Um comentário e peras a explicitar o sentido da síntese que nos dá o Dr. Salles a respeito desses signos que refere,
com a sua ponta irónica. E, embora, nos tempos antigos os admiradores de Max
achassem maroteira irónica na sua declamação do “Toca a marchar”: “Se p’r’à
esquerda ouço dizer, viro sempre p’r’á direita” – hoje, talvez aceitem
melhor tal proposta, que a mim me faz antepor o comentário demonstrativo de António Justo ao texto do Dr Salles, a rodeá-lo como dogma – embora de
conceito igualmente irónico, é certo, mas quem sabe se também de anuência com
uma certa realidade de real amor pátrio? Penso que Pedro
Passos Coelho seria dos tais a quem não se aplicaria essa definição
de direita.
António Justo,
14.02.2023 13:24: É assim mesmo, como diz! De facto, os equívocos da esquerda e da direita
limitam-se a uma preocupação: a esquerda ostenta a bandeira da preocupação da
distribuição do que não tem para dar e a direita ostenta a bandeira da produção
que vai tendo. A esquerda esgota-se na
preocupação e a direita esgota-se na produção, ambos sem notarem o que acontece
à sua volta!
A ESQUERDA E A DIREITA NA POLÍTICA
ESQUERDA - preocupação com a
distribuição da riqueza mesmo que esta não exista;
DIREITA - preocupação com o aumento da
riqueza mesmo que esta já exista
A BEM DA NAÇÃO, Fevereiro de 2023
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
link do post: Opinião
COMENTÁRIOS:
António
Justo, 14.02.2023 13:24: É assim mesmo, como diz! De facto, os equívocos da
esquerda e da direita limitam-se a uma preocupação; a esquerda ostenta a
bandeira da preocupação da distribuição do que não tem para dar e a direita
ostenta a bandeira da produção que vai tendo. A esquerda esgota-se na
preocupação e a direita esgota-se na produção, ambos sem notarem o que acontece
à sua volta!
Adriano Miranda Lima 14.02.2023 19:48: Penso que
esta síntese diz toda a verdade. No que respeita à Esquerda ocorre este adágio
popular: "em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão".
Sim, muitas vezes quer-se distribuir o que não existe ou cujas condições para
que exista não são criadas. É assim que surge o ruído e a confusão, com cada
conflituante (sobretudo os de certa estirpe ideológica) a argumentar como se na
posse exclusiva da razão. E cai-se num paradoxo na medida em que o próprio
confronto social gerado pela preocupação positiva para distribuir o que não
existe acaba por reduzir ou comprometer ainda mais as condições para uma
efectiva distribuição.
Francisco G. de Amorim 14.02.2023 22:11: Retrato fiel! Muito simples, claro,
preciso e concluso!
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