domingo, 14 de dezembro de 2025

E as vidas vão rolando


Nos problemas respectivos, os políticos, contudo, e sobretudo os cultores do estudo, definindo o mundo com clarividência, para encanto – e gratidão - alheios. É o que faz JAIME NOGUEIRA PINTO, acompanhado pelos respectivos COMENTADORES.

 

Morte ao portador das más-novas: a Europa e a América

Os “europeus” parecem optar pela velha solução cleopátrica de matar o portador das más-novas. Aqui não matam, que o portador é maior e mais forte que eles. Mas moem.

JAIME NOGUEIRA PINTO Colunista do Observador

OBSERVADOR, 13 dez. 2025, 00:2065Registar

Foi com incredulidade e consternação que “a Europa” e o seu numeroso contingente de opinionmakers, influencers, comentadores e colunistas, recebeu o memorando 2025 National Security Strategy, da Administração Trump. E o choque foi tal que muitos até viram coisas que lá não estavam.

Não era para menos: para os eternos desprevenidos, o documento tinha a brevidade brutal de um murro no estômago e a consequente clareza na definição de amigos e inimigos, de objectivos, estratégias e críticas.

Perante o documento, podíamos aceitar a realidade, a nova realidade, lamentando o fim da era da hipocrisia, “a última homenagem que o vício presta à virtude”, e o mundo cru e sem o consolo da sinalização de virtude que abria. Mas parece que já não vai ser preciso: o fim da era da hipocrisia ainda só chegou à Administração norte-americana, uma vez que, ao que tudo indica, “a Europa” promete continuar a manter-se firme no farisaísmo.

Em bom estilo trumpista, o dito documento abre então com uma crítica às elites dos EUA, que até agora confundiram “os interesses nacionais norte-americanos” com o domínio do globo. Foi a política dos neoconservadores, que se obstinaram em tentar exportar, à força e pela força, o modelo político-económico americano, semeando conflitos desde os Balcãs ao Médio Oriente, da Sérvia e Ucrânia ao Iraque e ao Afeganistão. Algumas destas guerras com resultados perversos, como o fim dos “cristãos do Oriente” ou a “retirada” do Afeganistão no tempo de Biden.

Palavras duras para quem combate o “discurso de ódio da extrema-direita” e dispõe da amplamente distribuída “licença para odiar” Trump, trumpistas e afins (licença de porte obrigatório para quem quer singrar em televisões e comissões e correr o risco de se deixar cegar).

Assim, este documento de estratégia nacional 2025, que traz a inequívoca marca de Trump e do America First, mesmo que não fosse chocante, seria sempre um choque para auditórios e cenáculos habituados a que os amargos e por vezes pouco éticos fins e meios políticos se escondam sob as doçuras de uma espessa camada de grandiloquência retórica humanitária.

De irmão para irmão

Aqui, o que mais choca “a Europa” é a exígua quantidade de referências ao Velho Continente (“só” três páginas em 29), bem como a substância das referências, que apontam para o condicionamento ou para a morte anunciada da Relação Transatlântica.

Será mera arrogância ou mais o conselho de um irmãomais novo mas mais forte – ao mano que abusa da amizade, que se precipita para a desgraça mas que teima em não mudar?

De qualquer forma, “os americanos” – leia-se a Administração Trumpcontinuam a falar da essencialidade da relação atlântica, ainda que aconselhem os seus parceiros europeus (referindo-se, especificamente ao trio Macron, Merz e Starmer e aos dirigentes de Bruxelas Ursula Van der Leyen, António Costa, Kaja Kallas) a deixarem de ludibriar a democracia em nome da democracia, usando e abusando dos controlos censórios das redes sociais e manipulando os poderes judiciais para fins políticos, como anular eleições e banir dirigentes incómodos. Fazem-no com clareza, até porque sabem que a Europa e os europeus em questão talvez já não representem a maioria dos eleitores. Tanto que, em França, entre a União Nacional de Le Pen e a Esquerda de Mélanchon, o centrão macroniano é claramente minoritário; e que também no Reino Unido, segundo as sondagens, se houvesse eleições, os nacionalistas de Neil Farage varreriam à direita e à esquerda; ou que, na Alemanha, Merz, além de ter de se aliar com a esquerda do SPD num “bloco central”, tem a AFD a crescer. E fazem-no com a certeza de que todos estes partidos, se vierem a ser poder, tenderão a alinhar com as políticas norte-americanas. Cada um a seu modo, mas a alinhar.

Interferências

Curiosa também é a indignação, manifestada oficialmente, perante a “interferência” americana na política europeia, com a exposição, no documento, dos males da Europa estagnação económica, imigração descontrolada conducente à mudança de identidade demográfica e cultural e outros males.

Ora se os dirigentes de Bruxelas acusam a Administração Trump de interferência, a Administração Trump também terá as suas razões de queixa. Foram mais que muitos os políticos europeus em funções e uma legião de comentadores que apoiaram Kamala Harris na eleição americana e que atacaram Trump implícita ou explicitamente. Ou mais explícita do que implicitamente. Outro motivo de indignação da “Europa” é a desfaçatez com que, num verdadeiro ataque aos “valores europeus liberais e democráticos”, se faz referência aos partidos nacional-conservadores e populares que já governam nalguns países da Europa ou que são dados como favoritos pelas sondagens.

Além de tudo isto, merece também duras críticas a posição realista de Washington quanto à guerra na Ucrânia, situada algures entre o presidente Trump e o Secretário de Estado Rubio (este atendendo mais às objecções ucranianas, aquele mostrando alguma impaciência com Zelensky).

Aparentemente, para “a Europa”, dizer que a solução tem vindo a ser obstaculizada por dirigentes europeus é estar a mentir. E parece ser também irrelevante para a paz que o trio Macron, Merz, Starmer, que a toda a hora reúne com Zelensky, se entretenha a embargar qualquer princípio de negociação, não dando alternativas e procurando criar a impressão de que Putin dita as condições a Trump e que Witcoff está a servir os russos.

Entretanto Macron, que, incapaz de encontrar um governo que passe no seu Parlamento se desdobra em declarações belicistas, arranjou um comparsa militar, um tal de general Mandon (sugestivo nome), especializado em propósitos tremendistas. Daí que a grande preocupação americana quanto à Ucrânia, e sobretudo quanto às consequências da continuação da guerra da Ucrânia, seja o risco de uma “potencialmente catastrófica escalada com a Rússia, chegando à confrontação nuclear”.

Este risco de escalada e de confrontação nuclear é um primeiro aviso que se faz no documento em relação à Europa. O segundo é de que a Europa deverá preparar-se a médio prazo para uma presença militar americana reduzida. O terceiro, é de que não vai haver expansão da NATO.

O documento, na sua clareza brutalquase tão brutal como a realidade – refere ainda as “expectativas irrealistasgeneralizadas quanto ao desfecho da guerra da Ucrânia. É isto que sublinha o The American Conservative, que noutros aspectos, como quanto ao Médio-Oriente ou à pressão sobre a Venezuela, é muito crítico de Trump.

No entanto, ao contrário do relatado, entre nós, por alguns comentadores, o Documento Estratégia 2025 não deixa dúvidas quanto a Taiwan, declarando que Washington é contra qualquer mudança unilateral naquele estreito.

Morte ao portador das más-novas

Mas talvez o mais importante seja o diagnóstico crítico que emerge do documento, o diagnóstico de uma Europa em “erosão civilizacional”. O declínio que os Estados Unidos apontam à Europa pode centrar-se na economia e na defesa, mas é a falta de valores de orientação, ou o seu desnorte, que o dita. As elites europeias, sobretudo as políticas e intelectuais, com os seus ideais mundialistas e hedonistas, abandonaram os valores religiosos, patrióticos e familiares que identificavam a Europa, privilegiando o materialismo consumista que as levou a reduzir a Política à Economia. Daí a políticatambém seguida até Trump nos Estados Unidos – de desindustrialização e deslocalização de indústrias, que acabou por marginalizar as classes trabalhadoras e abalar as classes médias.

Ao mesmo tempo, o chamado wokismoa ideologia das novas esquerdas levada para a América por filósofos europeus, e que da América retornou à Europa em ponto de rebuçado –, não morreu e continua a tomar conta das sensibilidades intelectuais de meia-Europa, impondo os seus absurdos princípios como “novo senso comum” através de alguma Academia, de alguma intelectualidade e de grande parte dos meios de comunicação de massas.

A decadência de uma elite e de um povo caracteriza-se quase sempre pelo complexo de culpa; este, por sua vez, objectiva-se na relação com a História, que, no caso dos povos europeus colonizadores, é reduzida à opressão e à escravização, num mea culpa, mea maxima culpa que os grupos ou grupúsculos esquerdistas exploram, com grande habilidade, extorquindo o que dele podem moral e materialmente.

Os “europeus” parecem optar pela velha solução cleopátrica de matar o portador das más-novas. Aqui não matam, que o portador é maior e mais forte que eles. Mas moem.

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COMENTÁRIOS (de 65)

Português de bem;  (referindo-se, especificamente ao trio Macron, Merz e Starmer e aos dirigentes de Bruxelas Ursula Van der Leyen, António Costa, Kaja Kallas) a deixarem de ludibriar a democracia em nome da democracia, usando e abusando dos controlos censórios das redes sociais e manipulando os poderes judiciais para fins políticos, como anular eleições e banir dirigentes incómodos. A UE resumida na perfeição. Esta UE mete nojo, tragam de volta a CEE.             Paulo Machado  > SDC Cruz: A Europa é forte e unida? Elegeu alguma das pessoas que lidera a UE? A título de exemplo, quem dos eleitores europeus, votou em António Costa?            Rui Lima: Ontem estava a ver uma ilustração de Cervantes  a ser apresentado a Hassan Pacha, rei de Argel, na condição de escravo, um lembrete incómodo de uma história que a Europa prefere esquecer. A imagem expõe o paradoxo europeu as elites só reconhecem culpas e nunca as nossas vítimas, durante  séculos, centenas de milhares  de europeus foram escravizados fora da Europa, mas essa memória foi apagada em favor de uma narrativa de culpa permanente. Não surpreende que o recente documento estratégico americano, que redesenha a ordem mundial e afasta os EUA da Europa, reflicta também este cansaço, uma  Europa que se vê apenas como culpada perde respeito, peso político e aliados. Até Trump percebeu isso.                      A FJ: Como explicado e bem, os líderes do eixo central europeu, o tal trio, já não representam o seu eleitorado. É essa a mudança que falta, tudo o resto se seguirá. Culpar o Trump, extremas-direitas e fascismos, com apoio da CS, é apenas uma estratégia para esconder o próprio, e flagrante falhanço europeu. Venha a mudança, está mais que na hora.           Licínio Bingre do Amaral: Normalmente concordo com as suas opiniões lúcidas e extremamente bem informadas e apresentadas. Neste artigo não posso concordar com a sugestão que são os europeus que estão a atrasar a paz na Ucrânia.  O negociador americano apresentou propostas (por ele elaboradas, ou pela Rússia?) que implicam uma capitulação total da Ucrânia, com cedência de território à Rússia. Isso é inaceitável e obviamente que a União Europeia tem o dever de impedir isso. De uma vez por todas o Presidente Trump deveria dar instruções para que as negociações fossem a sério, lideradas pelo Secretário de Estado Rubio e incluindo directamente a Ucrânia, a Rússia e a UE. Esta lógica de mediação e subserviência a Moscovo não faz sentido. Relativamente à necessidade de regenerar a Europa  e deixar cair de vez o wokismo e a sua influência perversa a todos os níveis estou plenamente de acordo. A Europa é a base da cultura que desenvolveu o mundo, desde a Grécia ao Cristianismo, tenhamos orgulho no nosso passado e saibamos defender os nossos valores.                Paulo Machado: Achar que o malandro é Trump, e que perturba o direito mundial e a grandeza da Europa, só  serve para manter tudo como está. Daqui a 3 ou 4 anos muda a presidência americana mas a Europa continuará a ser guiada por lideres fracos, não eleitos directamente.              José B Dias: Subscrevo na íntegra e aplaudo de pé!                   Paulo Machado: Muito bem explicada a hipocrisia europeia.                      Nuno Abreu: O modelo económico socialista, que nos últimos anos varreu a Europa, chegou ao fim. Estamos perante a chegada de um mundo novo. Mas o modelo novo não se implanta com revoluções mas sim com decisões tomadas democraticamente.                   Martins Jorge: Excelente texto, obrigado pela coragem num mundo onde a verdade incomoda.        Pedra Nussapato: Neste seu artigo, JNP não faz mais do que estender à Europa o tradicional sentimento português de autoflagelação, ao mesmo tempo que bajula o tal portador das "más novas". Sem dúvida que esta administração Trump veio expor algumas fragilidades da Europa, mas isso não deve ser encarado como um virtuosismo de Trump. Em muitos aspectos, Trump está a trair a Europa e o Ocidente, nomeadamente em relação à Ucrânia com a sua clara posição pro-Putin; mas claro que sobre isso JNP não diz nada. Já nem comento a frase sobre a "censura da liberdade de expressão" nas redes sociais; não é compatível com o intelecto de JNP.         Manuel Matos: Texto profundo e magistral. Obrigado.                      Miguel Macedo: Muito bem! Como sempre! E realmente esta UE é mesmo sinistra! Uma desgraça!                  Jacinto Leite: Os EUA não precisam dum aliado que não pode com as botas, muito menos se for socialista. De certeza que se os chineses invadissem a América, a Europa não ajudava e até aplaudia.                     GateKeeper: Top 10.                josé cortes > SDC Cruz: Falta referir o mais actual e importante: A Europa quer impor contingentes de imigrantes a cada país da EU.  O QUÊ?  a Hungria e a Polónia disseram não, pois claro.                  Manuel Lisboa: Olhe que não... A national security strategy do actual chefe da administração central de Washington, de nacional tem pouco, de segurança nada e quanto à estratégia aponta para um emaranhado de lugares comuns, que podiam ter alguma razão de ser nos idos anos noventa do século XX. Compreendo o fascínio pelas diatribes contra a Europa, que nada acrescentam; revelam o conhecido menosprezo (ou será inveja?) pelo "velho mundo", que é recíproco. Tudo bem enquanto ambos os lados do Atlântico continuarem a fingir unidade transatlântica, apesar de desabafos e arrufos momentâneos.  De longe, o mais importante do tão comentado documento, não é o que está impresso e publicado, mas sim o que lá não está: minimiza as ameaças chinesa e russa; alicerça a sua política interna na divisão e não na coesão, como que a sua principal divisa fosse ataco, divido, logo existo; terceiro e final (até para não alongar em demasia o comentário) não há nada de novo, apenas a repetição de ideias, a maior parte bafientas e as poucas coerentes têm mais de cem anos.   De facto, reconheça-se a correcta determinação da actual administração norte-americana em erradicar a influência desse conjunto de ideias, atitudes altamente repressivas e castrantes, conhecidas por woke. Todavia, as medidas não têm sido devidamente acompanhadas por esclarecimentos e bases académicas, que as desmontem fazendo transparecer através do debate o absurdo dos pressupostos estúpidos e aberrantes em que se baseia esse pernicioso compósito ideológico enviesado e atentatório da dignidade da pessoa. Repressão imitando os fanáticos defensores woke, além de não ser suficiente, poder-se-á revelar contraproducente. Mais, as pessoas precisam de algo mais como esperança e os norte-americanos também apreciam objectivos desafiadores e não apenas jactância do seu chefe temporário, ainda por cima velho e rancoroso, com a sua atitude irascível, odienta e repressiva contra todos os que discordem das suas políticas ou apontem as suas constantes pantominices.               Luís Martins: Bom, a primeira vez que vi e ouvi Trump, achei-o prepotente, arrogante e narcísico. Passadas décadas, continuo a ver os mesmos predicados. Contudo, acho que os USA têm razão nalgumas coisas, mas também percebo as posições da Europa. Gosto de JNP, mas no meio de tanto realismo, talvez se tenha esquecido de se colocar na pele dos ucranianos. A Ucrânia foi atacada, tem direito a defender-se. A Rússia por procuração chinesa assedia e molesta a Europa faz tempo e depois é o Macron, Starmer e Merz que são belicistas? Foram o Macron, Starmer e Merz que agrediram outro país? E como católicos que somos, não nos estaremos a esquecer de acolher o estrangeiro? Somos católicos e começamos a deportar em massa o estrangeiro contrariamente ao que está nos Evangelhos?                    madalena colaço: Análise excelente pois olha para o mundo real e critica o mundo idealizado pelo trio Merz, Starmer, Macron e claro da senhora Ursula van der Leyen. O documento de Trump diz sem rodeios que pretende terminar com a política de ingerência dos neoconservadores pelo mundo, e como lembra: Balcãs, Iraque, Afeganistão, Médio Oriente, Sérvia, Ucrânia...Sublinhou os efeitos perversos da saída de Biden no Afeganistão e o fim dos "cristãos do Oriente", e eu sublinho os efeitos perversos nos Balcãs e Sérvia. A dita Nato, que esta tropa de comentadores diz que é defensiva, esquece-se que na Sérvia, sem o aval da ONU, bombardeou Belgrado durante mais de três meses, destruindo tudo, civis, hospitais etc. para apoiar a soberania do Kosovo, elegendo um reconhecido mafioso de tráfico de órgãos. O tráfico de órgãos de jovens sérvios no Kosovo é um dos crimes mais hediondos da humanidade. Também sublinho a ingerência na Ucrânia, no mandato de Obama,  hoje testemunhado pela própria Victoria Nuuland, embaixadora na Ucrânia nessa altura pôs e dispôs dos ministros do governo e confessou no Senado que os EUA gastaram 5 mil milhões na revolta Maidan.  O trio e Ursula, estão permanentemente a obstaculizar um acordo para a paz, negando ver a realidade no terreno, insistindo que os Ucranianos vão vencer aos russos e entretanto morrem centenas de homens na frente de guerra. O general Mandon, que está a mando de Macron, veio dizer perante os presidentes de câmara do país que os franceses têm de se preparar para perderem os seus filhos na guerra contra a Rússia em 2030. O trio permanentemente atemoriza os europeus com uma invasão russa, e o que pretendem é através do medo convergirem para uma Europa federal da Defesa. O que me atemoriza é que Merz anunciou que pretende ser o país mais militarizado da Europa. Por último, a corrupção no governo de Kiev, não passa desapercebido aos ucranianos, que no Verão, quando encheram a praça Maidan para impedir que Zelensky ficasse a dirigir as agências anticorrupção, vieram com cartazes a pedir a demissão do todo-poderoso chefe de gabinete de Zelensky, que teve de se demitir agora de funções devido à corrupção, mas aqui, as televisões não passam as imagens da revolta dos ucranianos. Como é possível a elite andar a roubar milhões, quando os homens na frente de guerra têm falta de tudo.               Carlos Chaves: Caro Jaime Nogueira Pinto, será que o fez conscientemente? Rebentar com a sua reputação assim num ápice? Comparar o financiamento a partidos de extrema-direita na Europa pela administração Trump, ao apoio que infeliz e tristemente o líderes Europeus têm dado  aos woke democratas nos EUA? Fechar os olhos ao que a administração Trump tem feito, como o desprezo pela justiça de respeitar a soberania da Ucrânia, tornando-se num aliado do déspota Putin? E não tem nada a dizer sobre alguém que quer invadir um país por “causa” do tráfico de droga e depois indulta um preso (40 anos de pena) exactamente por apoiar o tráfico de droga? E o caso Epstein, não conta nada?  É caso para dizer que o seu herói tem pés de barro! Que desilusão hoje tive ao ler esta sua crónica, acho que vou fazer como no CDS, retirar da vista todos os seus livros que tenho nas minhas estantes... Que tristeza!          P.S. Sem dúvida que a Europa (os seus líderes), têm tido um comportamento abjecto, mas nada justifica o apoio a estas políticas de Trump (se é que são políticas), aliado a Putin, contra a nossa Europa! Deplorável!                       Carlos F. Marques: Excelente. A realidade é incontornável. Habituem-se.                      David Pinheiro: Bravo! Alguém com tom@tes!                  António Costa e Silva: Enquanto a "Europa" renunciar a ser Ocidente, continuará a ser um equívoco.     Carlos Henrique Cunha Simões Soares: O memorando está de acordo com o actual pensamento da liderança americana e é muito cristalino. É uma alavanca excepcional para moldar o futuro da EU.                        Carlota Pereira dos Santos: Muito bom!       Jacinto Leite > Licínio Bingre do Amaral: Como quer que Trump respeite os europeus que deixaram os russos ocupar a Crimeia e o resto da Ucrânia? Foram informados há 7 anos que tinham de se armar e nada fizeram.                Américo Silva: De tão activos que são, o bísaro, o galo e o marabu, ainda ficam radioactivos.

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