Para escapar aos terrores difundidos
no texto infra:
Vento não
batas à porta
Júlio
Brandão / Florêncio de Carvalho
Intérprete: Fernando Rolim
Vento,
não batas à porta
Que ela jura que sou eu
Saudades da mocidade
Dum amor que já morreu
Não vás contar tuas mágoas
Às pedrinhas do ribeiro
Chorando ao pé de quem chora
Chora a gente o dia inteiro
Irlanda regista "ventos mais
fortes de sempre". Tempestade do século chega a Portugal esta tarde (e
segunda vem a Herminia)
Irlanda regista rajadas mais fortes de sempre e população deve ficar
em casa. Há voos cancelados desde Lisboa. Efeitos da Éowyn em Portugal a partir
desta tarde. Domingo chega a Herminia.
24 jan. 2025, 11:03
▲Precipitação
acumulada entre sexta-feira às 20h00 e este sábado às 08h00
A “tempestade do século” Éowyn começou
esta sexta-feira a atingir a Irlanda com ventos recorde, com rajadas de 183
quilómetros por hora (km/h), causando perturbações em vários aeroportos e
levando as autoridades a pedirem às pessoas para ficarem em casa. Os “efeitos colaterais” vão sentir-se em
Portugal continental nas próximas horas, com mais intensidade a partir da tarde
desta sexta-feira.
Segundo um comunicado do IPMA, devido a
um “sistema frontal associado à referida depressão”, prevê-se chuva a partir da manhã de dia
24 no Minho e Douro Litoral, “que poderá ser por vezes forte a partir do final
da tarde, e que se estenderá gradualmente às restantes regiões do país ao longo
dos dias 24 e 25”. “No Minho, a precipitação será acompanhada de vento
forte, com rajadas da ordem de 80 km/h nas zonas do litoral e das terras altas.”
Além
disso, a partir da tarde de dia 24, segundo o IPMA, “prevê-se agitação marítima
forte na costa ocidental, ondas de oeste/noroeste com 4 a 5 metros de altura
significativa, que se deverá manter até final da tarde de dia 25, sábado”.
Apesar de os efeitos em Portugal serem
sentidos mais da parte da tarde, já
foram cancelados pelo menos quatro voos provenientes de Dublin para Lisboa e
três em sentido contrário, de acordo com a informação disponível no site da
ANA-Aeroportos de Portugal. Há também um voo cancelado de Lisboa para Londres.
Na Irlanda, o primeiro-ministro recorreu
ao X para fazer um apelo. “Peço a toda a gente para que se mantenha segura e em
casa por causa do impacto da tempestade Éowyn. Esta é uma tempestade
histórica”, afirmou.
Também o ministro dos Negócios
Estrangeiros e vice-primeiro-ministro, Simon Harris, sublinhou que a Irlanda
“sentiu os ventos mais fortes” alguma vez registados. O
responsável político indicou que houve “cortes de electricidade”. “Não faça viagens. O mar e a costa estão
extremamente perigosos.”
A Irlanda, assim como a
Irlanda do Norte e partes da Escócia, está em alerta vermelho devido aos ventos
fortes e as autoridades pediram aos residentes que fiquem em casa.
De acordo com a BBC, os
aeroportos de Dublin, Heathrow, em Londres, e Gasgow têm cancelado vários
dezenas de voos.
As rajadas de vento recorde (183 km/h)
ocorreram perto de Galway, na costa oeste do país. O recorde anterior de vento
(182 km/h) remonta a 1945 na Irlanda, informou a agência meteorológica
nacional.
Éowyn é o nome atribuído pela MET Office (Serviço Meteorológico do Reino
Unido) a uma depressão centrada a oeste/sudoeste das ilhas Britânicas.
Também
Espanha deverá ser afectada esta sexta-feira com a chegada da
frente atlântica associada à tempestade Éowyn com chuva no oeste da Galiza, que
deverá estender-se a outras regiões da península e serão acompanhadas por
fortes ventos com rajadas muito fortes.
Vem
aí mais uma tempestade e já tem nome: a Herminia traz ventos ciclónicos na
segunda
Mas mal vai dar tempo de passarem os
efeitos da Éowyn, para Portugal ser atingido por uma nova tempestade. Já se
esperava por ela, tinha também já nome nas ilhas britânicas —Flóris —, mas a
intensidade que entretanto ganhou e a forma como uma das suas frentes afetará a
Península fez com que fosse batizada também pelo instituto de meteorologia
espanhol, o AEMET.
Chamar-se Herminia, será a oitava tempestade com direito a nome desta
temporada a atingir as nossas latitudes, e os seus efeitos começam a sentir-se
ao final de domingo e depois com força na madrugada e ao longo de segunda-feira.
Primeiro na zona norte e depois ao longo de todo o país. Estamos a falar de fortes rajadas de
ventos, quase ciclónicas, que podem ser superiores a 100 km/h, e de ondas de 11
metros num verdadeiro temporal marítimo, além de chuva forte e trovoadas e
continuada ao longo de segunda e terça-feira. Haverá também neve, devido a
massas de ar frio, nas terras mais altas.
Foram emitidos alertas amarelos já para chuva forte em nove distritos
(Leiria, Coimbra, Viseu, Guarda, Aveiro, Porto, Braga, Viana do Castelo e Vila
Real), para vento em seis (Leiria, Coimbra, Aveiro, Porto, Braga e Viana do
Castelo), e para agitação marítima em três (Lisboa, Leiria e Coimbra). A costa
está aviso laranja de Aveiro a Viana do Castelo. Tudo durante a noite de
domingo e madrugada de segunda-feira. Será previsível a emissão de avisos de
neve também para segunda-feira.
Ou
seja, a partir de domingo a chuva persistente volta assim ao continente,
primeiro à zona norte, nomeadamente ao Minho, com o vento muito forte. A chuva
e o vento aumentam de intensidade nas regiões do centro e do Sul a partir da
tarde, persistindo para segunda feira.
A agitação marítima causará ondas de 5 a 6 metros na costa ocidental a partir da
tarde de domingo e na segunda-feira, podendo a altura máxima atingir os 11
metros. Prevê-se queda de neve nas terras altas do norte e centro a partir da
tarde de segunda-feira, a cotas a partir dos 800 metros.
As temperaturas também vão
cair, ligeiramente a sul e no litoral, mais pronunciadamente no norte e no
interior. Há mesmo previsão de neve para as terras mais altas, devido à entrada
de massas de ar frio de noroeste.
METEOROLOGIA CIÊNCIA IRLANDA EUROPA MUNDO
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