Que se
ambicionam coisas de envergadura, segundo conclusões eruditas do DR. SALLES DA FONSECA, sempre atento (I TEXTO). Cá dentro, também
nós ardemos em protestos e exigências do nosso calibre próprio, como o comprova
o texto de BRUNO BOBONE, igualmente
atento (II TEXTO).
I .TEXTO
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÂO, 15.01.25
Ou
O BANDO
DOS QUATRO
• Trump quer anexar a Islândia e o Canadá;
• Xi Jin Pin quer os «chips» de Taiwan;
• Putin quer os metais raros do leste da Ucrânia;
• Elon Musk quer vingar-se da Europa por esta ter «abandonado» sua África do
Sul natal à sua própria sorte.
Eis como o mundo se encontra à mercê de quatro pessoas com o muito provável
prejuízo do resto da Humanidade, a começar precisamente pelos naturais desses
países aferrolhados sob orientações autocráticas.
Janeiro de 2025
1 COMENTÁRIO
Adriano Miranda Lima 17.01.2025 16:44
Boa reflexão, Sr. Doutor Salles
da Fonseca, concluída com uma pertinente constatação.
As evidências não podiam ser mais flagrantes sobre a regressão em que a
sociedade humana parece ter mergulhado. A não ser o jovem historiador e
filósofo Yuval Noah Harari, não parece haver filósofos militantes e
suficientemente preocupados com o caminho em que entrou a humanidade. Eles é
que poderiam fazer soar um grito de alerta que trespasse as fronteiras
geográficas e que, sobretudo, mexesse com as consciências. Já nem falo de
políticos lúcidos e visionários. Na classe política mundial impera a mediocridade
e a irresponsabilidade. Estamos para conhecer toda a dimensão das consequências
do que será a presidência de Trump. A procissão ainda nem entrou no átrio e já
se tecem as mais sombrias previsões. Como foi possível chegar a esta situação
em que o progresso tecnológico atingiu níveis sem precedentes enquanto a
humanidade, em vez de galgar os seus benefícios, parece ter recuado a tempos
sombrios? Estranho paradoxo!
Um abraço amigo. Adriano Lima
II TEXTO:
Entre a realidade e a ideologia
Às vezes demora mais, mas desta vez a demagogia
foi rapidamente ridicularizada.
BRUNO BOBONE Presidente do Grupo Pinto Basto
OBSERVADOR, 16
jan. 2025, 00:155
O problema de falar dos problemas através de conceitos ideológicos
acaba sempre por resultar na ridicularização das afirmações peremptórias feitas
por aqueles que não querem ser capazes de enfrentar a realidade.
No
final do ano de 2024, a propósito de uma acção policial levada a cabo na zona
do Martim Moniz, muitos foram os ataques, motivados pela batalha política entre
os partidos, feitos à acção dos agentes policiais e tentando inclusivamente
responsabilizar o governo por essa acção.
O debate nas televisões, nas redes sociais, na imprensa escrita e
nos cafés de todo o país centrava-se na caracterização da dita acção como
racista e desconectado da real necessidade de trazer segurança à zona em causa.
Toda
esta polémica surgiu meses depois de um incidente grave que sucedeu noutra zona
da cidade, num bairro em que a polícia é mal recebida sempre que por lá passa e
que resultou numa situação dramática da morte de uma pessoa.
Ao mesmo tempo em que assistimos a toda
esta polémica fomos relembrados regularmente que, num estudo publicado pela
Fundação Soares dos Santos, a
percepção da maioria dos portugueses sobre a realidade da segurança vivida em
Portugal tinha piorado com o aumento da imigração registada nos últimos anos.
Para
justificar o erro desta percepção, a maioria dos que nos vêm constantemente
provar que o povo português é racista, tentam encontrar nas estatísticas a
prova de que não terá havido aumento de criminalidade relevante desde que aumentou o fenómeno da imigração.
Generalizando este defeito a todos os
portugueses, que provavelmente poucos o terão, e que, seguramente, também existe, mesmo que em minoria, nas
restantes raças, que em algum momento se sentiram discriminadas.
Não
é fácil combater percepções com estatística, até porque a estatística funciona na globalidade e nunca no
particular e a percepção resulta da experiência particular e não tem nada que
ver com o global.
E a realidade da experiência da maioria dos portugueses foi,
naturalmente, que se sentiram menos
seguros. Umas vezes com razão e outras vezes sem ela.
Mas não se combate a percepção de insegurança atacando aqueles que a
sentem. Pelo contrário, é através de
uma atitude de compreensão e levando a cabo demonstrações de que existe
segurança que se vai alterando essa situação.
Não é deixando cada um invadir uma
sociedade com os seus hábitos de vida
particulares que se consegue uma integração, é através da integração dessas
pessoas nos hábitos e costumes do país que se tornou a sua nova morada.
Foi por causa desses hábitos e
costumes que existe, nesse país, a qualidade de vida que procuraram ao
mudar-se.
Também não é com manifestações
ideológicas que se faz qualquer mudança na convicção das pessoas quando o tema
é a segurança.
Os portugueses são reconhecidos com
sendo afáveis, tolerantes e, por vezes, mesmo permissivos. Acham que a cada
um o que lhe diz respeito.
Contudo, quando toca à
segurança, à sobrevivência da sua família e dos seus bens, poucos são os que
manterão essa opinião e, por isso, pouco eco terá tido toda esta manifestação
ideológica no ataque ao policiamento efectivo das zonas que têm vindo a ser
foco de instabilidade e de maior criminalidade.
E eis senão quando, quase parecendo uma
partida dos deuses, no mesmo local em que se verificou a acção policial e onde
se realizou a manifestação contestatária, foi acontecer um desacato, com uma
proporção já significativa. Esta
situação veio reforçar a percepção de todos aqueles que já se tinham afirmado
preocupados com a diminuição da segurança em Portugal, que assim reforçaram a
sua convicção de que estão certos na sua análise.
Ninguém pode afirmar que o desacato
em causa seja a prova de que essa percepção está correcta.
Provavelmente, assim como a acção
policial em causa foi apenas mais uma de tantas que acontecem regularmente para
assegurar o clima de segurança que temos em Portugal, também este desacato terá
sido não mais do que mais um desacato que começou por um qualquer mal-entendido.
Ainda assim, a projecção dada
pelos que quiseram aproveitar politicamente um acto corrente da fiscalização da
polícia, acabou por dar um muito maior impacto ao desacato e tornou-o no factor
de ridicularização dos que querem governar o Mundo através da ideologia e nunca
pela verdade.
Às
vezes demora mais, mas desta vez a demagogia foi rapidamente ridicularizada.
IMIGRAÇÃO MUNDO POLÍCIA SEGURANÇA SOCIEDADE EXTREMISMO
COMENTÁRIOS (de 5)
MANUEL MAGALHÃES: Bom
artigo, onde se demonstra à exaustão o ridículo da extrema-esquerda, onde se
inclui o PS, por acções inúteis e prejudiciais à segurança das populações e
isto por influências ideológicas que só prejudicam o país!!! MARIA SANTOS: O PSD social-democrata vai ter de se concertar com a direita
conservadora do CHEGA para obstar a que se repita a ascensão do PS/extrema-esquerda
ao governo e reforce as consequências danosas no tecido social e económico que
António Costa nos legou com os seus governos. Temos pena e temos tempo.
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