Por um despenhadeiro invisível, mas bem definido, que não tem só a ver
com a inflação, sabem-no todos, que estamos sujeitos a estes muitos entraves,
resultantes de uma governação de colheita e distribuição de dinheiros externos
e internos – estes últimos, dos juros exorbitantes, ao que se diz e se sente,
num mecanismo de extorsão, aparentemente compensados por uma distribuição
esmoler desses dinheiros externos, e nunca, como em todo o sempre, de resto, de
uma justa compensação de trabalho, que, aliás, foi reduzido drasticamente hoje,
por via da opção pela esmola e abaixamento laboral – moral também - num delírio
de solidariedade parcial, paralela ao ódio igualmente parcial, este último pelo
capitalista explorador conquanto produtor. Mas este discurso não passa de um
disco rachado repetitivo, de uma leiga que agradece, uma vez mais, ao Dr. Salles,
a lição, desta vez de Economia, que se prevê enriquecedora, na continuação,
como, aliás, o foi esta primeira.
HENRIQUE SALLES DA
FONSEC, repetitivo, de uma leiga que agradece a lição
A BEM DA NAÇÃO16.02.23
Se vivêssemos num compêndio de
economia, diríamos que a inflação e a deflação correspondem a descoordenações entre
o volume dos meios de pagamento em circulação numa economia e a oferta de bens
e serviços nessa mesma economia, mas
vivemos no mundo real e os conceitos correntes são o de que a
inflação é o aumento dos preços e a deflação é o seu contrário.
Por um despenhadeiro
O surto inflacionista por que ora passamos tem origem nas cotações
do crude, do gás natural e dos cereais, tudo causado pela guerra na Ucrânia e
pela quase coincidência temporal com o cansaço dos mercados de capitais da
política dos juros negativos.
A alta das cotações das
«commodities» tem a ver com a normal
especulação bolsista e com a
pecaminosa manipulação dos mercados através de «news» mais ou menos «fake» que tanto servem as
altas como as baixas. Mas, por bem ou por mal, há custos contabilísticos iniludíveis
que não podem ser violados sob pena de suicídio financeiro dos agentes
económicos. A compra na
baixa e a venda na alta fazem os mercados mexer mas a aceleração e/ou ampliação
dessas oscilações desvirtua a transparência dos mercados e justificaria a
existência de instituições públicas nacionais ou internacionais que se
propusessem intervir nas baixas em defesa da oferta e nas altas em defesa da
procura imediata (em Bolsa) ou final (os consumidores). Os Poderes
Públicos não se podem alhear do zelo pelo bem-comum.
Queixam-se os nossos governantes
sucessivos de que tudo são causas externas que escapam ao controlo das
políticas internas.
Será mesmo?
(continua)
Fevereiro de 2023
Henrique Salles da Fonseca
Tags:neconomia
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