Por aí…
Tudo tão moroso! Tudo tão silencioso! No meio da palração, é certo. Dos jornalistas,
sobretudo, coitados, que têm de ser contidos!
Tudo parecendo tão extraordinariamente coisa de brinquedo! Um pasmo! A
rodear Montenegro…
Será que é a sério? Que não se está a gozar com a malta? A malta da
população, está visto. Nós!
Uma guerra à maneira? De pasmaceira? Será verdadeira? Nem Zelensky nos
serve de exemplo?
Não há mesmo vergonha? Tanto descemos? Para onde caminhamos?
Será, todavia, que traz garras escondidas? Para usar futuramente?
Ou será isto cada vez mais manicómio de - e para - gente incongruente?
Montenegro vai entregar raio-x de ministros a Marcelo
Audiência com
Marcelo só acontecerá durante a tarde de quinta-feira. Nem todos os lugares do
governo estão atribuídos. Equipa de Montenegro
analisa declarações entregues por (futuros) ministros.
MIGUEL SANTOS
CARRAPATOSO: Texto
OBSERVADOR, 27 mar. 2024, 22:34 4
DIOGO
VENTURA/OBSERVADOR
Quando Luís Montenegro apresentar esta
quinta-feira a Marcelo Rebelo de Sousa a lista dos ministros que vão compor o
XXIV Governo Constitucional entregará em mãos ao Chefe de Estado o questionário
de 36 perguntas preenchido por todos os (candidatos) a governantes — um
mecanismo de escrutínio interno que António Costa implementou numa altura em
que o seu executivo estava a ser confrontado com permanentes “casos e
casinhos”. De resto, essa documentação já entrará no Palácio de Belém com uma
análise prévia da equipa do primeiro-ministro indigitado, que está a passar a
pente fino todos as eventuais incompatibilidades e embaraços a evitar.
Esse processo, sabe o Observador, está
já em curso. À hora de publicação deste artigo, existem já futuros ministros que preencheram o questionário, outros
que o estão a fazer e outros ainda que não o estão a fazer mas por uma razão
prática e reveladora: é porque ainda não foram convidados. Luís
Montenegro só vai fechar os convites para a composição do futuro entre esta
noite e a manhã de quinta-feira, guardando até ao fim a informação sobre os
elemento do seu futuro Conselho de Ministros.
Segundo foi possível apurar, Luís
Montenegro só irá ao Palácio de Belém encontrar-se com Marcelo Rebelo de Sousa
já durante a tarde de quinta-feira. Por razões práticas, é possível admitir que
os seus ministros mais políticos — aqueles que lhe são mais próximos ou que já
exerçam funções no ou para o PSD — só venham a ser formalmente convidados mais
perto do prazo-limite. Os ministros que venham da sociedade civil ou que estejam
afastados da vida política activa há algum tempo terão de ser (e foram)
sondados e convidados com maior antecedência — para que possam ser convencidos
e para que possam adaptar a vida às futuras circunstâncias, naturalmente.
Esta hipótese já tinha sido avançada pelo jornal Eco e, mesmo perante as dúvidas que
existiram sobre o carácter obrigatório ou não deste questionário, Montenegro
decidiu avançar com o raio-x. Recorde-se que António Costa criou este questionário de 36 perguntas perante a
sucessão de governantes que se viram obrigados a deixar o executivo socialista
por se encontrarem fragilizados politicamente ou em situações de
incompatibilidade.
O
Observador sabe que a intenção dos sociais-democratas é impedir a todo o custo
que exista qualquer embaraço que ensombre os primeiros meses do futuro
Executivo. Existe a convicção profunda na direcção do PSD que é proibitivo cometer erros evitáveis no
arranque do Governo — muito menos ser vítima de qualquer suspeição
sobre a conduta dos elementos que rodeiam Luís Montenegro, especialmente depois
de tudo o que aconteceu na recta final de António Costa.
No fundo, é um mecanismo que serve para escrutinar
os futuros membros de cargos públicos, que passam a estar obrigados a responder
várias perguntas sobre as suas empresas, relações familiares ou a situação
fiscal, como explicava aqui ao
detalhe o Observador. Aliás, o grau de exposição a que estão obrigados os
futuros governantes é, muitas vezes, um dos motivos invocados para algumas das
recusas que existem habitualmente nestes processos.
A resolução do Conselho de Ministros n.º
2-A/2023 que “estabelece o questionário prévio à integração de novos membros
no Governo” explica e limita os objectivos deste mecanismo: Com o
procedimento adoptado na presente resolução, cria-se uma ferramenta de
avaliação política, no âmbito do processo de designação de membro do Governo,
que facilita a ponderação da escolha dos Ministros pelo Primeiro-Ministro, dos
Secretários de Estado perante os respetivos Ministros e da propositura, nos
termos da Constituição, dos membros do Governo ao Presidente da República”,
pode ler-se no documento.
Quanto à composição do Governo,
mantém-se a regra: só Luís Montenegro tem uma noção global dos
ministros que o vão acompanhar; aqueles que já foram convidados e aceitaram
fecharam-se em copas; e existe um esforço concertado para evitar fugas de
informação. Existem figuras que parecem, a esta altura, ter
lugar cativo no Executivo (Miranda Sarmento, Finanças, António Leitão Amaro,
Presidência, Miguel Pinto Luz, Infraestruturas), mas que ninguém arrisca
confirmar com segurança.
Mais a mais, tem sido sempre esse o padrão de Montenegro desde que é líder do PSD. A esse propósito, existem dois exemplos que têm sido citados com insistência ao longo dos últimos dias: os convites mais sensíveis para a sua direcção nacional (Paulo Rangel e Pinto Luz) só foram feitos no próprio dia do congresso que elegeu esse órgão; e a presença de Aníbal Cavaco Silva no congresso de 25 de novembro de 2023 só foi revelada minutos antes da entrada em cena do antigo Presidente da República. No caso do governo, será assim até ao último minuto.
NOVO GOVERNO POLÍTICA LUÍS MONTENEGRO PSD PS ANTÓNIO COSTA
LEGISLATIVAS 2024 ELEIÇÕES LEGISLATIVAS CDU
COMENTÁRIOS
Isabel Gomes: Todos
aprovados pelo Pedro Nuno🤣🤣🤣
Pertinaz: Vamos
dar algum crédito a Montenegro… esperemos que construa o governo sem as
instruções de Paulo Portas…
Sergio Miguel: O
espaço não socialista na ar são teoricamente 138 deputados. Ainda assim LM,
duro com ventura e rocha, submete-se a PNS.
Sergio Miguel: Provavelmente
lm acordou tambem com pns a rotatividade de ministros e ate de primeiro
ministro entre psd e ps.
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