terça-feira, 11 de março de 2025

A hediondez

 

Impune, recomenda-se e diverte-se, em cenários de repugnância, à solta num mundo de sujidade distraída, fazendo sobressair, é certo, coragens e dignidades da nossa admiração reconhecida. Como em todo o sempre, de resto, as houve. Mas o espanto perdura, impotente, na alarvidade e vileza destes reis singulares - de nudez de espalhafato num, de seriedade astuciosa noutro. O Coronel Comando JOSÉ ANTÓNIO RODRIGUES DO CARMO retrata bem os visados, historiando e aconselhando a Europa distraída a precaver-se – mas sem fé nisso, e muito menos nas políticas de “enredo e mediocridade” do nosso país.

Donald Trump: o ego de Chamberlain ou uma conspiração contra a América?

A Europa, se não vestir já o camuflado, tem como perspectiva certa não apenas o desagradável mas uma catástrofe por não produzir uma ínfima parte do necessário para ajudar a Ucrânia e para se defender

JOSÉ ANTÓNIO RODRIGUES DO CARMO Coronel "Comando"

OBSERVADOR, 10 mar. 2025, 00:1561

Começa-se sempre com os factos:

Os EUA eram, até há duas semanas, aliados da Ucrânia contra a Rússia. Forneciam armas, munições, informações, conselho, etc.

Em campanha, Donald Trump prometeu acabar com a guerra em 24 horas.

Após conversar com Putin e logo depois da reunião de Riyadh entre Rubio e Lavrov, chamou ditador e comediante a Zelensky, e afirmou que a Ucrânia tinha recebido 350 mil milhões de dólares sem dar nada em troca.

Trump quer que a Zelensky faça, sob ameaça, um acordo que concede aos EUA o acesso a várias riquezas de Ucrânia. Uma extorsão de manual a um povo que enfrenta uma guerra existencial.

Na Casa Branca, em directo para todo o mundo, Zelensky foi tratado com inacreditável hostilidade e não é exagero descrever o que aconteceu, como uma emboscada e um mediático esfaqueamento pelas costas.

Os EUA suspenderam a ajuda militar à Ucrânia, deixaram de partilhar informação operacional e táctica, acabaram com as operações cibernéticas ofensivas contra a Rússia, estão a considerar acabar com as sanções económicas e a sinalizar a vontade de fazer negócios com Putin, enquanto lançam tarifas e incrementam a retórica hostil contra os aliados ocidentais.

Tudo isto se pode interpretar de várias maneiras mas uma delas, que segue o princípio da parcimónia da célebre Tesoura de Ockam”, é que se uma coisa parece pato, mexe como um pato, grasna como um pato e cheira a pato… é pato!

E só há duas opções para a natureza deste pato.

1Ingenuidade e ego

Se for este o caso, estamos de regresso a 1938 quando, em Munique, Neville Chamberlain e Edouard Daladier fizeram um acordo com Hitler que garantia, nas palavras do primeiro, “a paz para o nosso tempo”.

Chocado pela ingenuidade, Churchill disse a Chamberlain que tinha trocado a honra pela paz, mas que não iria ter nem uma nem outra.

Um ano depois, a guerra estava instalada no continente europeu. Para Daladier foi ainda pior. Em 14 de Junho de 1940 as tropas nazis desfilavam triunfalmente pelos Campos Elísios.

Nesta hipótese mais benigna, a premissa de Trump é a de que Putin é fiável e quer mesmo acabar com a guerra.

Ora a premissa é completamente falsa à luz do que se conhece, até pelo facto óbvio de que o ex-coronel do KGB pode acabar com a guerra em qualquer momento que deseje, com um simples estalar de dedos.

Trump pouco entende de estratégia, nem tem na sua entourage alguém que entenda e, por isso, está a interpretar mal as intenções russas, deixando-se aparentemente manipular por inteligentes carícias ao seu enorme ego.

Não sabe, e porventura não quer saber, que a doutrina militar russa (Guerra de Nova Geração) encara a guerra como uma luta contínua em todas as vertentes, a prosseguir em todo o tempo, incluindo aquele que nós designamos por “tempo de paz”.

A Rússia está neste momento totalmente empenhada numa guerra clássica, a produzir equipamento militar como se não houvesse amanhã e a introduzir na Europa armas, munições, soldados e equipamentos da China, Irão e Coreia do Norte.

Os objectivos da Rússia são retoricamente ambíguos mas consistentes na substância: impedir a adesão da Ucrânia à OTAN, derrubar o governo Zelensky, destruir o tecido demográfico e territorial da Ucrânia, anexar territórios, enfraquecer o Ocidente e restaurar a influência imperial. Tudo isto para minar o Ocidente e promover uma ordem multipolar na qual se vê e quer ser vista como um dos três centros de poder, a par da China e dos EUA.

A “desnazificação”, a “desmilitarização”, a “protecção das minorias russas”, etc., são meras máscaras de novilíngua para as ambições imperiais, mas confundem efectivamente o Ocidente que as tenta tomar pelo seu valor facial. A ambiguidade nota-se também nas várias vozes de Moscovo que, por um lado sugerem paz e diplomacia, e por outro insinuam a guerra total e a escalada nuclear.

A Rússia não tem interesse na paz. Militarizou-se profundamente, é como a Alemanha Nazi quando se lançou à conquista da Europa.

O sector da defesa é já o de maior expressão no PIB e as indústrias militares trabalham a todo o vapor, com centenas de milhares de trabalhadores, incluindo grandes levas de operários norte-coreanos, envolvidos no esforço de guerra.

Em regiões mais desfavorecidas, a incorporação militar é hoje o único caminho para tentar fugir da pobreza. As elites empresariais estão a fazer grandes lucros com as empresas ocidentais expropriadas, e com a cornucópia de dinheiro que jorra em gastos militares.

A guerra permitiu também o controlo quase total da sociedade, normalizou os sacrifícios e os custos e há toda uma geração a ser activamente ideologizada e preparada para a guerra. Quase 2 milhões de jovens fazem hoje parte da Yunarmiya, (Movimento Nacional de Jovens Cadetes do Exército) a moderna versão russa da Hitlerjugend.

Um eventual fim da guerra levaria à instabilidade social, pela desmobilização de centenas de milhares de soldados e exércitos privados, habituados à violência, e que se veriam subitamente sem chão e sem objectivo.

Há, pois, imensos incentivos para continuar a guerra que se tornou, não apenas um instrumento ao serviço da visão imperial, mas também um essencial mecanismo de sobrevivência do regime.

Assim, ao contrário da premissa de Trump, o que a Rússia realmente pretende é uma pausa operacional, para rearmar e reorganizar, como acontece sempre que as coisas não lhe correm como deseja. A “Paz” à moda de Trump, que consiste basicamente na cedência completa às exigências do Kremlin, não irá acabar com a guerra, recompensará a agressão russa e permitirá ao Kremlin respirar e iniciar a contagem regressiva para a próxima guerra contra a Europa.

Zelensky colocou a questão relevante, na emboscada que sofreu na Casa Branca, ao perguntar a JD Vance “Que tipo de diplomacia é possível com a Rússia de Putin?

A História prova à saciedade que os acordos com a Rússia não valem a tinta com que são escritos, a começar pelo Memorando de Budapeste. Todavia, tentando cumprir a promessa de acabar com a guerra na Ucrânia, Trump descartou o facto de os EUA serem aliados objectivos da Ucrânia e instalou-se na ideia de que os EUA eram agora um mediador imparcial entre duas partes em conflito.

Tendo chegado à conclusão de que a Rússia não cedia senão migalhas e acreditando que Putin é confiável, fez como todos os bullies: Obrigar a parte mais fraca a ceder!

Em síntese, uma vez que Donald Trump, prometeu acabar com a guerra em pouco tempo e a Rússia não cede, resta-lhe tirar o tapete à Ucrânia, correr com Zelensky, forçar o prometido cessar-fogo e o mundo pode dizer que foi o fantástico Donald Trump quem fez a paz.

O que vem a seguir, já não é com ele.

Que se dane a perda total da credibilidade dos EUA como aliado, que se dane a indecorosa situação de se acobardar perante o mais figadal inimigo da América e esfaquear um aliado pelas costas, que se dane tudo e todos, incluindo o futuro do Ocidente e dos próprios EUA.

Ele, Trump, trouxe a paz e cumpriu o que disse. É o maior!

E de caminho esmaga Zelensky, o ditador, o comediante, cuja popularidade o ofusca e que se atreve a dizer-lhe, na cara, a ele, o homem mais poderoso no mundo, coisas que não gosta de ouvir.

2Conivência

O que se está a passar remete irresistivelmente para a célebre ficção contra factual de Philip Roth, “Conspiração Contra a América”, na qual o piloto Charles Lindbergh, um admirador de Hitler, ganha as eleições a Roosevelt e se torna Presidente dos EUA. A sua primeira decisão é fazer um acordo com a Alemanha Nazi, segundo o qual os EUA não interferirão com a guerra de conquista da Europa, lançada por Hitler.

Voltando à realidade, os factos acima listados são avassaladores. A ideia de sugerir que o Presidente da Ucrânia não tem legitimidade e é necessário fazer eleições, é directamente decalcada da propaganda russa, e tem como objectivo tentar instalar no poder em Kiev um Lukashenko ucraniano, assegurando por essa via todos os objectivos da Rússia.

Não tendo Zelensky cedido, o acordo dos minerais pode ter sido a táctica seguinte.

O acordo é basicamente uma entrega de riquezas e pode transformar Zelensky, em termos de percepção pública ucraniana, num capacho, num traidor que vende o seu próprio país. Note-se a extraordinária sincronização com as declarações da propaganda do Kremlin, lesta a descrever o acordo nesses exactos termos. Ou seja, em termos práticos, EUA e Rússia uniram-se para tornar Zelensky irrelevante nas futuras negociações, nas quais, como Trump já disse, a Ucrânia tem de ceder.

Zelensky recusou assinar na passada semana e em consequência foi atropelado em directo o que cumpre o mesmo objectivo, prontamente referido pela Administração americana: Zelensky não serve como interlocutor para “a Paz”, que venha outro que seja palatável e moldável.

Entretanto o presidente ucraniano fez o que um verdadeiro líder preocupado com o seu povo e o seu país, faria nas presentes circunstâncias, engoliu o orgulho e prostrou-se perante Trump. Talvez devesse tê-lo feito logo na Casa Branca, tendo em consideração os interesses do seu povo, mas não estava visivelmente preparado para a emboscada

Se o que move Trump for apenas o ego e a ingenuidade, isto funcionará para já e mais tarde o acordo pode ser renegociado por líderes americanos mais sensatos.

Mas se este cenário conspiracionista for real, não importa o que a Europa ou a Ucrânia façam, os EUA irão mesmo atirá-los para debaixo do autocarro sob qualquer pretexto, e ficaremos a saber que Washington se transformou mesmo numa Bielorússia do outro lado do Atlântico, obedecendo aos diktats de Moscovo.

Todavia, seja qual for o cenário, os países da Europa têm de pensar que, se não vestirem já o camuflado, a perspectiva do futuro é não apenas desagradável, mas catastrófica face ao facto de, despreocupadamente desarmada, a Europa não ter nem estar a produzir uma ínfima percentagem do que precisa para ajudar a Ucrânia e para se defender a si mesma.

Com uma economia e uma população largamente superior à Rússia, a Europa pouco se mexeu desde 2014 e pior, depois de 2022.

Imaginando-se a viver num condomínio kantiano, atolada em “políticas verdes” e floribélicas, desistiu de produzir energia barata, eutanasiou a indústria automóvel e resiste a gastar mais dinheiro com aquilo que é essencial para que tudo o resto exista: a segurança e a capacidade de defender a sua existência.

A Alemanha está a começar a mexer e isso é um excelente sinal. Uma Alemanha forte e armada até aos dentes é o melhor dissuasor das ambições imperiais russas que sopram de Leste.

Mas em Portugal, a alegação é a de que “não há dinheiro” e será preciso desviá-lo do “estado social”

É um argumento risível.

Basta olhar para o Orçamento de Estado para verificar que a segunda maior fatia do orçamento (13 mil milhões de euros) vai para “Despesas Excepcionais”, dinheiro entregue a empresas públicas endividadas e mal geridas.  Uma parte de leão vai para um dantesco reciclador de lixo chamado Parvalorem que recolhe activos tóxicos, corrupção, má gestão, etc. Em suma sendo o nosso orçamento de defesa de 3 mil milhões de euros, para o aumentar para o dobro e investir, bastava tirar uma pequena parte ao “Ministério do Lixo Tóxico”.

Iremos nós acordar a tempo, ou só nos lembraremos de Santa Bárbara quando trovejar?

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COMENTÁRIOS (de 61)

José Fernandes: Está na hora dos líderes europeus serem líderes.          Alberto Mendes: Mais um excelente artigo de J.A.Rodrigues do Carmo. A citação de Philip Roth, um dos melhores autores americanos contemporâneos, é aqui muito pertinente. A Europa tem pela frente o maior desafio desde o final da segunda guerra mundial. Temo que não tenhamos os líderes à altura do momento histórico que vivemos.            Vicente Ferreira da Silva: Excelente artigo, Zé António. Trump reverteu 80 anos de política externa americana e fez o que nenhum outro Presidente dos EUA tinha feito. Aliou-se a Putin, que estava a perder a guerra. Trump criou um mundo mais instável e inseguro.                Jose Pires: Excelente. Esclarecedor e irrefutável (excepto para os profundamente ignorantes e os de má-fé, que ainda por aqui andam). Aliás, um simples parágrafo explica e demonstra tudo sobre esta guerra: Putin pode parar a guerra quando quiser! Se não faz, as razões são obvias e estão bem explicadas no artigo!                  Jose Carmo > José B Dias: "A Rússia não tem interesse na paz. Militarizou-se profundamente, é como a Alemanha Nazi quando se lançou à conquista da Europa."                   Jose Carmo > José B Dias: Há várias perspectivas,  caro leitor.  A dos factos e a da ideologia, que é uma máquina de negar factos. Deixo só um, para que saia da estratosfera ideológicas. A Rússia está a produzir mais de 500 carros de combate por ano. A Alemanha,  50.  Mas não tenho esperança...a ignorância é muito convencida, por vezes arrogante.                Gastao Taveira: Brilhante crónica. Excelente análise dos factos. Subscrevo e aplaudo. O recente bloqueio das imagens de satélite às forças ucranianas e a afirmação de que o apoio americano não será retomado após a assinatura do deal parece confirmar o pior cenário.                 José Paulo Castro: O mais espantoso é os sinais da inversão de estratégia americana (com apoio popular) estarem todos lá e a Europa ocidental ter continuado sem preparar a sua, autónoma e própria. É que isto não é propriamente surpresa. Putin anda a dizer ao que vem desde 2007. Trump anda a dizer ao que vem (America First) desde 2016. Os europeus parecem os sábios de Constantinopla em 1453...                Jose Carmo > João Diogo: Da única maneira possível com a Rússia:  fazer frente até perceber que tem a mais a perder do que a ganhar. Conhece outra maneira de parar um bully, para além  de se espojar de gatas à sua frente à espera do próximo pontapé?                António Alberto Barbosa Pinho: Excelente   meu Coronel.                    Pedro Álvares de Carvalho: Excelente e muito factual artigo demonstrando, por A + B, o que realmente se passa e passará. Muito bem.                      Jose Carmo > Vicente Ferreira da Silva: Infelizmente tornou os EUA num idiota útil ao serviço de Moscovo.                Jose CarmoAlberto Mendes: Tempos difíceis fazem homens fortes. Homens fortes fazem tempos fáceis.  Tempos fáceis fazem homens fracos. E homens fracos fazem tempos difíceis. Estamos nessa fase do ciclo....                 JOSÉ MANUEL: é bom assistir e ler analises responsáveis e patrióticas da situação internacional, particularmente quando assistirmos diariamente (pelo menos nos segundos que se demora a chegar ao telecomando...) a militares, ainda que na reserva, que juraram defender a bandeira Portuguesa, atacarem claramente o nosso país e o sistema democrático Europeu, promovendo ditaduras de egocêntricos e assassinos. Há um nome para isso...                   Cipião Numantino: Excelente exercício do nosso Cor. Carmo! A que eu aplicaria uma certa dose, como dizem os brasileiros, de malemolência. Antes de mais, e como nota de humor aligeirado, farto-me de rir com o Trump ao chamar de forma acintosa ao Zelensky um mero comediante. Alguém que ofereça um espelho ao manjerico para ver se ele se dará conta do ar absolutamente kitsch e até um pouco repulsivo que se desprende dos seus próprios gestos e acções. Creio que a maioria de nós atenderá a que Trump será uma espécie de salta-pocinhas e que quando o vento virar, e a trunfa do cabelo do dito já não estiver em desordem, os astros se alinharão finalmente, a razoabilidade retornará e tudo, enfim, ficará na paz do Senhor. Mas, por mim, a coisa é bem mais grave do que aparenta. E, Trump, parece-me ser um daqueles oportunistas que sustentadamente vão desfilando pelos vastos actos da História universal. E já por estes comentários lembrei uma ou duas vezes, um caso absolutamente radical e paradigmático. Trata-se de Alcibíades, de seu nome completo Alcibíades Clínias Escambónidas. Personagem central da célebre guerra do Peloponeso e das suas várias batalhas, era orfão desde tenra idade e, assim, acabou por ser criado directamente por Péricles, seu tio e, como curiosidade, manteve desde sempre uma estreita relação com Sócrates que lhe salvou a vida na batalha de Podideia. Um pimpão este Alcibíades! Stratego (general) de Atenas meteu-se por tais enrascadas que estaria por aqui algumas horas para as contar. Em resumo, diria que lutou por Atenas, aliou-se depois aos Espartanos contra a sua própria pátria, lutou depois, outra vez, por Atenas contra Esparta e, finalmente, colocou-se ao lado dos Persas contra estes dois. O que consideraríamos hoje, com propriedade, um autêntico amoral. Um homem, absolutamente genial e grande comandante, que nunca teve vergonha, nem ética nem honra. Um dos efeitos que mais o caracterizava era a sua absoluta genuinidade e franqueza. Segundo se consta tinha um cão de uma incrível beleza que toda Atenas admirava. Em plena campanha eleitoral e como as sondagens não lhe era muito favoráveis, tratou de cortar o rabo desse cão lindíssimo e, perante, o espanto dos cidadãos de Atenas, afirmou "que era preciso que falassem dele. Mal ou bem, não importava, conquanto que falassem dele". Observa-se aqui algum traço de personalidade similar entre Alcibíadaes e Tump? Nem sequer um esquálido ego que fez levar este a incentivar alguns idiotas úteis ao ataque ao Capitólio? Trump não me parece nada um democrata. As razões que tem (e são muitas), quando acusa os lideres ocidentais que os States é que têm pago única e exclusivamente a segurança europeia, não poderão justificar tudo. Ninguém me tira da ideia que Trump e Putin têm a questão geopolítica bem arrumadinha entre eles. E se a Ucrânia e mais nações que se seguirão estão na esfera do Putin, não será inocentemente que a Groenlândia e até o próprio Canadá parecem fazer parte do menu de Trump e da sua entourage de asseclas e lunáticos. Coitados dos States! Odiados em todo o mundo só eram quase exclusivamente considerados pelos europeus. Revisitando a História, faz-me lembrar os últimos tempos do já decadente império Romano. Só lhes falta mesmo infestarem as suas forças armadas dos Foederati (soltados das orlas do império) que ajudaram a aportar o colapso a Roma. Isto acho que vai acabar tudo à traulitada e, se a experiência e história, ainda servirão para algo, só me resta a esperança que a Europa, a sua disciplina e a sua inteligência, ainda sirvam para algo. Os bárbaros estão outra vez "Ad Portas"!...             Jose CarmoJoão Alves: A Rússia é aliada da China, do Irão, da Coreia do Norte. Facto!           José B Dias: Em 14 de Junho de 1940 as tropas nazis desfilavam triunfalmente pelos Campos Elísios ....Uma Alemanha forte e armada até aos dentes é o melhor dissuasor das ambições imperiais russas que sopram de Leste. E mais não digo ...                      Jorge Madeira: Excelente, Sr. Coronel J.A.Rodrigues do Carmo, Bem haja !

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