domingo, 24 de março de 2024

Mansamente gozando


E esclarecendo, obviamente. O Dr. Jaime Nogueira Pinto assim se diverte, justificando com elevação, em magnífica lição, os pontos nos iii extremamente adequados, com delicadeza “porreira”, tentando abrir-nos as mentes através do seu percurso histórico-literário apoiado na sua malícia… triste, tenho a certeza, sabendo quanto será difícil endireitar o tal país europeu, velho e relho…

Vozes e votos da diáspora

Também no ciclo da emigração, os eleitores que votaram à esquerda ou ao centro fizeram-no devidamente esclarecidos e sem quaisquer pressões. Os da direita, parece que não.

OBSERVADOR, 23 mar. 2024, 00:1862

JAIME NOGUEIRA PINTO Colunista do Observador

Portugal é um país de emigrantes e a diáspora portuguesa tem uma longa narrativa. Primeiro, para os espaços descobertos ou conquistados em três continentes; depois, com a independência do Brasil, para a ex-colónia, para outras Américas e para os novos espaços africanos; e a partir de 1960, para a Europa, sobretudo para França.

Tornámo-nos independentes em 1143; em 1249 concluía-se a conquista do Algarve e em 1297, no tempo de D. Dinis, pelo Tratado de Alcanizes, fixávamos as mais antigas fronteiras nacionais da Europa.

Graças ao trio D. João I, Nun’Álvares, João das Regras, salvámos e consolidámos a independência entre 1383 e 1385. E trinta anos depois, com a descoberta das ilhas atlânticas e o seu povoamento, iniciámos a expansão; uma expansão movida por razões de sobrevivência material numa agricultura medieval pobre, e por desígnios espirituais, como “cristianizar os gentios”. No meio desta amálgama de razões económicas, religiosas, civilizacionais, humanitárias havia uma importante razão de Estado, de sobrevivência nacional – criar massa crítica fora da Península enquanto Castela não unificava o resto das Espanhas.

Esta expansão levou-nos a cruzar o Atlântico, descendo ao longo da costa africana, evangelizando, guerreando, comerciando e pilhando. Por aí chegámos à Índia. Entretanto, depois de descoberto o Brasil, iniciava-se ali, logo a partir de 1530 uma colonização que já abrangia famílias.

No Oriente, conquistavam-se as chaves do Índico – Ormuz, Goa e Malaca. Era uma proeza para um país com um milhão de habitantes conseguir, simultaneamente, ter o controle do tráfico das especiarias no Índico (com inimigos poderosos como os turcos e Veneza), ocupar a costa brasileira e manter uma linha de fortalezas e entrepostos comerciais ao longo da África. Durou o que durou e terminou em 1580, depois do desastre de Marrocos, ditado pela derrota de Alcácer Quibir de D. Sebastião, “Nun’Álvares da perdição” como lhe chamaria Oliveira Martins.

Tivemos então o rei de Espanha, Filipe II de Espanha, também como rei de Portugal, Filipe I de Portugal. E durante a monarquia dual, na União Ibérica, com os espanhóis mais empenhados em defender de franceses, ingleses e holandeses os seus domínios, perdemos muitos dos nossos.

Destinos da partida

Para a Holanda e para a Companhia das Índias Orientais perdemos grande parte dos nossos domínios asiáticos; já no Ocidente, como os accionistas holandeses da Companhia das Índias Ocidentais deixaram cair Maurício de Nassau, recuperámos o Brasil e Angola na Restauração.

A partir daí, graças ao negócio do açúcar no século XVII e às minas de ouro e de diamantes no século XVIII, muitos portugueses emigraram para o Brasil. E continuaram a fazê-lo já com o Brasil independente, e no século XX, até à quebra do Cruzeiro. Também no século XX, com a conclusão do caminho-de-ferro de Benguela nos anos 30 e com o boom do café nos anos 50, Angola tornou-se um destino de emigração. Depois da pimenta da Índia e do açúcar, do ouro e dos diamantes do Brasil vinha o café de Angola, uma quarta fortuna colonial. Nos anos 60, com a guerra, por causa dela ou apesar dela, Angola passava a ser a segunda economia da África Subsaariana, com seiscentos mil portugueses de origem europeia ali fixados, na altura da independência.

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Mas o grande destino da emigração portuguesa do século XIX – e de toda a emigração europeia – foram as Américas. A fortíssima corrente migratória das ilhas britânicas para os Estados Unidos e a travessia de alemães e escandinavos e de russos, polacos, italianos e portugueses dos Açores vão compensar a diferença de população da América do Norte em relação à América Latina, que, no fim das guerras napoleónicas, era quatro vezes superior. Assim, em 1900, os Estados Unidos tinham ultrapassado em população todo o resto do continente.

Os portugueses iam muito para o Brasil, que aboliu a escravatura em 1888 – o que, por reacção e revanche dos proprietários cafeeiros contra a princesa Isabel e contra a monarquia, levou à proclamação da república. Mas, pelo século XX adentro, os portugueses continuaram a fixar-se no Brasil, por razões económicas ou políticas.

Nos anos 60, o grande destino da emigração portuguesa é a Europa; e, na Europa, a França, a França de De Gaulle, que abandonara a Argélia e estava carente de trabalhadores na construção e na indústria. Em 1916, já houvera uma emigração para a França de mais de 20 mil trabalhadores portugueses; mas em 1960 saem clandestinos, a salto, milhares e milhares de portugueses pobres. E alguns menos pobres, por motivos políticos e para fugir à tropa.

A partir de Marcelo Caetano há um esforço normalizador e uma amnistia para a emigração ilegal, que deixa de ser crime e passa a ser punida com multa, sendo os consulados portugueses autorizados, em 1970, a emitir passaporte para os clandestinos que tivessem a situação militar regularizada. E a partir de 1971 foram criadas delegações do Secretariado Nacional da Emigração em Paris e nas principais cidades francesas, como Marselha, Lyon e Bordéus.

A diáspora na literatura

Esta diáspora deixou também marcas na Literatura, até porque os nossos maiores escritores, como Camões, fizeram as viagens do Império, de Marrocos à Índia e ao Extremo-Oriente. O aventureiro por excelência foi Fernão Mendes Pinto, o fantasioso e imaginativo autor da Peregrinação. O Padre António Vieira foi outro trota-mundos, pela Europa e Américas.

Camilo tratou mal – muito mal – os “brasileiros”, os emigrantes bem-sucedidos que voltavam e tinham fama e proveito de “novos-ricos”. Talvez fosse fixação freudiana (o marido da Ana Plácido, Manuel Pinheiro Alves, era brasileiro) mas em Eusébio Macário: história natural e social de uma família no tempo dos Cabrais, o comendador Bento José Pereira Montalegre, o “brasileiro rico” que chega a terras de Basto, serve ao autor de Amor de Perdição para divagar sobre os lados sombrios da fortuna do brasileiro e troçar do seu aspecto e modos. Um escritor luso-brasileiro, Aluísio de Azevedo, havia de pegar de outro modo no português emigrado, na sua trilogia O Mulato, Casa de Pensão, O Castigo, traçando um retrato crítico dos portugueses no Brasil, em S. Luís do Maranhão.

Já Ferreira de Castroele mesmo emigrante no Brasil, na Amazónia – faz do seu herói da Selva, Alberto, um jovem combatente monárquico que, depois de Monsanto, vai para o Brasil por razões políticas. Como, por razões políticas, para lá iriam alguns milhares de “reaccionários” portugueses, depois de Abril.

O voto da emigração

Se calhar como sempre, mas talvez mais que nunca, estas comunidades de emigrantes são hoje muito diversificadas. Mais de dois milhões de pessoas: um milhão e meio na Europa, 600 mil fora da Europa. Destas, votaram cerca de 334 mil, um record de afluência, ainda que tivessem sido invalidados 122 mil votos, mais de um terço.

O Chega teve cerca de 61 mil destes votos contados e não se sabe quantos entre os invalidados. A seguir ficou a AD, com cerca de 56 mil e o PS, com cerca de 52 mil. O Chega ganhou no círculo da Europa, tradicionalmente um círculo socialista, e ficou em segundo, atrás da AD, fora da Europa, somando mais de 60 mil votos aos 1 108 000 que já tinha no Continente e Ilhas.

Os explicadores oficiais dizem que o voto no Chega vem ou de ignorantes e mal informados ludibriados pela demagogia de André Ventura, ou de autênticos fascistas e radicais de direita – nacionalistas, racistas, xenófobos, machistas, homofóbicos, transfóbicos, intolerantes, mal-educados e negacionistas climáticos – ressentidos com a democracia. Parecem também saber que os eleitores que votaram à esquerda o fizeram em plena consciência, devidamente esclarecidos e sem quaisquer pressões nacionais ou internacionais; mas que os que votaram à direita, sobretudo os que votaram na “extrema-direita” e, mais especificamente, os emigrantes no Brasil e nos Estados-Unidos, o fizeram sob a pressão partidária de Bolsonaro e dos bolsonaristas ou de Trump e dos trumpistas.

Tudo isto agravado por um aumento da participação cívica, facto que, segundo o critério já enunciado para o solo pátrio, nos obrigaria a suster a respiração, até sabermos se os ex-abstencionistas do ciclo da emigração tinham “votado bem”. Só em caso afirmativo poderíamos louvar o acréscimo de participação na festa da democracia… Assim não sendo, restava-nos concluir que os emigrantes, esses pobres coitados, tinham sido enganados por demagogos mal-formados, sinistros e mal-intencionados, ou forçados a acorrer às urnas e a “votar mal” por forças ocultas.

Porque é que estes portugueses da diáspora – menos sujeitos à frustração e ao ressentimento em relação à democracia local e à demagogia e respirando os ares das velhas democracias europeias – teriam escolhido o Chega? E porquê semelhante votação na Suíça?

Dizia em entrevista José Martinho, um emigrante português conselheiro comunal na cidade de Lausanne, que os resultados talvez se explicassem porque as coisas em Portugal só tinham pioradocom a elevada carga fiscal, o fim recente do “estatuto de residente” e a falta de condições para os jovens, obrigados a emigrar. Enfim, que tudo aquilo que era sentido como a falência, em Portugal, dos partidos do “arco da governação” talvez tivesse contribuído para aquele resultado.

“Ou então – acrescentava José Martinho – … por cá termos [na Suíça] há vinte anos no poder um partido daqueles a que chamam de extrema-direita e que funciona…”

Perante tão escandalosa afirmação, perguntar-se-ão os comentadores:

À semelhança dos seus compatriotas na diáspora, forçados a votar mal, não estaria José Martinho a ser pressionado pela extrema-direita helvética, pelo próprio Schweizerische Volkspartei? Ou então pelas milícias de Ventura, emissoras de demagogia, de discurso de ódio e de fake news, actuando no eixo Lisboa-Lausanne através das redes sociais?

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COMENTÁRIOS (de 52)

Jorge Carvalho: Excelente informação histórica e actual. Só o conhecimento dos factos e o seu registo para o futuro poderá informar concretamente da trapaceira e cleptocrata oligarquia em que vivemos. Obrigado JNP por mais esta heróica contribuição .             Pedro de Freitas Leal: Belíssima viagem pelos séculos, belíssima ironia! Obrigado, Jaime, por mais um artigo cheio de viço!               João Floriano: Da forma muito condensada fazemos uma espécie de flyover sobre a diáspora antes de chegarmos ao que verdadeiramente interessa, o resultado dos votos da emigração. Se até 2024 a esquerda não mostrou qualquer interesse em facilitar o voto da emigração (em 2022 testemunhei os constrangimentos colocados aos portugueses em Madrid) a partir de agora, com a vitória do CHEGA ainda se colocarão mais obstáculos. Quando começaram a ser conhecidos os resultados da votação e horas antes do encerramento da contagem, já José Cesário (eleito pelo PSD) fazia uma declaração apontando o apoio de bolsonaristas ao voto no CHEGA. Esqueceu-se no entanto de referir que igualmente Lula fez campanha pela esquerda e mesmo aqui no Observador podem ser encontrados artigos em que o presidente brasileiro fala do perigo da extrema-direita na generalidade mas ajustando a mira para o caso português. O sucesso do CHEGA representa uma pequena derrota para Lula. Segundo parece em Espanha, o guapo Sanchez, aquele que anda a destruir e a minar a identidade do país e associar-se com partidos anti Espanha para manter o cargo (também tivemos cá o mesmo em 2015), sempre tão rápido a abraçar a esquerda portuguesa, desta vez mantem o silêncio e a CS espanhola, tal como cá, propagandista da esquerda, mal fala no resultado das eleições em Portugal. Se a esquerda tivesse ganho não se calavam de manhã à noite e já teríamos fotografias de primeiros ministros abraçados e sorridentes nas escadarias do Palácio da Moncloa. Os meus comentadores «preferidos», em choque, nem queriam acreditar que o CHEGA tinha provocado a exclusão de Augusto Santos Silva, talvez o pior Presidente de Assembleia de que temos memória. No meio de mais uns insultos gratuitos que já não resultam, não conseguiram ou não quiseram explicar a votação dos emigrantes «ricos» da Suiça e do Luxemburgo. E a explicação é simples: a nossa esquerda adora os emigrantes quando eles mandam o seu dinheiro para cá, quando são recebidos com ranchos folclóricos e comida farta pelas associações locais, quando o PR faz discursos do tipo: «Somos Fado e Caldo Verde...» e de resto pouco mais. Os emigrantes disseram Sim ao CHEGA porque tal como cá também querem mudança, embora ainda haja quem não tenha percebido.                     Vitor Batista > Tristão: Malvados cronistas quando não seguem as nossas cartilhas "discursivas".                     Fernando CE: Muito bem. Sou português , nos sessenta, nacionalista qb, anti agenda woke, farto das esquerdas e da miséria a que conduziram Portugal. Votei sempre PSD e AD, não tarda voto mais à direita. O único político que merece a minha consideração foi Cavaco Silva, o mais vilipendiado após o 25 de abril de 2024, mas com sentido de Estado e que desenvolveu o país. Obviamente , que merecem o meu respeito outros políticos como Passos Coelho , que governou num ambiente quase insurrecional. O Paulo Portas não me merece qualquer distinção.              José Coelho: Caro JNP: gostaria de lhe propor um desafio. Com tanto conhecimento, capacidade crítica e escrita escorreita seria uma tarefa patriótica escrever uma História de Portugal. Poucos intelectuais estarão tão bem apetrechados cientificamente para o fazer. Havia um outro com algumas características idênticas, mas, infelizmente, já não se encontra entre nós. Falo de Vasco Pulido Valente. Sei que é uma tarefa tremenda, mas tremendo seria também o seu contributo para a historiografia e o Conhecimento em Portugal. Pense nisso! Nem tenho palavras para imaginar o prazer e o gosto que daria ler uma obra dessas!!! Saudações!                   João Floriano > Pedra Nussapato: «os emigrantes portugueses não gostam dos outros imigrantes, sobretudo os que vêm fora da Europa.» E os imigrantes que vêm de fora da Europa gostam dos europeus? Durante anos tratei de problemas de comportamento na escola onde exerci a minha profissão. Havia muitas mais quezílias entre jovens caboverdianos e angolanos do que com jovens «europeus» à mistura. Também lhe posso garantir sem medo de errar que eram raros os problemas com jovens de S. Tomé e ainda mais raros com os depreciativamente apelidados de monhés. O que o Pedra está implicitamente a afirmar é que os emigrantes portugueses são racistas. O facto de eu não gostar de gastronomia africana ou de condimentos indianos, não faz de mim um racista.                  Miguel Sanches: O ridículo em que caem os bem pensantes de um regime de que se julgam os únicos titulares, leia-se o centrão. Não se enxergam e arrogam-se o direito de serem eles a ditar as regras do jogo. Chega!                Maria Nunes: Muito bem, JNP. Excelente resumo da nossa História no capítulo da emigração. A ironia com que descreve a votação no Chega é admirável. Obrigada.                 maria santos: O menosprezo dos simplórios emigrados, implícito na desgraçada frase "we are all bacalhau", teve a devida resposta: mais dois assentos parlamentares na direita conservadora organizada no Chega. Chassez le naturel, il revient au galop !                    Carlos Quartel: Houve um colapso total nas narrativas "progressistas". Nem os emigrantes são os mais atrevidos e competentes, capazes de vingar em sociedades competitivas, nem os jovens são a geração mais preparada de sempre. Afinal não passam , uns e outros, duma cambada de fachos, ignorantes políticos, que foram mobilizados por um discurso racista, xenófobo e reaccionário. Afinal o progresso, a inclusão, as ideias claras, as preocupações com o ambiente, a liberdade e a igualdade estão nos reformados e funcionários públicos. Todas estas conclusões se podem retirar da análise do acto eleitoral de 10 de Março. Sem margem para dúvidas.... Recomendação : Ler este comentário a todos os noticiários nas nossas patrióticas e progressistas TV's            Ana Luís da Silva: Ironia deliciosa enxertada numa Curtíssima História da Diáspora Portuguesa, a revelar, além disso, uma paciência de Job da parte de Jaime Nogueira Pinto para escutar, reter e explanar aqui o rol de disparates dos comentadores e “críticos” com acesso aos canais de informação oficiais (sabe-se lá por que critérios…). Acredito que muitos dos que debitam as enormidades aqui expostas e que deviam envergonhá-los, nem sequer perceberiam se a lessem. A pergunta final é uma provocação absolutamente de grand finale e encerra a argumentação. Excelente!              João Floriano > Pedra Nussapato: Também muitos fugiram à guerra colonial. Não sei se o Pedra viveu os anos 60 mas eu já percebia alguma coisa do que se passava e não me admiro nada de os anos 60 terem sido anos de forte emigração e não apenas portuguesa mas de um modo geral do sul para o norte da Europa. França e Alemanha precisavam de muita mão de obra e os portugueses estavam ainda muito ligados à terra, a uma agricultura de subsistência. O que me admira é passados 60 anos, com tudo o que já vivemos como nação, termos novamente uma sangria incontrolável de emigração e desta vez os mais jovens e bem preparados. Quando esta semana vi a manifestação do Dia do Estudante a pedir isenção de propinas, não pude deixar de sorrir porque estamos a pagar a educação de jovens que vão enriquecer outros países e não os censuro de modo algum porque a culpa é toda das políticas que são implementadas pela  esquerda, que tem adoptado o estratagema de recuar até ao passado mais ou menos longínquo para desviar as atenções dos fracassos do presente.                   NunoW Nuno: Um privilegio ler JNP.              Rui Lima: Não sei onde li que os votantes dos partidos “populistas “ de hoje são os sociais democratas do pós guerra. No pós guerra os estados controlavam as grandes empresas de serviço universal das transportadoras aéreas ao caminhos de ferro da produção e distribuição de electricidade a água ,  a habitação social era destinada aos trabalhadores hoje não recebem uma casa é para as minorias , havia uma indústria privada pujante e o poder de compra dos trabalhadores aumentava todos os anos , os e exilados eram políticos perseguidos por ditaduras não como hoje em que tudo e todos o são, até os imigrantes eram brancos e acreditavam no mesmo Deus . Muitos querem que este mundo de social democracia do pós guerra volte e por isso votam na Europa nos diversos partidos que no passado seriam de centro esquerda hoje serão de extrema direita .                 bento guerra: Os emigrantes ficaram muito satisfeitos, quando souberam que havia um partido disposto a "limpar "Portugal. Sempre torna as suas visitas mais agradáveis                        Coxinho > Tristão"Mau, muito mau. Demagogia a rodos, inverdades, enfim, acontece aos melhores." Quando fala nos melhores refere-se a si mesmo, não é, Tristão?

 

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