Nos problemas respectivos, os políticos, contudo, e sobretudo os
cultores do estudo, definindo o mundo com clarividência, para encanto – e gratidão
- alheios. É o que faz JAIME NOGUEIRA PINTO, acompanhado pelos respectivos COMENTADORES.
Morte ao portador das más-novas: a Europa e
a América
Os “europeus” parecem optar pela velha solução cleopátrica de matar
o portador das más-novas. Aqui não matam, que o portador é maior e mais forte
que eles. Mas moem.
JAIME NOGUEIRA PINTO Colunista do Observador
OBSERVADOR, 13 dez. 2025, 00:2065Registar
Foi com incredulidade e consternação que “a Europa” e o seu numeroso
contingente de opinionmakers, influencers,
comentadores e colunistas, recebeu o memorando 2025 National Security Strategy, da
Administração Trump. E o choque foi tal que muitos até viram coisas
que lá não estavam.
Não era para menos: para os eternos desprevenidos, o
documento tinha a brevidade brutal de um murro no estômago e a consequente
clareza na definição de amigos e inimigos, de objectivos, estratégias e
críticas.
Perante o documento, podíamos
aceitar a realidade, a nova realidade, lamentando
o fim da era da hipocrisia, “a última homenagem que o vício presta à virtude”,
e o mundo cru e sem o consolo da sinalização de virtude que abria. Mas
parece que já não vai ser preciso: o fim da era da hipocrisia ainda só chegou
à Administração norte-americana, uma vez que, ao que tudo indica, “a Europa”
promete continuar a manter-se firme no farisaísmo.
Em bom estilo trumpista, o dito documento abre então com uma crítica às
elites dos EUA, que até agora confundiram “os interesses
nacionais norte-americanos” com o domínio do globo. Foi a política dos neoconservadores, que se obstinaram
em tentar exportar, à força e pela força, o modelo político-económico
americano, semeando conflitos
desde os Balcãs ao Médio Oriente, da Sérvia e Ucrânia ao Iraque e ao
Afeganistão. Algumas destas guerras com resultados
perversos, como o fim dos “cristãos do Oriente” ou a “retirada” do
Afeganistão no tempo de Biden.
Palavras duras para quem combate o “discurso
de ódio da extrema-direita” e dispõe da
amplamente distribuída “licença para odiar” Trump, trumpistas e afins (licença de porte obrigatório para quem
quer singrar em televisões e comissões e
correr o risco de se deixar cegar).
Assim, este
documento de estratégia nacional 2025, que traz a inequívoca marca de Trump e
do America First, mesmo
que não fosse chocante, seria sempre um choque para auditórios e cenáculos
habituados a que os amargos e por vezes pouco éticos fins e meios políticos se
escondam sob as doçuras de uma espessa camada de grandiloquência retórica
humanitária.
De irmão para irmão
Aqui, o que mais choca “a Europa” é a
exígua quantidade de referências ao Velho Continente (“só” três páginas em 29), bem como a substância das referências, que apontam
para o condicionamento ou para a morte anunciada da Relação
Transatlântica.
Será mera arrogância ou mais o
conselho de um irmão – mais novo mas
mais forte – ao mano que abusa da
amizade, que se precipita para a desgraça mas que teima em não mudar?
De qualquer forma, “os americanos” – leia-se a Administração
Trump – continuam
a falar da essencialidade da relação atlântica, ainda que aconselhem os seus
parceiros europeus (referindo-se, especificamente ao trio Macron, Merz e Starmer e aos dirigentes de Bruxelas Ursula Van der
Leyen, António Costa, Kaja Kallas) a
deixarem de ludibriar a democracia em nome da democracia, usando e abusando
dos controlos censórios das redes sociais e manipulando os poderes judiciais
para fins políticos, como anular eleições e banir dirigentes incómodos. Fazem-no com clareza, até porque
sabem que a Europa e os europeus em questão talvez já não representem a maioria
dos eleitores. Tanto que, em França, entre a União Nacional de Le Pen e a Esquerda de
Mélanchon, o
centrão macroniano é claramente minoritário; e que também no Reino Unido, segundo as sondagens, se houvesse eleições, os nacionalistas de Neil Farage varreriam à direita e à esquerda; ou que, na Alemanha, Merz, além de ter de se aliar com a esquerda do
SPD num “bloco central”, tem a AFD a crescer. E fazem-no com a certeza de que todos estes partidos, se vierem a ser poder, tenderão
a alinhar com as políticas norte-americanas. Cada um a
seu modo, mas a alinhar.
Interferências
Curiosa também é a indignação, manifestada oficialmente,
perante a “interferência” americana na política europeia, com a exposição, no
documento, dos males da Europa –estagnação
económica, imigração descontrolada conducente à mudança de identidade
demográfica e cultural e outros males.
Ora se os dirigentes de Bruxelas acusam a Administração Trump de
interferência, a Administração Trump também terá as suas razões de queixa.
Foram mais que muitos os políticos europeus em funções e uma legião de
comentadores que apoiaram Kamala Harris na eleição americana e que atacaram Trump implícita ou explicitamente. Ou mais explícita do que implicitamente. Outro
motivo de indignação da “Europa” é a desfaçatez com que, num verdadeiro ataque
aos “valores europeus liberais e democráticos”, se faz referência aos partidos
nacional-conservadores e populares que já governam nalguns países da Europa ou
que são dados como favoritos pelas sondagens.
Além de tudo isto, merece também duras críticas a posição realista de
Washington quanto à guerra na Ucrânia, situada algures entre o presidente Trump
e o Secretário de Estado Rubio (este atendendo mais às objecções ucranianas,
aquele mostrando alguma impaciência com Zelensky).
Aparentemente, para “a Europa”, dizer
que a solução tem vindo a ser obstaculizada por dirigentes europeus é estar a
mentir. E
parece ser também irrelevante para a paz que o trio Macron, Merz, Starmer, que a toda a hora
reúne com Zelensky, se
entretenha a embargar qualquer princípio de negociação, não dando alternativas
e procurando criar a impressão de que
Putin dita as condições a Trump e que Witcoff está a servir os russos.
Entretanto Macron, que,
incapaz de encontrar um governo que passe no seu Parlamento se desdobra em
declarações belicistas, arranjou um comparsa militar, um tal de general Mandon (sugestivo
nome), especializado em propósitos tremendistas. Daí que a grande preocupação americana
quanto à Ucrânia, e sobretudo quanto às consequências da continuação da guerra
da Ucrânia, seja o risco de
uma “potencialmente catastrófica escalada com a
Rússia, chegando à confrontação nuclear”.
Este
risco de escalada e de confrontação nuclear é um primeiro aviso que se faz no documento em
relação à Europa. O
segundo é de que a Europa
deverá preparar-se a médio prazo para uma presença militar americana reduzida. O terceiro, é de que não vai
haver expansão da NATO.
O documento, na sua clareza brutal – quase tão
brutal como a realidade – refere ainda as “expectativas
irrealistas” generalizadas
quanto ao desfecho
da guerra da Ucrânia. É isto que sublinha o The American Conservative,
que noutros aspectos, como quanto ao Médio-Oriente ou à pressão sobre a
Venezuela, é muito crítico de Trump.
No entanto, ao contrário do
relatado, entre nós, por alguns comentadores, o Documento Estratégia 2025 não deixa
dúvidas quanto a Taiwan, declarando
que Washington é contra qualquer mudança unilateral naquele estreito.
Morte ao portador das más-novas
Mas talvez o mais importante seja o diagnóstico
crítico que emerge do documento, o diagnóstico de uma Europa em “erosão civilizacional”. O declínio que os Estados Unidos apontam à Europa pode
centrar-se na economia e na defesa, mas é a falta de valores de orientação, ou o
seu desnorte, que o
dita. As elites europeias, sobretudo as
políticas e intelectuais, com os seus ideais mundialistas e hedonistas, abandonaram os valores religiosos,
patrióticos e familiares que identificavam a Europa, privilegiando o
materialismo consumista que as levou a reduzir a Política à Economia. Daí a
política – também
seguida até Trump nos Estados Unidos – de desindustrialização e deslocalização de indústrias, que
acabou por marginalizar as classes trabalhadoras e abalar as classes médias.
Ao mesmo tempo, o chamado wokismo – a
ideologia das novas esquerdas levada para a América por filósofos europeus, e
que da América retornou à Europa em ponto de rebuçado –, não
morreu e continua a tomar conta das
sensibilidades intelectuais de meia-Europa, impondo os seus absurdos
princípios como “novo
senso comum” através
de alguma Academia, de alguma intelectualidade e de grande parte dos meios de
comunicação de massas.
A
decadência de uma elite e de um povo caracteriza-se quase sempre pelo complexo
de culpa; este, por sua vez, objectiva-se na relação com a História, que, no
caso dos povos europeus colonizadores, é reduzida à opressão e à
escravização,
num mea culpa, mea maxima culpa que os grupos ou grupúsculos
esquerdistas exploram, com grande habilidade, extorquindo o que dele podem
moral e materialmente.
Os
“europeus” parecem optar pela velha solução cleopátrica de matar o
portador das más-novas. Aqui não matam, que o portador é maior e mais forte que
eles. Mas moem.
A SEXTA
COLUNA HISTÓRIA CULTURA ESTADOS
UNIDOS DA AMÉRICA AMÉRICA MUNDO UNIÃO
EUROPEIA EUROPA
COMENTÁRIOS (de 65)
Português de bem; (referindo-se, especificamente ao trio Macron, Merz e Starmer e aos dirigentes de
Bruxelas Ursula Van der Leyen, António Costa, Kaja Kallas) a
deixarem de ludibriar a democracia em nome da democracia, usando e abusando dos
controlos censórios das redes sociais e manipulando os poderes judiciais para
fins políticos, como anular eleições e banir dirigentes incómodos. A UE
resumida na perfeição. Esta UE mete nojo, tragam de volta a CEE. Paulo
Machado > SDC Cruz: A Europa é forte e unida? Elegeu alguma das
pessoas que lidera a UE? A título de exemplo, quem dos eleitores europeus,
votou em António Costa? Rui Lima: Ontem estava a ver uma ilustração de
Cervantes a ser apresentado a Hassan Pacha, rei de Argel, na condição de
escravo, um lembrete incómodo de uma história que a Europa prefere esquecer. A
imagem expõe o paradoxo europeu as elites só reconhecem culpas e nunca as
nossas vítimas, durante séculos, centenas de milhares de europeus
foram escravizados fora da Europa, mas essa memória foi apagada em favor de uma
narrativa de culpa permanente. Não surpreende que o recente documento
estratégico americano, que redesenha a ordem mundial e afasta os EUA da Europa,
reflicta também este cansaço, uma Europa que se vê apenas como culpada
perde respeito, peso político e aliados. Até Trump percebeu isso. A FJ: Como explicado e bem, os líderes do eixo
central europeu, o tal trio, já não representam o seu eleitorado. É essa a
mudança que falta, tudo o resto se seguirá. Culpar o Trump, extremas-direitas
e fascismos, com apoio da CS, é apenas uma estratégia para esconder o próprio,
e flagrante falhanço europeu. Venha a mudança, está mais que na hora. Licínio Bingre do Amaral: Normalmente concordo com as suas opiniões
lúcidas e extremamente bem informadas e apresentadas. Neste artigo não posso
concordar com a sugestão que são os europeus que estão a atrasar a paz na
Ucrânia. O negociador americano apresentou propostas (por ele elaboradas,
ou pela Rússia?) que implicam uma capitulação total da Ucrânia, com cedência de
território à Rússia. Isso é inaceitável e obviamente que a União Europeia tem o
dever de impedir isso. De uma vez por todas o Presidente Trump deveria dar
instruções para que as negociações fossem a sério, lideradas pelo Secretário de
Estado Rubio e incluindo directamente a Ucrânia, a Rússia e a UE. Esta
lógica de mediação e subserviência a Moscovo não faz sentido. Relativamente
à necessidade de regenerar a Europa e deixar cair de vez o wokismo e a
sua influência perversa a todos os níveis estou plenamente de acordo. A Europa
é a base da cultura que desenvolveu o mundo, desde a Grécia ao Cristianismo,
tenhamos orgulho no nosso passado e saibamos defender os nossos valores. Paulo
Machado: Achar
que o malandro é Trump, e que perturba o direito mundial e a grandeza da Europa, só serve para manter tudo como está. Daqui
a 3 ou 4 anos muda a presidência americana mas a Europa continuará a ser guiada
por lideres fracos, não eleitos directamente. José B
Dias: Subscrevo
na íntegra e aplaudo de pé!
Paulo Machado: Muito bem explicada a hipocrisia europeia. Nuno
Abreu: O
modelo económico socialista, que nos últimos anos varreu a Europa, chegou ao fim. Estamos perante a chegada de um mundo novo. Mas
o modelo novo não se implanta com revoluções mas sim com decisões tomadas
democraticamente. Martins
Jorge: Excelente
texto, obrigado pela coragem num mundo onde a verdade incomoda. Pedra Nussapato: Neste seu artigo, JNP não faz mais do que
estender à Europa o tradicional sentimento português de autoflagelação, ao
mesmo tempo que bajula o tal portador das "más novas". Sem dúvida que
esta administração Trump veio expor algumas fragilidades da Europa, mas isso
não deve ser encarado como um virtuosismo de Trump. Em muitos aspectos, Trump
está a trair a Europa e o Ocidente, nomeadamente em relação à Ucrânia com a sua
clara posição pro-Putin; mas claro que sobre isso JNP não diz nada. Já nem
comento a frase sobre a "censura da liberdade de expressão" nas redes
sociais; não é compatível com o intelecto de JNP. Manuel Matos: Texto profundo e magistral. Obrigado. Miguel
Macedo: Muito
bem! Como sempre! E realmente esta UE é mesmo sinistra! Uma desgraça! Jacinto Leite: Os EUA não precisam dum aliado que não pode com
as botas, muito menos se for socialista. De certeza que se os chineses
invadissem a América, a Europa não ajudava e até aplaudia. GateKeeper: Top 10. josé
cortes > SDC Cruz: Falta referir o mais actual e importante: A Europa quer impor contingentes
de imigrantes a cada país da EU. O QUÊ? a Hungria e a Polónia
disseram não, pois claro.
Manuel Lisboa: Olhe que não... A national security strategy do
actual chefe da administração central de Washington, de nacional tem pouco, de
segurança nada e quanto à estratégia aponta para um emaranhado de lugares
comuns, que podiam ter alguma razão de ser nos idos anos noventa do século XX. Compreendo
o fascínio pelas diatribes contra a Europa, que nada acrescentam; revelam o
conhecido menosprezo (ou será inveja?) pelo "velho mundo", que é
recíproco. Tudo bem enquanto ambos os lados do Atlântico continuarem a
fingir unidade transatlântica, apesar de desabafos e arrufos momentâneos.
De longe, o mais importante do tão comentado documento, não é o que está
impresso e publicado, mas sim o que lá não está: minimiza as ameaças chinesa e
russa; alicerça a sua política interna na divisão e não na coesão, como que a sua
principal divisa fosse ataco, divido, logo existo; terceiro e final (até para
não alongar em demasia o comentário) não há nada de novo, apenas a repetição de
ideias, a maior parte bafientas e as poucas coerentes têm mais de cem anos.
De facto, reconheça-se a correcta determinação da actual administração
norte-americana em erradicar a influência desse conjunto de ideias, atitudes
altamente repressivas e castrantes, conhecidas por woke. Todavia, as medidas não têm sido devidamente
acompanhadas por esclarecimentos e bases académicas, que as desmontem fazendo
transparecer através do debate o absurdo dos pressupostos estúpidos e
aberrantes em que se baseia esse pernicioso compósito ideológico enviesado e
atentatório da dignidade da pessoa. Repressão imitando os fanáticos
defensores woke, além de não ser suficiente, poder-se-á revelar
contraproducente. Mais, as pessoas precisam de algo mais como esperança e os
norte-americanos também apreciam objectivos desafiadores e não apenas jactância
do seu chefe temporário, ainda por cima velho e rancoroso, com a sua atitude
irascível, odienta e repressiva contra todos os que discordem das suas
políticas ou apontem as suas constantes pantominices.
Luís
Martins: Bom,
a primeira vez que vi e ouvi Trump, achei-o prepotente, arrogante e narcísico.
Passadas décadas, continuo a ver os mesmos predicados. Contudo, acho que os USA
têm razão nalgumas coisas, mas também percebo as posições da Europa. Gosto de
JNP, mas no meio de tanto realismo, talvez se tenha esquecido de se colocar na
pele dos ucranianos. A Ucrânia foi atacada, tem direito a defender-se. A Rússia
por procuração chinesa assedia e molesta a Europa faz tempo e depois é o
Macron, Starmer e Merz que são belicistas? Foram o Macron, Starmer e Merz que
agrediram outro país? E como católicos que somos, não nos estaremos a esquecer
de acolher o estrangeiro? Somos católicos e começamos a deportar em massa o
estrangeiro contrariamente ao que está nos Evangelhos? madalena
colaço: Análise
excelente pois olha para o mundo real e critica o mundo idealizado pelo trio
Merz, Starmer, Macron e claro da senhora Ursula van der Leyen. O documento de
Trump diz sem rodeios que pretende terminar com a política de ingerência dos
neoconservadores pelo mundo, e como lembra: Balcãs, Iraque, Afeganistão, Médio
Oriente, Sérvia, Ucrânia...Sublinhou os efeitos perversos da saída de Biden no
Afeganistão e o fim dos "cristãos do Oriente", e eu sublinho os
efeitos perversos nos Balcãs e Sérvia. A dita Nato, que esta tropa de
comentadores diz que é defensiva, esquece-se que na Sérvia, sem o aval da ONU,
bombardeou Belgrado durante mais de três meses, destruindo tudo, civis,
hospitais etc. para apoiar a soberania do Kosovo, elegendo um reconhecido
mafioso de tráfico de órgãos. O tráfico de órgãos de jovens sérvios no
Kosovo é um dos crimes mais hediondos da humanidade. Também sublinho a
ingerência na Ucrânia, no mandato de Obama, hoje testemunhado pela própria
Victoria Nuuland, embaixadora na Ucrânia nessa altura pôs e dispôs dos
ministros do governo e confessou no Senado que os EUA gastaram 5 mil milhões na
revolta Maidan. O trio e Ursula, estão permanentemente a obstaculizar um
acordo para a paz, negando ver a realidade no terreno, insistindo que os
Ucranianos vão vencer aos russos e entretanto morrem centenas de homens na
frente de guerra. O general Mandon, que está a mando de Macron, veio dizer
perante os presidentes de câmara do país que os franceses têm de se preparar
para perderem os seus filhos na guerra contra a Rússia em 2030. O trio
permanentemente atemoriza os europeus com uma invasão russa, e o que pretendem
é através do medo convergirem para uma Europa federal da Defesa. O que me
atemoriza é que Merz anunciou que pretende ser o país mais militarizado da
Europa. Por último, a corrupção no governo de Kiev, não passa desapercebido aos
ucranianos, que no Verão, quando encheram a praça Maidan para impedir que
Zelensky ficasse a dirigir as agências anticorrupção, vieram com cartazes a
pedir a demissão do todo-poderoso chefe de gabinete de Zelensky, que teve de se
demitir agora de funções devido à corrupção, mas aqui, as televisões não passam
as imagens da revolta dos ucranianos. Como é possível a elite andar a roubar
milhões, quando os homens na frente de guerra têm falta de tudo.
Carlos
Chaves: Caro
Jaime Nogueira Pinto, será que o fez conscientemente? Rebentar com a sua
reputação assim num ápice? Comparar o financiamento a partidos de
extrema-direita na Europa pela administração Trump, ao apoio que infeliz e
tristemente o líderes Europeus têm dado aos woke democratas nos EUA?
Fechar os olhos ao que a administração Trump tem feito, como o desprezo pela
justiça de respeitar a soberania da Ucrânia, tornando-se num aliado do déspota
Putin? E não tem nada a dizer sobre alguém que quer invadir um país por “causa”
do tráfico de droga e depois indulta um preso (40 anos de pena) exactamente por
apoiar o tráfico de droga? E o caso Epstein, não conta nada? É caso para
dizer que o seu herói tem pés de barro! Que desilusão hoje tive ao ler esta sua
crónica, acho que vou fazer como no CDS, retirar da vista todos os seus livros
que tenho nas minhas estantes... Que tristeza! P.S. Sem dúvida que a Europa (os seus líderes), têm tido um comportamento
abjecto, mas nada justifica o apoio a estas políticas de Trump (se é que são
políticas), aliado a Putin, contra a nossa Europa! Deplorável! Carlos F.
Marques: Excelente.
A realidade é incontornável. Habituem-se. David
Pinheiro: Bravo!
Alguém com tom@tes! António
Costa e Silva: Enquanto
a "Europa" renunciar a ser Ocidente, continuará a ser um equívoco. Carlos Henrique Cunha Simões Soares: O memorando está de acordo com o actual
pensamento da liderança americana e é muito cristalino. É uma alavanca excepcional
para moldar o futuro da EU. Carlota
Pereira dos Santos: Muito
bom! Jacinto
Leite > Licínio Bingre do Amaral: Como quer que Trump respeite os europeus que
deixaram os russos ocupar a Crimeia e o resto da Ucrânia? Foram informados há 7
anos que tinham de se armar e nada fizeram. Américo
Silva: De
tão activos que são, o bísaro, o galo e o marabu, ainda ficam radioactivos.
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