domingo, 28 de janeiro de 2024

Os que saboreiam


Os que condenam tais sabores, e os arrotos respectivos. Helena Matos aponta a verdade, com muitos seguidores igualmente lúcidos. Bem hajam todos, que ainda têm esperança, talvez. Ou vergonha na cara.

E no fim a justiça ficou com o que era da política

...a política ficou sem nada e o país ficou a braços com um manto de decadência. Não, isto não é a democracia a funcionar. É sim um modo perigoso de funcionar na democracia.

HELENA MATOS Colunista do Observador

OBSERVADOR, 28 jan. 2024, 00:2383

 É uma democracia que funciona. É uma democracia que funciona.” — repetia Marcelo Rebelo de Sousa à jornalista que o interrogava sobre as crises políticas que o país vive. O mantra da democracia a funcionar sucede ao já obviamente caduco e ultrapassado pela vertigem dos acontecimentos do “À justiça o que é da justiça. À política o que é da política” que nos trouxe a este Janeiro de 2024. Um e outro procuram apenas tirar o foco da responsabilidade dos protagonistas e transferir para nós a responsabilidade e a culpa: ou porque estamos a discutir na política o que é da justiça (ou vice-versa) ou porque não percebemos que isto é uma democracia a funcionar. Mas isto não é a democracia a funcionar.

Enquanto escrevo esta crónica, Portugal tem um primeiro-ministro demissionário a ser investigado pelo Supremo Tribunal de Justiça e vários membros do seu governo/equipa também a serem investigados. O agora demissionário presidente do governo regional da Madeira foi constituído arguido. O também demissionário presidente da câmara do Funchal está detido para interrogatório. O Presidente da República não consegue dar explicações convincentes sobre o uso do seu nome e influência no chamado caso das gémeas. O líder da oposição é objecto de um inquérito sobre os benefícios fiscais atribuídos à sua casa em Espinho. Um antigo primeiro-ministro socialista está acusado de 22 crimes três dos quais de corrupção, 13 de branqueamento de capitais e seis de fraude fiscal sem que o PS tenha até agora reflectido sobre esse período recente da sua e da nossa história.

É isto uma democracia a funcionar? Não, isto não é a democracia a funcionar. É sim um modo perigoso de funcionar na democracia. E é esse modo que temos de discutir, criticar e abordar porque a alternativa é aquilo que está a acontecer: a justiça ficou com o que era da política, a política ficou sem nada e o país imerso num manto de sordidez, decadência e bruteza, vive de sobressalto em sobressalto, viciado numa escala crescente de indignação em que o inimaginável que acontece hoje banaliza o que na véspera era impensável.

A emergência de que não se fala: a violência nas escolas. “Aluno de 11 anos sodomizado por oito colegas em escola de Vimioso na presença de uma funcionária – A cada linha das notícias sobre este caso surge mais uma questão. A primeira e óbvia: porque não interveio a funcionária? Mas há mais: como conseguem oito jovens com idades entre os 13 e os 16 anos agredir desta forma um colega (e irmão de um dos agressores) sem que ninguém mais, além da funcionária que “nada fez”, perceba que algo de anormal está a ter lugar? Os outros funcionários e professores da escola não deram por nada? Note-se que tudo isto terá acontecido pelas 12h 30 hora em geral movimentada em qualquer escola. Mas não acabam aqui os factos a exigirem esclarecimento: o presidente da Junta de Freguesia de Vimioso, José Manuel Alves Ventura, que tem tido um papel muito mais activo que os responsáveis do agrupamento escolar na denúncia deste caso alerta para “um clima de terror e de encobrimento” que, segundo ele, se vive no Agrupamento de Escolas de Vimioso, relatando mesmo vários casos de violência entre alunos, entre alunos e funcionários. Algo de francamente anormal está a acontecer neste agrupamento escolar.

A violência nas escolas deixou de ser assunto o que não quer dizer que tenha deixado de existir, antes pelo contrário. Mas como acontece quando a ideologia pretende determinar a realidade os números foram sendo trabalhados e apagados para que os resultados fossem conformes aos amanhãs cantados pela equipa do ministério da Educação: em Dezembro de 2023, um estudo revelava que o número de ocorrências em ambiente escolar comunicado às forças de segurança é 48% superior aos casos que depois surgem contabilizados nos relatórios oficiais.

Mas nem a brutalidade do acontecido na escola de Vimioso foi suficiente para que se quebrasse o muro de silêncio que se tem levantado em torno do que está a acontecer nas escolas: dos resultados à violência. Antes de começar o coro de críticas à funcionária que “nada fez” quero recordar que essa funcionária e os demais que as 12h 30 m não viram nem ouviram nada de estranho naquela escola agem como toda a sociedade portuguesa que tanto se tem esforçado por não ver nem ouvir o que de estranho lhes chega das escolas portuguesas.

PS. Continuam a aguardar-se explicações sobre a morte de uma aluna na Escola Secundária de Seia após ter chocado com uma porta de vidro. Os diferentes vidros que se podem usar nas escolas está especificado e devidamente regulamentado. Logo não é verdade que como o ministro João Costa defendeu se trate “de um acidente que poderia ter acontecido, infelizmente, em qualquer escola ou em qualquer lugar onde haja vidro.”

ELEIÇÕES    POLÍTICA    DEMOCRACIA    SOCIEDADE    JUSTIÇA

COMENTÁRIOS (de 83)

Manuel Martins: Relativamente ao aumento da violência nas escolas,  parece-me que resulta de vários factores: - o foco exacerbado nos temas do sexo e do género, introduzido pelo ministério e deputados com as novas leis,  cria o contexto para a emancipação da sexualidade, e dos abusos sexuais  - os ataques institucionais à autoridade dos professores,  aliado a professores mais preocupados com a sua carreira e salários,  criaram um ambiente em que estes se desinteressaram completamente pelo comportamento dos alunos  - uma geração de alunos,  a quem não se exige estudo e esforço,  em que os pais e professores se tornam criminosos se contrariarem as suas vontades, hiper sensíveis e  mimados  - entrada massiva de alunos estrangeiros,  que não falam a língua e com hábitos sociais diferentes,  atrasaram os objectivos escolares para todos os alunos,  tornando as escolas mais como espaços de integração e doutrinação social, ficando a aprendizagem para segundo plano. Etc              Maria Paula::Excelente, como sempre. Esta frase: "em que o inimaginável que acontece hoje banaliza o que na véspera era impensável." é de uma acuidade profunda, o melhor retrato da situação actual do país. Quanto à situação de violência nas escolas é coisa que já começou há pelo menos duas décadas (tenho muitos amigas e amigos professores), senão mais. De tal forma que, no início do milénio, lá para 2003, 2005, as escolas começaram a promover workshops para os alunos, a que era obrigatório ir, intitulados "a violência no namoro". É significativo e sintomático. Mas a violência não se manifestava apenas entre jovens na puberdade e adolescentes, em namoro. Os próprios professores eram alvo de ameaças e por vezes alguma violência.  Tanto de alunos, como de pais. Dependia muito das escolas. Há escolas piores que outras. A situação tem vindo a piorar e a degradar-se e muitas vezes, tanto professores como auxiliares têm medo de intervir. A realidade escolar é de facto preocupante e assustadora. Mas, no caso de Vimioso, parece-me que o caso apresenta contornos um pouco diferentes. O irmão mais velho é um dos dois mais velhos do grupo  (dois com 16 anos) de 8 que atacam o miúdo de 11 anos. O irmão mais velho e os seus amigos atacam o irmão de 11 anos no dia em que o irmão mais velho faz 16 anos. Não vos soa nenhum alerta? SE o irmão mais velho não  odiasse o irmão mais novo, alguma vez permitiria que fizessem aquilo ao irmão? Não, o irmão mais velho é o violador.  Muita coisa há para investigar sobre o que se passa nessa família. E ficamos sem saber se esse grupo a que pertence o irmão mais velho não será o grupo, ou um dos grupos, que  provoca a violência anormal nas escolas e na Freguesia de Vimioso, de acordo com o que diz o Presidente da Freguesia, José Manuel Ventura: "“um clima de terror e de encobrimento” que, segundo ele, se vive no Agrupamento de Escolas de Vimioso," Esse irmão mais velho tem que ser muito bem investigado e analisado.               L Faria: Mas a culpa disto é do passos? Do Cavaco? Ou deste povo me(r)droso que não se importa com a degradação moral e ética a que este país chegou por via da esquerda, desde que no fim do mês lá tenha mais dez euritos no vencimento e a promessa de aumento do ordenado mínimo. Comportamento típico de menina de beira de estrada. Somos um povo sem carácter, que, desde que dado pela esquerda, até meeerda come. O que está a acontecer na Madeira resulta de anos e anos com a mesma força política no poder. Não por acaso, também na Madeira o nome de passos coelho é maldito. No entanto existe, sempre a direita uma diferença fundamental. É que é a seguinte: ninguém a direita atacou a justiça como fez o nazi santos Silva e toda a corja de lambe tomates do Costa. O povo idolatra os corruptos de esquerda e morde nos da direita. Não admira que sejamos os pedintes da Europa. Deixei de votar psd com Rui Rio. Não voto em socialistas, nunca votei e podem internar-me se algum dia disser que votarei à esquerda. Não voto em canaaalhas e gente sem valores ou escrúpulos.                   Ana Luís da Silva: O exemplo vem de cima e, como denunciou e bem Helena Matos neste artigo, se a miséria moral e a irresponsabilidade são as escolhas com que os políticos no poder nos “premeiam” diariamente, como se pode exigir a uma funcionária de uma escola que aja com autoridade moral e responsabilidade? O medo sobrepôs-se ao dever, porque não existe autoridade na escola Os partidos da esquerda na AR e no Governo, têm feito de tudo, em legislação e atitudes irresponsáveis, para retirar a autoridade a quem de direito no espaço escolar. Valha-nos o poder judicial, a liberdade de imprensa, Helena Matos, Alexandre Homem de Cristo e Gabriel Mithá Ribeiro, pelo menos isso                   Vitor Batista: A sordidez da política já chegou às escolas há muito tempo, e o país degrada-se a todos os níveis e relatos que ouço de quem tem filhos em idade escolar, e aquilo que se passa, deixa qualquer um estarrecido. É a herança xuxalista a funcionar, foi isto que a extrema esquerda sempre almejou, por isso já CHEGA!!       Miguel Sanches: Os que enchem a boca com a "democracia madura" de abril, à falta de justificação para esta lástima, atiram ao Chega. Assim se trata uma Nação com mais de 8 séculos de existência.               Henrique Mota: Que os partidos do chamado “arco da governação “ não se queixem do crescimento do CHEGA. Eles são a sua causa. Tal como os pais não se queixem do comportamento dos filhos. Também eles são os responsáveis  Coxinho: Um artigo brilhante. Um retrato da realidade. Um grito de alerta. Provavelmente um grito no vazio porque Portugal foi anestesiado. A não ser que os partidos chamados de direita resolvam sacudir o torpor que os invadiu e expulsar os anestesistas.                Manuel Martins: Em teoria,  basta uma denúncia anónima, um procurador do MP escrupuloso, e vasculhar tudo da vida de alguém durante o tempo suficiente,  e todos neste país podem ser suspeitos de crimes. Como se percebe de casos mediáticos,  se os juízes podem ter perspectivas tão díspares sobre as leis,  e todos os políticos acham normal e que isso é a justiça a funcionar,  como pode o cidadão comum evitar tornar-se um criminoso?  A consequência óbvia do que se está a passar é a dificuldade,  para qualquer governo, de recrutar pessoas competentes e que priorizem o bem público: se são competentes e não têm interesses próprios, ganham mais fora do governo, não têm a vida devassada e não arriscam meter-se com a justiça,  de onde quase nenhum político sai bem...          Amigo do Camolas: Ao apresentarem-se como defensores da democracia, os partidos políticos - de onde saem corruptos como pipocas com o PS isolado na frente - evitam ter que definir o que realmente representam. Um grupo organizado de corruptos e aldrabões conhecidos. Um grupo de autoritários que só exigem linhas vermelhas para os outros. E um grupo de larápios "moderados" antidemocráticos. Agora, eles não concorrem para ganhar as eleições e para acabar com qualquer tipo de extremismo, mas para proteger a democracia da direita - usando a palavra extrema-direita. E quem defenderá a democracia dos defensores da democracia? Defender a democracia é a ideia profundamente antidemocrática de que há algo de antidemocrático na forma como as eleições são praticadas hoje ou como os partidos foram todos legalizados ontem. E quando os partidos afirmam que querem mais pessoas envolvidas no processo político, o que eles realmente querem é tirar os que eles consideram "errados" dele. Não os seus camaradas corruptos, mas quem faz mais alarido. É por isso que há tanta demonização e tentativas de censura ao Chega. O problema da democracia é que, às vezes, as pessoas "erradas" ganham. E o objectivo deles é garantir que isso nunca aconteça. E no fim os partidos da democracia tornaram-se os partidos antidemocráticos.  Mas o que mais dá pena neste lodo de corrupção em que o País vive é ver agora a nossa velha e barata comunicação social e seus paineleiros sempre que surge mais um novo caso de corrupção na classe politica, alertar que isto só alimenta o Chega. Já foi que numa "democracia" são as pessoas que escolhem livremente seus representantes através do voto. Se é isso que significa democracia, o que significa quando um partido político - Chega - e seu eleitorado são completamente demonizados e desprezados? Ou, se é isso que significa democracia, um partido como Chega ser considerado por todo o mundo de xenófobo por criticar os ciganos, o que significa quando todo esse mesmo mundo faz o mesmo ou mil vezes pior ao Chega - como se tivessem a lepra?  Ou: Em que tipo de "democracia" um partido como o PS e seus políticos mentem e depois seus amigos e eles se apropriam indevidamente do dinheiro dos contribuintes de várias formas e feitios? E que tipo de democracia falha em responsabilizá-los por sua corrupção?Essas perguntas respondem a si mesmas.         Álvaro Venâncio: Muito bem, invariavelmente, a Helena Matos: isto é Serviço Público que lhe reconheço e agradeço.            Miguel Vilaverde: Por mais que custe encarar isto, quero dizer, os políticos e a politica corrupta, a violência nas escolas fruto da libertinagem ideológica alucinada da extrema esquerda lusitana, a justiça inoperante reflexo de uma cultura que não gosta de encarar a realidade e a verdade de frente, que se preocupa mais com os direitos dos criminosos e prevaricadores do que das vítimas; vítimas que esperam décadas por uma justiça que é um simulacro. Jamais faremos uma reforma da justiça efectiva, para isso teríamos de "mudar" primeiro de povo.

Colectivamente como povo somos isto....inaptos e incompetentes, sem amor próprio e que nem se dá ao respeito.

Os politicos sabem bem o povo que apascentam.                José Costa: Sim, há culpados na morte da menina na Escola! Quando, estupidamente, o sr. Ministro desvaloriza, torna-se conivente de um crime por negligência. Gente de "indecente e má figura"...              Tim do Á: Parabéns Helena Matos.              Carlos Chaves: Caríssima Helena, obrigado por mais esta sua crónica, Não é só a democracia e a justiça que estão em causa, é o próprio povo português que parece preferir as propostas que nos levam à pobreza, ao atraso, ao descalabro da educação, ao caos na assistência à saúde (incluindo a saúde mental e os cuidados paliativos) e à terceira idade, à decadência na segurança e na defesa, à inexistência de transportes eficientes, à degradação das infraestruturas, à falta de habitação, ao aumento da dívida pública, aos salários e pensões miseráveis (para a maioria), à maior carga de impostos da nossa história, a baixíssimas taxas de natalidade agravadas pela emigração de jovens e obviamente levando ao envelhecimento da população e à falta de sustentabilidade da segurança social... Martelar uns números em relação ao aumento da violência nos espaços escolares, e dizerem umas mentiras para abafar responsabilidades, quem sabe criminais, de um episódio que levou uma jovem à morte numa escola, são pequenos pormenores desta criminosa esquerda rumo à implementação de uma ditadura de esquerda neste velho país! Os portugueses parecem preferir isto, desta vez com a esquerda mais radical a ocupar pastas ministeriais e secretarias de estado. E a comunicação social tudo faz para que assim venha a acontecer! Vivemos tempos muito sombrios, poderemos estar no ínício de uma catástrofe, da destruição de Portugal tal como o conhecemos!             Maria Tejo: Esta crónica da HM é seguramente a melhor crónica de denúncia que escreveu e eu li. Ao mesmo tempo, provocou-me uma sensação de náusea indescritível face à nossa falência de portugueses sem coluna vertebral; quais marionetes manipuláveis, acríticas e indiferentes a esta degradação inexplicável e sufocante.       João Amorim > João Amorim: A tomar-nos por parvos, pela enésima vez           José Paulo C Castro: Ainda acha que o timing da PJ na intervenção da Madeira, no dia da apresentação do programa da AD, foi por acaso? Tal como acha que a dispensa da PJ na intervenção em S. Bento foi por acaso? Recorreu-se à PSP... E o subsídio de risco pago à PJ, não à PSP e GNR, aprovado pelo PM directamente, foi por acaso ? E a presença de jornalistas avisados previamente em todos estes casos da PJ, é por acaso? Eu começo a achar que é o contrário do que diz: nunca a justiça foi tanto da política como desde 7 de Novembro. A guerra política passou claramente para dentro das instituições da Justiça. As armas todas estão a aparecer, desde que surgiu a primeira notícia do caso das gémeas (ainda antes da entrada do processo do STJ contra Costa mas depois da inauguração do espaço de comentário de PNS na tv) numa catadupa de lançamento de processos que estavam em segredo investigatório. É um zangar de comadres, mas iniciado por alguém. Isto vai acabar mal, porque a própria Justiça, ainda não os juízes, está a mostrar demasiada gente com vendas furadas. Podiam fazer tudo num timing que não levantasse suspeitas, mas já não resistem a isso. E, no entanto, o plano iniciado a Outubro de 2023 segue em popa, com o fito de substituir Costa por PNS no poder e permitir o acesso dos aliados de Putin à esfera do mesmo e ao Estado. No fim, depois de todos os "tiros" e "contra-tiros" até às eleições, veremos se não era esse o objectivo de uma fação organizada dentro do nosso Estado.             Afonso Soares: Mas alguém de boa fé espera algo de bom nesta sociedade em decadência. Tudo é permitido aos eleitos e seus nomeados e nós sociedade civil encolhemos os ombros e seguimos em frente. E depois admirem-se se algum dia acordarmos com um novo ABRIL mas de sentido contrário. Os pais não podem educar os filhos correndo o risco de lhes serem retirados pelo tribunal. Elegemos sempre os mesmos apesar de tudo o que está e tem acontecido. Tudo desculpamos porque lá no fundo da nossa consciência teremos a tentação de sermos iguais? Ou não temos em quem confiar? As empresas remuneram mal e depois admiramo-nos de que os jovens vão para o estrangeiro onde são valorizados. Os governos fazem várias legislaturas seguidas mas quando não resolvem os problemas a culpa é sempre dos anteriores. Nunca assumem nada. Tudo lhes é perdoado e depois resmungam que ninguém faz nada mas nós também não fazemos a nossa.              Carlos Quare: A lassidão de costumes, a militância sexista e o experimentalismo "revolucionário" têm tido campo preferencial no ambiente escolar. Teatrinhos com miúdos cor de rosa a brincar com bonecas  e miúdas de bigode mecânicas de automóveis, casas de banho unissexo e outras bizarrias estabelecem uma confusão nos cérebros infantis. Não esquecer também o acesso a pornografia nos telemóveis, vistos por crianças com menos de 10 anos. Quanto à corrupção e à justiça, é outro patamar. A democracia é para cidadãos com vergonha, carácter e decência, o que parece faltar a grande parte da população portuguesa. Vejamos as baixas voluntárias, todas às segundas-feiras ou vésperas de feriado. Vi ontem Francisco Assis proclamar o êxito da nossa democracia. Eu seria muito mais cuidadoso.                  João Amorim: O papagaio de Belém no seu pior         Manuel Rodrigues: Quando não se vinga na  actividade privada e se tem medo da concorrência opta-se pela  actividade política. Os politiqueiros actuais, claro, recusam a meritocracia e preferem servir-se  a seu belo prazer dos impostos pagos com o suor dos  contribuintes É mais fácil e perante os seus actos censuráveis preferem ser  inimputáveis.. O respeito pela ética, honradez, dignidade são dispensáveis. Há excepções honrosas, de louvar...              Ema Gomes: Um agradecimento a todos os jornalistas que levantam um pouco este manto socialista do encobrimento. Portugal tem neste momento tanto por repulsar que os governos socialistas nunca deixaram grande herança, mas a do primeiro-ministro demissionário António Costa é, sem dúvida, uma das mais difíceis de combater tal o peso destes oito anos carregados de novos hábitos, que nada beneficiam qualquer sector de actividade a médio prazo, e que manteve, se não agravou, os velhos costumes da corrupção e da liberdade de imprensa.. Tantas alterações que provocou para um primeiro-ministro que chega ao poder sem vencer as eleições. Cara Helena Matos, e jornal Observador, continuo a aguardar uma crónica, notícia sobre a situação Israelita, e o alegado envolvimento de funcionários das Nações Unidas no atentado de 7 Outubro em Israel. Não é pelo presidente das Nações Unidas ser português que temos de estar de olhos vendados, pois não? Este ano celebra-se o cinquentenário do termo da ditadura Salazar e não precisamos de estar todos em uníssono para a realidade ser relatada, mesmo sendo um português.                   António Lamas: Uma coisa é certa Marcelo vai ficar na história como alguém que ocupou o cargo de PR no período mais negro da democracia pós 25A. Esta República acabou, este regime apodreceu de vez, e só mesmo uma revolução para correr com este partido Socialista da política portuguesa. 

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