Não,
não tem nada a ver com o panfleto de Camilo C. Branco a respeito de uma questão
literária, que, no seu tempo, opusera adeptos de uma poesia moderna, tal a de
Antero, a respeitáveis versejadores então venerados, como foi Castilho, mais
singelamente despida, a poesia deste, dos artifícios de intelectualidade do poeta
tão pleno de admiráveis dons de “génio que era um santo”, segundo definição de
Eça. Não, hoje as vaidades não são de pendor literário, a literatura ofuscada
há muito pela faceta politiqueira, tanto no libelo como, e sobretudo, no
discurso do debate televisivo, pontuado, por vezes, com a imposição da
aceitação democrática, embora não generalizada, pois toda a esquerda decidiu há
muito transgredir tal regra, acusando a direita, contudo, de ser essa a
transgressora da democracia. Vaidades, sim, essas de Montenegro a pôr em risco,
passivamente, o seu possível governo de salvação nacional, (caso isso seja possível),
como as dos vários outros chefes dos diversos partidos e sobretudo esse do
Chega que ganha, suponho que não por mérito próprio, mas pela ousadia desbocada
de expor certas verdades que o povo deseja ouvir, porque contrariam as falsas
bondades da esquerda pedante, sendo, afinal, todos pouco zelosos em defender o
país contra as más políticas que o têm devastado. Uma excelente crónica, esta de
José
Ribeiro e Castro, para ser meditada pelos
chefes dos partidos, se quisessem, de facto, amar a sua pátria e não pensassem
apenas na compensação monetária que toda esta sua luta desestabilizadora representa.
Que o diga Mário Nogueira, que está de peito feito para a sua próxima greve ou
a Mortágua a prometer rotundo “não” à
direita, ainda que esta se reja por idênticos princípios condenatórios dos do
governo anterior…
Não
se deseja a ninguém um resultado destes
O facto mais importante das eleições
foi a derrota estrondosa da esquerda. Sem a emigração, eram 130 deputados,
agora caíram para 91. Perdeu 39 deputados, uma variação de menos 43%. Castigo
severo.
JOSÉ RIBEIRO E CASTRO Advogado e cidadão
OBSERVADOR, 15 mar. 2024, 00:1627Subscrever
«O general é sabedoria, fiabilidade, coragem e rigor.» Sun Tzu, A Arte da Guerra (séc. V a.C.)
Salvo Chega e Livre, ninguém tem razões
para estar satisfeito com o que as eleições de 10 de Março lhe deram. Só os
inconscientes. Para vários, a dose foi pesada, mas mesmo aqueles a que
oportunidade pareceu sorrir têm motivos de preocupação.
Olhando aos premiados, o Chega,
sem ter vencido, festejou à campeão. Manteve-se terceiro, resistiu ao voto útil, superou um milhão de
votos, quadruplicou os deputados. Invejável proeza – ou temível. Resta
saber o que fará com este resultado. O discurso mantém-se de pressão
e ameaça, indo na onda e com repentes. Não pode ter-se a certeza do que fará
exactamente. Continua em modo “um dia de cada vez”: hoje é assim, amanhã logo
se vê. Só é
previsível a imprevisibilidade. Normalmente, o eleitorado
conservador não gosta do imprevisível. Mas, no caso de André Ventura, junta-se
ao eleitorado mais radical, porque a imprevisibilidade integra a dinâmica
demolidora que apreciam (“ele é que dá cabo deles todos”) e integra o mito que
fascina os seguidores.
O Chega obteve enorme força
de condicionamento e poderá acabar com a legislatura em qualquer momento,
mandando-nos de novo para eleições. Mas,
como não pode fazê-lo sozinho, mas apenas junto com a esquerda, terá de
escolher o momento e o contexto adequados a não pagar um preço político
elevado. É difícil um governo minoritário durar toda a legislatura (só Guterres
o conseguiu, em 1995/99), mas quem o derrube pode pagar o preço do
aventureirismo e da irresponsabilidade.
O Chega surpreenderá, se
avançar com propostas de reformas, bem pensadas e fundamentadas, em áreas de
relevância política, que, mesmo rejeitadas, o fariam subir para outro
campeonato – e, então, aspirar a mudar o jogo. É o único que pode creditar o
seu futuro, ou com ar de governo, ou oposição. Mas é
difícil articular uma linha de proposta responsável com o discurso estouvado de protesto global, intrinsecamente
irresponsável.
O Livre também
pode reclamar-se de ter multiplicado por quatro os deputados, mas está num
patamar diferente. É o único que
cresce entre os pequenos partidos, assim como entre os outrora grandes (PCP) ou
médios (BE), que, agora, também são pequenos. Deve-o à linha original definida
por Rui Tavares, à sua persistência e ao seu estilo. Tem, diante de si, o
desafio da consolidação da inconfundibilidade e do seu lugar.
O ADN foi o improvável sortudo, ao
receber 90.000 votos que seriam da AD. Irá beneficiar de 340.000 euros de
subvenção anual. Mais uma anedota para o nosso Anuário Político.
A AD foi a vencedora: mais votos, maior
percentagem, mais deputados eleitos – tudo num quadro de folgada maioria à
direita, que derrotou categoricamente o PS e a esquerda, fazendo impossível um
governo de esquerda. Em suma, a mudança.
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A vitória é de Luís Montenegro.
Desmentiu os cépticos profissionais: definiu uma estratégia aberta, generosa e
integradora no espaço político a que se dirigia, esteve em geral por cima nos
debates, convidou todos os antigos líderes do PSD e outras figuras, subiu
sempre desde a pré-campanha, superou embaraços, foi afinando o discurso e
terminou em alta. Na noite eleitoral, todos acreditaram na linha
superior das sondagens à boca das urnas, que davam 32% a 33% – e, no íntimo,
adivinharam mais. Montenegro fizera por isso.
A realidade resultou bem apertada,
com muitas incertezas, quando falta apurar quatro deputados. Mantendo a AD mais
deputados e cabendo-lhe governar, o acordo com a IL será coerente; mas não
garantirá tranquilidade. A
realidade seria bem melhor, não fosse o desvio de votos para o ADN, o que,
pelos números, daria mais 3 deputados à AD, menos 2 ao PS e menos 1 ao Chega. AD e IL somariam mais que toda a esquerda,
numa relação 90/89 deputados. Mas não é assim, antes 87/91. O “pormenor” que
faz enorme diferença.
O governo, em quadro um pouco similar
a Cavaco Silva, em 1985/87, estará sob pressão e muita dificuldade para passar
legislação: mesmo que o Chega propenda a abster-se, um governo AD+IL
poderá ser derrotado pela esquerda. O
governo pode apostar na
acção executiva mais do que em medidas legislativas, o que pode ser bom: há sectores que requerem muito mais ser bem geridos,
melhorar a qualidade de desempenho e ser eficientes do que de novas leis
ilusórias. A tarefa, todavia, não será nada fácil. Face aos altos riscos, a IL
pode querer ficar de fora, tornando mais duro o desafio para a AD.
Os partidos da AD vivem uma crise que
não se alterou e vem de trás, em baixa desde 2015. Uma das causas foi a leitura
incorrecta dos resultados eleitorais de 2015, inspirando uma narrativa errada
que persiste, confunde e prejudica. E há erros de orientação geral que
favorecem o crescimento do Chega, largando espaço que este ocupa. As
dificuldades previsíveis deste ciclo não darão tempo, nem espaço para cuidar
dos problemas internos. Mas podem constituir, se bem enfrentadas e vencidas, o
ambiente propício para superar de vez aqueles problemas.
Li
comentários de a fórmula “não é não”, repetida por Luís Montenegro, ter
sido um “erro” e prejudicado a AD. Nada disso. Há coisas que são ditas não por
táctica, mas porque se acredita e quer. Montenegro teria vida negra se o não fizesse. E, se tivesse dito ou
sugerido coligação com o Chega, é quase certo que a AD teria sido
suplantada. O Chega é voraz. Não é fascista, insulto estafado que
nada significa. Mas cultiva vários outros problemas.
No CDS, a campanha não teve esforço
sensível de mobilização. Há quem me pergunte por que não apareci na campanha.
Estive na imprensa, na rádio e na televisão, por mim próprio. Na campanha, a
direcção do CDS não quis que eu estivesse. Foi só isso. Ao contrário do PSD,
Nuno Melo e Paulo Portas (em modo chairman) decidiram excluir dois antigos
líderes: eu próprio e Francisco Rodrigues
dos Santos.
Com a campanha já ao rubro,
surpreendeu-me que o CDS reunisse o Conselho Nacional na véspera do início
oficial, para convocar o Congresso para Abril. E, a 6 de Março, a meio da
última semana de campanha, convocou a eleição de delegados. Não me lembro de alguma
vez isto ter acontecido – normalmente, havendo eleições, está-se totalmente
mobilizado para estas, desligando-se da agenda interna. Se este
afã tivesse sido concentrado em mobilizar a sério estruturas e todos os
militantes para contrariar a confusão entre AD e ADN, teria contribuído para
impedir ou minorar um dano tão severo. É tudo uma questão de prioridades e de foco. Foi provavelmente essa
baixa concentração que levou a que as mais noticiadas intervenções do
Presidente do CDS tenham sido “o deslize de Nuno Melo”, na pré-campanha, e duas
gafes, na campanha. Era também dispensável Paulo Portas, em gestão das
presidenciais, omitir e apagar de novo Freitas do Amaral da história de AD e
CDS. Esteve mal. A verdade não se afirma com a mentira.
É positivo que o CDS volte a
ter deputados, cabendo agradecer ao PSD a generosidade com que concebeu esta
AD. Mas é pena que a direcção do CDS, na sua ideia de um partido exclusivo e
pendurado do tecto, não organizasse o trabalho político por forma a contribuir
para melhor resultado e mais favoráveis condições políticas. Deu ideia de ir à
boleia. O país ficou lesado. E o CDS obteve menos do que queríamos, ficando
longe dos 4, ou 6 deputados que, sem ninguém pedir, o líder acenou, aquando do
acordo das listas.
Lendo os números, a AD obteve 29,5%. Em 2022, somando as parcelas,
obtivera 30,7%, em termos homólogos. Ou seja, sendo verosímil o PSD ter assegurado,
agora, 29 pontos percentuais (no mínimo, 28,5), o CDS terá pesado o equivalente
a 0,5 ou 1,0 (menos, se ponderarmos o PPM) – abaixo dos 1,6% de Francisco
Rodrigues dos Santos (sem considerar a quota nas AD insulares). A opção pela AD
foi, sem dúvida, o caminho correcto. E o CDS está presente na mudança. Se, em 2021, alguns no CDS não
combatessem a AD ferozmente e Rui Rio não acabasse por a recusar, o país teria
poupado os últimos dois anos.
Não
há grandes razões para festejos exuberantes, mas muita responsabilidade. E
também alguma modéstia, que sempre ajuda ao trabalho fecundo. Há muito a fazer.
E, quando o Presidente do CDS, Nuno Melo, repuser, nas paredes da Assembleia da
República, a placa com o nome do CDS, como se farta de anunciar, até em
programa humorístico, é de fazer votos de, ao menos interiormente,
penitenciar-se da parte de leão que, junto com os que o acompanharam na
rebelião permanente de 2021, teve no facto de a placa dali ter saído. Tão
enérgicos em derrubar a direcção eleita, bateram com demasiada força. Adiante.
Os tempos pedem imaginação,
fidelidade e propósito, coesão, militância e generosidade, iniciativa, foco e
ambição nacional. É o que deve guiar a coligação e cada parte. O CDS não pode agir na AD, como Paulo Portas
fez com Pedro Passos Coelho.
O facto mais importante das eleições
foi a derrota estrondosa da esquerda. Passou da maioria de esquerda à minoria
de esquerda. Sem a emigração, eram 130 deputados, agora caíram para 91. A
esquerda perdeu 39 deputados, uma variação de menos 43%. Castigo severo.
Há muito que não se via coisa assim, sob
vários ângulos. Só escapa (bem) o Livre e (mal) o Bloco, que se
aguenta, nos mínimos do grande tombo em 2022. O mesmo aconteceu ao PAN, com um só lugar. E o PCP prosseguiu a
queda contínua desde 2015: 17, 12, 6, 4 deputados. A súbita agitação
sonora do BE e do PCP para agitar já as águas, quando nem todos os votos se
contaram, nem a Assembleia abriu, é isso mesmo: buzinadelas contra a
irrelevância: “pi-pi-pi-piiii”. Ora, vivam! É preciso mais do que
buzinadelas.
O caso mais saliente é o PS, cujo resultado fica ao nível de 2011,
quando, depois de ter cavado a bancarrota, nos entregou a todos à troika. Abaixo da fasquia de 30%, o resultado de
28,7% é ainda ilusório, por incluir muito “voto útil”, insistentemente
convocado. Vai demorar a dissipar-se o espanto sobre como os socialistas jogaram
fora, em menos de dois anos, uma maioria absoluta. Nunca houve, creio, outro
caso assim no mundo com uma maioria monopartidária.
Nem se venha com o último episódio
judiciário. A maioria alcançada por António Costa era escangalhada por dentro,
como há um ano já comentei em artigo: Ou é caruncho
ou formiga branca. O PS, que revela sérios problemas estruturais
– colados e disfarçados com o bálsamo do poder –, pode vir a ressentir-se muito
da perda da maioria e do governo, como um tecido muito coçado que, de repente,
esgaça.
Reclamando
a liderança da oposição, a vida também não está fácil para os socialistas. Idem
para o conjunto da esquerda. Mas podem fazer muito dano, se o Chega os
ajudar. Não é desejável, nem natural que o faça.
Os tempos mostram-se muito exigentes
para todos – é o mínimo que pode ser dito. Convocam patriotismo e sentido
democrático. Porém, objectivamente, as forças parecem alinhadas à esquerda e à
direita para a desforra ou uma 2.ª mão. É mau: a política não é futebol. Era
bom que todos os partidos parassem para pensar.
As próximas etapas, ainda definidoras
políticas deste ciclo, serão: (1) a
votação do Programa do Governo Regional dos Açores e sua sequência; (2) a
contagem dos votos dos círculos da emigração, nas eleições de 10 de Março; (3)
a eleição do Presidente de da Mesa da Assembleia da República; (4) a formação
do novo Governo e sua investidura parlamentar; (5) as eleições europeias. Antecipamos
facilmente as respectivas incertezas.
Razão
teve Marques Mendes, ao
comentar a quente, logo na incerta noite eleitoral: «Saio desta noite profundamente preocupado e a vaticinar que vamos ter
novas eleições legislativas em Janeiro ou Fevereiro do próximo ano.»
LEGISLATIVAS
2024 ELEIÇÕES
LEGISLATIVAS
COMENTÁRIOS (de 27)
Rui Pedro Matos: Infelizmente o sr. José Ribeiro e Castro não quer
entender que o CDS de Adelino Amaro da Costa não é o actual CDS que se vende
por tuta e meia! Tal como o sr. José Ribeiro e Castro sou CDS, mas não deste
Paulo Portas e Nuno Melo onde os aventais abundam ... Sou de Direita e não
me revejo nesta AD sensaborona, a favor da eutanásia e aborto e ingerência do
Estado na Família! A Direita tradicional, democrata, de Valores Nacionais e de
Sociedade, está no Chega e os que defendem a Vida e o 'seu direito inviolável'
não votam na AD travestida de ideologia de género e wokista! Em 1,1 milhão
de votos estão todos, todos, todos, apropriando-me das palavras do Santo Padre!
Ou seja, um Partido Político que acolhe e não reprime, mas defende Portugal e
os seus Valores! Votei Chega, quando antes votava CDS! Com estima e obrigado
pela sua atenção! Cumprimentos GateKeeper: Caro JR&C, os "resultados" são aquilo que
são, como muito bem sabe. O seu pranto compreende-se. Os seus
"medinhos" nem perto. As suas "contas", calculadas a olho,
deveriam ser de "sumir" e não de "somar". Todo o seu
raciocínio "suavemente rancoroso" ( como habitual nas suas crónicas)
peca por enviesado e, não menos, manipulador. O CDS da única e verdadeira AD
morreu. Um dos seus "fundadores" virou o bico por uma gamela
"socialista". O líder da "sua mini-minion ad" é, pura e
simplesmente, um autêntico e declarado míope político-social, pedante e incapaz
de assumir o cargo de pm. O resultado da m-m-ad é um desastre mal contado, consequência
óbvia e muito previsível de um "trabalho" incompetente e de muita
venda de palha para "burr□s". A única surpresa que tive ao ler esta
sua crónica foi o seu arrazoado ofensivo relativamente ao AVentura e ao seu
Chega!. O "mau perder" toldou-lhe seriamente o raciocínio. Mas, temos
oportunidade de discutir a sério o seu medinho e a sua fuga evidente aos
factos. Quanto ao "livre_tovarich" a sua idéia textual peca por ser
um erro de crassus e a explanação de uma "vitoriazita à Pirrus". A
esse não-assunto nem dedicarei mais 1 minuto, 1 linha. Notei a ausência do seu
comentário à [ primeira!] hecatombe da vara xuxú esquerdalha e dos seus donos
tonyC&la bête rouge. Esfrangalhado, "partido" ao meio, o
"polvo" xuxú ainda está a congeminar como "dar a volta" a
estes dois títeres esquerdalhos e ao "derramamento de votantes" [ que
continuará]. Mas, hélas... O meu caro ex-cds não terá dado por nada?! Ou aposta
num "nouvel" centrão esquerdalho-pseudo liberaleco, estilo márocas +
diogo?... Se for esse o caso, então compreende-se o enviesamento. Se não for,
aconselho-o a voltar à 'calculadeira' e a matutar a sério, sem espinhas, sobre
estes últimos dias, pós 10032024. "Não temos pena nenhuma e temos tempo,
muito tempo, de sobra". Nunca achincalhe a mão que lhe dará de comer daqui
a uns tempos. Até porque JÁ CHEGA! Viaje, meu caro vá até à Itália, passe pela
França/Paris, pela Grécia, pelo centro e norte da Europa, dê um pulo até à
Argentina, pare na Holanda e,... Depois desloque-se até à ex-Espanha para
comparar algo semelhante à nossa actual rep. das bananas xuxú com os países,
cidades e cidadãos que foi contactando. Estude. Nunca é demais aprender com o
passado e o presente para desvendar o futuro. Fique bem e as melhoras. Carminda Damiao > Rui Pedro Matos: Concordo inteiramente com o seu comentário. Eu também
votava CDS, mas votei Chega porque é o único que defende os valores em que
acredito. É um absurdo o Nuno Melo e outras pessoas acharem preferível
ligarem-se à IL (que é igual ao BE em questão de valores), do que ao Chega. A
continuarem assim eles irão diminuindo, enquanto o Chega vai crescer. Pobre Portugal: Já eu, «Saio desta noite profundamente descansado e a
vaticinar que vamos ter novas eleições legislativas em Janeiro ou Fevereiro do
próximo ano onde, finalmente, o Chega vai reduzir a cacos o PS e o PSD.» Isabel Gomes: Lamento discordar. A realidade política mudou e são as
pessoas que votaram pela mudança. E talvez fosse mais realista (não falo da
extrema esquerda) todas as forças políticas democráticas (AD, PS, CHEGA e IL)
respeitarem o voto popular. A começar pela vice-presidência da AR. José B Dias: Parece que o cronista esqueceu que dos 39 deputados
perdidos pela Esquerda, no que classifica de pesada penalização, 36 foram
ganhos pelo Chega ... Pode-se
gostar, ou não, mas este foi o resultado que necessariamente traduz a vontade
do povo (o tal que é suposto mais ordenar ... mas só se votar bem).
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