Dois textos do A BEM DA NAÇÃO, fruto da sabedoria e da meditação, prazenteira ou
não, esta última. Mas sempre certeira, embora, de eficácia reduzida, por
defeito nosso, avessos a leituras, excepto, talvez, as da internet. Daí que eu
tenha procurado um apoio na Wikipédia, para esclarecimento do apelo final do 2º
Texto de HSF.
TEXTOS de HENRIQUE SALLES DA FONSECA em A
BEM DA NAÇÃO, 14.04.24
I TEXTO: ROBERTO
CARNEIRO
Na morte do Professor Roberto Carneiro, recordo uma frase por si proferida
quando era Ministro da Educação - a qual, anos mais tarde, ma confirmou e
autorizou a reproduzir:
-
Em Portugal, quem mais combate o analfabetismo não é o Ministério da Educação
mas sim as agências funerárias.
RIP
Henrique Salles da Fonseca
II TEXTO: DOGMAS vs
REALIDADES
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO, 14.04.24
Dogma – Os
ricos são ricos porque roubam os pobres.
Realidade – Os ricos são ricos porque desfrutam das mais-valias do
investimento; os pobres nada possuem que lhes possa ser roubado.
Dogma – Os
ricos roubam as mais-valias do trabalho dos pobres.
Realidade – O trabalho, por si só, não tem qualquer valor: o
trabalho é um factor de produção que só vale em função da acção que exerce
sobre os demais factores de produção. Caso estes faltem, o trabalho
cessa e o trabalhador baixa os braços e pode ser dispensado.
Dogma – A
tributação do trabalho é uma afronta à classe trabalhadora.
Realidade -… mas deixa de parecer essa afronta quando o
trabalhador se aposenta e passa a receber a pensão financiada pelos descontos
dos trabalhadores que se encontram no activo. É ao que
se chama a solidariedade social: Se fosse o Estado a pagar as pensões, não haveria
lugar para guardar o buraco orçamental e se se recorresse à emissão monetária,
logo o valor da moeda baixaria até às profundezas infernais. Sejamos, pois,
solidários.
Dogma – Os ricos que paguem a crise!
Realidade – A República rege-se pelos princípios da liberdade, da
igualdade e da solidariedade. Sobre esta, referi-me alguns parágrafos
acima e, quanto à liberdade, este texto é a prova dela. Mas em
relação à igualdade… há uns mais iguais que outros… pois a igualdade fiscal não existe ao abrigo de
uma parangona falaciosa a que se chama «justiça fiscal». Parangona,
porque a escarrapacham em tudo quanto é discurso laudatório do «bom povo» com
vista a criar o ambiente propício à taxação progressiva dos escalões mais altos
do IRS. E a primeira pergunta que ocorre tem a ver com o que o Estado
(Administração Pública, Governo…) fez mais aos ricos do que aos pobres que
justifique essa taxação progressiva. E a resposta é a de que nada mais fez e, pelo contrário, faz mais
pelos pobres do que pelos ricos privilegiando a maior massa eleitoral. Mas há
mais para além da demagogia eleitoralista. Refiro-me ao «desagravamento fiscal»
com vista a aliviar o estrangulamento (fiscal, claro).
O alívio do aperto do dito nó corrediço
faz com que, nos mais baixos escalões do IRS se reduza o risco dos
incumprimentos no âmbito do tradicional sobre-endividamento das famílias
portuguesas, nos escalões a seguir na escala ascendente, o alívio dirigir-se-á
ao consumo de bens correntes e logo depois, acima, ao consumo de bens
duradouros. Na(s)
classe(s), onde a benesse incentivaria a poupança e o investimento, não há
alívio fiscal. E também não há justiça, há falácia fiscal.
Volta Ronald Reagan! Eles hão-de
perdoar-te!
Abril de 2024
Henrique Salles da Fonseca
COMENTÁRIO: Henrique Salles da Fonseca, 14.04.2024
16:31 Grande artigo! Sintético, com graça e descreve a
realidade tal como ela é! Um abraço Manuel
Ataíde
NOTAS DA INTERNET:
Para esclarecimento do apelo final
de HSF, e servindo-nos também de meio de estranheza perante
o potencial próximo eleito do povo americano – Donald Trump
- comprovativo do actual abaixamento de nível das pretensões eleitoralistas
do povo americano:
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ronald
Wilson Reagan (Tampico, 6 de
fevereiro de 1911 — Los Angeles, 5 de junho
de 2004)
foi um actor
e político
norte-americano,
o 40.º presidente
dos Estados Unidos e o 33.º governador
da Califórnia.
Nascido e criado em pequenas cidades de Illinois,
formou-se em economia e sociologia no Eureka
College e em seguida trabalhou como radialista esportivo. Mudou-se
para Hollywood em
1937, onde trabalhou como ator por quase três décadas, tornou-se presidente
da Screen Actors Guild (SAG) e porta-voz
da General Electric (GE). Sua carreira
política tem suas origens durante seu trabalho para a General Electric.
Originalmente membro do Partido Democrata, mudou
para o Partido Republicano em
1962, creditando tal atitude as mudanças ideológicas do Partido Democrata
durante a década de 1950.
Após realizar o seu famoso discurso em apoio a candidatura de Barry
Goldwater à presidência dos Estados Unidos em 1964, tornou-se
um fenômeno no Partido Republicano, ganhando forte apoio entre os eleitores
do partido e sendo persuadido a candidatar-se ao cargo de governador da
Califórnia. Foi eleito para este cargo dois anos depois, em 1966. Como governador,
transformou um déficit orçamentário em um excedente, ordenou que tropas da
Guarda Nacional atuassem nos protestos do período, e foi reeleito em 1970.
Participou das primárias republicanas para a escolha do candidato do partido à
presidência em 1968 e 1976, sendo
derrotado em ambas as vezes. No entanto, em 1980, foi escolhido como candidato republicano e
elegeu-se presidente dos Estados Unidos após derrotar o candidato à reeleição Jimmy Carter.
Na presidência, implementou uma
série de iniciativas econômicas e novas políticas. Sua política de recuperação
econômica através do estímulo a
oferta, popularmente conhecida como "Reaganomics", incluiu medidas de desregulamentação,
redução dos gastos governamentais e cortes de impostos. Até ao final
do governo, a inflação reduziu significativamente, dezasseis milhões de
empregos foram criados e o país cresceu a uma taxa média anual de 7,93%, mas a
dívida pública quase triplicou. Em seu
primeiro mandato, sobreviveu a uma tentativa
de assassinato, defendeu a oração nas escolas, enfrentou sindicatos e iniciou uma guerra contra as
drogas. Em 1984, foi
reeleito com uma vitória esmagadora. Seu segundo mandato foi marcado
principalmente por assuntos internacionais, tais como o término
da Guerra Fria, o bombardeio da Líbia, a invasão de Granada e a revelação do Caso Irã-Contras. Embora a relação com a União Soviética tenha mudado em seu segundo
mandato, descreveu publicamente o país em seu primeiro mandato como um "império do mal" e apoiou
movimentos anticomunistas em todo o mundo. Negociou com o líder
soviético Mikhail Gorbachev,
culminando no Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário
e na diminuição dos arsenais nucleares de ambos os países. Durante seu famoso
discurso no Portão de Brandeburgo,
desafiou Gorbachev a "derrubar este muro!".
Logo após o fim do seu mandato, o Muro de Berlim foi derrubado e a União
Soviética entrou em colapso
pouco depois.
Reagan deixou a presidência no
início de 1989, sendo sucedido por George H. W. Bush, seu
vice-presidente. Em 1994, revelou que estava sofrendo da doença de Alzheimer e apareceu em público pela
última vez no funeral de Richard Nixon, em abril daquele ano. Morreu dez anos
depois, aos 93 anos de idade. Considerado um ícone entre os republicanos,
ocupa um lugar de destaque nas classificações históricas dos presidentes dos Estados
Unidos, e seu mandato contribuiu para o renascimento ideológico da direita
norte-americana.
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