sábado, 29 de março de 2025

Tempo manipulado

 

Não tão exacto assim, pois,

Que atrasamos, adiantamos

Conforme as exigências

Do nosso interesse,

Por hábitos bem ancestrais

De falseamento de dados

Em cada ano que passa

No sobe e desce constante

Do nosso horário mutante.

E o Ricardo assim se diverte

Enviando-me o texto seguinte:

«O dia das 23 horas é já depois da próxima meia noite»

E eis chegado o dia

Que todos ambicionavam.

O Manel mais a Maria

E quantos com eles privavam.

 

É o mais curto do ano,

Por isso passa a correr.

E nisso não há engano,

Pois está sempre a acontecer.

 

É à noite que aparece,

Ao dar a volta na cama.

E ocorre, ao que parece,

Sempre ao fim de semana.

 

À uma dá-se a segunda,

De seguida, sem perdão.

Dá-lhe, que ela merece,

Ele também goza, então!?

 

Não pensem os mais afoitos,

Que falamos com maldade,

Não referimos biscoitos,

Mas sim horas de verdade.

 

É que o tempo não pára

E há que dormir depressa.

P'ra entrar com boa cara

Na semana que começa.

 

Ricardo 29.03.2025

(A letra está aqui... falta compor o fado.)

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