Foi uma figura necessária contra o ditador sem escrúpulos, Hitler,
provido este de ideias perfeitamente monstruosas, que uma designação como “holocausto”
definitivamente arruma na prateleira dos mais hediondos monstros imagináveis no
mundo inteiro. Como não consigo compreender a tese do P. JOÃO BASTO, apoiado em
Darryl Cooper sobre a tal maior
culpabilidade de Churchill, em confronto com a de Hitler,
limito-me a copiar, da Internet, dados biográficos de ambos. O desejo de notoriedade
na defesa de um ponto de vista que se pretende original, mesmo por conta de
outrem, deveria, em todo o caso, passar pelo cadinho do bom senso. Do respeito
também.
Claro. A culpa é do Churchill
Há figuras que são odiadas pela esquerda. Outras que o são pela
direita. Churchill consegue a proeza de fazer o pleno.
P. JOÃO BASTO Sacerdote, membro da equipa formadora do
Seminário Diocesano de Viana do Castelo
OBSERVADOR, 24 jan. 2025, 00:1815
Tucker Carlson entrevistou Darryl Cooper Introduziu-o como “o melhor e mais honesto historiador
popular nos Estados Unidos”. Darryl nunca estudou história para
além do ensino secundário e o seu único livro publicado chama-se Twitter – Um guia de dicas e truques de
como fazer.
Trata-se de um currículo invejável. Ou seja, ao nível de formação em
história, eu e Darryl Cooper estamos no mesmo patamar: não temos nenhuma. O que me torna perfeitamente qualificado
para analisar a sua entrevista.
Nela, Cooper defendeu que a II Guerra
Mundial não foi culpa de Hitler, mas de Churchill.
Chegou mesmo a dizer que o primeiro-ministro britânico era “o maior vilão da II Guerra”. O episódio chama-se, inclusivamente, “como Churchill arruinou a Europa”. E no
Twitter, que,
como vimos, Cooper conhece como ninguém, afirmou que embora a sua “intenção não seja dizer que o Terceiro Reich foi
pacífico (…) a guerra não era inevitável e quase ninguém, excepto a facção de
Churchill, a desejava”.
Ora, a II Guerra começou quando
Hitler invadiu a Polónia, em Setembro de 1939. Na altura, Churchill não fazia parte do governo. Aliás, quando sobe
ao poder, em Maio de 1940, Hitler já tinha invadido a Holanda e a Bélgica, e a
França era o próximo alvo. Ou seja, conclusão inevitável para
Darryl: o
Winston veio mesmo estragar tudo. Como argumenta Cooper, Hitler até ofereceu a paz à Grã-Bretanha, em julho de 1940, e Churchill recusou, acusando-o de mentira patológica e de ter uma força militar extremamente relativa. Como sabemos, tratou-se só de casmurrice
e falta de descaramento do primeiro-ministro inglês. Churchill
pode enganar a historiografia de academia, mas ao juízo crítico de Darryl
Cooper não escapa. Até quero ver como é que o Andrew
Roberts vai sair desta.
Apesar das insistências de
Churchill, os Estados Unidos só entraram na guerra depois do
Pearl Harbor. Cooper
afirma que os EUA foram arrastados para a guerra por “operações de
propaganda”. Algo que os 2403 mortos no ataque à
base do Pacífico deviam ter preferido. A
Marinha Real Britânica era, à época, a maior do mundo e participou
decisivamente em inúmeras batalhas. Segundo Cooper, a
Grã-Bretanha deixou outros países a lutarem por ela. Por
várias vezes, Churchill alertou os seus contemporâneos que o desarmamento não
significava directamente a paz. Fê-lo em 1934, e pediu, em 1936, uma “união de poder e
de justiça” para evitar a guerra. Para
Darryl Cooper isso não mostra qualquer boa intenção. No entanto, segundo ele, as mortes que os
alemães causaram a leste trataram-se de acidentes e acasos, fruto de
impreparação militar, embora a “Hungerpolitik” planeasse deliberadamente a fome
e a morte de milhões de civis e prisioneiros de guerra soviéticos. Na
verdade, os alemães só queriam ir brincar com as matrioskas. Os russos é que
não souberam partilhar.
Há figuras que são odiadas pela
esquerda. Outras que o são pela direita. Churchill consegue a proeza de fazer o
pleno. No
fundo, é o familiar de que ninguém gosta, mas que sustenta a família. Como
sabemos, ao fim da noite, a história acaba com alguém a esvair sangue.
Da mesma maneira que o wokismo não é
simplesmente a tentativa de mostrar que a história não é só feita de reis e
princesas, isto também não é só a velha exaltação acrítica do passado. É algo
bem diferente.
Antes
era fácil perceber quem legendava as estátuas do bulldog inglês com epítetos de
vilão e desprezível. Por estes dias isso é um exercício
arriscado. Tanto pode ser alguém que o considera um perigoso colonialista,
como alguém que o vê como um belicista que destruiu a ordem ocidental. Ambos concordam. Se ele tivesse estado quieto era
melhor. Os opostos atraem-se. Nisto o povo e
a físico-química concordam. Não temos sabido tirar as devidas consequências
disso. Um conselho: em vez da
hermenêutica dos gestos, é melhor fazer hermenêutica das palavras.
NOTAS DA INTERNET
«I -Sir
Winston Leonard Spencer Churchill (Woodstock, Oxfordshire, Inglaterra;
30
de novembro de 1874
– Londres, 24 de
janeiro de 1965)
foi um militar,
estadista
e escritor britânico
que serviu como primeiro-ministro do Reino
Unido, de 1940 a 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, e novamente de 1951
a 1955. Além de dois anos entre 1922 e 1924, foi membro do Parlamento (MP) de
1900 a 1964 e representou um total de cinco círculos eleitorais.
Ideologicamente liberal económico e imperialista, foi durante a maior parte de sua
carreira um membro do Partido Conservador, que liderou
de 1940 a 1955. Também foi membro do Partido Liberal de 1904 a 1924………
…………Fora do governo durante seus chamados "anos selvagens" na
década de 1930, Churchill assumiu a liderança ao pedir o rearmamento
britânico para combater a crescente ameaça do militarismo
na Alemanha Nazista. Com a eclosão da Segunda
Guerra Mundial, ele foi renomeado Primeiro Lorde do Almirantado. Em maio de
1940, tornou-se primeiro-ministro, substituindo Neville Chamberlain. Churchill formou um governo nacional e
supervisionou o envolvimento britânico no esforço de guerra dos Aliados contra as Potências do Eixo, resultando na vitória de 1945. Após a derrota dos conservadores nas eleições gerais de 1945,
tornou-se líder da oposição. Em meio ao desenvolvimento da Guerra
Fria com a União Soviética, alertou publicamente sobre uma
"Cortina
de Ferro" da influência
soviética na Europa e promoveu a unidade europeia. Entre os seus mandatos como
primeiro-ministro, ele escreveu vários livros contando
a sua experiência durante a guerra pela qual foi premiado
com o Prémio Nobel de Literatura em 1953. Perdeu a eleição de 1950, mas voltou
ao cargo em 1951. No seu segundo mandato preocupou-se com as relações
exteriores, especialmente as relações anglo-americanas
e a preservação do Império Britânico. Internamente,
seu governo enfatizou a construção de casas e completou o desenvolvimento de
uma arma nuclear iniciada por seu antecessor. Com a saúde em declínio, Churchill renunciou ao cargo de
primeiro-ministro em 1955, embora permanecesse como deputado até 1964. Após sua
morte em 1965, recebeu um funeral de estado.
Amplamente considerado uma das figuras mais significativas do século XX,
Churchill continua popular na anglosfera, onde é visto como um líder vitorioso em
tempos de guerra que desempenhou um papel importante na defesa da democracia liberal da Europa contra a
disseminação do fascismo. Por
outro lado, foi criticado por alguns eventos de guerra e também por suas visões
imperialistas,
comentários racistas
e a sua alegada aprovação de violações de direitos
humanos, nomeadamente na Índia….. »
2 - Adolf Hitler (20 de
abril de 1889 –
Berlim, 30 de
abril de 1945) foi
um político
alemão que
serviu como líder do Partido Nazista
(Nationalsozialistische Deutsche
Arbeiterpartei; NSDAP), Chanceler do Reich (de 1933 a 1945) e Führer ("líder")
da Alemanha
Nazista de 1934 até 1945. Como ditador do
Reich Alemão, ele foi o principal
instigador da Segunda Guerra Mundial na Europa e figura
central do Holocausto…..
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