Do nosso sentido bem sentido.
Ramalho Eanes. "Faz sentido"
celebrar o 25 de Novembro, "mas data fundadora da democracia" é o 25
de Abril
Antigo Presidente da República diz
que "data fundadora da democracia" é o 25 de Abril de 1974, mas que
25 de Novembro de 1975 também deve ser celebrado. “Separar as datas é um erro
histórico."
OBSERVADOR, 22 abr. 2024
▲António
Ramalho Eanes saiu vitorioso das primeiras presidenciais por sufrágio directo e
universal, em junho de 1976, tornando-se assim o primeiro Presidente da
República eleito em democracia JOSE SENA GOULAO/LUSA
O antigo chefe de Estado português Ramalho Eanes defendeu este
domingo que “faz inteiramente sentido” que
o 25 de Novembro de 1975 seja celebrado, “mas [que a data fundadora da democracia” é o 25 de Abril”, sublinhou, em entrevista à SIC.
“É
o 25 de Abril que assume perante o povo português o compromisso de honra de lhe
devolver a soberania e a liberdade, de fazer com que os portugueses façam
aquilo que entendem para viver o seu presente e desenhar o seu futuro”, assinalou.
“Houve, como toda a gente sabe, sobretudo
os mais velhos, aquela perturbação terrível a que chamaram PREC e houve,
obviamente, ameaças significativas à intenção original do 25 de Abril, que era
a intenção democrática. O 25 de Novembro reassumiu esse compromisso original”.
Rosto
do 25 de Novembro, o movimento político e militar que concluiu o
conturbado processo revolucionário em curso e devolveu estabilidade à jovem
democracia portuguesa, Ramalho
Eanes diz que
“faz sentido” celebrar a data, tal como o 25 de Abril de 1974, e entende que
quem quer separar as duas datas está “a cometer um erro histórico”.
“Os erros históricos nunca são
convenientes, porque a história, quando é apresentada na sua totalidade,
permite-nos que a ela voltemos, para nela aprender e evitar cometer erros que
foram cometidos no passado”, disse o primeiro Presidente da República eleito em
democracia.
Fazendo
um balanço dos 50 anos da Revolução, Ramalho Eanes, que venceu as primeiras
presidenciais por sufrágio directo e universal, em junho de 1976, destacou as
mudanças positivas, sobretudo, nas áreas da Saúde e Educação, lembrando que em
1974 havia “uma miséria pungente” que foi atenuada, mas que ainda não
desapareceu.
Em entrevista à SIC no espaço de comentário
de Luís Marques Mendes, Ramalho Eanes terminou com um apelo: “É muito importante que se debrucem sobre o
25 de Abril, que façam uma reflexão sobre aquilo que se conseguiu. Mas acho que
é mais importante ainda que façam uma reflexão sobre aquilo que querem que
venha a ser o país. Uma reflexão que permita ver o que é necessário para que
tenhamos um presente melhor, de maior inclusão e um futuro que corresponda ao
desejo dos portugueses.”
25 DE ABRIL PAÍS ANTÓNIO
RAMALHO EANES
COMENTÁRIOS (de 25)
João Floriano: Erro histórico é tentar meter o 25 de Abril e o 25 de Novembro no mesmo
saco. Esta tentativa de colar as duas datas interessa apenas à esquerda e não é
por acaso que durante muitos anos o 25 de Novembro passava praticamente
despercebido. O 25 de Novembro representa o afastamento de um governo comunista
fantoche. É por isso que a esquerda não gosta da data e muito menos que seja
festejada. Pertinaz: Qualquer dia até Ramalho Eanes é fascista… João Floriano > Jorge Pereira: Xenófobo! Diga mal mas aprenda a
escrever. Eu gosto muito de Saloios: trabalhadores, acolhedores, muito boa
gente , come-se e bebe-se divinalmente na zona saloia. Luis Freitas: O 25 de Abril de 1974 é a data
do fim da ditadura do Estado Novo o 25 de Novembro de 1975 é a data do fim da
tentativa de instaurar uma ditadura comunista ou da extrema esquerda que
queriam assassinar a democracia. Portanto ambas as datas são simultaneamente
muito importantes o 25 de Abril não é mais importante do que o 25 de Novembro. A tentativa do assassinato do 25 de Novembro de 1975 pela esquerda do PS
aliada à extrema esquerda é simplesmente criminosa, se a AD não reparar este
erro histórico será mais uma prova que o PS=PSD e portanto o Chega será nas
próximas eleições legislativas o maior partido político ou no mínimo o segundo
partido político com mais deputados na Assembleia da República. Tiago S: DEMOCRACIA:
O 25 de abril é a
data do fim da guerra colonial.
Foi por causa
dela, e por um levantamento de rancho castrense (contra a decisão da
instituição militar a favor dos milicianos é bom não esquecer) que os
capitães cansados das comissões de áfrica derrubaram e bem o regime. Lembrar que no hiato entre os dois 25's não tivemos liberdade como a
entendemos hoje, e muito menos democracia, ou mesmo o fim dos presos políticos
(a 24 de Novembro eram mais do que eram a 24 de Abril). O 25 de Novembro é a data de restauração dos direitos, liberdades e
garantias de acordo com a constituição que viria a ser aprovada à época e
que ainda hoje no essencial se mantém. Com efeito,
direitos, liberdades e garantias com um módico de civilização ocidental e de
democracia europeia e não com a interpretação comunista-maoista à época do que
valiam esses direitos, liberdades e garantias, e que nos atiraram o país para o
cu da europa durante 20 anos e nos iam tornando numa nova Albânia. Conclusão: o 25 de Novembro é a data da democracia. Luis Freitas > Liberales Semper Erexitque: O verdadeiro dia da liberdade e
de termos uma democracia foi no dia 25 de Novembro de 1975. José Costa-Deitado: suponho que haverá duas formas opostas de
festejar o 25 de Abril: os que festejam, celebrando o PREC e detestando o 25 de
Novembro; os que festejam celebrando a Liberdade confirmada a 25 de Novembro e
detestando o PREC… Tiago SJ. Lombardo: Caro Lombardo, Agradeço o
reparo que me passou no texto. O que queria dizer é o que está editado agora. O
espírito mantém-se: existe um antes e depois do 25 de Novembro em termos de
direitos, liberdades e garantias. É o momento fundacional da democracia. João
Alves: Faz todo o sentido. O 25 de Abril e os tais "valores de Abril"
não têm nada que ver com democracia ou liberdade, isso é o que o 25 de Novembro
representa. o 25 de Abril é um feriado de celebração do comunismo e do
socialismo autoritário e, claro, é isso que a esquerda política adora e como
tal passaram 40 anos em propaganda permanente a esta data.
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