quarta-feira, 13 de março de 2024

Alguém que elogie


 António Guterres, apesar do seu parti pris contra Israel, defendendo a Palestina como vítima daquele, no que demonstrou, pelo menos, ser homem de coragem, e o chefe da diplomacia europeia, Joseph Borrell, assim o defendeu, o que, patrioticamente, nos alegra.

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Borrell homenageia Guterres e defende que o mundo estaria "ainda pior" sem a ONU

Borrell referiu que o estado do mundo é "profundamente preocupante" mas que seria ainda pior não fosse a ONU. Homenageou todos aqueles que trabalham para a organização, sobretudo o secretário-geral.

AGÊNCIA LUSA: Texto

OBSERVADOR, 12 mar. 2024, 18:14  

Nos últimos meses, Guterres tem sido duramente criticado pelas autoridades israelitas, que têm pedido repetidamente a demissão do líder da ONU depois de este ter afirmado que os ataques do grupo islamita Hamas "não aconteceram no vácuo", salientando que o povo palestiniano "é sujeito a uma ocupação sufocante há 56 anos"

JUSTIN LANE/EPA

O chefe da diplomacia europeia, Joseph Borrell, apoiou esta terça-feira  o secretário-geral da ONU, António Guterres, “diante das muitas acusações e ataques que vem sofrendo“, e defendeu que o mundo poderia estar “ainda pior” sem as Nações Unidas.

Na reunião anual do Conselho de Segurança sobre o reforço da cooperação entre a União Europeia (UE) e as Nações Unidas, Borrell saiu em defesa da Organização que reúne 193 Estados-membros, lamentando que a sua Carta fundadora seja “desrespeitada, distorcida e sequestrada todos os dias”.

“O estado do mundo é profundamente preocupante. Mas poderia ser ainda pior se não tivéssemos as Nações Unidas, que, através da sua Carta, continuam a ser uma bússola inafundável para a nossa humanidade“, defendeu o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros.

“Mas a ONU está aqui. Com todos os homens e mulheres que trabalham para esta organização, entre eles, o secretário-geral, e a quem hoje gostaria de prestar uma homenagem, apoiando-o diante das muitas acusações e ataques que vem sofrendo”, acrescentou Borrell.

Nos últimos meses, Guterres tem sido duramente criticado pelas autoridades israelitas, que têm pedido repetidamente a demissão do líder da ONU depois de este ter afirmado que os ataques do grupo islamita Hamas “não aconteceram no vácuo”, salientando que o povo palestiniano “é sujeito a uma ocupação sufocante há 56 anos”.

Na reunião desta terça-feira, Borrell aproveitou também por defender a agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA), que viu o seu financiamento ser cortado após Israel acusar alguns dos seus funcionários de envolvimentos no ataque do Hamas de 7 de outubro, que desencadeou o conflito em curso na Faixa de Gaza.

“A UNRWA existe porque existem refugiados palestinianos. Não é um presente para os palestinianos, mas uma resposta às suas necessidades“, recordou Borrell, classificando a agência como a “última tábua de salvação para muitas pessoas” em Gaza.

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