sexta-feira, 28 de março de 2025

Soma e segue


Trump e Putin irmanados no esbulho à Ucrânia. A falta de pudor é obra. Igualmente irmanados nos tentáculos para a ocupação da zona árctica europeia… O apelo de Macron à China, a Third World War a caminho… A Rússia acusa a Europa e lava as mãos inocentes de responsabilidades.

Em directo/ EUA aumentam a parada e querem controlar não só minerais, como petróleo e gás natural da Ucrânia — sem garantias de segurança

Decisões da cimeira de Paris: fortalecer o exército ucraniano, enviar tropas e investir na Defesa dos países. Equipa franco-britânica irá para a Ucrânia mas "não reúne unanimidade", diz Macron.

MARIANA MARQUES TIAGO: Texto

Actualizado Há 1h

SHAWN THEW / POOL/EPA

Momentos-chave

Há 14mEUA aumentam a parada e querem controlar não só minerais, como petróleo e gás natural da Ucrânia — sem garantias de segurança

Há 1ho que se passou até agora

Há 2hPutin aumenta presença militar no Árctico para "defender os seus interesses" e lança aviso a países nórdicos para não colaborarem com a NATO

Há 3hPutin diz que os "EUA estão a falar a sério" sobre Gronelândia

Há 3hZelensky critica EUA por não ter imposto sanções depois de a Rússia recusar cessar-fogo "incondicional

Há 3hWitkoff vive "noutro planeta", diz Zelensky

Há 4hZelensky aponta que "há uma série de países" que querem oferecer garantias de segurança à Ucrânia

Há 4hZelensky diz que não deve voltar aos EUA, mas não exclui novo acordo de minerais

Há 4hZelensky apela a que os EUA sejam "mais fortes" perante a Rússia

Há 5hEquipa franco-britânica "não reúne unanimidade", diz Macron. E defende que China deve ter papel activo na paz

Há 5hDecisões dos aliados para garantir a segurança: exército ucraniano forte, envio de tropas aliadas e investimento na Defesa

Há 6hPaíses são unânimes: "Não é altura para levantar sanções", anuncia Macron

Há 6h"Nenhum soldado croata irá para a Ucrânia", diz Presidente da Croácia

Há 6hZelensky sobre países aliados: "Todos compreendem que a Rússia não quer nenhuma paz"

Há 6h"Coligação de vontades" debateu necessidade de "aumentar as sanções" à Rússia

Há 7hPortugal aprova apoio de 205 milhões de euros para a Ucrânia

Há 7h"Por uma paz sólida para a Ucrânia e para a Europa". A foto de família da cimeira

Há 7hFrança e Reino Unido "arriscam confronto directo entre Rússia e NATO", alerta Rússia

Há 8hSuécia está focada em "fortalecer posição da Ucrânia antes de futuras negociações de paz"

Há 8hZelensky pede à Europa que mostre que sabe defender-se

Há 8hMacron falou com Trump antes da cimeira dos aliados da Ucrânia em Paris

Há 9hMoscovo e Kiev sem ataques a instalações de energia desde terça-feira

Há 9hRússia entregou cinco crianças ucranianas, dizem meios de comunicação russos

Há 10hCoreia do Norte envia mais 3.000 soldados para a Rússia

Há 10hAs imagens do encontro

Há 11hReino Unido acusa Vladimir Putin de não cumprir promessas

Há 11hMontenegro já está em França para se reunir com a "coligação de vontades"

Há 12h"Este não é o momento para aliviar a pressão sobre a Rússia", diz António Costa

Há 12hAtaque a Kharkiv faz pelo menos 12 pessoas. Rússia usou 8 drones

Actualizações em direto

O que se passou até agora

O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou um aumento da presença militar no Árctico como parte das medidas para proteger os interesses da Rússia nesta região em crescente tensão. Durante uma conferência em Murmansk, Putin mencionou o envio de tropas e o fortalecimento de infraestruturas de defesa, enquanto alertava a Finlândia e a Suécia contra a colaboração com a NATO.

No contexto de negociações diplomáticas internacionais, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou os Estados Unidos pela falta de imposição de sanções à Rússia após a rejeição de um cessar-fogo por parte do Kremlin. Zelensky também manifestou a necessidade de os EUA adoptarem uma postura mais firme face à Rússia, sublinhando a importância de garantir a segurança da Ucrânia através de alianças internacionais, principalmente com França e Reino Unido.

Em Paris, líderes europeus, incluindo Emmanuel Macron e Keir Starmer, discutiram um reforço da segurança na Ucrânia. As acções propostas incluem o fortalecimento do exército ucraniano e o envio de tropas aliadas para locais estratégicos. Adicionalmente, foi enfatizada a necessidade de não levantar sanções à Rússia, estratégia amplamente apoiada pelos presentes.

A Coreia do Norte enviou mais pessoal militar e equipamento para apoiar a Rússia no conflito.

Há 14m19:19 José Carlos Duarte

EUA aumentam a parada e querem controlar não só minerais, como petróleo e gás natural da Ucrânia — sem garantias de segurança

Os Estados Unidos da América (EUA) aumentaram recentemente a parada sobre as exigências do acordo da exploração de minerais.

Segundo um rascunho a que teve acesso o Financial Times, os EUA estão a pressionar a Ucrânia a assinar um acordo para controlar a exploração mineral e também os recursos energéticos ucranianos, não providenciando qualquer garantia de segurança a Kiev.

Os Estados Unidos pretendem a criação de um conselho de supervisão que teria como objectivo a supervisão conjunta entre a Ucrânia e os EUA de um fundo de investimento para a divisão dos rendimentos dos projectos de petróleo, gás natural e minerais em território ucraniano.

Os EUA teriam poder de veto e nomeariam três dirigentes dos cinco que comporiam o conselho de supervisão.

Ao Financial Times, dirigentes ucranianos dizem tratar-se de um “roubo” e de ser um acordo “injusto”. A Ucrânia, segundo o jornal, contratou uma equipa legal para avaliar o acordo — e apresentar uma contraproposta.

Há 2h17:28 André Certã

Putin aumenta presença militar no Árctico para "defender os seus interesses" e lança aviso a países nórdicos para não colaborarem com a NATO

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou um reforço da presença militar russa no Árctico para defender “os seus interesses” numa altura em que as rivalidades na região estão a aumentar.

Entre as medidas, Putin referiu que quer aumentar a presença militar na região, incluindo envio de tropas e fortalecimento das infraestruturas de defesa.

“Rússia nunca ameaçou ninguém no Árctico, mas estamos a acompanhar de perto a evolução da situação, a construir uma linha de resposta adequada, a aumentar as capacidades de combate das forças armadas e a modernizar as instalações das infra-estruturas militares”, afirmou o Presidente russo.

Putin tem estado a falar na conferência sobre o Árctico na cidade de Murmansk, perto da Finlândia. Foi a este país e também à Suécia que o líder russo enviou um aviso, chamando-lhes de “novos recrutas” da NATO.

Por alguma razão, estão a criar o problema com as suas próprias mãos. Porquê? É absolutamente incompreensível”, prosseguiu, sublinhando que não vão permitir “violações da soberania” russa e vão “defender os seus interesses”.

Há 3h16:57 André Certã

Putin diz que os "EUA estão a falar a sério" sobre Gronelândia

O Presidente russo, Vladimir Putin, afirma que os EUA estão “a falar a sério” quando dizem que querem anexar a região da Gronelândia, parte do Reino da Dinamarca.

Putin foi citado pela agência RIA Novosti numa conferência sobre o Árctico na cidade russa de Murmansk, na qual referiu ainda que os Estados Unidos vão “promover os seus interesses” na região.

Há 3h16:44 André Certã

Zelensky critica EUA por não ter imposto sanções depois da Rússia recusar cessar-fogo "incondicional

Na conferência de imprensa em Paris, Zelensky apresentou-se crítico dos EUA, afirmando que os norte-americanos deviam ter imposto sanções à Rússia depois do Kremlin ter rejeitado o acordo de cessar-fogo no Mar Negro e às infraestruturas energéticas.

No entanto, o Presidente ucraniano, fez uma pausa e mudou rapidamente de tom.

“Muito bem, vamos fazer uma pausa e não continuar a aconselhar a América sobre o que fazer”, disse Zelensky, em declarações que lembram o confronto que teve com Donald Trump e JD Vance na Casa Branca.

“Eles têm o seu próprio pessoal que os pode aconselhar, mas mesmo assim os russos não o aceitaram”, acrescentou.

Há 3h16:39 Miguel Cordeiro

Negociações de paz? "Perspectiva da Rússia é continuar"

Bruno Cardoso Reis fala num “marco histórico” porque a Europa nunca tentou fazer tanto sem os EUA numa situação de conflito. Em Gaza, afirma que a população percebeu que o Hamas é parte do problema.

Há 3h16:27 André Certã 

Witkoff vive "noutro planeta", diz Zelensky

O Presidente ucraniano voltou a ter palavras duras para o enviado dos EUA para os processos de negociação diplomática, que diz viver “noutro planeta”.

Para Zelensky, o enviado norte-americano diz coisas que “para nós, para os ucranianos, parecem muito abstractas, como se viessem de outro mundo”, ressalvando que isto não é “uma acusação”.

“Apenas vivemos em realidades diferentes, em mundos diferentes”, acrescentou.

Há 4h15:49 André Certã

Zelensky aponta que "há uma série de países" que querem oferecer garantias de segurança à Ucrânia.

Na conferência de imprensa, Volodymyr Zelensky apontou que há uma “série de países” prontos para oferecer “garantias de segurança” à Ucrânia.

Estas garantias, segundo o Presidente, podem ser “pelo ar ou com tropas no terreno”. Tanto a França como o Reino Unido já tinham garantido que queriam ajudar a Ucrânia com uma força de segurança.

Por esse motivo, Zelensky considera que os melhores líderes para representar a Europa são França, encabeçada por Emmanuel Macron, e o Reino Unido, liderado por Keir Starmer.

Há 4h15:35 André Cert

Zelensky diz que não deve voltar aos EUA, mas não exclui novo acordo de minerais

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirma que não vai voltar a Washington tão cedo, mesmo que já tenham concordado, em vários pontos, sobre um novo acordo sobre minerais raros.

Segundo Zelensky, os EUA mudaram a abordagem nas novas negociações após o abandono do anterior consenso depois do choque de palavras na Casa Branca do Presidente ucraniano e, Donald Trump, homólogo dos EUA, passando a querer assumir um acordo total com Kiev.

“Não gostaria de deixar os Estados Unidos com a sensação de que a Ucrânia está contra eles em geral, porque temos mostrado constantemente [que estamos] a enviar sinais positivos”, acrescentou.

Há 4h15:19 André Certã

Zelensky apela a que os EUA sejam "mais fortes" perante a Rússia

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky apelou a que os EUA sejam “mais fortes” perante a Rússia e Vladimir Putin, numa conferência de imprensa realizada durante o encontro de aliados em Paris.

Para Zelensky, os EUA, “são, indubitavelmente, (…) muito importantes” mas Kiev “precisa” que enfrentem a Rússia.

O Presidente acusa ainda Putin de usar “toda a máquina do Kremlin” para “separar a Europa dos EUA” e causar divisões internas.

“É uma necessidade que os EUA sejam mais fortes perante a Rússia. Isso é importante para nós”, acrescentou.

Há 5h14:23 Mariana Marques Tiago

Equipa franco-britânica "não reúne unanimidade", diz Macron. E defende que China deve ter papel activo na paz

A equipa franco-britância que se irá deslocar à Ucrânia terá como objectivo trabalhar para melhorar o exército ucraniano e para identificar locais estratégicos no país liderado por Zelensky.

A ideia de criar esta força foi uma proposta de França e do Reino Unido e “não reúne ainda, unanimidade”, mas “nós não precisamos de unanimidade”, esclareceu Emmanuel Macron após ser questionado sobre o tema por um jornalista durante a conferência de imprensa.

“Os chefes de Estado-Maior [de cada país] irão criar uma equipa e vão trabalhar com as equipas ucranianas”, disse. E voltou a sublinhar que “esta equipa de segurança não vai substituir o exército ucraniano“.

O líder francês admitiu ainda que “gostava que a China pudesse ter um papel activo” neste processo de garante da paz, “tendo em conta a qualidade de diálogo que mantém com a Rússia”.

“Desejo que o presidente Xi [Jinping] possa ter um papel activo para nos ajudar a construir esta paz sólida e duradoura”, terminou.

Há 5h14:04 Mariana Marques Tiago

Decisões dos aliados para garantir a segurança: exército ucraniano forte, envio de tropas aliadas e investimento na Defesa

Emmanuel Macron destacou depois a importância de garantir a paz e segurança na Ucrânia após ser assinado um cessar-fogo. E foram, assim, definidos três eixos de acção.

1.Ter um exército ucraniano forte e bem equipado

“Eu e o primeiro-ministro britânico daremos um mandato aos chefes de Estado-Maior dos nossos exércitos para que uma equipa franco-britânica se desloque à Ucrânia nos próximos dias e trabalhe com os nossos parceiros”, anunciou. O objectivo é prepararem “em todos os domínios aquele que virá a ser o formato do exército ucraniano em termos de Marinha e Força Aérea, número de efectivos e equipamentos, para podermos responder ou dissuadir a uma eventual agressão russa”.

2. Enviar tropas aliadas para “locais estratégicos” na Ucrânia

Logo após a assinatura de um acordo de cessar-fogo, a “coligação de vontades” pretende enviar forças de segurança para território ucraniano.

Estas forças “não terão a vocação de ser forças presentes na linha de frente, de contacto nem de substituição das forças ucranianas”, clarificou o governante francês.

“Serão, sim, forças de alguns estados-membros presentes em certos locais estratégicos identificados pelos ucranianos que permitam ser apoio duradouro e constituam uma forma de dissuasão de agressões.”

3. Cada país deve investir na sua Defesa

No terceiro ponto “houve alguma unanimidade na mesa”, disse Emmanuel Macron, sublinhando que na reunião de hoje, os líderes se mostraram “muito mais unidos do que há algumas semanas”.

O francês referia-se ao aumento do investimento nos exércitos de cada país, já que o que está em causa “é a segurança dos europeus”.

“Decidimos reforçar a nossa resposta em termos de arquitectura de segurança para o continente europeu, aumentando o nosso investimento nos exércitos e forças de segurança”, explicou.

E ainda “aumentar a coordenação entre indústria de Defesa e respectivo exército, para fazer trabalho de conjunto e gerir as necessidades e exigências” de cada país.

Há 6h13:43 Mariana Marques Tiago

Países são unânimes: "Não é altura para levantar sanções", anuncia Macron

Depois de algumas declarações por parte de Starmer e Zelensky, Emmanuel Macron iniciou a conferência de imprensa com o objectivo de comunicar todas as decisões tomadas pelos 30 líderes.

“Decidimos agir de forma unânime”, anunciou: “Não é altura para levantar sanções [à Rússia]. Continuaremos a manter a pressão económica, portanto, e iremos continuar a mobilizar-nos.”

E nas próximas semanas daremos “seguimento ao cessar-fogo, elemento chave”, continuou. “Decidimos mandatar o Ministério dos Negócios Estrangeiros para, nas próximas semanas, apresentar uma proposta de seguimento” e depois “será conversado com os parceiros americanos”, disse Macron,

Há 6h13:31 Mariana Marques Tiago

"Nenhum soldado croata irá para a Ucrânia", diz Presidente da Croácia

Em virtude da reunião de aliados que decorreu esta manhã, o Presidente da Croácia, Zoran Milanovic, deixou claro que “nenhum soldado croata irá para a Ucrânia sob qualquer acordo, isso está completamente fora da mesa”.

Numa publicação feita na sua página do Facebook, o governante croata deixou claro que “o exército croata não participará em nenhuma missão [de paz]”.

E uma das razões para tal “é que esta missão nunca acontecerá, com ou sem a Croácia, porque as condições básicas para essa missão não foram cumpridas: um acordo de paz e o consentimento da outra parte, a Rússia.”

“Se o Governo ainda acredita que deve ajudar a Ucrânia materialmente e com equipamento, que continue a fazê-lo. Mas eu sou responsável pela defesa croata, pela segurança nacional e pela integridade territorial, tal como estabelecido na Constituição”, rematou.

Há 6h13:09 Mariana Marques Tiago

Zelensky sobre países aliados: "Todos compreendem que a Rússia não quer nenhuma paz"

“Os resultados atingidos são muito importantes“, disse logo de seguida Volodymyr Zelensky.

E logo a seguir elaborou: “Não haverá levantamento de sanções até a Rússia parar esta guerra. Penso que será necessário exercer mais pressão, mais sanções.”

O Presidente ucraniano disse depois que ouviu “de todos os países, a uma só voz”, que todos querem apoiar a Ucrânia: “Todos compreendem que a Rússia não quer nenhuma paz.”

Para tal, “precisamos de garantias de segurança [a longo prazo também], algo que levará o seu tempo, mas será importante no futuro”, rematou.

Há 6h13:02 Mariana Marques Tiago

"Coligação de vontades" debateu necessidade de "aumentar as sanções" à Rússia

Também o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, se pronunciou à saída, dizendo que os países aliados falaram da necessidade de “aumentar as sanções [à Rússia] para apoiar a incitava americana para trazer a Rússia para a mesa de negociações para exercer pressão”.

“Discutimos também os planos para assegurar que esta ‘coligação de vontades’ dá todo o apoio em mar e terra, que é muito importante”, acrescentou. E disse ainda que “muitos países mostraram solidariedade para com a Ucrânia, neste momento crucial, durante o tempo que for necessário”.

Há 7h12:56 Mariana Marques Tiago

Portugal aprova apoio de 205 milhões de euros para a Ucrânia

A reunião entre os cerca de 30 líderes sobre o apoio à Ucrânia já terminou. E à saída, em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro português disse que foi aprovado em Conselho de Ministros um apoio de 205 milhões para a Ucrânia.

“Assumindo o nosso compromisso [de apoio], ao mesmo tempo que esta reunião acontecia, estávamos a decidir no Conselho de Ministros em Lisboa a autorização da despesa no valor de 205 milhões de euros“, disse Luís Montenegro.

E explicou depois que este valor “concretiza o apoio militar em equipamento e em várias áreas que vão dotar as forças armadas ucranianas, para poderem continuar o seu combate e assegurar o processo de paz”.

No que toca ao envio de tropas para a Ucrânia, o primeiro-ministro garantiu apenas que Portugal “não vai estar fora desse esforço”, referindo-se especificamente a missões de paz.

“No âmbito de um processo de paz que seja justa e duradoura, com medidas de segurança nas quais os nossos parceiros possam participar, Portugal não vai estar de fora desse esforço”, de forma a que possamos garantir “uma política de dissuasão e segurança”, disse. E lembrou depois que“os EUA também são um parceiro relevante”— apesar de terem ficado fora da reunião de hoje.

“Ainda é de facto precoce falar disso [envio de tropas], mas estamos prontos para fazer parte de missões de paz e missões de segurança, como sempre”, garantiu.

Considerando as sanções “importantes” no âmbito do processo de paz, quando confrontado com a aceitação de possíveis novas sanções, Luís Montenegro lembrou que Portugal tem “acompanhado todos os pacotes que têm sido elaborados”. E, uma vez mais, lembrou que também neste processo “têm de estar envolvidos os aliados”, nomeadamente os EUA.

Há 7h12:40 Agência Lusa

Moscovo acusa Kiev de novos ataques contra alvos energéticos

A Rússia acusou a Ucrânia de ter realizado ataques contra três instalações energéticas russas na quarta-feira e esta quinta-feira, alegando que Kiev não estava a respeitar um acordo de tréguas limitado a estas infraestruturas.

“Apesar das declarações do regime de Kiev sobre uma alegada cessação dos ataques contra instalações energéticas russas, as forças armadas ucranianas continuaram a realizar ataques contra infraestruturas energéticas nas últimas 24 horas”, afirmou o Ministério da Defesa.

Segundo o ministério, citado pela agência francesa AFP, dois ataques tiveram como alvo a região de Bryansk e um a Crimeia, a península ucraniana anexada por Moscovo em 2014.

O comunicado russo contraria uma informação dada esta quinta-feira por um alto funcionário ucraniano à AFP, segundo o qual não se registaram ataques de um lado e do outro contra alvos energéticos desde terça-feira.

“Desde 25 de março, não assistimos a nenhum ataque directo da Rússia contra o sector da energia, por isso não atacámos” na Rússia, disse a fonte, na condição de não ser identificada.

Há 7h12:34 Mariana Marques Tiago

"Por uma paz sólida para a Ucrânia e para a Europa". A foto de família da cimeira

O Presidente francês Emmanuel Macron, que lidera o encontro desta quinta-feira também divulgou na rede social X a fotografia tirada na cimeira — e onde constam todos os líderes.

Na publicação em francês, o governante escreve que a reunião e tudo o que está a ser discutido é em defesa de “uma paz sólida para a Ucrânia e para a Europa”.

Há 7h12:10 Mariana Marques Tiago

França e Reino Unido "arriscam confronto directo entre Rússia e NATO", alerta Rússia

França e Reino Unido estão a “traçar planos para uma intervenção militar na Ucrânia” e “arriscam um confronto directo entre a Rússia e a NATO”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, citada pela Skynews.

Na cimeira da “coligação de vontades”, que está a decorrer esta quinta-feira, este é um dos temas que está em cima da mesa.

“O nosso país opõe-se categoricamente a este cenário [envio de tropas para solo ucraniano]”, continuou. E acusou ainda o Reino Unido de querer provocar um “banho de sangue” entre a UE e a Rússia.

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