Lucidez e
desassombro na análise. Como bastamente o reconhecem os leitores de RUI RAMOS,
nos seus comentários.
A resistência ao populismo está a corroer a democracia
Para as autoridades e para a
comunicação social, a grande missão é agora escamotear e deturpar qualquer
informação que possa estimular os preconceitos da plebe e ser “explorada” pelo
“fascismo”.
RUI RAMOS Colunista do Observador
10 jan. 2025,
00:2297
Há escândalos, e depois há escândalos
repugnantes, como o abuso sexual de menores no Reino Unido, na área
metropolitana de Manchester. Durante
anos, até à década de 2010, gangs de pedófilos puderam violar centenas de
meninas de famílias pobres, perante a passividade da polícia, magistratura e
serviços sociais. Porquê? Porque as crianças eram inglesas,
mas os pedófilos eram imigrantes ou descendentes de imigrantes do Paquistão. Polícias,
magistrados e assistentes sociais recearam que a repressão da pedofilia fosse
vista como uma rusga “racista”, ou justificasse dúvidas sobre a política
migratória. A
prioridade não foi proteger as meninas, mas a “imagem” das autoridades e dos
migrantes.
O caso voltou ao debate político porque
o actual primeiro-ministro, Keir
Starmer, terá
estado, quando magistrado, envolvido no encobrimento, e porque Elon Musk
comentou a história no X. Se houvesse dúvidas sobre a persistente dificuldade
do establishment em digerir o escândalo, bastaria notar que a imprensa
bem-pensante só encontrou um único motivo de indignação nesta história
abominável: Musk ter escrito sobre o
assunto.
Estamos aqui perante a mesma mentalidade
que fez a polícia em Nova Orleães, após o atentado do Ano Novo, negar que fosse
“terrorismo” e depois identificar o terrorista como “texano”. Como é que chegámos a este ponto? Porque é
que, numa democracia e num Estado de direito, as autoridades enganam e acham
que devem enganar? Porque é que, em países com liberdade de imprensa, a
comunicação social, tradicionalmente a grande escrutinadora do poder, se
identifica agora com quem manda e colabora com zelo nos seus embustes? Porque a
maior parte dos políticos, funcionários e jornalistas habitam um aquário
ideológico, alimentado pelo esquerdismo woke, em que a população é imaginada
como uma massa estúpida e racista, totalmente susceptível às sereias da
“extrema-direita”. Para as
autoridades e para a comunicação social, a grande missão é agora escamotear e
deturpar qualquer informação que possa estimular os preconceitos da plebe e ser
“explorada” pelo “populismo”. Vivemos
assim num regime em que as migrações descontroladas, a criminalidade, a
inflação ou as insuficiências dos serviços públicos não são verdadeiramente
problemas. O único problema é o que a “extrema-direita” possa
fazer desses problemas para alvoroçar a populaça. Por isso, todos os encobrimentos e mentiras estão
justificados.
Como estamos longe dos tempos do
Watergate, em 1972-1974. Também
Richard Nixon justificou as suas
ilegalidades e imposturas como necessárias na resistência à subversão. A
subversão que o incomodava, porém, era “comunista”. Não convenceu ninguém. Hoje, se
Nixon optasse pelo espantalho “populista”, teria talvez o Washington Post a colaborar nos seus encobrimentos. Lembrem-se
disto: o ano passado, até ao debate de Junho, o governo de Biden teve toda a
ajuda dessa grande imprensa para dissimular o estado mental do presidente. A
fraude era nobre, porque se tratava de resistir a Trump.
Muitas são as coisas que estão a
fragilizar as democracias. Mas não
haverá talvez outra mais grave do que a desconfiança das oligarquias políticas e jornalísticas em relação à população. Os seus
efeitos são corrosivos. Por um lado, permite às oligarquias manterem uma boa consciência enquanto omitem, mentem e
faltam aos seus deveres: vale
tudo, para impor percepções virtuosas. Por outro lado, o actual regime de deturpação e
ocultamento da informação, como qualquer regime de censura, serve sobretudo
para legitimar a suspeita dos cidadãos em relação a tudo o que é oficial e
estabelecido. Uma democracia, em que os governantes são supostos
representar os governados, respeitar a lei e servir o bem público, não pode
funcionar assim. Deveria ser óbvio. Mas parece que não é.
EXTREMISMO
SOCIEDADE
REINO UNIDO EUROPA MUNDO
PEDOFILIA
CRIME
COMENTÁRIOS (de 194):
Fernando Correia: Excelente a visão de Rui Ramos. A realidade de hoje é completamente distópica… Quem,
reconhecidamente, criou as causas dos problemas graves que temos, fica híper sensibilizado
com as críticas que lhes são feitas. Mas, pasme-se, além de as não assumir,
atacam quem tem a razão e a evidência dos factos… fascistas, Xenófobos,
racistas, homofóbicos… dizem eles… Isto é loucura e hipocrisia pura… mas a
realidade irreal que temos. Pena é que pessoas lúcidas como Rui Ramos não
tenham espaço na CS em geral… é fácil saber porquê!… Carlos Chaves: Caro Rui Ramos, elogio-lhe e agradeço-lhe a
análise verdadeiramente reveladora do que estamos a viver no mundo ocidental,
incluindo este pobre retângulo e numas quantas ilhas no Atlântico! Vamos ver é
até quando esta “farsa” vai sobreviver e os “farsantes” forem obrigados a
voltar à realidade. Acho que não vai ser bonito! P.S. Este jornal onde acabou de escrever também é parte
activa desta farsa, exemplos diários não faltam, de apoio aos “farsantes”
(socialistas), em desfavor da verdade e da transparência, não denunciando (se
não mesmo participando) (n)a estratégia dos mesmos.
Rui Lima: [Comentário em
moderação] Isabel Almeida: Os artigos de Rui Ramos são
sempre muito bons, mas este é de uma lucidez excepcional, muito obrigada! Ricardo
Ribeiro: Pois é Caro Rui Ramos, É por essas e por outras que eu pertenço a essa
"massa estúpida e racista totalmente susceptível às sereias da extrema
direita"... Rui Lima: A quem puder leia a página 10
de hoje do Jornal Francês Le Figaro é sobre Veissieux uma das muitas cidades em
que França já não existe , é toda uma outra civilização e os franceses que
restam tem um sonho: fugir .
Rui Oliveira: Este artigo devia preceder os noticiários da
comunicação social televisiva.
Coxinho:
Artigo que é um
verdadeiro -- VERDADEIRO -- modelo de lucidez e honestidade intelectual Maria
Paula Silva: A CS ao deixar-se corromper, criou uma situação perigosa e difícil de
reverter. Sem a protecção da CS, mais de metade dos corruptos e vigaristas
que desgovernam o mundo não teriam sequer hipótese de chegar a ocupar os cargos
que ocupam. A Sameiro: [Comentário em
moderação] Francisco
Almeida: O horror de Manchester - que parece poder ter ocorrido em menor
escala em cerca de 50 localidades maioritariamente no Norte de Inglaterra e
Gales e maioritariamente governadas por trabalhistas - na vertente do
encobrimento, só me faz relembrar, na nossa dimensão pequenina, o caso Casa
Pia. Só anos depois de sussurros e denúncias várias - por um acaso de interesses
pessoais e pouco éticos - se soube o que o senso comum nos diz que será uma
ponta do iceberg. Nuno
Miguel Cruz > Elon Musk: "(my son) is dead, killed by the woke mind virus. I vowed to destroy
the woke mind virus after that.”
hugo Carreira >Manuel Gonçalves: O seu comentário (e os que o fazem
nessa mesma linha) está ao mesmo nivel dos que durante décadas encobriram
crimes de abusos perpetrados por membros da Igreja Glorioso
SLB > Manuel Gonçalves: Errado. Foi por ñ ter sido
esclarecido nas eleições q o actual 1º ministro esteve relacionado c esse caso.
José Mendes Gil: Tal como várias opiniões aqui já expressas , acho que
há dois jornais Observador : 1- das notícias do dia-a-dia ,que deixa a desejar , muitas vezes a
transposição acrítica de textos da Lusa ; eu não pagaria1 euro para ler esses
artigos ; 2- dos colunistas , e esse é bom . Alguns como Rui Ramos são mesmo
muito bons . Além de outras qualidades , aprecio a lucidez e o modo claro na
exposição das ideias. Bem-haja Rui Ramos
Américo Silva: [Comentário em moderação] Coxinho
> Manuel Gonçalves: Acredito que o seu comentário enferma da informação
falaciosa referida pelo autor do artigo. Mas talvez
haja forma de corrigir "a coisa" procurando informação que não se
acocore em face da imprensa esquerdista (e TV) em nítida falência de
escrúpulos. Porque essa de atribuir as culpas ao Musk não lembra ao careca! Maria
Tejo > Maria Paula Silva: A CS (escrita, rádio, tv) com a sua visão de túnel wokista e agenda própria,
vive hoje para si e sobre si própria qual pescadinha de rabo na boca. O mais
extraordinário é ficarem espantados por terem cada vez menos audiências e
vendas até entrarem em insolvência. O mundo político idem. Vive em bolha e para
a bolha. Tudo o resto é “paisagem”, pagadora de impostos, quanto mais acrítica
e acéfala melhor Américo
Silva > Américo Silva: O comentário acima está em
moderação há 48 horas, depois de denunciado pela brigada habitual, talvez seja
também isto que Zuckerberg refere quando fala em censura endémica na Europa. Joaquim
Silva: Existem
jornalistas e comentadores nos principais canais portugueses que revoltam quem
os ouve, conseguem ser tão ordinários quanto criminosos que deturpam tudo o que
falam e comentam são tão à esquerda que nem disfarçam. EU SÓ QUERO UM PORTUGAL SEGURO E COM FUTURO PARA OS NOSSOS
JOVENS E PARA OS PORTUGUESES J. Costa
> Manuel Gonçalves: A esquerda arranjou agora um
bode expiatório (Musk) para todas as cagadas que andaram a fazer durante
décadas com o objetivo de destruírem a sociedade ocidental tal como a
conhecemos. A agenda woke apenas criou mais divisão e ódio dentro da sociedade
pois dividiu a sociedade entre bons e maus, brancos e pretos, nacionais e
imigrantes, cristãos e muçulmanos, judeus e palestinianos, homo, gays/trans,
abortistas e defensores da vida, etc, etc,etc As massas adormecidas acordaram e
agora é tempo de reverter muitas "atrocidades" criadas por esta
agenda, como por ex. a imposição da ideologia de género em tudo o que mexe que
é uma aberração criada por mentes distorcidas. J. CostaSoeiro:
A verdade tem que ser dita! Starmer era
procursdor e muitos desses casos de pedofilia passaram pelas suas mãos não
fazendo nada pelas vítimas e por isso ajudou a encobrir este enorme escândalo Fernando ce > Rui Lima: Muito acertado, em meu entender. Como em Inglaterra
das violações de jovens por paquistaneses, em que o Governo Trabalhista do UK
terá dito que o que interessa é prevenir que voltem a acontecer, mas as mesmas forças
políticas no nosso país, quando são abusos pelo Clero Católico , tudo tem de
ser investigado se possível os ocorridos desde o séc XIX. Dois pesos e duas
medidas. Eduardo
Cunha:mais um excelente artigo. parabéns. José
Paulo > Manuel Gonçalves: Não seja intelectualmente parvo! Ana Luís da Silva: O lápis azul do Observador
anda nestes últimos tempos por aí em força. Três dos comentários a este
excelente artigo de Rui Ramos, e todos bem um género de revisor censório? E com base em
que cartilha? A do politicamente correcto? Observador, Observador, não basta
alardear isenção e liberdade com orgulho. É preciso prová-lo com actos. José Costa: Parabéns, Rui Ramos.
Tim do A:
A esquerda e a
igreja católica só são a favor dos bandidos e dos estrangeiros. Os nacionais e
as vítimas, que se lixem e paguem tudo. Tim do >
ARui Lima: Não é só a esquerda! São
também os liberais globalistas! Os tais que estão a dar cabo (ou já deram) do
Canadá e da França, como Macron e Trudeau. Andrade > BG: Só alguma confusa desconfiança relativamente ao que é
evidente é que pode justificar que haja quem, de boa fé, não se reveja,
testemunhe e se preocupe com as questões para que Rui Ramos desde há muito vem
chamando a atenção. O velho fundamento de ser a racionalidade que distingue o
ser humano dos outros animais é, comprovadamente, uma diferenciação muito
frágil. A fuga à realidade pode ser explicada pelo instinto da sobrevivência
imediata, mas nunca pela racionalidade. Assistir a pessoas, aparentemente de
boa índole, a atirarem para a fogueira inocentes para obter clemência de deuses
maus, pode ser resposta ao instinto e nunca à racionalidade. A ambição desses
deuses não é tão facilmente aplacável. José
Costa-Deitado: Talvez não
o percebamos mas este artigo (e a “Submissão” de Houellebecq) estão implícitas
nas “manifestações” que decorrem este Sábado em Lisboa. A escolha será nossa! António Soares > A Sameiro: Já
perguntaram ao mama baba a respeito? O que terá para dizer? Glorioso SLB: Se
for brasileiro cm hoje no Barreiro ou cigano cm em Viseu, já ninguém fala. Mas
na urna de voto, ninguém nos controla. Manuel
Magalhaes: Deste artigo, com o qual concordo em absoluto, podemos
também perceber o sucesso nas sondagens do putativo candidato às eleições
presidenciais Gouveia e Melo, como diria Eça, estamos fartos desta choldra,
portanto alguém que venha de fora dela (choldra) será sempre bem vindo!!!: F. Mendes: Muito
bem. É isto mesmo. Raios partam a esquerda. Há muitos anos que não compro um único Jornal, ou
revista portuguesa em papel. Basta-me este, e apenas por alguns (poucos)
artigos com esta qualidade. Chegámos, de facto, ao ponto em que a estupidez e a
cobardia ameaçam a democracia (rima e é verdade). João
Diogo: Mais uma excelente crónica,
para o suposto establishment o mau da fita é Musk, não as autoridades que
encobriram as violações anos a fim , hoje a democracia europeia está refém
desta elite woke , veja-se em Portugal essa hipócrita do BE , com a
manifestação a favor dos imigrantes do Martim Moniz. Joana
Quintela: Obrigada Rui Ramos, excelente
artigo! Já não se pode com esta gente. Amanhã lá vai toda a comunicação social
assistir à peça de teatro da manifestação contra a operação policial na rua do
Bem Formoso e bombardear-nos até à exaustão com milhares de notícias e ainda
mais milhares de comentários e ainda mais outros milhares de comentadores até
ao infinito e mais além 🤢 E depois, vá-se lá saber porquê, os Trumps ganham as eleições. Ainda não
perceberam???? GateKeeper
> Josél Paulo: E, também, profundamente desonesto. Fernando ce: A verdade nua e crua. Mais
cronistas houvessem como o Rui Ramos… Isabel
Almeida > Antonio C.: Subscrevo na íntegra o seu
comentário. Luis Santos: Muito bom !! maria santos:
Na crónica de
hoje, Rui Ramos coloca as seguintes questões: -
Porque é que, numa democracia e num Estado de direito, as autoridadesenganam e
acham que devem enganar? - as migrações descontroladas, a criminalidade, a
inflação ou as insuficiências dos serviços públicos não
são verdadeiramente problemas. O único problema é o que a
“extrema-direita” possa fazer desses problemas para alvoroçar a populaça.
- Uma democracia, em que os governantes são supostos representar os governados,
respeitar a lei e servir o bem público, não pode funcionar assim Em Portugal
esta lepra chegou ao Supremo Tribunal Administrativo. Como amplamente difundido
nas televisões e jornais, três juízes do Supremo Tribunal Administrativo, em
acórdão de 09.01.2025 (processo nº 28673/24.1BELSB) ordenaram
a pedido da mãe das gémeas brasileiras que a Assembleia
da República proceda àmudança de nome da Comissão Parlamentar de Inquérito,
com o argumento idiota de que é aceitável a palavra "crianças" mas
não é aceitável a palavra "gémeas". É evidente a violação do princípio
da separação de poderes, uma censura
clara e directa ao Parlamento (como no Estado Novo a Comissão de Censura
Prévia fazia, cortando os textos dos jornais diários e publicações no que não
interessava ao regime) imiscuindo-se o Supremo Tribunal Administrativo na censura ao título atribuído à
matéria em investigação pelos parlamentares. E também é evidente que três
juízes do Supremo Tribunal Administrativo aceitam fazer
esquecer o “assunto” dos 4 milhões de euros do SNS oferecidos às
gémeas brasileiras nacionalizadas à pressão, tratamento à borla oferecido aos
amigos brasileiros pela oligarquia política (governo e presidência da
república), a pedido do “filho influente”. Isto não é uma anedota, é grave, é
muito grave, os três senhores juízes não
estão distraídos quanto ao clamor público que o caso das gémeas
provocou contra o governo de António Costa e envolvendo directamente o filho do
Presidente da República e sabem
muito bem o alcance do que querem e estão a fazer. Pergunta-se: com que
Governo e com que Partidos Políticos a Assembleia da República deve ser
cautelosa, ter cuidadinho e não se deve meter ? As decisões dos Tribunais
entram agora na barganha político-partidária ? O que é isto ? Perderam os
filtros ? A questão não é jurídica, a questão é claramente um Tribunal
Superior, à boleia de considerações de estética
angelical no sentido de que é aceitável escrever
"crianças" mas não é aceitável escrever "gémeas", a
imiscuir-se na política governamental e partidária, arvorando-se em mestre
escola do que se pode e não se pode escrever. A
partir daqui, a porta está aberta. Miguel Seabra: Este escandalo só é debatido hoje porque entrou em
cena alguém que não pode ser silenciado, cancelado ou intimidado, Elon
Musk.isto está à provocar mudanças no Mundo que pareciam impossiveis. Esperança
para quem valoriza a liberdade,
desespero e ódio para os outros. Jose
Costa: Muito bem Manuel
Lisboa: Palavras sábias. Existe, de
facto, impregnado nos meios de informação e nos organismos públicos os vícios
do "politicamente correcto". Está errado. Escamotear a verdade,
procurar oferecer explicações mirabolantes de ordem sociológica como o extremo
absurdo que o culpado nunca é o criminoso, mas sim a sociedade que o produziu,
tornaram-se bastante comuns e distorcem a realidade. Depois, os meios de
informação ganharam a mania, nas últimas décadas, de tratar leitores, ouvintes
e espectadores como estúpidos e deixaram de fornecer principalmente notícias
para procurar dar lições de vida. Torna-se, aliás, notória na palermice comum
dos repórteres televisivos, os quais, após as declarações bem audíveis de
entrevistados, sacrificam os telespectadores com o resumo e, variadas vezes,
com uma sua interpretação do que tinham acabado de ouvir. Quanto ao populismo
trata-se de doença antiga. Como o excelente historiador autor da crónica sabe
muito bem, em Portugal os republicanos foram desavergonhadamente populistas
nos seus jornais. As décadas seguintes não foram melhores e recordem-se os
alarmes populistas da esquerda, durante o chamado do "processo
revolucionário em curso-prec"; e, hoje em dia, quem ouve os líderes
socialistas e da extrema-esquerda portugueses não encontra distinção entre o
seu constante alarmismo e demagogia com declarações do partido situado mais à
direita no parlamento. Divergem, às vezes, nos assuntos e posições, porém têm
coincidido frequentemente em votações parlamentares. Revela-se muito
grave a manipulação das notícias e das investigações dos crimes hediondos
ocorridos no Reino Unido; lamentável só agora terem vindo à superfície. Quanto ao magnate norte-americano ou é tonto
ou faz-se. E atenção também não parece gozar da melhor a saúde mental do
vencedor (79 anos) das últimas eleições nos Estados Unidos. Maria
Paula Silva > Maria Tejo: Penso que não é por idealismo que a CS actual
deixou de ser independente, mas porque se venderam. Se vier quem pague mais,
o idealismo muda. Filipe F: Na mouche, como quase sempre. Carlos
Chaves > Nuno Abreu: Caríssimo Nuno Abreu, não tem
nada que pedir desculpa, isto aqui ainda é um espaço de debate e de troca de
ideias. Acuso e reacuso o Observador de serem parte activa da “farsa” que o Rui
Ramos muito bem denunciou. Sei bem que o Rui Ramos é um homem de direita, e às
direitas, como muito bem o Nuno Abreu escreveu, mas infelizmente (até como
tendo uma pequena quota no Observador), nada tem feito, ou não consegue, deixar
que o Observador não siga em muitos aspectos a cartilha socialista. A minha
critica nada tem a ver com o Observador tentar ser ou não “ecléctico” na sua
informação, estou convencido (e não sou o único nesta caixa de comentários),
que é mesmo estratégia descarada de apoio ao socialismo. Convidou-me a
partilhar frases que comprovem a minha opinião, pois então não lhe darei
frases, mas sugiro-lhe que leia alguns artigos de: Miguel Carrapatoso, Rui
Pedro Antunes, Miguel Pinheiro, Alexandre Borges, Helena Garrido, Jorge
Fernandes, Mafalda Pratas, Paulo Trigo Pereira, Rita Tavares… Estes dois
últimos são mesmo enviados especiais do Largo do Rato! Estas pessoas têm todo o
direito à sua opinião seja ela qual for, o problema é que muitas vezes, alguns
sendo jornalistas, e no seu papel de jornalistas (não de comentadores), são
muito parciais e muito pouco isentos, não escondendo de forma nenhuma a sua
adoração pelo socialismo ou deixando socialistas exporem as suas ideias como
verdadeiros “pés de microfone”, sabendo de antemão que foram eles os responsáveis
pelo desastre dos últimos anos, sem nunca os confrontarem com as mentiras que
dizem com enorme desfaçatez! Felizmente ainda há muitos outros que se
situam do lado que considero certo, e pelos quais ainda vale a pena ler este
jornal: Rui Ramos, João Marques de Almeida, José Ribeiro e Castro, João Pedro
Marques, José Meireles Graça, Helena Matos, André Abrantes Amaral, Alberto
Gonçalves, Jaime Nogueira Pinto, André Azevedo Alves, Luiz Cabral de Moncada,
Nuno Gonçalo Poças, Henrique Neto, João César das Neves, Margarida Bentes
Penedo, José Pinto… Como vê é uma questão de opinião, nem sempre podemos estar de acordo. Coxinho > Carlos Chaves: Peço licença para subscrever o seu comentário,
especialmente o seu P.S António
Rocha: Obrigado GateKeeper: Top 10, meu caro Rui. Bom ano & keep them coming.
By the way, já leu o último livro do Jaime [ Nogueira Pinto]?
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