De Zelensky, a respeito da
fraqueza europeia. E receios sobre a actuação de Trump com o homólogo russo.
Em Paris, Zelensky lança um aviso: "Putin quer enfraquecer a Europa por dentro"
O Presidente da Ucrânia chegou a
França para se encontrar com os parceiros europeus. O anfitrião da reunião,
Emmanuel Macron, anunciou novo pacote de ajuda ao país no valor de 2 mil
milhões de euros.
OBSERVADOR, 27 mar. 2025, 00:43 1
O Presidente ucraniano, Volodymyr
Zelensky, foi o primeiro líder a chegar a Paris para uma conferência sobre paz
e defesa da Ucrânia com os seus parceiros europeus convocada pelo Presidente
francês, Emmanuel Macron. Depois de um primeiro encontro, Zelensky deu uma entrevista
a um painel de jornalistas europeus onde deixou uma mensagem para a Europa:
Putin quer “dividir e enfraquecer por
dentro” a união do continente.
“Ele está a tentar atingir a União Europeia por dentro“, assegurou
o Presidente ucraniano, sublinhando que considera que o
líder russo “teve sucesso parcialmente“. Para Zelensky, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, é um exemplo desse sucesso parcial, destacando “o
facto da Hungria bloquear por vezes sanções e pressão contra a Rússia e tentar
retirar alguns oligarcas russos da lista de sanções”.
O
Presidente ucraniano foi ainda mais longe e voltou a dizer que a infiltração da
narrativa do Kremlin não teve sucesso só na Europa, mas que foi levada também
para os Estados Unidos, por membros da administração de Donald Trump,
especialmente o enviado especial para os processos de negociação na Ucrânia e
no Médio Oriente, Steve
Witkoff. “Verifico que Witkoff cita com demasiada
frequência a narrativa do Kremlin“, referiu Zelensky, que acredita que isto “reduzirá a pressão norte-americana sobre a Rússia”.
Antes, numa conferência de imprensa
conjunta com Emmanuel Macron, o ucraniano disse que os EUA têm “força suficiente” para levar a Rússia a “um cessar-fogo
incondicional”, para lá daquele acordado com a Casa Branca que se restringe a
uma trégua no Mar Negro e a uma pausa nos ataques às infraestruturas
energéticas. Porém, de acordo com o líder ucraniano, a pressão sobre Putin tem
de se manter apertada.
“Qualquer tentativa de continuar com
esta guerra precisa de uma resposta. Esta é a linguagem de força, a única que
está a ser entendida por Moscovo”, sublinhou.
Macron, ao
lado de Zelensky na conferência de imprensa, saudou o acordo atingido entre
Moscovo e Washington como “um primeiro passo para um cessar-fogo
mais alargado”, mas
anunciou mais apoios a Kiev. Este pacote, de dois mil milhões de euros, inclui
equipamento militar como drones, mísseis terra-ar e antitanque, assim como o
envio de informações de satélite. “É
necessário que continuemos a ajudar a Ucrânia para que possa resistir“,
sublinhou Macron, que se solidarizou com “a batalha” travada pelos ucranianos.
Para Macron, a ajuda estrangeira deve também reflectir-se nas
garantias de segurança para Kiev caso seja atingido um “cessar-fogo duradouro”
entre Rússia e a Ucrânia. O líder voltou a defender na conferência de
imprensa conjunta a criação
de uma “força de garantia” internacional que iria estar “em segundo plano para
ajudar a defender [a Ucrânia] de uma segunda agressão russa”, em vez de
combater na frente de batalha.
“O
propósito é ajudar a Ucrânia a resistir no terreno à opressão russa mas também
construir os elementos desta paz justa e duradoura“, sublinhou
ainda o Presidente francês.
No entanto, na entrevista às televisões
europeias, Zelensky sublinhou que “a melhor garantia de segurança
para Kiev é a NATO”. Porém, ressalvou que esta entrada “depende dos Estados Unidos” e que será um “problema se
os Estados Unidos não estiverem prontos para dar esse passo”.
Face a estas interrogações, quando
questionado sobre se esperava que os EUA se mantivessem do lado da Ucrânia, Zelensky
mostrou-se expectante que esse continuasse a ser o caso. “Espero que sim. Deus
queira que se mantenham. Mas veremos“, respondeu o presidente ucraniano.
GUERRA NA
UCRÂNIA UCRÂNIA EUROPA MUNDO VOLODYMYR
ZELENSKY EMMANUEL
MACRON FRANÇA
COMENTÁRIOS:
Luis Silva: "Zelensky lança um aviso: "Putin
quer enfraquecer a Europa por dentro"" Mais idiota que o palhaço de Kiev, só a Kaia Kallas que diz que é preciso
infligir uma derrota à Rússia, a maior potência nuclear do planeta, para evitar
a Terceira Guerra Mundial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário