domingo, 16 de março de 2025

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Que Portugal vai dar o seu contributo, a vitória – da Ucrânia, digo  - fica assegurada, pois somos indubitavelmente um povo de contribuintes vitoriosos.

Mundo / Guerra na Ucrânia

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Em directo/ "A bola está do lado da Rússia", dizem países europeus e aliados

Encontro, por videoconferência, pretende “aprofundar a forma como os países pretendem contribuirpara a coligação de países dispostos a participar numa força de manutenção de paz caso seja alcançado

JOÃO FRANCISCO GOMES: TEXTO

TIAGO PEREIRA: Texto

Actualizado Há 6h

AFP via Getty Images

Momentos-chave

Há 4hPrimeiro-ministro da Hungria afirma que “império de Bruxelas” abusa do seu poder

Há 4hZelensky: "Cessar-fogo já podia ter acontecido, mas a Rússia está a fazer tudo para o evitar"

Há 5hCosta diz que Rússia tem de mostrar “real vontade política” para acabar com guerra

Há 5hMeloni afasta participação da Itália em eventual força de paz na Ucrânia

Há 5hLuís Montenegro: Portugal estará ao lado dos seus “aliados para garantir a paz e a segurança hoje e no futuro”

Há 6hStarmer não se compromete com as funções concretas da eventual força de manutenção de paz aliada na Ucrânia

Há 7hStarmer garante que esforços de apoio à Ucrânia têm de ser feitos em conjunto com os EUA

Há 7hApós Ucrânia concordar com cessar-fogo, "a bola está do lado da Rússia", diz Starmer. Aliados disponíveis para força de manutenção de paz

Há 7hUcrânia desenvolve e usa com sucesso míssil com alcance de mil quilómetros

Há 7hZelensky acusa Rússia de "ignorar a diplomacia" e querer "prolongar a guerra"

Há 7hZelensky desmente Rússia e diz que forças ucranianas em Kursk não estão cercadas

Há 8hRússia e Ucrânia trocam ataques aéreos quando é discutido cessar-fogo

Há 8hRússia terá recapturado mais duas povoações em Kursk e bloqueado forças ucranianas em território russo

Há 9hComeçou a reunião virtual convocada por Londres. Primeiro-ministro britânico diz que Zelensky está do lado da paz e pede pressão sobre Putin

Há 9hRússia ataca infraestruturas de eletricidade no sul da Ucrânia

Há 9hUcrânia diz ter abatido 130 drones russos esta noite

Há 9hMontenegro participa em reunião convocada por Londres sobre plano de paz na Ucrânia

Actualizações em directo

O que se passou até agora

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou que após os esforços recentes para um possível cessar-fogo de 30 dias entre a Ucrânia e a Rússia, a responsabilidade agora recai sobre a Rússia. Starmer elogiou a disposição do Presidente Zelensky em aceitar a proposta dos EUA para um cessar-fogo imediato e incondicional e instou o Kremlin a demonstrar seriedade em relação à paz, salientando que, caso Putin recuse o cessar-fogo, será necessário aumentar a pressão sobre a Rússia.

A cimeira virtual organizada pelo Reino Unido contou com a participação de líderes de cerca de 25 países, incluindo Portugal, representado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro. No encontro, discutiu-se o aumento da pressão económica sobre a Rússia e a preparação para apoiar a segurança da Ucrânia a longo prazo. A reunião enquadra-se em esforços diplomáticos para incentivar uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia.

As forças armadas russas e ucranianas trocaram intensos ataques aéreos durante a noite, com ambos os lados reportando a presença de mais de 100 drones inimigos sobre os respetivos territórios. Este acontecimento surge num momento em que são discutidos detalhes para um cessar-fogo de 30 dias proposto pelos EUA, mas com pontos ainda por resolver que continuam a ser um entrave à trégua.

Volodymyr Zelensky desmentiu informações oriundas da Rússia que alegavam que as forças ucranianas estavam cercadas na região russa de Kursk. Zelensky destacou que as operações ucranianas na área continuam conforme planeado, refutando assim as alegações de Moscovo e afirmando que tropas russas e norte-coreanas continuam a ser enfrentadas sem surgir um cerco às tropas ucranianas.

Há 4h15:00 Agência Lusa

Primeiro-ministro da Hungria afirma que “império de Bruxelas” abusa do seu poder

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, voltou hoje a criticar a União Europeia, afirmando que o “império de Bruxelas” abusa do seu poder, e defendeu que as forças ultraconservadoras são cada vez mais fortes no mundo.

“O império de Bruxelas abusa do seu poder”, afirmou hoje o líder húngaro, acrescentando que não se deve virar costas à União Europeia, mas “ocupá-la e mudá-la”.

Orbán discursava para milhares de apoiantes que, em frente ao Museu Nacional, celebravam o feriado nacional da revolução húngara de 1848 contra o domínio dos Habsburgos.

Numa praça próxima ao Museu Nacional, críticos e opositores de Orbán vaiaram todo o seu discurso.

“Chegará o tempo de reclamarmos os direitos que [Bruxelas] nos tirou”, afirmou o primeiro-ministro, que repetidamente acusa a União Europeia de limitar as competências nacionais.

Orbán, que é aliado do Presidente norte-americano e do Presidente russo, defendeu ainda que “os patriotas são o futuro”, uma vez que ganharam força e venceram as eleições nos Estados Unidos, Holanda e Áustria.

Numa referência à imigração, o líder húngaro afirmou que “o império quer substituir os nativos do continente por massas invasoras de civilizações estrangeiras”.

Simultaneamente, acusou Bruxelas de querer ” desviar os filhos e netos da ordem saudável da criação para um caos não natural” e de criar “um império global arco-íris”.

Esta semana, o partido de Orbán, o Fidesz, propôs alterações à Constituição húngara para permitir a suspensão da cidadania e deportação de cidadãos húngaros com dupla nacionalidade, caso se considere que são uma ameaça à soberania ou segurança nacional do país.

Outra alteração visa a comunidade LGBTQ+, tendo o partido de Orbán afirmado que o evento anual da Marcha do Orgulho, que se celebra em Budapeste desde os anos 1990, seria proibido a partir deste ano.

Em fevereiro, Orbán apelou a leis mais rigorosas para vetar os meios de comunicação e organizações não-governamentais que no passado beneficiaram de ajudas externas.

Hoje, avançou que nas próximas semanas a Hungria vai acabar com os meios de comunicação social e outras organizações que receberam financiamento do estrangeiro, comparando-os a insectos.

“Depois da reunião festiva de hoje, vem a limpeza da Páscoa. Os insectos já passaram o inverno. (…) Vamos desmantelar a máquina financeira que usou dólares corruptos para comprar políticos, juízes, jornalistas, pseudo-ONG e activistas políticos. Vamos eliminar todo o exército sombra”, afirmou.

Já quanto à Ucrânia, o primeiro-ministro reiterou que não apoiará a integração do país vizinho na União Europeia e garantiu que, “sem a Hungria não haverá nenhuma decisão sobre a questão”, dando a entender que vetará qualquer decisão sobre o assunto.

Orbán, que está no poder desde 2010, tem usado as celebrações do 15 de março como “um pódio” para lançar discursos hostis contra a União Europeia, à qual a Hungria pertence desde 2004.

Há 4h14:56 João Francisco Gomes

Zelensky: "Cessar-fogo já podia ter acontecido, mas a Rússia está a fazer tudo para o evitar"

Já depois da cimeira desta manhã com cerca de 25 líderes ocidentais, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, publicou uma longa mensagem nas redes sociais em que acusa Vladimir Putin de mentir e de adiar propositadamente a entrada em vigor de um cessar-fogo de 30 dias, nos termos da proposta norte-americana.

“Falei na reunião dos líderes europeus dizendo que o caminho para a paz tem de começar incondicionalmente. Se a Rússia não quer isto, então tem de ser aplicada uma forte pressão até eles o quererem. Moscovo só entende uma linguagem”, escreveu Zelensky no Twitter.

“Desde terça-feira que está em cima da mesa uma proposta de cessar-fogo — um silêncio da guerra no ar, no mar e na linha da frente. É uma proposta norte-americana — um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias. Nesse tempo, sem mortes, será realmente possível negociar todos os aspectos de uma verdadeira paz”, acrescentou.

No entender de Zelensky, é possível neste momento ver “claramente” quem é que está “a atrasar tudo” e a impedir a paz. “Um cessar-fogo já podia ter acontecido, mas a Rússia está a fazer tudo para o evitar”, escreveu Zelensky. “Putin está a mentir a toda a gente sobre a situação no terreno, sobretudo sobre o que está a acontecer na região de Kursk, onde as nossas forças ucranianas continuam as suas operações.”

“Putin também está a mentir sobre como um cessar-fogo seria, supostamente, demasiado complicado. Na verdade, tudo pode ser controlado e discutimos isto com os americanos. A verdade é que Putin já arrastou a guerra durante quase uma semana depois das conversações em Jeddah e vai continuar a arrastá-la”, assinalou Zelensky, que diz esta é “a guerra da Rússia”.

Na mensagem, o líder ucraniano pede ainda mais garantias de segurança, apoio militar e sanções à Rússia — e volta a colocar o tema da segurança europeia no centro da discussão, apelando aos países europeus: “Não deveriam demorar três a cinco anos para produzir munições quando é a vossa defesa e segurança que está em causa. Por favor, façam-no o mais rapidamente possível.”

Há 4h14:55 Luis Soares

Ucrânia. Consenso entre europeus e aliados sobre a Rússia é "consolidação de aliança que extravasa a UE"

Paulo Sande, especialista em assuntos europeus, acredita que resoluções da reunião com países europeus e aliados é consolidação de apoio importante a Kiev e sinal de que o apoio à Ucrânia continuará.

Há 5h14:22 Agência Lusa

Costa diz que Rússia tem de mostrar “real vontade política” para acabar com guerra

O presidente do Conselho Europeu defendeu hoje que a Rússia tem de mostrar “real vontade política” para acabar com o conflito na Ucrânia e disse que a Europa quer garantir que os ucranianos tenham uma posição forte em futuras negociações.

“Agora, a Rússia precisa de mostrar real vontade política para acabar com a guerra”, escreveu António Costa na rede social X, depois de uma reunião de 25 países, por videoconferência.

Na publicação, António Costa diz que a Europa está empenhada em “assegurar que a Ucrânia tem uma posição forte em futuras negociações de paz”.

“A União Europeia contribui activamente para fortalecer a Ucrânia e aumentar a sua capacidade de defesa, através de apoio político, financeiro e militar, para alcançar uma paz completa, justa e duradoura”.

António Costa participou nesta reunião de cerca de duas horas a partir de Lisboa, do Ministério da Defesa Nacional, onde esteve também o primeiro-ministro português, Luís Montenegro.

No X, o presidente do Conselho Europeu agradece ainda ao primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, por organizar esta reunião virtual para debater “os progressos e considerar próximos passos” com vista ao cessar-fogo na Ucrânia.

Há 5h14:18 Agência Lusa

Meloni afasta participação da Itália em eventual força de paz na Ucrânia

A primeira-ministra italiana informou hoje outros líderes europeus que o seu Governo não tenciona participar com tropas italianas numa potencial força de paz para a Ucrânia, um dos temas em debate no âmbito de um possível cessar-fogo.

“A primeira-ministra confirmou que a Itália tenciona continuar a trabalhar com os seus parceiros europeus e ocidentais e com os Estados Unidos para definir garantias de segurança credíveis e eficazes, reiterando que não está prevista a participação nacional numa eventual força militar no terreno”, afirmou o Governo italiano em comunicado.

Embora a sua presença não fosse ainda certa, Giorgia Meloni acabou por se juntar à cimeira virtual convocada pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e à qual assistiram, entre outros, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e o Presidente francês, Emmanuel Macron.

Em comunicado, o Governo italiano sublinhou a necessidade de trabalhar em prol de “uma paz justa e duradoura” e “da futura soberania e segurança da Ucrânia”, objectivos que Meloni quer abordar com vários parceiros, incluindo os Estados Unidos, com vista a “definir garantias de segurança credíveis e eficazes”.

Meloni reiterou que “não está previsto” que as tropas italianas possam participar “numa eventual força militar no terreno”, uma hipótese na qual Starmer e Macron, principalmente, estão a trabalhar.

Há 5h14:09 Agência Lusa

Luís Montenegro: Portugal estará ao lado dos seus “aliados para garantir a paz e a segurança hoje e no futuro”

Na reunião por videoconferência sobre o cessar-fogo na Ucrânia, o primeiro-ministro salientou que Portugal estará ao lado dos seus aliados “para garantir a paz e a segurança hoje e no futuro”.

“Participei hoje numa reunião promovida pelo Reino Unido e pela França no quadro dos esforços para alcançar um cessar-fogo na Ucrânia, com base em negociações para uma paz justa e duradoura”, escreveu o primeiro-ministro na sua página oficial na rede social X.

Luís Montenegro indicou que Portugal estará ao lado dos seus “aliados para garantir a paz e a segurança hoje e no futuro”, seguindo “os princípios do direito internacional”.

O primeiro-ministro entrou nessa reunião por videoconferência a partir do Ministério da Defesa Nacional, em Lisboa, onde esteve também o presidente do Conselho Europeu, António Costa.

A reunião durou cerca de duas horas. No final, Luís Montenegro e António Costa saíram do edifício ao mesmo tempo.

Nas redes sociais, o primeiro-ministro partilhou imagens ao lado do presidente do Conselho Europeu.

Fonte do gabinete do primeiro-ministro salientou que “Portugal tem manifestado disponibilidade para contribuir em conjunto com os seus parceiros europeus, para um quadro de iniciativas que contribuam para alcançar a paz, em linha com os princípios do direito internacional, e para garantir que a mesma possa ser sustentável no tempo”.

A reunião, em que participaram perto de 30 países europeus e não europeus, “enquadra-se nos contactos em diferentes formatos realizados nas últimas semanas sobre iniciativas de paz e futuras garantias de segurança para a Ucrânia, que têm contado com a participação de Portugal a nível político e militar”, referiu a mesma fonte.

“As discussões neste formato visam abordar a prossecução dos esforços para obtenção de um cessar-fogo, que sirva de base a negociações para uma paz justa e duradoura, suportada por garantias de segurança robustas e eficazes para a Ucrânia”, acrescentou o gabinete do primeiro-ministro.

Há 6h12:54 João Francisco Gomes

Starmer não se compromete com as funções concretas da eventual força de manutenção de paz aliada na Ucrânia

Keir Starmer foi questionado sobre qual a real eficácia da força de manutenção de paz proposta por esta “coligação de vontades”, que inclui vários países europeus, a UE, a NATO e outros países aliados, como o Canadá, a Austrália ou a Nova Zelândia, quais as regras que se aplicariam a esta força e qual a razão pela qual não seria a ONU a assegurar esta manutenção de paz, como habitual.

Contudo, Starmer acabou por fugir à questão, remetendo para uma “reunião operacional” na próxima quinta-feira as discussões sobre as capacidades militar envolvidas na força. Starmer disse ainda que pretende que o Reino Unido assuma um “papel de liderança” nesta força, mas afirmou que primeiro é necessário que seja alcançado um acordo de paz.

Starmer foi também questionado sobre a eventual disseminação de armas nucleares numa altura em que as condições de segurança no mundo se estão deteriorar — e respondeu dizendo que o Reino Unido pretende “fazer todos os possíveis para evitar um aumento da disponibilidade de armas nucleares”.

Quanto às formas de aplicar pressão sobre a Rússia, Starmer defendeu que é necessário aumentar o apoio militar à Ucrânia e aumentar as sanções contra a Rússia. Sobre o primeiro ponto, o primeiro-ministro britânico assegura que foram feitos novos compromissos esta manhã nesse sentido. Sobre as sanções, terá de haver discussões mais aprofundadas sobre novos caminhos a explorar, incluindo no que toca ao que fazer com os activos russos congelados.

Há 7h12:46 João Francisco Gomes

Starmer garante que esforços de apoio à Ucrânia têm de ser feitos em conjunto com os EUA

Questionado pelos jornalistas em conferência de imprensa, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, garante que todos os esforços discutidos este sábado na cimeira virtual têm de ser feitos “em conjunto com os Estados Unidos”.

“Como penso que sabem, estamos a falar com os Estados Unidos diariamente. Por isso, a posição de fazer isto em conjunto com os EUA não mudou. E é por isso que temos as discussões detalhadas que temos”, disse ainda.

Starmer garantiu mesmo que “o Presidente Trump está absolutamente comprometido com uma paz duradoura que é necessária na Ucrânia e tudo o que ele está a fazer é orientado nesse sentido”.

Há 7h12:40 João Francisco Gomes

Após Ucrânia concordar com cessar-fogo, "a bola está do lado da Rússia", diz Starmer. Aliados disponíveis para força de manutenção de paz

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, diz que, depois dos esforços dos últimos dias com vista a um possível cessar-fogo de 30 dias entre a Ucrânia e a Rússia, “agora a bola está do lado da Rússia”.

“Agradecemos os esforços do Presidente Trump, do Presidente Zelensky e das suas equipas negociais em assegurar um notável avanço no acordo de paz em Jeddah, esta semana, e o compromisso do Presidente Zelensky com a proposta dos EUA para um cessar-fogo imediato e incondicional de 30 dias, sujeito a acordo pela Rússia”, diz Starmer num comunicado emitido depois da reunião entre os líderes de várias dezenas de países convocada pelo Reino Unido.

“Concordámos que, agora, a bola está do lado da Rússia e o Presidente Putin tem de provar que está a falar a sério sobre a paz e concordar com um cessar-fogo em termos iguais”, considera Starmer.

“A hesitação e o atraso do Kremlin sobre a proposta de cessar-fogo do Presidente Trump e os contínuos ataques bárbaros da Rússia contra a Ucrânia vão totalmente contra o desejo de paz declarado pelo Presidente Putin”, acrescenta o líder britânico.

No comunicado, Keir Starmer diz que um dos resultados da reunião de líderes é uma nova reunião, esta semana, entre chefes militares para desenvolver “planos práticos sobre como os nossos exércitos podem apoiar a segurança futura da Ucrânia”.

“Vamos reforçar as defesas e as forças armadas da Ucrânia e vamos estar prontos para mobilizar, como uma ‘coligação de vontades’, no caso de um cessar-fogo, para ajudar na segurança da Ucrânia em terra, mar e ar”, afirmou Starmer. “No caso de um cessar-fogo, enfatizámos a necessidade de uma forte monitorização, para assegurar que quaisquer violações do acordo são identificadas e denunciadas.”

O líder britânico destaca ainda que, no caso de Putin recusar o cessar-fogo imediato e incondicional, será preciso aumentar a pressão sobre a Rússia para convencer Putin a negociar.

“Neste sentido, vamos acelerar o nosso apoio militar, apertar as nossas sanções contra as receitas russas e continuar a explorar todas as vias legais para assegurar que a Rússia paga pelos danos provocados à Ucrânia”, disse ainda Starmer, que promete para os próximos dias mais discussões sobre o assunto.

Há 7h12:26 João Francisco Gomes

Keir Starmer fala às 12h30 depois de reunião com líderes mundiais

O primeiro-ministro do Reino Unido deverá dar uma conferência de imprensa por volta das 12h30, diz a imprensa britânica.

Já terminou a reunião virtual com líderes de cerca de 25 países sobre a defesa da Ucrânia.

Há 7h12:23 João Francisco Gomes

Ucrânia desenvolve e usa com sucesso míssil com alcance de mil quilómetros

Na mesma mensagem no Twitter, Zelensky dá ainda atualizações sobre o programa de desenvolvimento de mísseis da Ucrânia, que já está a ter “resultados tangíveis” depois de um teste bem sucedido de um míssil Neptune, com o alcance de mil quilómetros.

“O míssil de longo alcance Neptune foi testado e usado com sucesso em combate. Um novo míssil ucraniano, um ataque preciso. O alcance é de mil quilómetros”, escreveu Zelensky.

O líder ucraniano agradeceu às equipas ucranianas envolvidas no desenvolvimento dos novos mísseis. “Vamos continuar o nosso trabalho para assegurar a segurança da Ucrânia”, disse.

Até aqui, lembra a Sky News, os mísseis com maior alcance à disposição das forças ucranianas eram os ATACMS norte-americanos, com cerca de 300 quilómetros de alcance.

Há 7h12:18 João Francisco Gomes

Zelensky acusa Rússia de "ignorar a diplomacia" e querer "prolongar a guerra"

Volodymyr Zelensky acusa a Rússia de querer “ignorar a diplomacia” e querer “prolongar a guerra”.

Numa mensagem no Twitter, Zelensky diz que as forças ucranianas estão a observar movimentações das tropas russas junto à fronteira com a Ucrânia.

“Isto indica uma intenção de atacar a nossa região de Sumy”, diz Zelensky.

“A concentração de forças russas indica que Moscovo pretende continuar a ignorar a diplomacia. É evidente que a Rússia está a prolongar a guerra”, escreve ainda o líder ucraniano.

Há 7h11:57 João Francisco Gomes

Zelensky desmente Rússia e diz que forças ucranianas em Kursk não estão cercadas

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, desmente a informação vinda da Rússia de que as forças ucranianas na região russa de Kursk estão cercadas pelas forças de Moscovo.

“A operação das nossas forças nas áreas designadas da região de Kursk continua”, escreveu Zelensky no Twitter. “As unidades estão a continuar as suas tarefas exactamente como pedido. Graças às forças ucranianas na região de Kursk, um número significativo de forças russas foram retiradas de outras direcções.”

“As nossas tropas continuam a resistir agrupamentos russos e norte-coreanos na região de Kursk. Não há cerco às nossas tropas”, diz Zelensky.

Esta manhã, o Ministério da Defesa da Rússia disse que as forças russas tinham recapturado mais duas povoações em Kursk, bloqueando as forças ucranianas.

Há 8h11:10

Rússia e Ucrânia trocam ataques aéreos quando é discutido cessar-fogo

Rússia e a Ucrânia trocaram fortes ataques aéreos na última noite, com ambos os lados a reportarem mais de 100 drones inimigos sobre os respectivos territórios.

Os ataques ocorreram menos de 24 horas depois de o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se ter reunido com o enviado dos Estados Unidos, Steve Witkoff, para discutir detalhes da proposta norte-americana para um cessar-fogo de 30 dias na guerra.

Na Rússia, o governador regional de Volgogrado, Andrei Bocharov, confirmou que destroços de drones causaram um incêndio em Krasnoarmeysky, perto de uma refinaria de petróleo, mas não adiantou mais pormenores.

Os aeroportos próximos suspenderam temporariamente os voos, informaram os meios de comunicação locais. Não há registo de vítimas.

A refinaria de Volgogrado foi alvo das forças de Kiev em diversas ocasiões desde que Moscovo lançou a invasão da Ucrânia em larga escala há mais de três anos, sendo o ataque mais recente a 15 de fevereiro com drones.

O Ministério da Defesa russo disse ter abatido 126 drones ucranianos, 64 dos quais na região de Volgogrado.

Já a força aérea da Ucrânia disse hoje que a Rússia lançou 178 drones e dois mísseis balísticos sobre o país durante a última noite. Cerca de 130 drones foram abatidos, enquanto outros 38 foram perdidos enquanto se dirigiam aos seus alvos.

A Rússia atacou instalações energéticas, causando danos significativos, disse a empresa privada de energia ucraniana Dtek.

A Rússia atingiu a infraestrutura energética nas regiões de Dnipropetrovsk e Odessa, disse a Dtek hoje, acrescentando que alguns moradores ficaram sem electricidade.

Esta semana, Kiev aceitou a proposta norte-americana de um cessar-fogo de 30 dias, mais de três anos após a invasão russa, mas Putin expressou reservas sobre este plano e levantou “questões importantes” que precisam de ser abordadas antes que se possa chegar a uma trégua.

Há 8h11:02 João Francisco Gomes

Rússia terá recapturado mais duas povoações em Kursk e bloqueado forças ucranianas em território russo

As forças armadas russas terão recapturado as povoações de Rubanshchina e Zaoleshenka, na região de Kursk, disse o Ministério da Defesa da Rússia num briefing este sábado, citado pela agência Tass no Telegram.

De acordo com a mesma agência, a recaptura destas duas povoações significará que as forças armadas ucranianas, que ainda se encontram presentes na região russa de Kursk, ficaram bloqueadas pelas forças russas.

O governo russo diz ainda que as forças ucranianas terão perdido mais de 67 mil soldados na ofensiva lançada contra aquela região russa — um ataque que Kiev pretendia que pudesse servir de vantagem negocial com a Rússia.

Há 9h10:42 João Francisco Gomes

Começou a reunião virtual convocada por Londres. Primeiro-ministro britânico diz que Zelensky está do lado da paz e pede pressão sobre Putin

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, já deu início à cimeira internacional virtual sobre a paz na Ucrânia, que reúne dezenas de países europeus, a UE, a NATO, o Canadá, a Austrália, a Nova Zelândia e a própria Ucrânia (e na qual Portugal é representado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro).

Na cimeira, em que Starmer deverá apresentar aos aliados um projecto de paz para a Ucrânia e em que se espera que os vários países deem conta da sua disponibilidade para contribuir para uma força de manutenção da paz na região, o governante britânico começou por fazer uma síntese dos rápidos desenvolvimentos diplomáticos ocorridos nos últimos dias.

“Aconteceu muita coisa” na última semana, reconheceu Starmer, referindo-se às discussões entre os EUA e a Rússia ocorridas na Arábia Saudita e, sobretudo, ao facto de a Ucrânia ter aceitado a proposta norte-americana para um cessar-fogo imediato de 30 dias.

Segundo Starmer, esta semana Zelensky deu provas de que a Ucrânia é o lado da guerra empenhado na paz “porque ele se comprometeu com um cessar-fogo incondicional de 30 dias”. Já a Rússia de Vladimir Putin “está a tentar adiar” a implementação deste cessar-fogo.

Para o líder britânico, se Putin está “a falar a sério sobre a paz, então tem de parar os seus ataques bárbaros contra a Ucrânia e concordar com um cessar-fogo”. Citado pela Sky News, Starmer afirmou ainda que acredita que Putin, “mais tarde ou mais cedo, terá de vir para a mesa empenhar-se em discussões sérias”.

No entanto, acrescentou Starmer, “não podemos simplesmente encostar-nos e esperar que isso aconteça”. O líder britânico diz que os aliados ocidentais têm de continuar a pressionar Putin, a preparar-se para uma paz “que seja segura e duradoura” — e a preparar-se para reforçar a segurança da Ucrânia.

Há 9h10:32 João Francisco Gomes

Rússia ataca infraestruturas de electricidade no sul da Ucrânia

As forças russas atacaram várias infraestruturas relacionadas com a produção e distribuição de energia eléctrica nas zonas de Dnipropetrovsk e Odessa, na Ucrânia.

De acordo com um comunicado da empresa energética DTEK, citado pela Sky News, “os danos são significativos” e há vários consumidores nas duas regiões que ficaram sem electricidade.

Há 9h10:26 João Francisco Gomes

Ucrânia diz ter abatido 130 drones russos esta noite

As forças ucranianas dizem ter abatido 130 drones lançados pela Rússia na última noite.

De acordo com informações da força aérea ucraniana citadas pelo The Guardian, Moscovo usou pelo menos 178 drones num ataque lançado contra a Ucrânia na noite de sexta para sábado.

A maioria foram abatidos e pelo menos 38 drones foram inutilizados através de meios eletrónicos, diz Kiev.

Por outro lado, as forças ucranianas revelam ainda que a Rússia lançou dois mísseis balísticos contra o território ucraniano.

Há 9h10:12 Agência Lusa

Montenegro participa em reunião convocada por Londres sobre plano de paz na Ucrânia

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, é um dos líderes de 25 países que participam hoje numa conferência virtual organizada pelo Reino Unido para discutir contributos para os esforços de paz na Ucrânia.

O encontro, por videoconferência, pretende “aprofundar a forma como os países pretendem contribuir” para a coligação de países dispostos a participar numa força de manutenção de paz caso seja alcançado um cessar-fogo, avançou o Governo britânico num comunicado.

A reunião também vai atualizar os presentes com informação e progressos alcançados na reunião dos chefes de Estado-Maior realizada em Paris na terça-feira e sobre a mobilização de mais ajuda militar à Ucrânia.

A conferência acontece após várias semanas de diplomacia intensa por parte dos países europeus para mostrar aos Estados Unidos a disponibilidade para participar num processo de paz, mas também dos EUA, que têm mantido contactos com Kiev e Moscovo para chegar a um entendimento.

A maioria dos países participantes são europeus, mas o encontro inclui também a própria Ucrânia, além do Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia. A União Europeia e a NATO também deverão estar representadas. Segundo um comunicado do Governo britânico, o primeiro-ministro, Keir Starmer, vai aconselhar os países a aumentarem a pressão económica sobre a Rússia para forçar o Kremlin a negociar, a curto prazo, e estarem preparados para apoiar a paz na Ucrânia a longo prazo.

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