segunda-feira, 15 de abril de 2024

Sabedoria, com arte


Dois textos do A BEM DA NAÇÃO, fruto da sabedoria e da meditação, prazenteira ou não, esta última. Mas sempre certeira, embora, de eficácia reduzida, por defeito nosso, avessos a leituras, excepto, talvez, as da internet. Daí que eu tenha procurado um apoio na Wikipédia, para esclarecimento do apelo final do 2º Texto de HSF.

 

TEXTOS de HENRIQUE SALLES DA FONSECA em A BEM DA NAÇÃO, 14.04.24

 

I TEXTO: ROBERTO CARNEIRO

Na morte do Professor Roberto Carneiro, recordo uma frase por si proferida quando era Ministro da Educação - a qual, anos mais tarde, ma confirmou e autorizou a reproduzir:

- Em Portugal, quem mais combate o analfabetismo não é o Ministério da Educação mas sim as agências funerárias.

RIP

Henrique Salles da Fonseca

 

II TEXTO: DOGMAS vs REALIDADES

HENRIQUE SALLES DA FONSECA

A BEM DA NAÇÃO, 14.04.24

Dogma – Os ricos são ricos porque roubam os pobres.

Realidade Os ricos são ricos porque desfrutam das mais-valias do investimento; os pobres nada possuem que lhes possa ser roubado.

Dogma Os ricos roubam as mais-valias do trabalho dos pobres.

RealidadeO trabalho, por si só, não tem qualquer valor: o trabalho é um factor de produção que só vale em função da acção que exerce sobre os demais factores de produção. Caso estes faltem, o trabalho cessa e o trabalhador baixa os braços e pode ser dispensado.

Dogma A tributação do trabalho é uma afronta à classe trabalhadora.

Realidade -… mas deixa de parecer essa afronta quando o trabalhador se aposenta e passa a receber a pensão financiada pelos descontos dos trabalhadores que se encontram no activo. É ao que se chama a solidariedade social: Se fosse o Estado a pagar as pensões, não haveria lugar para guardar o buraco orçamental e se se recorresse à emissão monetária, logo o valor da moeda baixaria até às profundezas infernais. Sejamos, pois, solidários.

Dogma Os ricos que paguem a crise!

Realidade – A República rege-se pelos princípios da liberdade, da igualdade e da solidariedade. Sobre esta, referi-me alguns parágrafos acima e, quanto à liberdade, este texto é a prova dela. Mas em relação à igualdade… há uns mais iguais que outros… pois a igualdade fiscal não existe ao abrigo de uma parangona falaciosa a que se chama «justiça fiscal». Parangona, porque a escarrapacham em tudo quanto é discurso laudatório do «bom povo» com vista a criar o ambiente propício à taxação progressiva dos escalões mais altos do IRS. E a primeira pergunta que ocorre tem a ver com o que o Estado (Administração Pública, Governo…) fez mais aos ricos do que aos pobres que justifique essa taxação progressiva. E a resposta é a de que nada mais fez e, pelo contrário, faz mais pelos pobres do que pelos ricos privilegiando a maior massa eleitoral. Mas há mais para além da demagogia eleitoralista. Refiro-me ao «desagravamento fiscal» com vista a aliviar o estrangulamento (fiscal, claro).

O alívio do aperto do dito nó corrediço faz com que, nos mais baixos escalões do IRS se reduza o risco dos incumprimentos no âmbito do tradicional sobre-endividamento das famílias portuguesas, nos escalões a seguir na escala ascendente, o alívio dirigir-se-á ao consumo de bens correntes e logo depois, acima, ao consumo de bens duradouros. Na(s) classe(s), onde a benesse incentivaria a poupança e o investimento, não há alívio fiscal. E também não há justiça, há falácia fiscal.

Volta Ronald Reagan! Eles hão-de perdoar-te!

 

Abril de 2024

Henrique Salles da Fonseca

COMENTÁRIO: Henrique Salles da Fonseca, 14.04.2024 16:31 Grande artigo! Sintético, com graça e descreve a realidade tal como ela é! Um abraço Manuel Ataíde

NOTAS DA INTERNET:

Para esclarecimento do apelo final de HSF, e servindo-nos também de meio de estranheza perante o potencial próximo eleito do povo americano – Donald Trump - comprovativo do actual abaixamento de nível das pretensões eleitoralistas do povo americano:

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ronald Wilson Reagan (Tampico, 6 de fevereiro de 1911Los Angeles, 5 de junho de 2004) foi um actor e político norte-americano, o 40.º presidente dos Estados Unidos e o 33.º governador da Califórnia. Nascido e criado em pequenas cidades de Illinois, formou-se em economia e sociologia no Eureka College e em seguida trabalhou como radialista esportivo. Mudou-se para Hollywood em 1937, onde trabalhou como ator por quase três décadas, tornou-se presidente da Screen Actors Guild (SAG) e porta-voz da General Electric (GE). Sua carreira política tem suas origens durante seu trabalho para a General Electric. Originalmente membro do Partido Democrata, mudou para o Partido Republicano em 1962, creditando tal atitude as mudanças ideológicas do Partido Democrata durante a década de 1950.

Após realizar o seu famoso discurso em apoio a candidatura de Barry Goldwater à presidência dos Estados Unidos em 1964, tornou-se um fenômeno no Partido Republicano, ganhando forte apoio entre os eleitores do partido e sendo persuadido a candidatar-se ao cargo de governador da Califórnia. Foi eleito para este cargo dois anos depois, em 1966. Como governador, transformou um déficit orçamentário em um excedente, ordenou que tropas da Guarda Nacional atuassem nos protestos do período, e foi reeleito em 1970. Participou das primárias republicanas para a escolha do candidato do partido à presidência em 1968 e 1976, sendo derrotado em ambas as vezes. No entanto, em 1980, foi escolhido como candidato republicano e elegeu-se presidente dos Estados Unidos após derrotar o candidato à reeleição Jimmy Carter.

Na presidência, implementou uma série de iniciativas econômicas e novas políticas. Sua política de recuperação econômica através do estímulo a oferta, popularmente conhecida como "Reaganomics", incluiu medidas de desregulamentação, redução dos gastos governamentais e cortes de impostos. Até ao final do governo, a inflação reduziu significativamente, dezasseis milhões de empregos foram criados e o país cresceu a uma taxa média anual de 7,93%, mas a dívida pública quase triplicou. Em seu primeiro mandato, sobreviveu a uma tentativa de assassinato, defendeu a oração nas escolas, enfrentou sindicatos e iniciou uma guerra contra as drogas. Em 1984, foi reeleito com uma vitória esmagadora. Seu segundo mandato foi marcado principalmente por assuntos internacionais, tais como o término da Guerra Fria, o bombardeio da Líbia, a invasão de Granada e a revelação do Caso Irã-Contras. Embora a relação com a União Soviética tenha mudado em seu segundo mandato, descreveu publicamente o país em seu primeiro mandato como um "império do mal" e apoiou movimentos anticomunistas em todo o mundo. Negociou com o líder soviético Mikhail Gorbachev, culminando no Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário e na diminuição dos arsenais nucleares de ambos os países. Durante seu famoso discurso no Portão de Brandeburgo, desafiou Gorbachev a "derrubar este muro!". Logo após o fim do seu mandato, o Muro de Berlim foi derrubado e a União Soviética entrou em colapso pouco depois.

Reagan deixou a presidência no início de 1989, sendo sucedido por George H. W. Bush, seu vice-presidente. Em 1994, revelou que estava sofrendo da doença de Alzheimer e apareceu em público pela última vez no funeral de Richard Nixon, em abril daquele ano. Morreu dez anos depois, aos 93 anos de idade. Considerado um ícone entre os republicanos, ocupa um lugar de destaque nas classificações históricas dos presidentes dos Estados Unidos, e seu mandato contribuiu para o renascimento ideológico da direita norte-americana.

 

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