Que Portugal vai dar o seu contributo, a
vitória – da Ucrânia, digo - fica
assegurada, pois somos indubitavelmente um povo de contribuintes vitoriosos.
Alertas activos
Em directo/
"A bola
está do lado da Rússia", dizem países europeus e aliados
Encontro, por videoconferência,
pretende “aprofundar a forma como os
países pretendem contribuir” para a coligação de países dispostos a
participar numa força de manutenção de paz caso seja alcançado
Actualizado Há 6h
AFP
via Getty Images
Momentos-chave
Há 4hPrimeiro-ministro da Hungria afirma que “império
de Bruxelas” abusa do seu poder
Há 4hZelensky:
"Cessar-fogo já podia ter acontecido, mas a Rússia está a fazer tudo para
o evitar"
Há 5hCosta
diz que Rússia tem de mostrar “real vontade política” para acabar com guerra
Há 5hMeloni afasta participação da Itália em eventual
força de paz na Ucrânia
Há 7hStarmer garante que esforços de apoio à Ucrânia
têm de ser feitos em conjunto com os EUA
Há 7hUcrânia desenvolve e usa com sucesso míssil com
alcance de mil quilómetros
Há 7hZelensky acusa Rússia de "ignorar a
diplomacia" e querer "prolongar a guerra"
Há 7hZelensky
desmente Rússia e diz que forças ucranianas em Kursk não estão cercadas
Há 8hRússia e Ucrânia trocam ataques aéreos quando é
discutido cessar-fogo
Há 9hRússia ataca infraestruturas de eletricidade no
sul da Ucrânia
Há 9hUcrânia diz ter abatido 130 drones russos esta
noite
Há 9hMontenegro participa em reunião convocada por
Londres sobre plano de paz na Ucrânia
Actualizações em directo
O que se passou até agora
O primeiro-ministro britânico, Keir
Starmer, afirmou que após os esforços recentes para um possível cessar-fogo de
30 dias entre a Ucrânia e a Rússia, a responsabilidade agora recai sobre a
Rússia. Starmer elogiou a disposição do Presidente Zelensky em aceitar a
proposta dos EUA para um cessar-fogo imediato e incondicional e instou o Kremlin
a demonstrar seriedade em relação à paz, salientando que, caso Putin recuse o cessar-fogo, será necessário aumentar a pressão
sobre a Rússia.
A cimeira virtual organizada pelo Reino
Unido contou com a participação de líderes de cerca de 25 países, incluindo
Portugal, representado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro. No encontro,
discutiu-se o aumento da pressão económica sobre a Rússia e a preparação
para apoiar a segurança da Ucrânia a longo prazo. A reunião enquadra-se
em esforços diplomáticos para incentivar uma solução pacífica para o conflito
na Ucrânia.
As
forças armadas russas e ucranianas trocaram intensos ataques aéreos durante a
noite, com ambos os lados reportando a presença de mais de 100 drones inimigos
sobre os respetivos territórios. Este acontecimento surge num momento
em que são discutidos detalhes para um cessar-fogo de 30 dias proposto pelos
EUA, mas com pontos ainda por resolver que continuam a ser um entrave à trégua.
Volodymyr Zelensky desmentiu informações oriundas da Rússia
que alegavam que as forças ucranianas estavam cercadas na região russa de Kursk.
Zelensky destacou que as operações
ucranianas na área continuam conforme planeado, refutando assim as alegações de
Moscovo e afirmando que tropas russas e norte-coreanas continuam a ser
enfrentadas sem surgir um cerco às tropas ucranianas.
Há 4h15:00 Agência Lusa
Primeiro-ministro da Hungria afirma que “império de Bruxelas” abusa
do seu poder
O
primeiro-ministro da Hungria, Viktor
Orbán, voltou hoje a criticar a União
Europeia, afirmando que o “império de Bruxelas” abusa do seu poder, e defendeu
que as forças ultraconservadoras são cada vez mais fortes no mundo.
“O império de Bruxelas abusa
do seu poder”, afirmou hoje o líder húngaro, acrescentando que não se deve
virar costas à União Europeia, mas “ocupá-la e mudá-la”.
Orbán
discursava para milhares de apoiantes que, em frente ao Museu Nacional,
celebravam o feriado nacional da revolução húngara de 1848 contra o domínio dos
Habsburgos.
Numa
praça próxima ao Museu Nacional, críticos e opositores de Orbán vaiaram todo o
seu discurso.
“Chegará
o tempo de reclamarmos os direitos que [Bruxelas] nos tirou”, afirmou o
primeiro-ministro, que repetidamente acusa a União Europeia de limitar as
competências nacionais.
Orbán,
que é aliado do Presidente norte-americano e do Presidente russo, defendeu
ainda que “os patriotas são o futuro”, uma vez que ganharam força e venceram as
eleições nos Estados Unidos, Holanda e Áustria.
Numa
referência à imigração, o líder húngaro afirmou que “o império quer substituir
os nativos do continente por massas invasoras de civilizações estrangeiras”.
Simultaneamente,
acusou Bruxelas de querer ” desviar os filhos e netos da ordem saudável da
criação para um caos não natural” e de criar “um império global arco-íris”.
Esta
semana, o partido de Orbán, o Fidesz, propôs alterações à Constituição húngara
para permitir a suspensão da cidadania e deportação de cidadãos húngaros com
dupla nacionalidade, caso se considere que são uma ameaça à soberania ou
segurança nacional do país.
Outra
alteração visa a comunidade LGBTQ+, tendo o partido de Orbán afirmado que o
evento anual da Marcha do Orgulho, que se celebra em Budapeste desde os anos
1990, seria proibido a partir deste ano.
Em
fevereiro, Orbán apelou a leis mais rigorosas para vetar os meios de
comunicação e organizações não-governamentais que no passado beneficiaram de
ajudas externas.
Hoje,
avançou que nas próximas semanas a Hungria vai acabar com os meios de comunicação
social e outras organizações que receberam financiamento do estrangeiro,
comparando-os a insectos.
“Depois
da reunião festiva de hoje, vem a limpeza da Páscoa. Os insectos já passaram o
inverno. (…) Vamos desmantelar a máquina financeira que usou dólares corruptos
para comprar políticos, juízes, jornalistas, pseudo-ONG e activistas políticos.
Vamos eliminar todo o exército sombra”, afirmou.
Já
quanto à Ucrânia, o primeiro-ministro reiterou que não apoiará a integração do
país vizinho na União Europeia e garantiu que, “sem a Hungria não haverá
nenhuma decisão sobre a questão”, dando a entender que vetará qualquer decisão
sobre o assunto.
Orbán,
que está no poder desde 2010, tem usado as celebrações do 15 de março como “um
pódio” para lançar discursos hostis contra a União Europeia, à qual a Hungria
pertence desde 2004.
Há 4h14:56 João Francisco Gomes
Zelensky: "Cessar-fogo já podia ter acontecido, mas a Rússia
está a fazer tudo para o evitar"
Já
depois da cimeira desta manhã com cerca de 25 líderes ocidentais, o Presidente
ucraniano, Volodymyr Zelensky, publicou uma
longa mensagem nas redes sociais em que acusa Vladimir Putin de
mentir e de adiar propositadamente a entrada em vigor de um cessar-fogo de 30
dias, nos termos da proposta norte-americana.
“Falei
na reunião dos líderes europeus dizendo que o caminho para a paz tem de
começar incondicionalmente. Se a Rússia não quer isto, então tem de ser
aplicada uma forte pressão até eles o quererem. Moscovo só entende uma
linguagem”, escreveu Zelensky no Twitter.
“Desde
terça-feira que está em cima da mesa uma proposta de cessar-fogo — um silêncio
da guerra no ar, no mar e na linha da frente. É uma proposta norte-americana —
um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias. Nesse tempo, sem mortes, será
realmente possível negociar todos os aspectos de uma verdadeira paz”,
acrescentou.
No
entender de Zelensky, é possível neste momento ver “claramente” quem é que está
“a atrasar tudo” e a impedir a paz. “Um cessar-fogo já podia ter acontecido,
mas a Rússia está a fazer tudo para o evitar”, escreveu Zelensky. “Putin está a
mentir a toda a gente sobre a situação no terreno, sobretudo sobre o que está a
acontecer na região de Kursk, onde as nossas forças ucranianas continuam as
suas operações.”
“Putin
também está a mentir sobre como um cessar-fogo seria, supostamente, demasiado
complicado. Na verdade, tudo pode ser controlado e discutimos isto com os
americanos. A verdade é que Putin já arrastou a guerra durante quase uma semana
depois das conversações em Jeddah e vai continuar a arrastá-la”, assinalou
Zelensky, que diz esta é “a guerra da Rússia”.
Na
mensagem, o líder ucraniano pede ainda mais garantias de segurança, apoio
militar e sanções à Rússia — e volta a colocar o tema da segurança europeia no
centro da discussão, apelando aos países europeus: “Não deveriam demorar três a
cinco anos para produzir munições quando é a vossa defesa e segurança que está
em causa. Por favor, façam-no o mais rapidamente possível.”
Há 4h14:55 Luis Soares
Ucrânia. Consenso entre europeus e aliados sobre a Rússia é
"consolidação de aliança que extravasa a UE"
Paulo
Sande, especialista em assuntos europeus, acredita que resoluções da reunião
com países europeus e aliados é consolidação de apoio importante a Kiev e sinal
de que o apoio à Ucrânia continuará.
Há 5h14:22 Agência Lusa
Costa diz que
Rússia tem de mostrar “real vontade política” para acabar com guerra
O
presidente do Conselho Europeu defendeu hoje que a Rússia tem de mostrar “real
vontade política” para acabar com o conflito na Ucrânia e disse que a Europa
quer garantir que os ucranianos tenham uma posição forte em futuras
negociações.
“Agora,
a Rússia precisa de mostrar real vontade política para acabar com a
guerra”, escreveu António Costa na rede social X, depois de uma reunião
de 25 países, por videoconferência.
Na
publicação, António Costa diz que a Europa está empenhada em “assegurar que a
Ucrânia tem uma posição forte em futuras negociações de paz”.
“A
União Europeia contribui activamente para fortalecer a Ucrânia e aumentar a sua
capacidade de defesa, através de apoio político, financeiro e militar, para
alcançar uma paz completa, justa e duradoura”.
António
Costa participou nesta reunião de cerca de duas horas a partir de Lisboa, do
Ministério da Defesa Nacional, onde esteve também o primeiro-ministro
português, Luís Montenegro.
No
X, o presidente do Conselho Europeu agradece ainda ao primeiro-ministro
britânico, Keir Starmer, por organizar esta reunião virtual para debater “os
progressos e considerar próximos passos” com vista ao cessar-fogo na Ucrânia.
Há 5h14:18 Agência Lusa
Meloni afasta participação da Itália em eventual força de paz na
Ucrânia
A
primeira-ministra italiana informou hoje outros líderes europeus que o seu
Governo não tenciona participar com tropas italianas numa potencial força de
paz para a Ucrânia, um dos temas em debate no âmbito de um possível
cessar-fogo.
“A
primeira-ministra confirmou que a Itália tenciona continuar a trabalhar com os
seus parceiros europeus e ocidentais e com os Estados Unidos para definir
garantias de segurança credíveis e eficazes, reiterando que não está
prevista a participação nacional numa eventual força militar no terreno”,
afirmou o Governo italiano em comunicado.
Embora
a sua presença não fosse ainda certa, Giorgia Meloni acabou por se juntar à
cimeira virtual convocada pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e à
qual assistiram, entre outros, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e o
Presidente francês, Emmanuel Macron.
Em
comunicado, o Governo italiano sublinhou a necessidade de trabalhar em prol
de “uma paz justa e duradoura” e “da futura soberania e segurança da Ucrânia”,
objectivos que Meloni quer abordar com vários parceiros, incluindo os Estados
Unidos, com vista a “definir garantias de segurança credíveis e eficazes”.
Meloni
reiterou que “não está previsto” que as tropas italianas possam participar
“numa eventual força militar no terreno”, uma hipótese na qual Starmer e Macron,
principalmente, estão a trabalhar.
Há 5h14:09 Agência Lusa
Luís Montenegro: Portugal estará ao lado dos seus “aliados para
garantir a paz e a segurança hoje e no futuro”
Na reunião por videoconferência sobre
o cessar-fogo na Ucrânia, o primeiro-ministro salientou que Portugal estará ao
lado dos seus aliados “para garantir a paz e a segurança hoje e no futuro”.
“Participei
hoje numa reunião promovida pelo Reino Unido e pela França no quadro dos
esforços para alcançar um cessar-fogo na Ucrânia, com base em negociações para
uma paz justa e duradoura”, escreveu o primeiro-ministro na sua página oficial
na rede social X.
Luís
Montenegro indicou que Portugal estará ao lado dos seus “aliados para garantir
a paz e a segurança hoje e no futuro”, seguindo “os princípios do direito
internacional”.
O
primeiro-ministro entrou nessa reunião por videoconferência a partir do
Ministério da Defesa Nacional, em Lisboa, onde esteve também o presidente do
Conselho Europeu, António Costa.
A
reunião durou cerca de duas horas. No final, Luís Montenegro e António Costa
saíram do edifício ao mesmo tempo.
Nas
redes sociais, o primeiro-ministro partilhou imagens ao lado do presidente do
Conselho Europeu.
Fonte
do gabinete do primeiro-ministro salientou que “Portugal tem manifestado
disponibilidade para contribuir em conjunto com os seus parceiros europeus,
para um quadro de iniciativas que contribuam para alcançar a paz, em linha com
os princípios do direito internacional, e para garantir que a mesma possa ser sustentável
no tempo”.
A
reunião, em que participaram perto de 30 países europeus e não europeus,
“enquadra-se nos contactos em diferentes formatos realizados nas últimas
semanas sobre iniciativas de paz e futuras garantias de segurança para a
Ucrânia, que têm contado com a participação de Portugal a nível político e
militar”, referiu a mesma fonte.
“As
discussões neste formato visam abordar a prossecução dos esforços para obtenção
de um cessar-fogo, que sirva de base a negociações para uma paz justa e
duradoura, suportada por garantias de segurança robustas e eficazes para a
Ucrânia”, acrescentou o gabinete do primeiro-ministro.
Há 6h12:54 João Francisco Gomes
Starmer não se compromete com as funções concretas da eventual força
de manutenção de paz aliada na Ucrânia
Keir
Starmer foi questionado sobre qual a real eficácia da força de manutenção de
paz proposta por esta “coligação de vontades”, que inclui vários países
europeus, a UE, a NATO e outros países aliados, como o Canadá, a Austrália ou a
Nova Zelândia, quais as regras que se aplicariam a esta força e qual a razão
pela qual não seria a ONU a assegurar esta manutenção de paz, como habitual.
Contudo,
Starmer acabou por fugir à questão, remetendo para uma “reunião
operacional” na próxima quinta-feira as discussões sobre as capacidades militar
envolvidas na força. Starmer disse ainda que pretende que o Reino Unido
assuma um “papel de liderança” nesta força, mas afirmou que primeiro é
necessário que seja alcançado um acordo de paz.
Starmer
foi também questionado sobre a eventual disseminação de armas nucleares numa
altura em que as condições de segurança no mundo se estão deteriorar — e
respondeu dizendo que o Reino Unido pretende “fazer todos os possíveis para
evitar um aumento da disponibilidade de armas nucleares”.
Quanto
às formas de aplicar pressão sobre a Rússia, Starmer defendeu que é necessário
aumentar o apoio militar à Ucrânia e aumentar as sanções contra a Rússia.
Sobre o primeiro ponto, o primeiro-ministro britânico assegura que foram feitos
novos compromissos esta manhã nesse sentido. Sobre as sanções, terá de haver
discussões mais aprofundadas sobre novos caminhos a explorar, incluindo no que
toca ao que fazer com os activos russos congelados.
Há 7h12:46 João Francisco Gomes
Starmer garante
que esforços de apoio à Ucrânia têm de ser feitos em conjunto com os EUA
Questionado
pelos jornalistas em conferência de imprensa, o primeiro-ministro britânico,
Keir Starmer, garante que todos os esforços discutidos este sábado na cimeira
virtual têm de ser feitos “em conjunto com os Estados Unidos”.
“Como
penso que sabem, estamos a falar com os Estados Unidos diariamente. Por isso, a
posição de fazer isto em conjunto com os EUA não mudou. E é por isso que temos
as discussões detalhadas que temos”, disse ainda.
Starmer
garantiu mesmo que “o Presidente Trump está absolutamente comprometido com uma
paz duradoura que é necessária na Ucrânia e tudo o que ele está a fazer é
orientado nesse sentido”.
Há 7h12:40 João Francisco Gomes
Após Ucrânia concordar com cessar-fogo, "a bola está do lado da
Rússia", diz Starmer. Aliados disponíveis para força de manutenção de paz
O
primeiro-ministro britânico, Keir Starmer,
diz que, depois dos esforços dos últimos dias com vista a um possível
cessar-fogo de 30 dias entre a Ucrânia e a Rússia, “agora a bola está do lado da Rússia”.
“Agradecemos
os esforços do Presidente Trump, do Presidente Zelensky e das suas equipas
negociais em assegurar um notável avanço no acordo de paz em Jeddah, esta
semana, e o compromisso do Presidente Zelensky com a proposta dos EUA para um
cessar-fogo imediato e incondicional de 30 dias, sujeito a acordo pela Rússia”,
diz Starmer num comunicado emitido depois da reunião entre os líderes de várias
dezenas de países convocada pelo Reino Unido.
“Concordámos
que, agora, a bola está do lado da Rússia e o Presidente Putin tem de provar
que está a falar a sério sobre a paz e concordar com um cessar-fogo em termos
iguais”, considera Starmer.
“A
hesitação e o atraso do Kremlin sobre a proposta de cessar-fogo do Presidente
Trump e os contínuos ataques bárbaros da Rússia contra a Ucrânia vão totalmente
contra o desejo de paz declarado pelo Presidente Putin”, acrescenta o líder
britânico.
No
comunicado, Keir Starmer diz que um dos resultados da reunião de líderes
é uma nova reunião, esta semana, entre chefes militares para desenvolver
“planos práticos sobre como os nossos exércitos podem apoiar a segurança
futura da Ucrânia”.
“Vamos
reforçar as defesas e as forças armadas da Ucrânia e vamos estar prontos para
mobilizar, como uma ‘coligação de vontades’, no caso de um cessar-fogo, para
ajudar na segurança da Ucrânia em terra, mar e ar”, afirmou Starmer. “No caso de um cessar-fogo, enfatizámos a
necessidade de uma forte monitorização, para assegurar que quaisquer violações
do acordo são identificadas e denunciadas.”
O
líder britânico destaca ainda que, no caso de Putin recusar o cessar-fogo
imediato e incondicional, será preciso aumentar a pressão sobre a Rússia para
convencer Putin a negociar.
“Neste
sentido, vamos acelerar o nosso apoio militar, apertar as nossas sanções contra
as receitas russas e continuar a explorar todas as vias legais para assegurar
que a Rússia paga pelos danos provocados à Ucrânia”, disse ainda Starmer, que
promete para os próximos dias mais discussões sobre o assunto.
Há 7h12:26 João Francisco Gomes
Keir Starmer fala às 12h30 depois de reunião com líderes mundiais
O
primeiro-ministro do Reino Unido deverá dar uma conferência de imprensa por
volta das 12h30, diz a imprensa britânica.
Já
terminou a reunião virtual com líderes de cerca de 25 países sobre a defesa da
Ucrânia.
Há 7h12:23 João Francisco Gomes
Ucrânia
desenvolve e usa com sucesso míssil com alcance de mil quilómetros
Na
mesma mensagem no Twitter, Zelensky dá ainda atualizações sobre o programa de
desenvolvimento de mísseis da Ucrânia, que já está a ter “resultados tangíveis”
depois de um teste bem sucedido de um míssil Neptune, com o alcance de mil
quilómetros.
“O
míssil de longo alcance Neptune foi testado e usado com sucesso em combate. Um
novo míssil ucraniano, um ataque preciso. O alcance é de mil quilómetros”,
escreveu Zelensky.
O
líder ucraniano agradeceu às equipas ucranianas envolvidas no desenvolvimento
dos novos mísseis. “Vamos continuar o nosso trabalho para assegurar a
segurança da Ucrânia”, disse.
Até
aqui, lembra a Sky News, os mísseis com maior alcance à disposição das forças
ucranianas eram os ATACMS norte-americanos, com cerca de 300 quilómetros de
alcance.
Há 7h12:18 João Francisco Gomes
Zelensky acusa
Rússia de "ignorar a diplomacia" e querer "prolongar a guerra"
Volodymyr
Zelensky acusa a Rússia de querer “ignorar a diplomacia” e querer “prolongar a
guerra”.
Numa mensagem
no Twitter, Zelensky diz que as forças ucranianas estão a observar
movimentações das tropas russas junto à fronteira com a Ucrânia.
“Isto
indica uma intenção de atacar a nossa região de Sumy”, diz Zelensky.
“A
concentração de forças russas indica que Moscovo pretende continuar a ignorar a
diplomacia. É evidente que a Rússia está a prolongar a guerra”, escreve ainda o
líder ucraniano.
Há 7h11:57 João Francisco Gomes
Zelensky
desmente Rússia e diz que forças ucranianas em Kursk não estão cercadas
O
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, desmente a informação vinda da
Rússia de que as forças ucranianas na região russa de Kursk estão cercadas
pelas forças de Moscovo.
“A
operação das nossas forças nas áreas designadas da região de Kursk
continua”, escreveu Zelensky no Twitter. “As unidades estão a continuar
as suas tarefas exactamente como pedido. Graças às forças ucranianas na
região de Kursk, um número significativo de forças russas foram retiradas de
outras direcções.”
“As
nossas tropas continuam a resistir agrupamentos russos e norte-coreanos na
região de Kursk. Não há cerco às nossas tropas”, diz Zelensky.
Esta
manhã, o Ministério da Defesa da Rússia disse que as forças russas tinham recapturado
mais duas povoações em Kursk, bloqueando as forças ucranianas.
Há 8h11:10
Rússia e Ucrânia trocam ataques aéreos quando é discutido
cessar-fogo
Rússia
e a Ucrânia trocaram fortes ataques aéreos na última noite, com ambos os lados
a reportarem mais de 100 drones inimigos sobre os respectivos territórios.
Os
ataques ocorreram menos de 24 horas depois de o presidente da Rússia, Vladimir
Putin, se ter reunido com o enviado dos Estados Unidos, Steve Witkoff, para discutir
detalhes da proposta norte-americana para um cessar-fogo de 30 dias na guerra.
Na
Rússia, o governador regional de Volgogrado, Andrei Bocharov, confirmou que
destroços de drones causaram um incêndio em Krasnoarmeysky, perto de uma
refinaria de petróleo, mas não adiantou mais pormenores.
Os
aeroportos próximos suspenderam temporariamente os voos, informaram os meios de
comunicação locais. Não há registo de vítimas.
A
refinaria de Volgogrado foi alvo das forças de Kiev em diversas ocasiões desde
que Moscovo lançou a invasão da Ucrânia em larga escala há mais de três anos,
sendo o ataque mais recente a 15 de fevereiro com drones.
O
Ministério da Defesa russo disse ter abatido 126 drones ucranianos, 64 dos
quais na região de Volgogrado.
Já
a força aérea da Ucrânia disse hoje que a Rússia lançou 178 drones e dois
mísseis balísticos sobre o país durante a última noite. Cerca de 130 drones
foram abatidos, enquanto outros 38 foram perdidos enquanto se dirigiam aos seus alvos.
A
Rússia atacou instalações energéticas, causando danos significativos, disse a
empresa privada de energia ucraniana Dtek.
A
Rússia atingiu a infraestrutura energética nas regiões de Dnipropetrovsk e
Odessa, disse a Dtek hoje, acrescentando que alguns moradores ficaram sem electricidade.
Esta
semana, Kiev aceitou a proposta norte-americana de um cessar-fogo de 30 dias,
mais de três anos após a invasão russa, mas Putin expressou reservas sobre este
plano e levantou “questões importantes” que precisam de ser abordadas
antes que se possa chegar a uma trégua.
Há 8h11:02 João Francisco Gomes
Rússia terá recapturado mais duas povoações em Kursk e bloqueado
forças ucranianas em território russo
As
forças armadas russas terão recapturado as povoações de Rubanshchina e
Zaoleshenka, na região de Kursk, disse o Ministério da Defesa da Rússia num
briefing este sábado, citado pela
agência Tass no Telegram.
De
acordo com a mesma agência, a recaptura destas duas povoações significará que
as forças armadas ucranianas, que ainda se encontram presentes na região russa
de Kursk, ficaram bloqueadas pelas forças russas.
O
governo russo diz ainda que as forças ucranianas terão perdido mais de 67 mil
soldados na ofensiva lançada contra aquela região russa — um ataque que Kiev
pretendia que pudesse servir de vantagem negocial com a Rússia.
Há 9h10:42 João Francisco Gomes
Começou a reunião virtual convocada por Londres. Primeiro-ministro
britânico diz que Zelensky está do lado da paz e pede pressão sobre Putin
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, já deu
início à cimeira internacional virtual sobre a paz na Ucrânia, que reúne
dezenas de países europeus, a UE, a NATO, o Canadá, a Austrália, a Nova
Zelândia e a própria Ucrânia (e na qual Portugal é representado pelo
primeiro-ministro, Luís Montenegro).
Na cimeira, em que Starmer deverá apresentar aos
aliados um projecto de paz para a Ucrânia e em que se espera que os vários
países deem conta da sua disponibilidade para contribuir para uma força de
manutenção da paz na região, o governante britânico começou por fazer uma
síntese dos rápidos desenvolvimentos diplomáticos ocorridos nos últimos dias.
“Aconteceu muita coisa” na última semana, reconheceu
Starmer, referindo-se às discussões entre os EUA e a Rússia ocorridas na Arábia
Saudita e, sobretudo, ao facto de a Ucrânia ter aceitado a proposta
norte-americana para um cessar-fogo imediato de 30 dias.
Segundo Starmer, esta semana Zelensky deu provas de
que a Ucrânia é o lado da guerra empenhado na paz “porque ele se comprometeu
com um cessar-fogo incondicional de 30 dias”. Já a Rússia de Vladimir Putin
“está a tentar adiar” a implementação deste cessar-fogo.
Para o líder britânico, se Putin está “a falar a
sério sobre a paz, então tem de parar os seus ataques bárbaros contra a Ucrânia
e concordar com um cessar-fogo”. Citado pela Sky News, Starmer afirmou ainda que acredita que Putin, “mais
tarde ou mais cedo, terá de vir para a mesa empenhar-se em discussões sérias”.
No entanto, acrescentou Starmer, “não podemos
simplesmente encostar-nos e esperar que isso aconteça”. O líder britânico diz
que os aliados ocidentais têm de continuar a pressionar Putin, a preparar-se
para uma paz “que seja segura e duradoura” — e a preparar-se para reforçar a
segurança da Ucrânia.
Há 9h10:32 João Francisco Gomes
Rússia ataca
infraestruturas de electricidade no sul da Ucrânia
As forças russas atacaram várias infraestruturas
relacionadas com a produção e distribuição de energia eléctrica nas zonas de
Dnipropetrovsk e Odessa, na Ucrânia.
De acordo com um comunicado da empresa energética DTEK, citado pela Sky News, “os danos são significativos” e há vários consumidores
nas duas regiões que ficaram sem electricidade.
Há 9h10:26 João Francisco Gomes
Ucrânia diz ter
abatido 130 drones russos esta noite
As forças
ucranianas dizem ter abatido 130 drones lançados pela Rússia na última noite.
De
acordo com informações da força aérea ucraniana citadas pelo The Guardian, Moscovo usou pelo menos 178 drones
num ataque lançado contra a Ucrânia na noite de sexta para sábado.
A maioria
foram abatidos e pelo menos 38 drones foram inutilizados através de meios
eletrónicos, diz Kiev.
Por outro
lado, as forças ucranianas revelam ainda que a Rússia lançou dois mísseis
balísticos contra o território ucraniano.
Há 9h10:12 Agência Lusa
Montenegro participa em reunião convocada por Londres sobre plano de
paz na Ucrânia
O
primeiro-ministro português, Luís Montenegro, é um dos líderes de 25 países que
participam hoje numa conferência virtual organizada pelo Reino Unido para
discutir contributos para os esforços de paz na Ucrânia.
O
encontro, por videoconferência, pretende “aprofundar a forma como os países
pretendem contribuir” para a coligação de países dispostos a participar numa
força de manutenção de paz caso seja alcançado um cessar-fogo, avançou o
Governo britânico num comunicado.
A
reunião também vai atualizar os presentes com informação e progressos
alcançados na reunião dos chefes de Estado-Maior realizada em Paris na
terça-feira e sobre a mobilização de mais ajuda militar à Ucrânia.
A
conferência acontece após várias semanas de diplomacia intensa por parte dos
países europeus para mostrar aos Estados Unidos a disponibilidade para
participar num processo de paz, mas também dos EUA, que têm mantido contactos
com Kiev e Moscovo para chegar a um entendimento.
A
maioria dos países participantes são europeus, mas o encontro inclui também a
própria Ucrânia, além do Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia. A União
Europeia e a NATO também deverão estar representadas. Segundo um comunicado do Governo britânico, o
primeiro-ministro, Keir Starmer, vai aconselhar os países a aumentarem a
pressão económica sobre a Rússia para forçar o Kremlin a negociar, a curto
prazo, e estarem preparados para apoiar a paz na Ucrânia a longo prazo.
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