quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Mais moderação?


Talvez, sim, o regresso possível a um bom senso que grandemente falira, num mundo onde se exibiu uma pseudo bondade, de parcialidade, para mais atrevida e sem consistência. Mas a mudança será provisória, nesta nossa hipocrisia de contradança constante. E de cobardia também.

Um abalo chamadoTrump

A mudança nas empresas norte-americanas está a acontecer a uma velocidade estonteante. Por causa de Trump ou apesar de Trump, as ondas já chegam à Europa.

HELENA GARRIDO Colunista

OBSERVADOR,21 jan. 2025, 00:2278

Os bancos europeus estão a ameaçar sair de um dos maiores acordos sobre o clima, a “Net-Zero Banking Alliance, depois de as maiores instituições financeiras norte-americanas já terem feito o mesmo, assim como as canadianas. As gestoras de fundos, mesmo a Blackrock, uma das que foi durante anos uma referência no domínio da Sustentabilidade, estão a flexibilizar os seus critérios de investimentos, e os investidores tiraram dinheiro dos fundos de energias limpas.

No domínio social, empresas norte-americanas de referência estão a acabar com os seus departamentos de Diversidade, Equidade e Igualdade (DEI) e a abandonar esses critérios no recrutamento e nos contratos com fornecedores e clientes. A McDonald’s, por exemplo, abandonou os seus objectivos de igualdade na percentagem de mulheres e não-brancos em cargos de gestão, vai deixar de pedir aos seus fornecedores que assinem compromissos de Diversidade, Equidade e Igualdade (DEI) e a sua equipa de Diversidade vai passar a chamar-se “Global Inclusion Team”. Mas há outras empresas a tomarem decisões no mesmo sentido, como a Harley Davidson, a Ford e a Walmart, esta última anunciando, ainda, que vai deixar de apoiar financeiramente o “Center for Racial Equity”.

Mas é a Meta, detentora do Facebook, Instagram e WhatsApp, que tem sido a referência desta mudança, pela rapidez com que a concretizou. Mark Zuckerberg anunciou que o Facebook iria deixar de fazer a moderação e a confirmação dos posts, substituindo isso pelas notas da comunidade, como já acontece com o X (ex-Twitter). Na comunicação interna disse aos colaboradores que a empresa iria acabar com os seus mais diversos programas de contratação com critérios de diversidade. E na entrevista que concedeu ao podcast de Joe Rogan, apoiante de Trump, afirmou, por exemplo, que as empresas precisam de mais “energia masculina”, defendendo que “uma cultura que celebre um pouco mais a agressividade tem os seus próprio méritos, que são positivos”.

Começam também a existir relatos, como neste trabalho do Financial Times, de mudança no discurso em Wall Street, nomeadamente entre os que antes receavam ofender, com a sua linguagem, os jovens, as mulheres ou as minorias. O FT cita um banqueiro de topo dizendo: “I feel liberated. We can say ‘retard’ and ‘pussy’ without the fear of getting cancelled”.

Aparentemente, os gestores e empresários norte-americanos estão a matar os critérios ESG (Ambiente, Social e Governação, na tradução em português), com a rapidez com que os abraçaram de forma até extrema. A cultura “woke”, que tem dominado a sociedade e as universidades norte-americanas, entra agora numa fase de retrocesso.

A questão é porque estão as empresas norte-americanas a fazer isso. A explicação simples é atribuir tudo isso à veneração a Trump. Na sua tomada de posse, Donald Trump fez saber que vai retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, deixando-o sem um dos maiores poluidores do mundo, vai acabar com os apoios aos veículos eléctricos, e anunciou a defesa das energias fósseis dizendo: “Drill Baby, drill”. Além disso, afirmou que passam a existir apenas dois géneros nos serviços públicos e defendeu uma sociedade “cega em relação à cor, e baseada no mérito”.

Mas os empresários e os gestores não se movem pelo que dizem os políticos, mesmo que tenham medo deles, especialmente se podem dar-lhes cabo do negócio. Podemos compreender que uma empresa como a Meta precise de estar nas boas graças do Governo, para evitar que se destrua o seu poder, ou que outras tentem evitar processos judiciais – como a gestora de fundos Blackrock. Mas as mesmas razões não se podem atribuir a empresas que dependem apenas dos consumidores, como a McDonald’s ou a Walmart. Estes negócios dependem das pessoas e do que elas pensam.

Aquilo a que podemos estar a assistir é a uma espécie de efeito de pêndulo, em que o movimento num sentido, quando é extremo, acaba por desencadear um movimento em sentido contrário, igualmente extremado. Os excessos a que estava a chegar a sociedade norte-americana em matéria de cultura “woke” teriam, mais cedo ou mais tarde, de ter esta consequência. E, lamentavelmente, o efeito pode trazer-nos uma sociedade mais conservadora que a dos nossos pais ou avós. E uma desvalorização dos problemas do aquecimento global que pagaremos caro.

A Europa não vai ficar imune a esta mudança. Os primeiros efeitos começam a ver-se no domínio das políticas de mitigação das alterações climáticas, com esta ameaça da banca europeia de sair, tal como a norte-americana, da Aliança pelo Clima. As políticas de Trump, nesta matéria da energia, terão inevitavelmente impacto, e a já frágil competitividade europeia fará o resto. A pressão dos empresários europeus vai aumentar para que a União Europeia reduza as suas exigências e, especialmente, comece a simplificar a sua teia tecnocrata e burocrática de regulações.

Além disso, lá como cá, há gestores e empresários ansiosos que acabem as exigências de Diversidade, Equidade e Igualdade. Se os exageros são condenáveis, o fim destas políticas corre o risco de se saldar num retrocesso do papel das minorias, com especial relevo para as mulheres.

Estamos a entrar numa nova era económica, social e cultural que as empresas identificaram, apesar de Trump. Mais conservadora e reactiva em relação aos exageros que foram sendo cometidos, para mal das minorias. Os países da União Europeia vão inevitavelmente ser apanhados por estas ondas de choque que poderiam aproveitar o que tem de melhor — como a liberdade e a igualdade, sem medo de ser cancelado, e a desburocratização e evitando o pior, como os excessos em sentido contrário, nomeadamente a marginalização da diferença. Não vai ser fácil. Uma onda conservadora e proteccionista começa a tomar conta deste lado do mundo.

DONALD TRUM      ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA      AMÉRICA      MUNDO      EMPRESAS      ECONOMIA      CLIMA      AMBIENTE      CIÊNCIA      PETRÓLEO      ENERGIA      EXTREMISMO      SOCIEDADE

COMENTÁRIOS (de 78)

Alberto Mendes: Incrível como toda a imprensa fala da decisão de que há apenas dois sexos / géneros. Parece que é uma excentricidade. Só isto já mostra como a distopia vai avançada.     Manuel Magalhaes: Pois mas a culpa foi do exagero das ideias idiotas das teorias woke que pensaram que iam tomar conta do mundo quando apenas o iriam destruir, as sociedades logo criaram anti-corpos e o sucesso deTrump é o resultado disso mesmo!!! Ricardo Costa, da SIC, também já mudou o "pêndulo ideológico". Depois de ter chamado "maluquinhos" aos seguidores de Trump, ontem na TV estava muito benevolente e submisso no comentário feito à tomada de posse de Trump. O vento muda e as posições ideológicas de alguns, também, de acordo com a melhor conveniência do poder. Isso diz bastante sobre a solidez das convicções e a confiança que se pode ter nos actuais comentadores de serviço. Fica resgistado... O efeito pêndulo era inevitável. Pois claro! A realidade sempre substitui, mais tarde ou mais cedo, a ideologia. E mais uma vez o que pode salvar a sociedade é, por um lado, uma visão ocidental de regresso a uma cosmologia judaico-cristã e a uma sabedoria milenar que remonta aos gregos, e por outro lado, o simples bom-senso. Acima de tudo dar a Deus o lugar que Lhe pertence na ordem natural das coisas, respeitar a Constituição, reconhecer a realidade humana na sua diferença baseada na biologia, não olhar à cor da pele e premiar a meritocracia, como anunciou Trump, parecem-me objectivos mais que razoáveis. No entanto, como acontece sempre que já houve exageros, designadamente - as recentes paranoias da multiplicidade de géneros baseadas numa visão distópica do ser humano - ou a defesa insana da multiculturalidade, sobretudo na Europa, que apenas dá lugar à criação de guetos e conflitos graves, chegando a colocar em risco a soberania dos estados (veja-se a implementação da lei da sharia em França entre as comunidades muçulmanas; entre nós, a lei cigana)- ou ainda o afrouxamento da lei e da ordem sobre comportamentos criminosos, com resultados catastróficos para os cidadãos mais frágeis, idosos, crianças, mulheres … as reacções de sinal contrário podem revelar-se perniciosas, como a estupidez de mais ”energia masculina” entendida como agressividade… se faltar prudência Não haja qualquer dúvida que haverá necessidade de recorrer com coragem a uma mão de ferro para corrigir os desequilíbrios gerados, como o da imigração desregrada, com imposição do Estado de Direito, da ordem e dos princípios civilizacionais que nos distinguem, de forma transversal a toda a sociedade e a todas as suas comunidades. Mas também aí a educação ocidental cristã dá uma ajuda, conjugando a (regressada?) actualmente deficitária responsabilização com as virtudes do respeito e da caridade para com todos, ensinadas pelos nossos avós. Resta saber se a escolha da sociedade irá no sentido dos homens e das mulheres sábios e prudentes. Tudo depende da fortaleza e do carácter dos nossos líderes. Em Portugal como será, se a nível institucional estamos inteiramente infectados, burocratizados, senão mesmo subjugados, pelo socialismo, pelo imobilismo do centrão e pelo politicamente correcto? Iremos acompanhar a mudança ou vamos continuar a afundar-nos num mar de mediocridade, indecisões e incongruências?                 Licínio Bingre do Amaral: O grande problema são os exageros a que se chegou com a cultura "woke", onde uns zelotes tentaram destruir a sociedade actual, criticando todo o passado e o funcionamento normal da sociedade. Esta ideologia virou a sociedade contra si própria, pois os seus propagadores acham que só eles têm razão e tentam impor as suas ideias contra tudo e contra todos. Mesmo nas questões climáticas foi-se demasiado longe, verificar por exemplo o erro cometido pela Alemanha ao abandonar a utilização da energia nuclear, isso de imediato aumentou o preço da energia e consequentemente diminuiu a competitividade da sua indústria. Várias decisões tomadas pela UE foram demasiado radicais na sua luta pelo clima, aumentando preços e isso repercute-se na população que começa a rejeitar certas imposições exageradas. Estou a ler "A Guerra ao ocidente" de Douglas Murray e a leitura tem-me deixado incomodado face aos extremos a que chegou o ódio e o ataque à civilização ocidental, maioritariamente branca, mesmo por parte de alguma população branca. Não me considero racista e o conceito de "supremacista branco" é nojento... Pode ser que a mudança anunciada nos EUA com a eleição do Trump seja para vingar, mas é preciso não embandeirar em arco. Não tenho dúvidas que a nova administração americana irá cometer muitos erros, mas a afirmação de que há dois géneros/sexos, é o melhor cartão de visitas que ele podia escolher.               António Rocha: É inaceitável, contratar pessoas só pela competência. Que pouca vergonha              Madalena Magalhães Colaço: O caso da Disney é paradigmático. O departamento de DEI encheu-se de gente que obrigou a direcção a aplicar o wokismo, ou seja, banir histórias, como o Bambi etc que encantaram as crianças, para serem filmes de lavagem cerebral do wokismo. As acções da Disney caíram e a empresa está em má situação, porque o público deixou de ver estes filmes, a explicação simples aqui referida, de que a reversão se deve à veneração a Trump, não é verdadeira. Se os consumidores não compram o produto a empresa vai à falência. Outro exemplo a Budweiser, cujo departamento de DEI fez publicidade wokista. As vendas caíram a pique, e tiveram de reverter para não falirem. Cereja no topo do bolo, Silicon Valley Bank, o departamento de DEI é que mandava, deixou de haver um departamento de risco, resultado a falência do banco em março 2023, com a malta de Silicon Valley, a correr ao banco para retirar ainda o que podiam, e perceberam as consequências desastrosas dessa cultura woke que se infiltrou nas empresas. O departamento de DEI não permitiam recrutar os melhores. A formação aos empregados nestas empresas que aderiram ao wokismo, obrigando ao pensamento único são um atentado à liberdade individual. O extremismo foi aonde se chegou, não esta contra reacção de voltar ao que as empresas eram.                  Carlos Chaves: Finalmente está a ser posto um limite aos exageros do “wookismo” e das supostas políticas de igualdade de género! Anda tanta gente nervosa não sei porquê, será porque a democracia ainda funciona? A cronista erra quando escreve que as “empresas” se sentem obrigadas a obedecer ao novo poder, nada mais errado, as empresas (e nós todos), é que foram obrigadas a mudar por obrigação do antigo poder, agora é como quem abre uma porta e entra uma lufada de ar fresco… Só por isto parabéns, sr. Trump! P.S. A Europa com Antónios Costas na Presidência do Conselho Europeu e Teresas Riberas na vice-presidência da Comissão Europeia, são a receita para o desastre que se aproxima!                               observador censurado observador censurado: Vai ser interessante ver como se vai posicionar o Partido Socialista Dois (PSD). Partidos de "esquerda" como PCP, UDP/PSR, PS, Livre, já enganarão relativamente poucas pessoas. O mesmo não se pode dizer do "centro esquerda" do, actualmente, "nojento" PSD, posicionado em cima do muro a pretender ter Sol na eira e chuva no nabal: num dia coloca um processo contra a PSP e diz "Não gostei"; no dia seguinte, diz timidamente "A PSP esteve bem".                 José Cortes: Foi a meritocracia que permitiu a riqueza suficiente para os desvarios actuais. É sempre assim, o Socialismo (agora já em modo pós-moderno, com o wokismo) acaba quando acaba o dinheiro dos outros, Thatcher dixit. Esperemos ir ainda a tempo. As Chinas e Rússias deste mundo riam-se da nossa idiotia. Pois agora virou-se a página.               Maria Tavares: Europa pode aspirar a também ter uma Vida Civilizada muito longe wokismo, climaximos, gretas, lgbt.... haja esperança                Maria Paula Silva: Credo, que artigo mais alarmista. Zuckerberg sempre foi um oportunista e tomou as medidas que lhe garantem a sobrevivência, o que prova que antes estava ao serviço da "censura velada" que o sistema woke impunha. As mulheres nunca foram a minoria, e cada vez menos. Dizem as estatísticas que há mais mulheres que homens, numa proporção de 7 mulheres para 1 homem (o que faz o sonho de qualquer ser masculino). Não passa a haver dois géneros, sempre houve SÓ dois géneros, deixemo-nos de mariquices. E quanto à apologia do racismo, xenofobia etc., é muito bom que as hostes se acalmem e se volte à Meritocracia, porque é o sistema mais justo. Quanto ao Acordo de Paris... se calhar Trump está apenas a não ser hipócrita, porque o mesmo feito em 2015 está ainda por cumprir. Portanto, fazer parte ou não do acordo parece que na prática não tem grande relevância. Com Trump ou sem Trump, com políticos ou sem políticos que se enchem de $ à pála de "negócios ambientalistas", o planeta sempre estará em alteração como sempre esteve. Nesta área do Ambiente há também muita negociata e muita Hipocrisia, mas isso pano para mangas! E, para último, toda a acção gera uma reacção. É perfeitamente normal que após décadas de excesso de loucura woke, as pessoas queiram um pouco mais de "normalidade" (seja lá o que isso for) e menos histeria, mas daí a dizer que vamos ter uma sociedade mais conservadora que a dos nossos pais e avós .... vai um grande passo. Mesmo muito grande, porque isso é impossível. Basta olhar para a História e perceber que as mudanças se vão fazendo, mesmo que lentamente, e nunca nada volta a ser com antes. Por isso, não há um retrocesso, mas sim um AJUSTE à loucura histérica desenfreada que o wokismo veio provocando. Apenas isso. Ajuste. E ainda bem que assim é. Não gosto especialmente de Trump mas a hipocrisia de Biden e Kamala incomodavam-me profundamente. Trump é, assim, uma hipótese de uma lufada de ar fresco.                    Paul C. Rosado: Pagaremos caro? Da forma que estamos pagaremos caro duas vezes. Estamos a pagar caro na mesma, uma vez que o custo das "negociatas verdes" está a passar para o consumidor final, enquanto as empresas enchem o bolso com os subsídios. Isto reflectindo-se ecologicamente em meras migalhas, que não evitariam de forma nenhuma o aquecimento de 3 ºC. A única medida "verde", séria e exequível, é uma aposta séria no nuclear.  Quanto ao fim do wokismo, só teremos a ganhar com o fim do fascismo discriminatório com base no sexo e na raça. Viva a meritocracia!                    Tim do A: Artigo duma Woke ressabiada. Ainda estamos longe, muito longe da reversão da ditadura Woke que ainda está bem implantada no ocidente e já estão os artigos dos Woke a protestar e a falar do fim do mundo. Não! Ainda falta reverter muito nas políticas Woke e fazer a reimplantação do mérito! Força Trump contra a ditadura Woke e os artigos destes! Vamos manter o movimento pela liberdade, pela decência e pelo mérito! Chega de artigos Woke!           Luis Santos: O dia 20 de Janeiro será um dia histórico,                         Américo Silva: competições femininas. P.S. Chamar uma minoria às mulheres não tem fundamento na realidade.           José B Dias: A cronista estará correcta ao identificar um muito possível "efeito de pêndulo" .... mas, claramente, escapam-lhe as leis físicas que o regem. O movimento de um pêndulo, num ambiente que não o vácuo e a Sociedade está longe de o ser, não levam a que o movimento oposto tenha o mesmo grau de amplitude, antes se verifica um amortecimento que levará no limite a um novo ponto de equilíbrio. Quem verificou as vantagens de ter mulheres ou distintas experiências culturais numa equipa não deixará de o continuar a ter só por não ser já obrigado ... os empresários não têm sucesso por serem parvos.                   maria santos: Se mais não for, Trump na Casa Branca acelera o abandono das idiotias do sexo sociológico e da inclusão social e trava o ataque aos nossos valores e princípios judaico-cristãos. Esta política de abandono woke pelas grandes empresas internacionais arrastará as demais empresas nacionais a deixar cair esta lepra. Não há qualquer hipótese de “retrocesso do papel das minorias, com especial relevo para as mulheres” como aventa a Autora, parecendo que anseia o boicote dos consumidores ao renascimento da normalidade social. Não vai acontecer, está equivocada. No mundo ocidental, a saturação das classes médias com estas gentes woke é óbvia e expressa-se com clareza no plano político, recusando manter as consequências sociais e económicas da incompetência woke dos partidos do centro-esquerda, tanto entre nós como no estrangeiro. O retorno a critérios de competência profissional nas empresas, nas escolas, nos serviços públicos, o retorno à meritocracia como modelo de aferição adoptado pelas pessoas normais que apreciam a cultura e o trabalho livre dos fanatismos e da censura woke. Claro que os PS e PSD/"não, não" discordam. Temos pena e temos tempo.                 Francisco Almeida: Mark Rutt, secretário-geral da NATO, disse recentemente que, para a Europa ficar independente em matéria de segurança, seriam necessários de 10 a 15 anos com orçamentos de defesa de 10% do PIB. O "nosso" Montenegro, afirmou candidamente que um orçamento de 5% para defesa, não é exequível. Portanto a equação é simples. Ou a Europa se submete à liderança dos EUA e os europeus fingem aturar de boa cara as idiossincrasias de Trump, ou será melhor começarem já a aprender russo. Ou chinês. Como sempre, os empresários e, destes, os da área financeira, percebem as coisas antes dos políticos, como Helena Garrido mostrou com a referência à banca europeia.         José Tomás: Há muito tempo que não lia uma notícia que me deixasse tão bem disposto. The times they are a-changin’!                  henrique pereira dos santos: As mulheres são uma minoria? Folgo em saber, não era nada a ideia que eu tinha                  Rui Lima: Só a produtividade é salvadora, os USA estão a fundo, a Europa a travar, Portugal e recuar, quando se fala na imigração não se diz a verdade, sim pode ser um factor de progresso, ou pelo contrário um desastre , num estado social e para o seu equilíbrio é preciso que ao longo de toda a sua da vida haja uma boa parte de contribuintes que pagem mais do que recebem, o país será mais avançado quanto maior for o seu número, só o são os trabalhadores qualificados, por isso não há estado social em economias de baixa produtividade. Nos USA 23% dos imigrantes são altamente qualificados e, esses, Trump vai continuar a recebê-los, estamos a falar de cientistas, matemáticos , engenheiros … já Portugal recebe estafetas e para actividades de pouco valor acrescentado toda esta gente vai contribuir negativamente para o estado social, embora o povo português seja vigarizada por números, nunca lhe falam das responsabilidades assumidas com gente que vai receber reforma e cuidados de saúde acima da nossa média .           Rosa Graça: Mesmo assim, prefiro o que vem aí do que o exagero a que estávamos sujeitos.            João Diogo: Esta senhora cronista, mais uma vez só dizes barbaridades, quer dizer, o bom senso não deve prevalecer, devemos continuar a dar papinha às minorias dos trans e outras fobias, pois está claro, a sua coluna vertebral está um pouco torta.                 Miguel Ramos: Teve que vir um grunho para o Mundo ganhar algum senso comum                    José Paulo Castro: A velocidade a que está a acontecer só revela que anteriormente todos tinham a consciência que aquilo era um disparate e só o faziam por medo. Ou seja, forçar o pêndulo demorou, mas a queda para o repouso (o ponto de equilíbrio) é rápida.             Jose Pires: Basta sermos quem sempre fomos. Há muito tempo, que o Mundo Ocidental considera os direitos das mulheres iguais aos dos homens. Que a cor da pele não pode ter qualquer influência no mérito, na qualificação da pessoa, muito menos nos seus direitos. Que somos todos iguais. São estes os valores do mundo civilizado. Mas não são estes os valores de muitos países asiáticos, muçulmanos e das ditaduras! Eles, aproveitaram os nossos valores da igualdade, fraternidade e não discriminação, para nos assaltarem a nossa casa, NUNCA respeitando tais valores, nas casas deles! A cultura woke foi promovida por eles. Ultrapassou todos os limites do razoável e da decência e ofendeu os nossos valores e princípios. Aquilo a que o Mundo assiste agora, é à reposição da verdade, da igualdade, do respeito. Queriam impor a vontade duma ultra-minoria, contra os valores da maioria. Impor uma sociedade injusta, desrespeitadora, desvalorizadora do mérito. Aproveitaram-se de líderes fracos e/ou comprometidos, para se imporem. É tempo de recuperar os nossos valores e de uma vez por toda reduzir as minorias àquilo que são: MINORIAS!           m s: Tudo que se vivia antes de Trump era artificial. Trump tem a difícil tarefa de repor o equilibrio.          Carlos Real: Percebendo a questão do pêndulo, não me parece que as minorias passem a ser discriminadas. O que pode parar é a discriminação positiva. Hoje assistimos por exemplo na publicidade a anúncios na Europa em que apenas aparecem mulheres chinesas, ou um número exagerado de negros. Será que os brancos desapareceram? Será que os homens associados aos carros entraram em vias de extinção? Mais uma vantagem da vitória de Trump de estancar a loucura woke. Os receios de um conservadorismo bacoco não impedirá de se vender no ocidente e nos EUA as pílulas abortivas, ou de os gays desaparecerem da paisagem. O mundo gira mas já não volta ao século dos Mormons, que no entanto tem muita força e dinheiro em várias zonas dos EUA.           Joaquim Rodrigues: Uma das "causas" que os jornalistas tinham obrigação de adoptar era a da denúncia do "totalitarismo" da doutrinação Wooke, que não tem qualquer pejo em censurar a realidade, escamotear a verdade e até distorcer os factos. É a partir dessa mentira e embuste que todos os oportunistas tentam confundir a “doutrinação woke” com o "liberalismo dos costumes" tentando por essa via denegrir a causa do Liberalismo, em particular daquela que é a essência do Liberalismo, o “Liberalismo Económico”. Todos os oportunistas, em particular, os autocratas e populistas, o ódio que cultivam contra o “liberalismo económico”, a “concorrência” e o “mercado” decorre do facto de, nas sociedades de democracia liberal, deixarem de poder “controlar a seu bel-prazer”, e em benefício próprio os caminhos da economia por ser impossível “controlar o mercado” quando se respeita a “livre iniciativa privada”, " a meritocracia, "a igualdade de oportunidades e a “justa, sã e leal concorrência”, princípios sagrados do Liberalismo.        Fernando Prata: Aqui está o resultado de uma lei universal. Qualquer acção gera uma reacção. Temo que a reacção irá ser muito violenta. Mas só podemos culpar a esquerda e o seu estado de loucura actual, assim como os que a apoiaram.           António Almeida > António Rocha: É por isso que a nossa função pública tem uma data de "chefes" que não têm um único índio para chefiar...     Gastão Ferreira: Continuo a não perceber porque é que ser minoria, seja do que for, confere privilégios. Só porque são menos? Comparando com o quê?                            Manuel Lisboa: De facto, exageros de um lado provocam reacções exageradas de outro. A igualdade salarial entre homens e mulheres em trabalhos com a mesma responsabilidade não se alcança com comissões. Aliás, as mulheres não são uma minoria, são a maioria.          Lily Lx: Blessed be Trump.         Daniel N: Fala-se muito pouco dos países onde questões sociais, pobreza e guerra são realmente preocupantes! O planeta não fica mais lindo com os Bidens deste mundo nem fica mais feio com os Trumps deste mesmo mundo. Na Europa, quando aparece alguém fora do sistema socialista e pseudo-woke (são é cobardes perante "cancelamentos", coisa de que o Trump pouco se importa) vêem-se adjectivos como extrema-direita, ultra-conservador,... e quando acabam os seus mandatos, nem caiu nem o Carmo nem a Trindade. Além disso, estas tangas de diversidade, equidade e igualdade é mais um "problema" vendido por muito poucos, feito em nome das "vítimas" (que não sabiam que o eram até lhes dizerem) e só as cabeças ocas é que caiem. A maioria só quer levar a sua vida tranquila. Os cães ladram (Trumps & Bidens), gerem este 3º calhau a contar do sol de uma forma geopolítica forte e a caravana passa.            Antonio Mendes Lopes: Já era tempo! Parece ser o principio do globalismo e do wokismo militante e isso é uma boa noticia para o mundo em geral          M L : Concordo em absoluto. Existe um risco de surgirem extremos contrários aos actuais. Mas vai dar me um gozo enorme ver desaparecer certos comentadeiros/as da cs                   Francisco Silva: Ainda bem. Estas decisões só pecam por tardias. A sociedade estava a tornar-se doentia.                     Fala Barato: Deixem-me rir... As empresas estão a deixar cair essas tretas todas por uma razão muito simples : a observância de ideologias maradas e desajustadas da realidade conduz à falência. Falência mesmo, os negócios deixam de produzir lucro.                        Luis Santos > Madalena Magalhães Colaço: Um comentário fantástico. Bem fundamentado, parabéns!                      vitor gonçalves > Pedro Afonso: Reparei nisso. Será que deixaram de ser "activistas" e passaram a ser apenas, jornalistas?          Daniel N > Madalena Magalhães Colaço:  Excelente análise! Obrigado, mesmo!           Daniel N > José B Dias: De acordo. Aliás, o pensamento e a cultura de um país não muda facilmente só por causa de uma liderança. Esta última tem eventualmente sucesso nas suas políticas face ao contexto já existente caso contrário fica a pregar aos peixes.          observador censurado: "Aparentemente, os gestores e empresários norte-americanos estão a matar os critérios ESG (Ambiente, Social e Governação, na tradução em português), com a rapidez com que os abraçaram de forma até extrema." Terceira Lei de Newton.

Nenhum comentário: