Da movimentação habitual aquando de
efectivação de governação, com destaques específicos para os destacáveis, sobretudo
em faladura, acordos inesperados parecendo admiráveis relativamente às
propostas anteriores, a sugerir brincadeiras de meninos brincalhões, e
desacordos naturais assim parecendo também, fica o registo, extraído do OBSERVADOR.
0bservador, 26/3/24
Em directo/ "Ajuste de
contas", votos em branco e uma placa
Iniciativa Liberal fica fora do
Governo. As direções dos dois partidos dizem que houve contactos, mas que
entenderam que este não era o tempo de avançar com “entendimentos
alargados".
Diogo Pacheco
Amorim indicado pelo Chega para vice-presidente da AR
Diogo
Pacheco Amorim será o candidato indicado pelo Chega para a vice-presidência da
Assembleia da República.
Em
declarações aos jornalistas, André Ventura explicou a escolha pela “experiência
política” de Pacheco Amorim e falou mesmo em “ajuste de contas”,
recordando o momento em que a Assembleia da República “se juntou para boicotar”
a escolha do Chega.
Há 8m14:45 Miguel Cordeiro
Bloco de Esquerda considera que o "não é não" de Luís
Montenegro ao Chega não durou um dia na nova legislatura
Fabian
Figueiredo critica o acordo entre o PSD e o Chega no que diz respeito aos nomes
indicados para o cargo de presidente e vice-presidente da Assembleia da
República.
Há 11m14:42 Miguel Cordeiro
António Filipe, PCP: "Houve uma retórica de «não é não», de
Luís Montenegro, que nunca nos convenceu"
António
Filipe aponta que sempre disseram que PSD e Chega sempre se entenderiam.
O deputado do PCP aponta que há imprevisibilidade e que a legislatura pode não
durar os quatro anos.
Há 1h13:30 José Carlos Duarte
Paulo Raimundo:
PCP vota contra nome do Aguiar-Branco para presidente da Assembleia da
República
O
secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, anunciou, em entrevista à SIC, que o
partido vai contra o nome de José Pedro Aguiar-Branco para presidente da
Assembleia da República.
“A
nossa questão não tem a ver com os nomes ou com as pessoas em concreto. As
pessoas podem ser as mais estimáveis e não é isso que está em causa. O que está
em causa é um projecto político”, assinala Paulo Raimundo.
“Seria
uma hipocrisia da minha parte dizer que íamos acompanhar essa solução. Não
tem em conta a pessoa em concreto, tem a ver com o projeto político”, afirmou
Paulo Raimundo.
Há 2h13:19 Mariana Lima Cunha
Deputados do PS querem mostrar "desagrado" com
entendimento sobre Aguiar Branco, mesmo sem orientação de voto formal
Os
deputados do PS não têm uma indicação formal, mas deverão votar contra ou
“mostrar desagrado” relativamente ao nome de José Pedro Aguiar Branco como
presidente da Assembleia da República. Ao que o Observador apurou, as
intervenções dentro da primeira reunião da nova bancada do PS foram no sentido
de defender que, não tendo o PSD feito contactos com o PS sobre o assunto e
tendo “escolhido o Chega de antemão”, não faz sentido os socialistas
alinharem com os sociais democratas. Além disso, houve várias intervenções
no sentido de mostrar “a existência de um bloco à direita, que o PSD não assume
mas é óbvio”, como resume um deputado ao Observador.
Outro
deputado diz ao Observador que a indicação é de liberdade de voto mas que
existe a orientação “para manifestar desagrado, por exemplo, com um voto em
branco”, sendo que “não se ouviram vozes contra” esta ideia “bastante
consensualizada”.
Quanto
aos candidatos a vice-presidentes, o PS deverá apoiar todos menos o indicado
pelo Chega.
Há 2h13:14 Mariana Lima Cunha
Pedro Nuno Santos: "Na primeira necessidade PSD e Chega
entenderam-se. Maioria de direita existe, está claro para todos"
À
saída da reunião da bancada do PS, Pedro Nuno Santos diz que os socialistas
estiveram a “conversar sobre a exigência do próximo mandato” e as soluções
“erradas” da Aliança Democrática.
Ainda
não há líder parlamentar: “Uma coisa de cada vez”, diz, indicando que a escolha
será feita na próxima semana, quando o grupo parlamentar estiver “consolidado”.
“Como
toda a gente já percebeu, há um acordo entre PSD e Chega” para o nome de Aguiar
Branco como presidente da Assembleia da República: “Não se preocupem com o
voto do PS, porque a eleição do PAR está assegurada. Essa é a notícia de hoje: depois
de tanto distanciamento, na primeira necessidade PSD e Chega entenderam-se”.
“Há um entendimento entre PSD e Chega. Essa maioria de direita existe quando
é necessário, como é o caso. Não vale a pena fazermos de conta que não existe
maioria de direita que se entende. (…) Está claro para toda a gente”.
Pedro
Nuno adianta que os deputados do PS votarão, com “voto secreto”. “Temos
votações à tarde, todos perceberão a vontade dos eleitos. A única coisa que
podemos constatar é que existe um entendimento entre PSD e Chega”. Frisa que o
PS não foi contactado pelo PSD ou pela AD sobre estes cargos.
Há 2h12:41 Marina Ferreira
Ao lado de Paulo Portas, Nuno Melo assinala "momento histórico
e emotivo" do regresso da placa do CDS ao Parlamento
Ladeado
por Paulo Portas e Paulo Núncio, Nuno Melo falou aos jornalistas depois de a
placa do CDS-PP voltar à Assembleia da República. Foi o próprio que a colocou
no sítio. “Este é um momento histórico e emotivo e com muito simbolismo”,
afirmou.
O
presidente do partido, rodeado por ex-presidentes de antigos deputados do CDS,
afirmou que tendo havido um acto formal de retirada da placa na saída, fazia
também sentido realizar um “acto formal no regresso”.
Interpelado
pelos jornalistas, Paulo Portas disse que era tempo para o presidente do CDS-PP
e não para ele falar.
JOÃO
PORFÍRIO/OBSERVADOR
Há 3h12:11 Mariana Lima Cunha
Marcos
Perestrello será vice da AR pelo PS
O
PS indicou Marcos Perestrello como vice-presidente da Assembleia da República.
JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR Há 3h12:11
PCP apresenta
dez primeiras propostas. Há aumentos, mudanças nas leis laborais, propostas
para a Habitação e Palestina
A
líder parlamentar do PCP, Paula Santos, diz agora em conferência de imprensa
que os problemas na vida dos trabalhadores “não desapareceram” e “não
encontrarão resposta na política dum futuro governo PSD e CDS, com acordos com
IL e Chega ou não”. Reafirma que o partido “dará combate à política de direita”
e que já entregou 10 propostas hoje.
São
elas: o aumento do salário mínimo para mil euros já em 2024; aumento
extraordinário das pensões com retroactivos a janeiro; revogação da caducidade
da contratação colectiva; reposição do tratamento mais favorável ao
trabalhador; regime de dedicação exclusiva no SNS; regime especial de protecção
dos arrendatários; regime especial de habitação própria com a banca a suportar
aumento das taxas de juro; contabilização de todo o tempo de serviço dos
professores até no máximo três anos; subsídio de missão para todas as forças de
segurança; reconhecimento do Estado da Palestina com capital em Jerusalém
Oriental.
Questionada
sobre a iniciativa do Bloco para uma comissão de inquérito à actuação da ERC no
caso da Global Media, acrescenta que o PCP não quer “aceitar nenhuma perspectiva
de reduzir redações” e que quer defender condições para esses trabalhadores.
Há 3h12:06 Mariana Lima Cunha
Fabian Figueiredo: "Com dados do excedente não há nenhuma
desculpa" para não aprovar aumentos
O
líder da bancada do Bloco diz que é “natural” que o Bloco em coerência vote a
favor da moção de rejeição do PCP, mas volta a não confirmar já o sentido de
voto.
Depois
pressiona os outros partidos quanto à aprovação das suas propostas: “Conhecemos
os dados do excedente, não há nenhuma desculpa que possa ser mobilizada para
não se valorizar carreiras”, defende.” Em coerência com tudo o que os
partidos disseram na campanha” terão de aprovar as propostas do Bloco, defende.
Quanto
à Palestina, é uma “questão de dignidade da diplomacia portuguesa”. “Que Portugal não fique na fila de trás enquanto
vários países tomam a decisão certa”, pede, recordando que quanto à
independência de Timor foi possível fazer uma “plataforma interpartidária”.
“Temos de conseguir fazer exatamente a mesma coisa”.
Sobre
a Global Media argumenta que “quem se preocupa com imprensa livre e forte e
quer transparência só pode votar a favor”.
Há 3h12:05 José Carlos Duarte
CDS recoloca placa no Parlamento. Paulo Portas esteve presente e
emocionou-se: "É um dia de alegria"
O
presidente do CDS-PP, Nuno Melo, recolocou placa do partido no Parlamento.
Nomes
históricos do CDS como Diogo Feio, Nuno Magalhães, José Ribeiro e Castro e
Paulo Portas estão presentes no momento da recolocação da placa.
“É
um dia de alegria”, disse Paulo Portas, antigo líder centrista à RTP,
visivelmente emocionado.
JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR
Há 3h12:01 Mariana Lima Cunha
Bloco lança primeiras 12 propostas: reconhecimento da Palestina,
aumentos de salários e comissão de inquérito à Global Media
Fabian
Figueiredo faz agora a sua primeira conferência de imprensa como líder
parlamentar do Bloco de Esquerda, começando por informar que Marisa Matias
acaba de ser eleita vice-presidente da bancada, o que “reforça a capacidade de
intervenção” do Bloco no Parlamento.
O
novo líder parlamentar começa a apresentar as primeiras propostas legislativas
do partido. O primeiro que dará entrada é sobre o reconhecimento do Estado
da Palestina “como passo muito relevante para uma paz duradoura” e “condenação
do genocídio de Israel na Faixa de Gaza”. A intenção do Bloco é que Portugal
reconheça de forma independente da UE o Estado da Palestina.
A
segunda proposta tem a ver com a criação de um círculo de compensação na
Assembleia da República, uma vez que o Bloco diz ser “sensível” aos debates
sobre os votos que acabam por não ajudar a eleger nenhum deputado. Quer que o
círculo tenha dez mandatos e aumente a correspondência entre votos e mandatos.
Nesta
legislatura, defende, também é preciso valorizar as carreiras de polícias,
professores e médicos. “É preciso virar a página da conflitualidade entre o
Governo e os funcionários do Estado”. Os dados do excedente mostram que essa
tem sido uma “opção errada”, numa altura em que “faltam” estes profissionais.
Outras medidas passam pelo aumento do salário mínimo nacional para 900 euros
este ano; a indexação do Complemento Solidário para Idosos ao limiar da
pobreza, alterando também a condição de recursos e estendendo-o a 14 meses, e
não aos actuais 12.
O
Bloco volta também às propostas para reduzir o IVA de electricidade, gás e
telecomunicações, assim como à constituição de uma comissão parlamentar de
inquérito à actuação da ERC no processo da actuação dos accionistas na Global
Media. E faz um apelo a “todos os partidos do campo democrático” que se juntem
a esta iniciativa.
Há 3h11:47 José Carlos Duarte
Rui Rocha não vê "aproximação suficiente" entre IL e PSD
para "acordos mais alargados", mas não diz porquê
O
presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, afirmou hoje que não existe
“aproximação suficiente” com o PSD para a “celebração de acordo mais alargados”,
isto é, a entrada no governo da IL. “Há prioridades diferentes, há pontos
de contacto diferentes.”
Não
entrando em “pormenores”, Rui Rocha garantiu, em declarações no Parlamento, que
os contactos foram mantidos em “clima de transparência e boa-fé aos
portugueses”.
Nunca
explicando exactamente as divergências entre os dois partidos, Rui Rocha
assegurou que foi uma questão de “ideias”: “Foi sempre esse o ponto”. “Como eu
digo, as prioridades não convergiram suficientemente para um entendimento mais
alargado e isso é uma posição legítima da parte dos dois partidos”.
Questionado
sobre que parte nas negociações se manteve mais inflexível, Rui Rocha não
respondeu, assinalando apenas que essas questões não podem ser “mensuradas”.
Ainda
assim, o presidente da IL manteve uma “porta aberta” para a manutenção “do
diálogo e do sentido de responsabilidade” entre liberais e sociais-democratas.
Há 3h11:38 José Carlos Duarte
BE vai votar contra nome de Aguiar-Branco para presidente da
Assembleia da República, anuncia Mortágua
A
coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, anunciou, em declarações à
RTP, que o partido vai votar contra o nome de José Pedro Aguiar-Branco
para presidente da Assembleia da República.
Mariana
Mortágua não deixou de criticar o acordo entre o PSD e o Chega para elegerem o
presidente e os vice-presidente da Assembleia da República. “A barreira face ao
Chega está cheia de excepções”, notou a coordenadora bloquista,
sentenciando: “É um mau sinal”.
“O
compromisso do BE é da maior lisura como se comporta”, garante Mariana
Mortágua, que promete que o partido fará uma “oposição justa e firme”.
Sobre
a reunião com Pedro Nuno Santos, a líder bloquista promete que a será em
“breve”. No entanto, não avançou nenhuma data e lembrou “outros eventos” — como
o que se passa na Madeira — para justificar o atraso. “Informaremos o mais
rapidamente possível.”
Há 3h11:34 Miguel Santos Carrapatoso
PSD indica
Teresa Morais como vice-presidente da AR
Hugo
Soares, secretário-geral do PSD, confirma que será o futuro líder parlamentar.
Além
disso, o social-democrata dá ainda nota de que José Pedro Aguiar Branco será
presidente da Assembleia da República e que Teresa Morais será indicada como
vice-presidente da Assembleia.
Hugo
Soares descarta ainda que a votação a favor de um vice-presidente da Assembleia
da República do Chega não viola o “não é não” de Luís Montenegro. “É a
normalidade democrática a funcionar”, sublinha.
Teresa
Morais e José Pedro Aguiar Branco a conversar durante a reunião do grupo
parlamentar do PSD, esta manhã. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR
Há 3h11:27 José Carlos Duarte
PAN olha
"com muita preocupação" para uma "aliança mais à direita"
A
porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, disse que olha com “muita preocupação” numa
“aliança mais direita”. “É com muito receio que para garantir uma estabilidade
governativa, a Aliança Democrática possa ceder à pressão do Chega e possa de
alguma maneira asseverar um acordo nos bastidores e não apenas um acordo
governativo.”
Em
declarações à RTP, Inês Sousa Real lembra que Portugal tem feito “avanços
civilizacionais” e espera que não haja um retrocesso. “O PAN será um guardião
das causas que representa e permanecerá vigilantes e não deixará de fazer
oposição firme e vigilante de forma construtiva como tem feito até aqui.”
Sobre
os votos no PAN, a porta-voz reconhece que deve ser fazer uma “reflexão” sobre
a existência de um “círculo de compensação”, alertando para o “desperdício de
votos”l.
Há 4h11:20 José Carlos Duarte
"Onde está
o não é não ao Chega?", pergunta Rui Tavares a Luís Montenegro:
"Ninguém o vê"
O
porta-voz do Livre, Rui Tavares, reconhece que existe uma “incerteza” na
política nacional. Em declarações à RTP, o responsável político deixou ainda
uma questão a Luís Montenegro: “Onde está o não é não ao Chega?” “Ninguém o
vê”, atirou.
Para
Rui Tavares, a “direita tradicional” — o PSD — tem de escolher se “se quer
manter no campo democrático”, ou se quer “trabalhar em conjunto com a
extrema-direita”.
O
porta-voz do Livre recorda que, durante a campanha, Luís Montenegro considera o
Chega o “grau zero da política” e que se devia “fazer um muralha” à
extrema-direita, que é “financiada por Putin” e que adopta “posição racistas e
xenofóbicas”.
Recordando
quando André Ventura chamou “prostituta política” ao PSD, Rui Tavares
desafiou os sociais-democratas a assumirem a sua posição.
Adicionalmente,
Rui Tavares está “muito contente” por terem sido “dadas mais armas” ao Livre no
Parlamento. “É uma sensação extraordinária” que os eleitores tenham dado mais
votos ao Livre do que em 2022, frisa.
Há 4h11:07 Mariana Lima Cunha
PCP e Bloco marcam território com conferências de imprensa para
lançar já primeiras propostas
O
Bloco de Esquerda e o PCP querem começar
já a marcar território neste início de legislatura. Os dois partidos marcaram
conferências de imprensa, respectivamente às 11h30 e às 12h, para apresentarem
as primeiras propostas da legislatura.
Há 4h11:05 José Carlos Duarte
Marisa Matias admite "contexto difícil", mas esquerda deve
ter "capacidade para mudar este ciclo político o mais cedo possível"
A
deputada do Bloco de Esquerda, Marisa Matias, disse à RTP que, neste “contexto
político”, é necessário uma “esquerda forte”.
Comparando
com a experiência no Parlamento Europeu, Marisa Matias reconhece ser um
“trabalho diferente”. Mas indica que pode contribuir agora para resolver
“problemas essenciais” em Portugal, como no “contexto da habitação, do Serviço
Nacional da Saúde”.
Admitindo
que é um “contexto difícil”, a antiga candidata presidencial espera que a esquerda tenha a “força e
capacidade para mudar este ciclo político o mais cedo possível”.
Há 4h10:59 Miguel Santos Carrapatoso
IL não vai fazer parte do Governo
PSD
e IL sem acordo de governo.
Numa nota enviada à comunicação social, as direcções dos dois partidos dizem
que houve contactos, mas que entenderam que este não era o tempo de avançar com
“entendimentos alargados”.
Ainda
assim, PSD e IL comprometem-se a “discutir, sempre que tal se justificar, as
melhores soluções em matérias relevantes para a vida e para o futuro dos
portugueses”.
“Os
dois partidos sublinham ainda que estes contactos decorreram num clima de
grande abertura e com respeito integral pelo princípio de boa-fé, num quadro
muito exigente que impõe a todos os agentes políticos um elevado sentido de
responsabilidade”, termina a nota.
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