quarta-feira, 5 de março de 2025

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Que não coloquei, de admiradores do Ventura e seus acólitos, e daí condenando MARIA JOÃO AVILLEZ, que, como pessoa educada em valores e sabendo exprimir com elegância e clareza o seu pensamento correcto e são, só poderia concitar a pseudo sabedoria irónica ou grosseira, ao nosso jeito malcriado e atrevido, tal o de André Ventura, que esses vários comentadores defendem, por ser arruaceiro e malcriado também, coisa habitual entre nós, que lemos pouco e invejamos muito. É por isso, pois, que reescrevo o único comentário que achei cabalmente justo, na selva de comentários dos chegados ao Chega:

Comentário de ANTONIO BENTES: Maria João Avillez, que artigo fantástico. 100% de acordo. Faz-me impressão a cegueira dos adeptos do Chega e o seu fanatismo absoluto. O Chega nada propõe, não tem qualquer estratégia para Portugal e para os Portugueses. Ao contrário do que a comunicação social insiste e a esquerda também, o Chega não é minimamente representante da extrema direita. É apenas um partido de soundbytes. Grita por tudo e por nada, nada propõe, nada constrói. Que pena não termos uma personalidade como Georgia Melloni, primeira ministra italiana. Essa sim, uma política de mão cheia, que conseguiu dar prestígio, uma direcção firme e respeito à Itália. Mas, alguém consegue imaginar André Ventura como primeiro-ministro ou um parceiro fiável de uma outra governação? É impossível. Mas, graças a Deus que vivemos numa democracia, todos têm liberdade de se exprimir e de votar em quem quiserem.

O ouvinte que acredita

Que eixos e prioridades são as do Chega? E como as transformará em actos com resultados e com quem ao seu lado? Sobra-lhe a retórica e por isso o líder pratica-a exaltadamente: ao menos, ouve-se.

MARIA JOÃO AVILLEZ Jornalista, colunista do Observador

OBSERVADOR, 4/2/25

1 Que eixos e prioridades são as do Chega? E como as transformará em actos com resultados e com quem ao seu lado? Sobra-lhe a retórica e por isso o líder pratica-a exaltadamente: ao menos, ouve-se. Mas no dia em que o mundo mudou (à data), Ventura entretinha-se e entretinha o Parlamento com uma oportunística moção de censura à pessoa de Luís Montenegro, primeiro-ministro em funções.

Voltando ao ouvinte: sem lhe ocorrer que a política fornece surpresa mas não milagres, que o seu exercício dá um trabalhão, exige competência e requer saber, e que se for bem executado nunca se confundirá com histriónica demagogia, o ouvinte-eleitor não se importa: acredita. Basta-lhe saber-se incluído nesta “via”.

2Às vezes, os fiéis do Chega fazem-me lembrar os adeptos do almirante Gouveia e Melo. Não me entendam mal, não comparo, tenho a noção das diferenças e já explico: o eleitorado do Chega acredita que será resgatado de vez de um sistema que o humilha e ele detesta; Gouveia e Melo irá enfrentar as famílias partidárias como se fossem adversárias, combatendo-as, para sinalizar que estorvam a pureza da democracia. É sempre preciso desconfiar dos “chefes” ansiosamente determinados a redimir as pátrias das garras nefastas dos partidos, dos erros, do desnível entre a promessa feita e o resultado não cumprido, oferecendo-lhes a visão imaculada da democracia. Consta aliás na cidade que políticos de nome e comunicadores experimentados já integrarão há muito o núcleo duro da sua candidatura. Ah bom? Surpreendi-me: o texto do Expresso pareceu-me — mas pode ser que eu esteja enganada — um somatório de ideias feitas, inesperadíssimos erros, alguns do foro constitucional, e uma foto cuja escolha pertenceu certamente a um estagiário de comunicação.

Percebo que possa perturbar — não é minha intenção — o lembrar-me ao mesmo tempo, dos eleitorados do Chega e de Gouveia e Melo. Sim são distintosum já é real, o outro, só conjecturado e as personalidades de ambos, os currículos, e os seus universos, são muito diferentes. Mas o que Ventura tem feito com os “seus” e o que Gouveia e Melo sinaliza como reflexão sobre um determinado estado de coisas, conseguem embaraçar-nos: não parece que o civil Ventura e o militar Gouveia e Melo, independentemente dos seus trajectos pessoais, das suas circunstâncias políticas e dos patamares institucionais onde se movem ou possam vir a mover-se, saibam exactamente o que fazer neste momento histórico: aqui e fora de portas.

Ainda a procissão vai no adro?, perguntar-me-ão e eu respondo: a das eleições presidenciais, vai sim. A da paz que durava desde 1945 e agora desabou sobre um desconhecido incerto, vai em marcha acelerada.

A política agradece sempre a boa escolha.

POLÍTICA      PARTIDO CHEGA       ALMIRANTE GOUVEIA E MELO

COMENTÁRIOS (de 95)

Ana Luís da Silva: Um expectável exercício de propaganda a favor de Montenegro de parte de quem está bem instalada no sistema como ele está, em que os partidos mandam e desmandam usam e abusam ignorando o cidadão e as suas necessidades. Além de previsível, vai um bocadinho mais longe este exercício opinativo: tira (pelo menos tenta) a esperança a quem abomina o sistema e o quer mudar, com um recado lapidar à-velho-do-Restelo: votantes do CHEGA, voltai para as vossas casinhas miseráveis, os vossos bairros popularuchos, as vossas mansões e quintas isoladas, os vossos trabalhos corriqueiros, os vossos negócios, à vossa luta diária pelas vossas famílias, pelos vossos filhos, ficai para sempre longe do poder e dos partidos, voltai todos, todos, para a vossa abstenção, porque nada vai mudar, nós não vamos deixar que algo mude, “habituem-se”. A favor da manutenção do status quo e contra a esperança de mudança escrevinhar e escrevinhar na coluna semanal do Observador.                     Paulo Almeida: Maria João Avillez confirmou aqui o que penso há algum tempo sobre a sua tolerância a quem pensa diferente e à sua desonestidade. Primeiro porque o ouvinte em causa, eu ouvi o programa, disse também que a MJA falava muito do Chega. Ela não soube aceitar isso e interrompeu o ouvinte a pedir para enviar provas disso. Que intervenção ridícula e paternalista. A MJA fala sim muitas vezes do Chega, sobretudo no Expresso da meia-noite, na SIC. E por lá, analisando a sua linguagem corporal é clara a intolerância pela existência do Chega. E repetidamente criticou o Chega de forma abstracta. Aliás esta peça confirma isso e algo mais grave: - volta a falar do Chega, ouvinte está certíssimo - fazendo algo inédito que foi mal dizem algo de que não gostou na rádio, usa o seu espaço para criticar um ouvinte, sem contraditório, mas criticando a sua opção de forma genérica como se ele não soubesse avaliar uma sociedade, infantilizando-o - critica o Chega de forma abstracta, sem casos práticos, sem números. O Chega tem bem definido o que quer para vários sectores da sociedade e tem imensos projectos lei que quiseram mudar a sociedade, feitos por deputados, muitos. Não só o Ventura. Vá ao YouTube ver as intervenções dos deputados. Estão lá todas, não cortadas. Vá ver as iniciativas legislativas ao site do parlamento e quem as chumbou. Simplesmente não sabe, não quer saber, não domina os temas. - a MJA faz aqui uma caracterização de 1,2 M de Portugueses vergonhosa, reduzindo-os como se não soubessem avaliar concretamente outros e ter uma visão. A MJA é daquelas pessoas que não evoluiu, não sabe aceitar mudança e não tolera que lhe apontem incoerências e este texto é a prova disso. Mostra incapacidade para criticar concretamente o Chega porque não quis fazer esse trabalho, mas sobretudo porque não quer que se mude uma sociedade que se habituou a estar de mão estendida e acredita que devem existir essas pessoas, para que ela possa existir como é. Pertence a um grupo de pessoas que só atrasam mudança, não a sabem aceitar, não a admitiam se pudesse. Na Itália, muito se falou antes da Meloni ser eleita. Agora pouco porque está a trabalhar bem. O Milei foi dizimado antes. Agora controlou inflação, tem a pobreza a baixar e mesmo assim cortou 1/3 da despesa pública. Não falam, o sapo dói a passar na garganta. MJA não quer um Estado diferente, quer que o PSD seja o mesmo de sempre para que continue a estar na sua elite de sempre. Maria João, Nesse mesmo programa em que ouviu o apoiante do CHEGA, a senhora disse que nunca ou quase nunca se referia ao CHEGA. Vem agora com um texto de opinião, todo ele a falar de "coisas" que não gosta: do CHEGA e do Almirante. Talvez porque sejam contra o sistema das coisas. Talvez porque sejam avessos ao mais do mesmo. Talvez porque sejam pessoas que têm opinião própria e que não alinham no status quo deste sistema que serve sempre os mesmos. Os mesmos privilegiados, que se têm governado em benefício próprio nos 50 anos de "democracia". E a senhora, insere-se nesses mesmos privilegiados.

Tim do A: Não sabemos o que trará o Chega. Mas sabemos o que traz o centrão do PSD e PS.: nada. Ou, corrupção, estagnação, invasão, insegurança, impostos, ocupações ilegais de casas, disciplina de Cidadania, wokismo, ideologia de gnero, recorde de funcionários públicos, aumento do número de freguesias, SNS caótico, um presidente da república anedótico, etc.. Nem com o célebre imposto Mortágua foram capazes de acabar. Um desastre.               Ricardo Ribeiro: E quais são as boas escolhas para a tia? São as suas? Vê-se, nos últimos 40 anos aproveitam-se os governos do Cavaco e o Passos Coelho. De resto, próximo de zero (Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes, Sócrates e ACosta) e este vai pelo mesmo caminho. Em relação ao Presidente acabámos de ter a experiência traumática do pior em democracia. Portanto como dizia um sábio "com o Tiririca, pior não fica"...               João Floriano Que eixos e prioridades são as do CHEGA? E que eixos e prioridades são a dos restantes partidos? Nunca vi tanta inutilidade, tanta mediocridade, tanta falta de qualidade política nos partidos admirados por Maria João Avillez como agora. E lembro que eu não ando longe da faixa etária da cronista e sempre tive interesse pela política. De acordo com Maria João Avillez o CHEGA sofre de histriónica demagogia. E os restantes partidos sofrem de quê? E ainda o CHEGA não sabe o que fazer. E os restantes sabem? O CHEGA é o resultado de um sistema político cheio de artrite reumatóide, de maus hábitos. O sistema político onde são sempre os mesmos que mandam e mandam muito mal. O CHEGA é o sinal de que estamos cansados de todos aqueles «bonecos e bonifrates» tão apreciados por Maria João Avillez. E como  a crónica parece ser um exemplo do dois em um, eis que Maria João Avillez também dispara contra o candidato Gouveia e Melo. Não tenciono votar nele, nem mesmo à segunda volta. Mas isso não me impede de notar o desconforto que causa junto dos políticos habituais, aqueles dos quais estamos fartos, cansados, enjoados, que representam o vazio de ideias, de projectos, os políticos do vira o disco e toca o mesmo. Vamos quase com um ano de uma viragem que muitos, eu incluido, pensava ir ser à direita e veja-se como marcamos passo, como não nos conseguimos afastar do socialismo que nos desgraça. Mesmo reconhecendo que há coisas que estão mal, não deixarei de votar no CHEGA .                                                                                                                     

JOHN MARTINS: E porque temos que fazer boa escolha nas presentes circunstâncias, nacionais e externas; e perante os candidatos já conhecidos às presidenciais, parece que nem é difícil saber escolher, e escolher bem. Por mim, escolho sem vacilar: Henrique Gouveia de Melo.              Jorge Barbosa: Esta Sra jornalista não consegue esconder o seu desprezo (talvez ódio) patológico contra o CHEGA, o que pode justificar a fraca racionalidade de algumas das suas afirmações, agora muito em voga mas descabidas, mesmo falsas. Porque será que afirma ser o CHEGA contra o sistema? Qual sistema? Refere-se a Sra à democracia ou ao pendor do regime (mais presidencialista, por exemplo): pois a ser o CHEGA contra estes "sistemas" tais ideias são falsas já que se saiba nunca o CHEGA se pronunciou em tal sentido. Coloca a Sra o CHEGA fora do sistema pela maior "brutalidade" ou frontalidade das intervenções parlamentares do AV e dos restantes deputados? Pois se assim for, então deveria desde há muito criticar todos os restantes partidos já que ordinarices não será pecha só do CHEGA. Acha a Sra realmente justa a sua "sentença" de maldizer que o CHEGA é um partido de uma só pessoa? Pois é num repente que lhe lembro, o Bruno Nunes, o Filipe Melo, o João Tily, o Mhitá Ribeiro entre muitos outros demonstrando assim quão distorcida é a sua análise. E mais. Porque chama este partido de extrema-direita? Acha que tem sentido colá-lo às doutrinas socialmente assassinas como foi o nazismo e o fascismo? Sugiro que se cuide, a Sra de continuar a tecer loas, isso sim, à esquerda totalitária pois estando esta bem viva no nosso país, está que bem merecia um ataque sem tréguas já que continua a ser a pior ameaça à liberdade e ao progresso das populações em geral. Para terminar este já longo comentário esclareço que eu sempre tenho votado no PS (até agora) não sendo militante deste partido, No entanto, o que me vem chocando tem sido a pouco inteligente estratégia das "linhas vermelhas", armadilha "Costista" que deitou fora a sólida maioria que a Direita poderia ter agora para estar a reformar o nosso país e assim o tirar do lodaçal aonde foi colocado por quase 40 anos de socialismo. Respeitosamente……………Rui Carvalho: Quando chegar ao poder verá! Agora o que eu sei é que 50 anos de poder do centrão não trouxe nada de bom a este país, à corrupção, incompetência, insegurança etc. Agora quem é que vive de ilusões, achando que votando nos mesmos terá resultados diferentes? São os inteligentes?          Antonio Bentes: Maria João Avillez, que artigo fantástico. 100% de acordo. Faz-me impressão a cegueira dos adeptos do Chega e o seu fanatismo absoluto. O Chega nada propõe, não tem qualquer estratégia para Portugal e para os Portugueses. Ao contrário do que a comunicação social insiste e a esquerda também, o Chega não é minimamente representante da extrema direita. É apenas um partido de soundbytes. Grita por tudo e por nada, nada propõe, nada constrói. Que pena não termos uma personalidade como Georgia Melloni, primeira ministra italiana. Essa sim, uma política de mão cheia, que conseguiu dar prestígio, uma direção firme e respeito à Itália. Mas, alguém consegue imaginar André Ventura como primeiro-ministro ou um parceiro fiável de uma outra governação? É impossível. Mas, graças a Deus que vivemos numa democracia, todos têm liberdade de se exprimir e de votar em quem quiserem.              Luis Mira Coroa: Obrigado pelo seu conselho de deixar tudo na mesma, à espera que o main stream se ajuste. Não me parece de todo, mas a senhora saberá...                     maria santos: E no meio deste impasse do PSD/"não é não", quais são os eixos e prioridades do Governo? Montenegro com a estratégia do "não é não" desistiu de liderar a direita no contexto dos resultados eleitorais de 10/Março para livrar o País do socialismo PS/António Costa, da avassaladora incompetência dos socialistas e das estéreis políticas públicas de génese socialista centradas nos interesses partidários e não nos interesses nacionais. Estamos a perder tempo com Montenegro, problema interno do PSD. Estamos a perder tempo nos planos económico e social, problema nosso a resolver pelo voto nas eleições gerais. O contexto das classes médias permanece nos mesmos termos que a 10/Março. Aqui não há lugar para caprichos e vaidades. A direita conservadora tem onde votar. Quem não gosta, não vota. Temos pena e temos tempo.                 Rui Carvalho > Antonio Bentes: A IL nunca deixará de ser, um pequeno partido, mais preocupado com o Chega que com os socialistas do PS ou do PSD. É presidida por um dirigente cheio de complexos com o Ventura, talvez por não ser capaz de ter os mesmos resultados. Má educação, todos a têm, insultos todos o fazem, especialmente contra o Chega, isso não desculpa as idiotices que alguns deputados do Chega dizem, mas é transversal, não há bons e maus insultos. A IL serve os socialistas, tal como os dirigentes do PSD que impedem uma maioria de direita, talvez por não serem de direita.                  Alexandre Arriaga e Cunha > Tim do A: Certeiro       António Reis > Pedro Correia: Muito bem, é exactamente isto. É a revolta e o desencantamento de que passados 50 anos de centrão, estramos como estamos. É vergonhoso e por isso até fico espantado como pessoas tão lúcidas como a MJA nunca tenham pensado que haveria de chegar a uma altura em que alguém dê o seu grito do Ipiranga e ganhe logo uma mole imensa de fiéis seguidores         João Floriano > Paulo Almeida: Excelente!                Paulo Almeida > Pedro Correia: Amen, é isso mesmo                     Maria Tubucci > maria santos: Obrigado, Cara MS. Esta madame é do género daqueles que conseguem ver um cisco no olho vizinho, mas é incapaz de enxergar uma trave no seu. Continue assim, vai ter a resposta na hora certa e no local certo. A madame teve o desplante de dizer numa TV “que os abstencionistas que foram votar CH mais valia terem ficado em casa”, no seu entendimento só quem vota no sistema vota bem.                 mais um > Cisca Impllit: A chatice é que muita gente vota CHEGA e não há nada que os ilustres amigos do PSD possaM fazer. Arrisco mesmo dizer que quanto mais os chamam de burros, mais eles são fiéis ao CHEGA. Nem que seja para contrariar estes intelectuais de trazer por casa...             Antonio Mendes Lopes: Esta madame que se acha uma das donas da opinião do sistema, está sempre a falar do Chega para beneficiar o seu PSD e a IL. Está coordenada e unida a outras rubricas e programas que correm pela C. S. cujo objectivo político (e por vezes partidário) é ajudarem a fazer a transferência de votos para os ditos PSD/IL. Já há pouca paciência para esta senhora que, com o aumento da idade, se tornou uma "assanhada" perseguidora dos outros e das opiniões que não são do seu agrado. Por que tem esta Mme. tanto espaço e "poder" na opinião pública veiculada por órgãos de Comunicação Social?        Jose Carlos Fonseca: Já sabemos ao que vem esta "amiga". É a voz do dono. Não tem vergonha na cara.

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