vem de cima e, como denunciou e bem Helena Matos neste artigo, se a miséria
moral e a irresponsabilidade são as escolhas com que os políticos no poder nos
“premeiam” diariamente, como se pode exigir a uma funcionária de uma escola que
aja com autoridade moral e responsabilidade? O medo sobrepôs-se ao dever,
porque não existe autoridade na escola. Os partidos da esquerda na AR e no Governo, têm feito
de tudo, em legislação e atitudes irresponsáveis, para retirar a autoridade a
quem de direito no espaço escolar. Valha-nos o poder judicial, a liberdade de
imprensa, Helena Matos, Alexandre Homem de Cristo e Gabriel Mithá Ribeiro, pelo
menos isso. Vitor
Batista: A sordidez da política já chegou às escolas há muito tempo, e o país
degrada-se a todos os níveis e relatos que ouço de quem tem filhos em idade
escolar, e aquilo que se passa, deixa qualquer um estarrecido. É a herança
xuxalista a funcionar, foi isto que a extrema esquerda sempre almejou, por isso
já CHEGA!! Miguel
Sanches: Os que
enchem a boca com a "democracia madura" de abril, à falta de
justificação para esta lástima, atiram ao Chega. Assim se trata uma Nação com
mais de 8 séculos de existência. Henrique
Mota: Que os partidos do chamado “arco da governação “ não se queixem do
crescimento do CHEGA. Eles são a sua causa. Tal como os pais não se queixem do
comportamento dos filhos. Também eles são os responsáveis Coxinho:
Um artigo brilhante. Um retrato da
realidade. Um grito de alerta. Provavelmente um grito no vazio porque Portugal
foi anestesiado. A não ser que os partidos chamados de direita resolvam sacudir
o torpor que os invadiu e expulsar os anestesistas. Manuel
Martins: Em teoria, basta uma denúncia
anónima, um procurador do MP escrupuloso, e vasculhar tudo da vida de alguém
durante o tempo suficiente, e todos neste país podem ser suspeitos de
crimes. Como se percebe de casos mediáticos, se os juízes podem ter
perspectivas tão díspares sobre as leis, e todos os políticos acham
normal e que isso é a justiça a funcionar, como pode o cidadão comum
evitar tornar-se um criminoso? A consequência óbvia do que se está a
passar é a dificuldade, para qualquer governo, de recrutar pessoas
competentes e que priorizem o bem público: se são competentes e não têm
interesses próprios, ganham mais fora do governo, não têm a vida devassada e
não arriscam meter-se com a justiça, de onde quase nenhum político sai
bem... Amigo do
Camolas: Ao apresentarem-se como defensores da
democracia, os partidos políticos - de onde saem corruptos como pipocas com o
PS isolado na frente - evitam ter que definir o que realmente representam. Um
grupo organizado de corruptos e aldrabões conhecidos. Um grupo de autoritários
que só exigem linhas vermelhas para os outros. E um grupo de larápios
"moderados" antidemocráticos. Agora, eles não
concorrem para ganhar as eleições e para acabar com qualquer tipo de
extremismo, mas para proteger a democracia da direita - usando a palavra
extrema-direita. E quem defenderá a democracia dos defensores da democracia? Defender a
democracia é a ideia profundamente antidemocrática de que há algo de
antidemocrático na forma como as eleições são praticadas hoje ou como os
partidos foram todos legalizados ontem. E quando os partidos afirmam que querem
mais pessoas envolvidas no processo político, o que eles realmente querem é
tirar os que eles consideram "errados" dele. Não os seus camaradas
corruptos, mas quem faz mais alarido. É por isso que há tanta demonização e
tentativas de censura ao Chega. O problema da democracia é que, às vezes, as
pessoas "erradas" ganham. E o objectivo deles é garantir que isso
nunca aconteça. E no fim os partidos da democracia tornaram-se os partidos
antidemocráticos. Mas o que mais dá pena neste lodo de corrupção em que o
País vive é ver agora a nossa velha e barata comunicação social e seus
paineleiros sempre que surge mais um novo caso de corrupção na classe politica,
alertar que isto só alimenta o Chega. Já
foi que numa "democracia" são as pessoas que escolhem livremente seus
representantes através do voto. Se é isso que significa democracia, o que
significa quando um partido político - Chega - e seu eleitorado são completamente
demonizados e desprezados? Ou, se é isso que significa democracia, um partido
como Chega ser considerado por todo o mundo de xenófobo por criticar os
ciganos, o que significa quando todo esse mesmo mundo faz o mesmo ou mil vezes
pior ao Chega - como se tivessem a lepra? Ou: Em que tipo de
"democracia" um partido como o PS e seus políticos mentem e depois
seus amigos e eles se apropriam indevidamente do dinheiro dos contribuintes de
várias formas e feitios? E que tipo de democracia falha em responsabilizá-los
por sua corrupção?Essas perguntas respondem a si mesmas. Álvaro Venâncio: Muito bem, invariavelmente, a Helena Matos: isto é Serviço Público que lhe
reconheço e agradeço. Miguel
Vilaverde: Por mais que custe encarar isto, quero dizer, os políticos e a politica
corrupta, a violência nas escolas fruto da libertinagem ideológica alucinada da
extrema esquerda lusitana, a justiça inoperante reflexo de uma cultura que não
gosta de encarar a realidade e a verdade de frente, que se preocupa mais com os
direitos dos criminosos e prevaricadores do que das vítimas; vítimas que
esperam décadas por uma justiça que é um simulacro. Jamais faremos uma reforma da
justiça efectiva, para isso teríamos de "mudar" primeiro de povo.
Colectivamente como povo somos isto....inaptos e
incompetentes, sem amor próprio e que nem se dá ao respeito.
Os politicos sabem bem o povo que apascentam. José
Costa: Sim, há culpados na morte da menina na Escola! Quando, estupidamente, o sr.
Ministro desvaloriza, torna-se conivente de um crime por negligência. Gente de
"indecente e má figura"... Tim do Á:
Parabéns Helena Matos. Carlos Chaves: Caríssima Helena, obrigado por mais
esta sua crónica, Não é só a democracia e a justiça que estão em causa, é o próprio
povo português que parece preferir as propostas que nos levam à pobreza, ao
atraso, ao descalabro da educação, ao caos na assistência à saúde (incluindo a
saúde mental e os cuidados paliativos) e à terceira idade, à decadência na
segurança e na defesa, à inexistência de transportes eficientes, à degradação
das infraestruturas, à falta de habitação, ao aumento da dívida pública, aos
salários e pensões miseráveis (para a maioria), à maior carga de impostos da
nossa história, a baixíssimas taxas de natalidade agravadas pela emigração de
jovens e obviamente levando ao envelhecimento da população e à falta de
sustentabilidade da segurança social... Martelar uns números em relação ao
aumento da violência nos espaços escolares, e dizerem umas mentiras para abafar
responsabilidades, quem sabe criminais, de um episódio que levou uma jovem à
morte numa escola, são pequenos pormenores desta criminosa esquerda rumo à
implementação de uma ditadura de esquerda neste velho país! Os portugueses
parecem preferir isto, desta vez com a esquerda mais radical a ocupar pastas
ministeriais e secretarias de estado. E a comunicação social tudo faz para que
assim venha a acontecer! Vivemos tempos muito sombrios, poderemos estar no ínício
de uma catástrofe, da destruição de Portugal tal como o conhecemos!
Maria
Tejo: Esta crónica da HM é seguramente a melhor crónica de
denúncia que escreveu e eu li. Ao mesmo tempo, provocou-me uma sensação de
náusea indescritível face à nossa falência de portugueses sem coluna vertebral;
quais marionetes manipuláveis, acríticas e indiferentes a esta degradação
inexplicável e sufocante. João Amorim > João
Amorim: A tomar-nos
por parvos, pela enésima vez José
Paulo C Castro: Ainda acha que
o timing da PJ na intervenção da Madeira, no dia da apresentação do programa da
AD, foi por acaso? Tal como acha
que a dispensa da PJ na intervenção em S. Bento foi por acaso? Recorreu-se à
PSP... E o subsídio
de risco pago à PJ, não à PSP e GNR, aprovado pelo PM directamente, foi por
acaso ? E a presença
de jornalistas avisados previamente em todos estes casos da PJ, é por acaso? Eu
começo a achar que é o contrário do que diz: nunca a justiça foi tanto da
política como desde 7 de Novembro. A guerra política passou claramente para
dentro das instituições da Justiça. As armas todas estão a aparecer, desde que
surgiu a primeira notícia do caso das gémeas (ainda antes da entrada do
processo do STJ contra Costa mas depois da inauguração do espaço de comentário
de PNS na tv) numa catadupa de lançamento de processos que estavam em segredo
investigatório. É um zangar de comadres, mas iniciado por alguém. Isto vai acabar mal, porque a própria Justiça, ainda
não os juízes, está a mostrar demasiada gente com vendas furadas. Podiam fazer
tudo num timing que não levantasse suspeitas, mas já não resistem a isso. E, no entanto, o plano iniciado a Outubro de 2023 segue
em popa, com o fito de substituir Costa por PNS no poder e permitir o acesso
dos aliados de Putin à esfera do mesmo e ao Estado. No fim, depois de todos os
"tiros" e "contra-tiros" até às eleições, veremos se não era
esse o objectivo de uma fação organizada dentro do nosso Estado. Afonso
Soares: Mas alguém de
boa fé espera algo de bom nesta sociedade em decadência. Tudo é permitido aos
eleitos e seus nomeados e nós sociedade civil encolhemos os ombros e seguimos
em frente. E depois admirem-se se algum dia acordarmos com um novo ABRIL mas de
sentido contrário. Os pais não podem educar os filhos correndo o risco de
lhes serem retirados pelo tribunal. Elegemos sempre os mesmos apesar de
tudo o que está e tem acontecido. Tudo desculpamos porque lá no fundo da nossa
consciência teremos a tentação de sermos iguais? Ou não temos em quem confiar?
As empresas remuneram mal e depois admiramo-nos de que os jovens vão para o
estrangeiro onde são valorizados. Os governos fazem várias legislaturas
seguidas mas quando não resolvem os problemas a culpa é sempre dos anteriores.
Nunca assumem nada. Tudo lhes é perdoado e depois resmungam que ninguém faz
nada mas nós também não fazemos a nossa. Carlos Quare: A lassidão de costumes, a militância sexista e o
experimentalismo "revolucionário" têm tido campo preferencial no
ambiente escolar. Teatrinhos com miúdos cor de rosa a brincar com bonecas
e miúdas de bigode mecânicas de automóveis, casas de banho unissexo e outras
bizarrias estabelecem uma confusão nos cérebros infantis. Não esquecer também o
acesso a pornografia nos telemóveis, vistos por crianças com menos de 10 anos. Quanto
à corrupção e à justiça, é outro patamar. A democracia é para cidadãos com
vergonha, carácter e decência, o que parece faltar a grande parte da população
portuguesa. Vejamos as baixas voluntárias, todas às segundas-feiras ou vésperas
de feriado. Vi ontem Francisco Assis proclamar o êxito da nossa democracia. Eu
seria muito mais cuidadoso. João
Amorim: O papagaio
de Belém no seu pior Manuel
Rodrigues: Quando não
se vinga na actividade privada e se tem medo da concorrência opta-se
pela actividade política. Os politiqueiros actuais, claro, recusam a
meritocracia e preferem servir-se a seu belo prazer dos impostos pagos
com o suor dos contribuintes É mais fácil e perante os seus actos
censuráveis preferem ser inimputáveis.. O respeito pela ética,
honradez, dignidade são dispensáveis. Há excepções honrosas, de louvar... Ema
Gomes: Um
agradecimento a todos os jornalistas que levantam um pouco este manto
socialista do encobrimento. Portugal tem neste momento tanto por repulsar que
os governos socialistas nunca deixaram grande herança, mas a do primeiro-ministro
demissionário António Costa é, sem dúvida, uma das mais difíceis de combater
tal o peso destes oito anos carregados de novos hábitos, que nada beneficiam
qualquer sector de actividade a médio prazo, e que manteve, se não agravou, os
velhos costumes da corrupção e da liberdade de imprensa.. Tantas
alterações que provocou para um primeiro-ministro que chega ao poder sem vencer
as eleições. Cara Helena Matos, e jornal Observador, continuo a aguardar uma
crónica, notícia sobre a situação Israelita, e o alegado envolvimento de
funcionários das Nações Unidas no atentado de 7 Outubro em Israel. Não é pelo
presidente das Nações Unidas ser português que temos de estar de olhos
vendados, pois não? Este ano celebra-se o cinquentenário do termo da ditadura
Salazar e não precisamos de estar todos em uníssono para a realidade ser
relatada, mesmo sendo um português. António
Lamas: Uma coisa é certa Marcelo vai
ficar na história como alguém que ocupou o cargo de PR no período mais negro da
democracia pós 25A. Esta República acabou, este regime apodreceu de vez, e só
mesmo uma revolução para correr com este partido Socialista da política
portuguesa.
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