Eu também preciso do CDS, apesar da descrença do comentador JOÃO
FLORIANO na positividade do discurso de BRUNO
BOBONE, a respeito dos valores
morais defendidos pelo CDS, sigo o mesmo percurso de crença nas ideologias
de um partido que surgiu em tempos de um perfeito aniquilamento moral, a quando
de um 25 de Abril destruidor dos conceitos – e dos espaços - que aprendi a respeitar
nos tais tempos ditatoriais que esse Abril arrogantemente, desdenhou.
Eu preciso do CDS
O CDS tem a oportunidade de afirmar a sua convicção de que a
liberdade, a verdade e a justiça são os valores fundamentais para o
desenvolvimento da sociedade.
BRUNO BOBONE Presidente do Grupo Pinto Basto
OBSERVADOR, 30
jan. 2025, 00:1629
Neste domingo, na cidade do Porto, o CDS
relembrou o seu congresso de há 50 anos, em que foi maltratado por uma esquerda
que dominava então o país e que pretendia que este partido fosse eliminado e
proibido de existir.
Então, como agora, este partido defendia valores e princípios de
vida cristãos, que não são mais do que os princípios e valores da humanidade
e que, curiosamente, deverão ser os princípios e valores que definem uma enorme
maioria dos portugueses, como se verificou no último censo em Portugal – em que
70% se quiseram afirmar católicos, numa pergunta de resposta voluntária.
A esquerda de então, mais do
que a de hoje, sabia que a maior
resistência à imposição de um regime político marxista viria sempre de uma
convicção forte nos valores da pessoa humana e que o colectivismo apenas seria
combatido pelos princípios da do humanismo que são o que
defendeu sempre o CDS.
Foi por isso um tempo de
grande desafio aquele que se viveu em 1975 e que, como costuma acontecer,
reforçou a estrutura base de um partido
que, tendo sido confrontado com enormes dificuldades ao longo dos tempos,
alguma externas e outras internas, dando-lhe uma resiliência que lhe permitiu
ultrapassar circunstâncias que para outros teria significado o seu
desaparecimento do espectro político português.
Chegados aqui, eis que surge
neste momento uma enorme oportunidade para este partido que sempre soube
guardar as suas ideias de origem e que tão importantes se tornam para o Mundo
que estamos a viver.
Todos já nos demos conta de que as
populações estão à procura de novos valores, desiludidas pelos resultados do
politicamente correcto, da pouca seriedade dos nossos eleitos, da mentiras
políticas e sociais que nos pretendem obrigar a viver e, por isso, têm
procurado votar em partidos que lhes apresentam soluções fáceis mas pouco
estruturadas que pretendem ser a panaceia de todas as dificuldades sentidas,
mas que sempre terminam em soluções falsas que não promovem a liberdade nem a
justiça ou a verdade.
A pouca vergonha a que assistimos esta semana tanto por parte de um
deputado do Chega, como do comportamento do BE relativamente aos seus
funcionários, mostram a fragilidade das convicções que afirmam ser as suas e
que lhes servem de factor de atracção de votos e não podem nunca ser garantia
dos valores e princípios que procuram os portugueses.
Por isso, a proposta de valores que
apresenta o CDS é, sem qualquer dúvida, aquela que melhor garante o tipo de
sociedade que procuram os portugueses, e aquilo que se torna fundamental a este
partido é assumir publicamente a defesa destes valores, sempre com uma postura
de compromisso com a sua prática seja no desempenho das funções públicas seja
na sua vida pessoal.
Os princípios e os valores não podem ser questionados por aqueles que
os defendem. Apenas a
sua implementação através das normas poderá ser sujeita a essa discussão.
Acreditar nos princípios e nos valores não nos obriga a concordar com a
forma da sua aplicação, mas esta não pode nunca ser a causa de contrariar esses
mesmos princípios e valores.
O CDS tem a oportunidade de oferecer aos
portugueses a sua profunda crença no primado da pessoa humana, na convicção de
que a liberdade, a verdade e a justiça são os valores fundamentais para o
desenvolvimento da sociedade, afirmar a sua convicção de que somos liberais na
criação de riqueza e sociais na sua distribuição, que devemos ajudar os que
mais necessitam e que devemos ser responsáveis e inclusivos com todos os que
nos rodeiam e que defendemos a vida.
Para
tudo isto, eu preciso do CDS.
COMENTÁRIOS (de
29)
João Floriano: O CDS
perde muito quando tudo faz para dividir a direita e tentar compor a sua
carteira eleitoral à custa do CHEGA. E por falar em eleitores: afinal quantos
portugueses votam mesmo no CDS? Uma pergunta muito oportuna, porque nas
recentes legislativas o CDS diluiu-se na AD. E ainda outra questão
igualmente muito oportuna: dizendo-se de direita, o que tem feito o CDS a não
ser indirectamente apoiar o PS, já que Montenegro escolheu PNS como seu
interlocutor principal e com o seu Não é Não
, tem apoiado uma estratégia que vai contra a vontade dos portugueses expressa
a 10 de março. Cuidado com os telhados de vidro porque nenhum partido está
isento de um mau elemento como o deputado do CHEGA. É desonestidade querer
tomar um caso isolado pelo todo e não está certamente de acordo com o impecável
código de conduta que aqui se apregoa. Costuma-se dizer: Cresce e Aparece.
Neste caso será: Vai a votos e Aparece.
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