Que, segundo afirma, “está a
sentir-se pensativo”.
Desconheço a origem do texto, mas achei graça à frase do Hilton, pois
não sei se o seu “pensativo” implica anuência ou discordância, mas a apologia
que no texto se faz do povo português é bem expressão de um conhecimento mais
íntimo do seu autor, que reconhecemos fruto de um pensamento que também temos,
com gratidão por tantos que admiramos, e até por essa característica de
simpatia humana que, não sei se por complexo ou por real qualidade humana,
sobressai num povo folgazão, apesar da tristeza que encerra o fado do nosso
deleite nacional, prova de uma insatisfação de igual complexo antigo. “Qualidade humana dos portugueses”,
julgo que sim, que a têm, apesar de frequentemente nos afirmarmos como
pertencentes à cauda europeia. Olhando a nossa História, em retrospecção, vemos
que fomos, todavia, um povo corajoso que abriu as portas oceânicas, e esse
facto demonstra valores fortes, apesar de hoje tal História pareça ter mergulhado
definitivamente no quarto dos arrumos.
O TEXTO qu deu que pensar ao Hilton: :
???
“
… será sempre motivo de orgulho para um povo ainda demasiado marcado pela velha
cultura do pobrezinho, mas limpinho, que não raras vezes lhe compromete futuros
mais radiosos.
Esta
Selecção será, aliás, uma das expressões maiores da capacidade e da qualidade
humana dos portugueses. Dirão, alguns, que é pena que seja só no futebol. Em
primeiro lugar, não é só no futebol. Acontece, apenas, que o sucesso vende mal
numa sociedade mais interessada em mexericos mesquinhos. Na verdade, em todos
os sectores temos brilhantes desconhecidos, personalidades que se distinguem
além deste nosso rectângulo atlântico. Mas mesmo que fosse só no futebol,
sempre seria importante que Portugal tivesse uma referência no topo do mundo.”
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