sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Idem, aspas

 

Eu também preciso do CDS, apesar da descrença do comentador JOÃO FLORIANO na positividade do discurso de BRUNO BOBONE, a respeito dos valores morais defendidos pelo CDS, sigo o mesmo percurso de crença nas ideologias de um partido que surgiu em tempos de um perfeito aniquilamento moral, a quando de um 25 de Abril destruidor dos conceitos – e dos espaços - que aprendi a respeitar nos tais tempos ditatoriais que esse Abril arrogantemente, desdenhou.

Eu preciso do CDS

O CDS tem a oportunidade de afirmar a sua convicção de que a liberdade, a verdade e a justiça são os valores fundamentais para o desenvolvimento da sociedade.

BRUNO BOBONE Presidente do Grupo Pinto Basto

OBSERVADOR, 30 jan. 2025, 00:1629

Neste domingo, na cidade do Porto, o CDS relembrou o seu congresso de há 50 anos, em que foi maltratado por uma esquerda que dominava então o país e que pretendia que este partido fosse eliminado e proibido de existir.

Então, como agora, este partido defendia valores e princípios de vida cristãos, que não são mais do que os princípios e valores da humanidade e que, curiosamente, deverão ser os princípios e valores que definem uma enorme maioria dos portugueses, como se verificou no último censo em Portugal – em que 70% se quiseram afirmar católicos, numa pergunta de resposta voluntária.

A esquerda de então, mais do que a de hoje, sabia que a maior resistência à imposição de um regime político marxista viria sempre de uma convicção forte nos valores da pessoa humana e que o colectivismo apenas seria combatido pelos princípios da do humanismo que são o que defendeu sempre o CDS.

Foi por isso um tempo de grande desafio aquele que se viveu em 1975 e que, como costuma acontecer, reforçou a estrutura base de um partido que, tendo sido confrontado com enormes dificuldades ao longo dos tempos, alguma externas e outras internas, dando-lhe uma resiliência que lhe permitiu ultrapassar circunstâncias que para outros teria significado o seu desaparecimento do espectro político português.

Chegados aqui, eis que surge neste momento uma enorme oportunidade para este partido que sempre soube guardar as suas ideias de origem e que tão importantes se tornam para o Mundo que estamos a viver.

Todos já nos demos conta de que as populações estão à procura de novos valores, desiludidas pelos resultados do politicamente correcto, da pouca seriedade dos nossos eleitos, da mentiras políticas e sociais que nos pretendem obrigar a viver e, por isso, têm procurado votar em partidos que lhes apresentam soluções fáceis mas pouco estruturadas que pretendem ser a panaceia de todas as dificuldades sentidas, mas que sempre terminam em soluções falsas que não promovem a liberdade nem a justiça ou a verdade.

A pouca vergonha a que assistimos esta semana tanto por parte de um deputado do Chega, como do comportamento do BE relativamente aos seus funcionários, mostram a fragilidade das convicções que afirmam ser as suas e que lhes servem de factor de atracção de votos e não podem nunca ser garantia dos valores e princípios que procuram os portugueses.

Por isso, a proposta de valores que apresenta o CDS é, sem qualquer dúvida, aquela que melhor garante o tipo de sociedade que procuram os portugueses, e aquilo que se torna fundamental a este partido é assumir publicamente a defesa destes valores, sempre com uma postura de compromisso com a sua prática seja no desempenho das funções públicas seja na sua vida pessoal.

Os princípios e os valores não podem ser questionados por aqueles que os defendem. Apenas a sua implementação através das normas poderá ser sujeita a essa discussão.

Acreditar nos princípios e nos valores não nos obriga a concordar com a forma da sua aplicação, mas esta não pode nunca ser a causa de contrariar esses mesmos princípios e valores.

O CDS tem a oportunidade de oferecer aos portugueses a sua profunda crença no primado da pessoa humana, na convicção de que a liberdade, a verdade e a justiça são os valores fundamentais para o desenvolvimento da sociedade, afirmar a sua convicção de que somos liberais na criação de riqueza e sociais na sua distribuição, que devemos ajudar os que mais necessitam e que devemos ser responsáveis e inclusivos com todos os que nos rodeiam e que defendemos a vida.

Para tudo isto, eu preciso do CDS.

CDS-PP      POLÍTICA

 COMENTÁRIOS (de 29)

João Floriano: O CDS perde muito quando tudo faz para dividir a direita e tentar compor a sua carteira eleitoral à custa do CHEGA. E por falar em eleitores: afinal quantos portugueses votam mesmo no CDS? Uma pergunta muito oportuna, porque nas recentes legislativas o CDS diluiu-se na AD. E ainda outra questão igualmente muito oportuna: dizendo-se de direita, o que tem feito o CDS a não ser indirectamente apoiar o PS, já que Montenegro escolheu PNS como seu interlocutor principal e com o seu Não é Não , tem apoiado uma estratégia que vai contra a vontade dos portugueses expressa a 10 de março. Cuidado com os telhados de vidro porque nenhum partido está isento de um mau elemento como o deputado do CHEGA. É desonestidade querer tomar um caso isolado pelo todo e não está certamente de acordo com o impecável código de conduta que aqui se apregoa. Costuma-se dizer: Cresce e Aparece. Neste caso será: Vai a votos e Aparece.

 

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