António Guterres, apesar do seu parti pris contra Israel, defendendo a Palestina como vítima daquele, no que demonstrou, pelo menos, ser homem de coragem, e o chefe da diplomacia europeia, Joseph Borrell, assim o defendeu, o que, patrioticamente, nos alegra.
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Borrell homenageia Guterres e defende
que o mundo estaria "ainda pior" sem a ONU
Borrell referiu que o estado do mundo
é "profundamente preocupante" mas que seria ainda pior não fosse a
ONU. Homenageou todos aqueles que trabalham para a organização, sobretudo o
secretário-geral.
OBSERVADOR, 12 mar. 2024, 18:14
▲Nos últimos
meses, Guterres tem sido duramente criticado pelas autoridades israelitas, que
têm pedido repetidamente a demissão do líder da ONU depois de este ter
afirmado que os ataques do grupo islamita
Hamas "não aconteceram no vácuo", salientando que o povo palestiniano
"é sujeito a uma ocupação sufocante há 56 anos"
JUSTIN LANE/EPA
O chefe da diplomacia
europeia, Joseph Borrell, apoiou esta terça-feira o secretário-geral da
ONU, António Guterres, “diante das muitas acusações e ataques que vem sofrendo“,
e defendeu que o mundo poderia estar “ainda pior” sem as Nações Unidas.
Na reunião anual do Conselho de
Segurança sobre o reforço da cooperação entre a União Europeia (UE) e as
Nações Unidas, Borrell saiu em defesa da Organização que reúne 193
Estados-membros, lamentando que a
sua Carta fundadora seja “desrespeitada, distorcida e sequestrada todos os
dias”.
“O estado do mundo é profundamente
preocupante. Mas poderia ser ainda pior se não tivéssemos as Nações Unidas,
que, através da sua Carta, continuam a ser uma bússola inafundável para a
nossa humanidade“, defendeu o alto representante da UE para os Negócios
Estrangeiros.
“Mas a ONU está aqui. Com todos
os homens e mulheres que trabalham para esta organização, entre eles, o
secretário-geral, e a quem hoje gostaria de prestar uma homenagem, apoiando-o
diante das muitas acusações e ataques que vem sofrendo”, acrescentou Borrell.
Nos últimos meses, Guterres
tem sido duramente criticado pelas autoridades israelitas, que têm pedido
repetidamente a demissão do líder da ONU depois de este ter afirmado que
os ataques do grupo islamita Hamas “não aconteceram no vácuo”, salientando que
o povo palestiniano “é sujeito a uma ocupação sufocante há 56 anos”.
Na
reunião desta terça-feira, Borrell aproveitou também por defender
a agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA), que viu o seu
financiamento ser cortado após Israel acusar alguns dos seus funcionários de
envolvimentos no ataque do Hamas de 7 de outubro, que desencadeou o conflito em
curso na Faixa de Gaza.
“A
UNRWA existe porque existem refugiados palestinianos. Não é um presente
para os palestinianos, mas uma resposta às suas necessidades“, recordou
Borrell, classificando a agência como a “última tábua de salvação para
muitas pessoas” em Gaza.
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