sábado, 30 de março de 2024

E as greves já começaram


E as reclamações organizadas pelos do costume, a pretender demonstrar que o povo é quem mais ordena… orquestrado, é certo, por aqueles que verdadeiramente o afirmam, que são todos esses que quereriam estar no lugar agora ocupado por uma direita deficitária, aparentemente mais séria, num país de brincalhões sem ponta de vergonha na pele, nem do agasalho da vergonha e do dó de si próprios.

O PSD escolheu um caminho duvidoso

O PSD até terá pretensões reformistas. Mas o PS não existe para facilitar reformas. Não é provável, portanto, que um governo dependente da benevolência socialista fique na história do reformismo.

OBSERVADOR, 29 mar. 2024, 00:20118

Durante algum tempo, pareceu que não ia acontecer por cá. Por todo Ocidente, as crises da globalização fizeram crescer as esquerdas radicais e as direitas nacionalistas. Em poucos anos, surgiram partidos novos, e velhos partidos mudaram de orientação. Em Portugal, no entanto, o parlamento continuou a abrir o mesmo leque partidário da Assembleia Constituinte de 1975, como um imperturbável museu de história política. Em 2019, porém, o sistema abriu brechas. A 10 de Março, veio abaixo.

A dúvida sobre se a história ia passar por aqui teve a ver com o PS. A certa altura, os socialistas deram a impressão de ter encontrado a fórmula, numa sociedade envelhecida e debilitada, para blindar o sistema contra renovações: capturar o Estado e clientelizar os seus dependentes, usando o apoio do BCE e os fundos europeus. A comunicação social contribuiu, cancelando quem não cantava no coro. Mas nem assim o sistema aguentou. Não podia. Os abalos eram demasiado grandes. Com muitas ou poucas queixas, os portugueses viviam por volta de 1995 num país que era deles, mais ou menos funcional, e que esperavam se tornasse melhor, numa Europa aparentemente destinada à paz e à estabilidade. Tudo isso acabou, com o mais longo período de divergência económica em relação à Europa ocidental desde a II Guerra Mundial, as migrações descontroladas, o wokismo oficializado, e o retorno à Europa da inflação e dos conflitos entre grandes potências. Neste contexto de declínio e de incerteza, os abusos e a incapacidade da oligarquia tornaram-se insuportáveis. Foi isto, e não qualquer excerto de prosa judicial, que derrubou António Costa. E foi isto, e não qualquer birra passageira do eleitorado, que avassalou o sistema partidário.

É possível, porém, que o sistema tente resistir, com um novo protagonista. Após o 10 de Março, Luís Montenegro tinha, em teoria, dois caminhos. Um deles era tentar organizar a maior maioria de direita de sempre, de modo a viabilizar um governo de ruptura com as políticas dos últimos anos. Tratava-se de reunir a direita para fazer reformas, como António Costa reuniu a esquerda em 2015 para resistir às reformas. O outro caminho era propor-se como o novo porteiro do sistema, e esperar que uma governação concentrada na satisfação dos dependentes do Estado e na distribuição do PRR lhe traga os votos de que até agora beneficiaram os socialistas. As “linhas vermelhas” já tinham revelado inclinação pelo segundo caminho. O acordo com o PS para a partilha da presidência da Assembleia da República confirmou a opção.

A Luís Montenegro, no entanto, este caminho deveria merecer alguma reflexão. O PSD até pode, caso se mantenha no governo, saciar a obsessão de “reconciliar-se” com os pensionistas. Mas entretanto, já Pedro Nuno Santos provou que “só o PS resolve”, sempre no lugar do patrão, e André Ventura ficou livre de responsabilidades, como oposição ao bloco PSD-PS. Quando a nossa estratégia também serve aos nossos adversários, devemos duvidar. Resta saber se serve ao país. Talvez Luís Montenegro tenha pretensões reformistas. Mas o PS não existe para facilitar liberalizações (chamemos as reformas pelo seu verdadeiro nome). Não é provável, portanto, que um governo dependente da benevolência socialista fique na história do reformismo. Mas sem reformas, só por grande acaso é que a economia voltará a convergir, a saúde e a educação estarão garantidas, e a sociedade recuperará confiança. O que significa que a turbulência e a transformação do sistema partidário não está para acabar. De facto, ainda só agora começou.

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA    POLÍTICA

COMENTÁRIOS (de 114)

Maria Cordes: A lucidez do seu artigo é extraordinária, uma leitura, na bola de cristal. Foi tudo dito. O não é não de M. é de uma irracionalidade ditatorial e ofensiva. Se o Chega é errático, o que poderemos chamar a esta divisa, endossada pelo PSD? Tem semelhanças com a inquisição em relação aos cristãos novos. O que é que M. sabe dos votantes do Chega para lhes chamar renegados, apostatas, lascivos e idólatras. Se me conhecesse achava-me uma pessoa normal, educada, bem formada no ensino público, não o de agora. Votei Chega, não quero o Centrão, lembro a destruição da CGD pelos senhores da AD +PS, sem que nada lhes tivesse acontecido. Estou perante um país destruído, com os mais bem preparados e não só, incluindo a família a sair para outras paragens. A funcionar, só a Alta Autoridade a esbulhar-nos. Assisto ao desrespeito assumido dirigido a parte da população, e a cereja em cima do bolo, ao repescar de quem nos colocou na cauda da Europa. Será que o Srs. Montenegro, Melo e outros tantos, estão bem do juízo? Têm a oportunidade de emendar a deriva do país, pela primeira vez, e vão aliar-se aos que impunemente, roubaram a entidade, alguma qualidade dos serviços públicos, destruíram as forças armadas e estão a vender a nacionalidade por um prato de lentilhas.!                   Miguel Seabra: Montenegro só é primeiro ministro graças à maioria de direita, caso contrário já teríamos nova geringonça. Essa maioria só existe pelo crescimento do Chega, porque a AD não conseguiu descolar. Ao rejeitar o apoio do Chega traçou o seu destino: vai ser derrubado pela esquerda unida com a abstenção do Chega, que assim evita contaminá-lo com um apoio indesejado. Que oportunidade perdida! Que idiota inútil! Venha outro!               Alexandra Ferraz: Rui Ramos é um dos poucos oásis que ainda subsistem no imenso deserto de resistência ideológica em que se tem tornado o Observador... Só mesmo por estes oásis ainda sou assinante deste meio de comunicação que, a não ter cuidado e a não ser melhor ' observador' do meio envolvente irá ter o destino da comunicação social instalada face ao poder das redes sociais. O sistema partidário de Abril fez 50 anos e rançou. Acontece! Tudo tem um prazo de validade e quem não perceber desaparece. É a realidade. Mas há quem não consiga sair da bolha politico-mediática... azar! O mundo não pára. Muitíssimo obrigada ao Rui Ramos por mais uma vez eu ter podido lavar a minha alma 🙏 uma Santa Páscoa!              Pobre Portugal:  “Se 1.169.836 de pessoas é um número insuficiente para ter voz, é bem possível que o povo lhes dê um número suficiente da próxima vez.” (Leonor Gaião)                Rui Lima: Parem e pensem sem o Observador como seria a imprensa nacional? Só haveria espaço para os cronistas do sistema. Sim, também temos o jornal Sol que vou comprar daqui a momentos , não está alinhado, tenta lutar e sobreviver contra os donos disto tudo. No papel temos 140 deputados de direita e 90 de esquerda e vamos ter uma política de esquerda. Isto é gozar com o povo. O PSD é apenas a direita da esquerda, querem o poder , o PS tem o PSD na mão por isso vamos ter a mesma política do Costa feita por Montenegro.             Maria Tubucci: Muito bem Sr. RR. A espécie mais forte é a espécie que se adapta. O PS de Costa sobreviveu porque se adaptou, o PS de PNS também se irá adaptar. O LM ao manter “o não é não” prova que o PSD não se irá adaptar, escolheu um caminho duvidoso que pode conduzir à sua extinção. O CH está sempre a adaptar-se. Como dizia Napoleão: “Tenho mais medo de um exército de carneiros chefiados por um leão do que de um exército de leões chefiados por um carneiro” Vejamos. O PSD foi a eleições com 2 pesos mortos às costas, não aumentou quase nada e ainda perdeu 3 deputados para o ADN, após as eleições não soube calar um desses pesos mortos que deu cabo de um acordo parlamentar, entregando ½ presidência da AR ao inimigo, em vez de ter ficado com ela toda. Só estamos no início e LM já tem 2 derrotas.             Fernando CE: Parece que pode ter razão. Mas este será um governo de transição para um governo de direita.               Carlos Fernandes: Artigo escrito com uma simplicidade, profundidade e reflexão admiráveis. Parabéns! Não conseguiria explicar melhor tudo o que penso a nível político e social. Obrigado pela reflexão....             Hugo Silva > Carlos Quartel: Votos emocionais? Risível, para não dizer outra coisa. A AD teve uma vitória pífia, o PSD, teve o mesmo número de deputados que o PS, acordem que já é tempo. Você devia estar preocupado com o PS e restante esquerda. Esses sim deveriam ser a preocupação do PSD, não o CH. A comunicação social consegue doutrinar as mentes mais influenciáveis. Se não fosse o CH o PSD nunca seria governo, nunca. Os abstencionistas tinham ficado em casa. Os que migraram de outros partidos para o CH nunca votariam AD. Portanto, é agradecer e preocuparem-se em governar o país. Vitor Batista > Alfaiate Tuga: Consegue provar que assim foi? consegue provar que a AD teve os votos que teve por causa do não é não? pessoalmente deixei de votar AD por causa da incapacidade de se distanciarem das esquerdas, e ao fim de muitos anos tive a resposta: o psd tornou-se um partido também ele parasita como todas as esquerdas, e não são para levar a sério, irão pagar caro por isso, porque não são carne nem peixe, tornaram-se cobardolas e oportunistas.               João Floriano: O PS não vai permitir de modo algum que as coisas corram bem a Montenegro. É apenas um questão de reorganizar os piratas, remendar as velas, verificar os danos no casco, içar uma Jolly Roger renovada, estabelecer a nova rota do tesouro e pôr de novo o barco em pleno funcionamento. E nessa altura vamos ver qual será a atitude do PSD em relação ao CHEGA e aposto que não será de ghosting.            Xico Nhoca > Fernando CE: Há 3 coisas que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.             Pedro de Freitas Leal: Rui Ramos, claro e magistral como sempre, entendeu rapidamente aquilo que se está a tornar óbvio. PSD significa afinal PS Dois.               Fernando Cascais: O PSD, apesar dos seus 50 anos bem vividos, continua, surpreendente, com a inocência da adolescência. Em 1985 o PSD tinha 11 anos, assim como a maioria dos partidos políticos que se sentavam no hemiciclo à excepção do PCP que nasceu em 1921. Nos idos do primeiro governo de Cavaco Silva foi possível o PSD governar com brilharete durante dois anos com um governo minoritário catapultando o PSD para uma maioria absoluta nas eleições seguintes. Em 2024, o PSD tem como principal aposta a repetição do que se passou há 40 anos, ou seja, acredita que a conjuntura política de 1985 é comparável à de 2024. O PS não vai deixar que a história se repita. O Chega também conhece a história. Este governo minoritário da AD não vai ter a mesma hipótese de brilhar que teve Cavaco Silva em 1985 quando todos desconheciam o resultado de deixarem um governo minoritário governar durante dois anos. Também a nobreza e o respeito político que existia em 1985 extinguiu-se. Este governo AD até pode ser excelente, mas, a oposição não lhe vai dar a mínima possibilidade de cair nas boas graças do eleitorado ou até mesmo de se espalhar, não vá o eleitorado confundir com vitimização. Não vai conseguir aprovar o Orçamento de Estado para 2025, a não ser que consiga negociar uma legislatura alternada com o PS (Bloco Central) ou que faça um verdadeiro acordo de governo com o Chega. Tudo o resto são sonhos lúdicos não concretizáveis.                     Carlos Chaves: Caríssimo Rui Ramos, obrigado por mais esta excelente análise politica do que nos está a acontecer. Se juntarmos esta sua análise à de ontem do João Marques de Almeida, ninguém pode dizer que não está informado do que se está a passar! Se o PSD persistir no caminho de acordos com o PS, cava a sua sepultura, os eleitores de direita não perdoam estas traições, estamos fartos de socialismo!                     António Afonso: O comportamento de André Ventura é vergonhoso e inaceitável numa democracia. Truculento, trafulha, mentiroso e manipulador! Já quanto à qualidade do seu grupo parlamentar não me parece que seja grande coisa.               Sérgio Coelho: Brilhante, como sempre! Os "fofinhos de centro" e da eterna "alternância" da gamela dos contribuintes são mesmo uns idiotas e preferem ressuscitar os moribundos do CDS e continuar, com desprezo e arrogância, a afrontar e marginalizar os das "linhas vermelhas e cercas sanitárias".... Ainda não perceberam que Chega!!                 Vitor Batista: Este é daqueles artigos que deveria ser de leitura obrigatória nas escolas! mostra que o ps não se interessa pelo bem comum, mas somente pelas suas clientelas parasitárias e muito dadas ao nepotismo amiguismo e corrupção, e de agora em diante sabemos que psd é igual a ps, é de facto tudo da mesma trampa e a diferença estará no cheiro. Pobre país e pobre gente.                 Ana Luís da Silva: Rui Ramos coloca aqui (corajosamente) o dedo na ferida. O sistema tenta resistir à mudança. Não sei o que fará este governo, mas sei que os 50 deputados do CHEGA vão trabalhar e muito. Só que em vez de convergirem PSD e CHEGA por Portugal, vão digladiar-se para gáudio dos socialistas a assistir (literalmente) “de bancada”. Um desperdício.                   Alexandre Barreira:  Pois. A verdade é que o Chega conseguiu eleger o "camarada" Amorim para nº. 2 da AR. Ex-Activista do "verão quente-75". Grande "amigo" do Dr. Freitas do Amaral. E "confidente"....do Dr. Álvaro Cunhal. Não haja dúvidas que. O que hoje é mentira...ontem era verdade.....!!!               Hugo Silva > Velha do Restelo: Tem a certeza que todos os que votaram na AD, votaram porque Montenegro disse "não é não"? Falou com todos eles? Conheço bastantes que pós eleições não se opunham a um acordo com o CH, acham que é preferível estabilidade a novas eleições.               Tristão: Até tu, Rui Ramos! 😞 Mas que artigo mais infeliz…  O governo, que é minoritário, vai depender tanto da “benevolência” do PS como do CH, mas claro, reformista vai ser difícil, está entalado entre dois partidos estatistas, ou pensa que o CH quer liberalizar alguma coisa? Só dois exemplos: Quer aumentar todas as pensões mais baixas até ao nível do salário mínimo, sem critério algum, só para comprar votos e aumentar a despesa desgraçadamente para todos os que pagam impostos neste país com língua de palmo. Quer manter a TAP na esfera estatal, para fazer política com uma empresa pública para nós mais tarde pagarmos os desvarios de gestão danosa que invariavelmente acontecerão. Vê aqui algum liberalismo? Já para não falar de toda uma forma de estar onde a mentira despudorada impera e a sem vergonha é a regra. Esta gente é imprestável, pelo menos comportam-se assim, até admito, não por convicção mas por estratégia. Seja como for, na altura exacta se irá ver quem está do lado das reformas, pois o não é não, que as cabecinhas teimam em não perceber,  não impede acordos no parlamento que, estou certo, vão-se realizar mas só para dar dinheiro, para reformas a AD vai ficar sozinha, querem uma aposta?              Paulo Silva: Caro Rui Ramos, antes de ter escolhido o caminho duvidoso de “novo porteiro do sistema”, o PSD deveria ter resolvido um problema de dúvida existencial, um problema congénito de (in)definição ideológica que o marcou sempre. Embora o PPD tenha nascido à esquerda - por razões conjunturais e opções estratégicas, (boas ou más), dos seus fundadores - um facto indesmentível, o seu espaço de evolução natural é o centro-direita. Sempre foi. O centro-esquerda já pertence a um outro, (não pequeno), grande partido: o PS. Ter dois grandes partidos a disputar o mesmo espaço político é complicado. Mas o pior neste momento é que com a estratégia das “linhas vermelhas”, já em si uma cedência inaceitável a terceiros, Luís Montenegro arrisca-se a ser comido por inteiro. O compromisso do “não é não” referia-se apenas à governação, mas ao não querer conversar com André Ventura na questão da eleição dos membros para a mesa da AR, está a dar o flanco àqueles que têm uma interpretação maximalista e abusiva do “não é não”, como é o caso do comunista utópico Rui Tavares. Qualquer dia o chefe do Livre e tontinhos como Pedro Marques Lopes estão a dizer que a AR só conta [com] 180 deputados… (ironicamente um número defendido por AV).           Vitor Batista > Rui Lima: Você escreveu a maior verdade que por estes dias os mesmos de sempre não querem admitir! 140 valem menos do que 90,parabéns!                 bento guerra: Nem mais, já que o Chega é para manter na "cerca sanitária". Só "contaria", o problema é que conta   João Floriano > Rui Lima: No papel temos 140 deputados de direita e 90 de esquerda e vamos ter uma política de esquerda isto é gozar com o povo . A maior verdade que já li aqui hoje.               Alfaiate Tuga: Portanto, o articulista acha que o Montenegro deveria após 10 de março, destratar grande parte do eleitorado que votou nele, deitando o não é não para o caixote do lixo e fazer um acordo com o Chega. Pois caro Rui Ramos, está redondamente enganado e explico porquê. Primeiro o carácter, se o Montenegro fizesse um acordo com o Chega, começaria logo por dizer aos portugueses que não passava de mais um aldrabão sem palavra, depois daria ao PS fundados motivos para dizer que o que o Montenegro diz não é para levar a sério. Agora a política, um acordo com o Chega iria permitir ao Ventura exponenciar o seu populismo , teria logo à partida um ganho de causa, ter forçado o Montenegro a desdizer-se, depois iria inundar o tictocas com vídeos a dizer que foi graças ao chega que todas as benfeitorias foram feitas, baixas de impostos, aumentos para polícia, professores, médicos, etc,etc, Quando o ventura percebesse que já não havia mais medidas para agradar ao povo, deitava o governo abaixo na expectativa de aumentar a bancada parlamentar nas eleições seguintes. O chega tem a mesma legitimidade dos demais partidos eleitos, tem é um problema de coerência e ânsia de protagonismo. Primeiro só havia governo de direita se o chega integrasse o governo, depois já não era preciso integrar o governo mas tinha que haver acordo, depois vem para a televisão dizer que tem um acordo (que afinal não tinha), para eleger o presidente da assembleia da república , e por fim não permite ao PSD eleger Aguiar Branco, depois queixa-se que o PSD fez um acordo com o PS , quando foi o próprio chega que impossibilitou a eleição do deputado inicialmente indicado pelo PSD. O articulista fala de unir a direita, então ainda não percebeu que o Chega não é de direita, o Chega tem ideias de direita nos costumes e imigração de vez em quando, pois como percebeu que os brasileiros já são muitos e como tal esses já  são bem vindos….Grande parte das medidas que o Chega defende para a economia seriam facilmente aprovadas pelo PCP, aliás , muitos dos que votaram chega votaram antes à esquerda e vão lá voltar quando perceberem o que é realmente o Chega. O chega é um partido populista que promete tudo a todos sem fazer contas, pois sabe que a factura não lhe chega. Deixem o governo governar e a assembleia da república funcionar, os 50 deputados do chega podem apresentar as suas medidas, vetar ou aprovar as medidas dos outros e o povo estará cá para avaliar, o Montenegro não pode é dar o dito por não dito e pior, sem vantagem nenhuma como acima expliquei…O Chega ficou amuado? Comece a comportar-se com seriedade se quiser ser levado a sério                . Vitor Batista > Velha do Restelo: Vamos ver se é de palavra ou não, e não vale a pena culpar o Ventura porque quem traçou linhas vermelhas e disse que não é não foi Montenegro, e na primeira oportunidade correu para o colo dos corruptos mafiosos, fez aquilo que sempre desejou, culpar Ventura é um exercício de retórica tacanho cobarde e egoísta, queriam Ventura a passar cheques em branco não era? a politica não é assim, porque tudo o que parece é! mas já vão tarde, e os mesmos de sempre que não querem que este país progrida já conseguiram aquilo que queriam, os inúteis levam a melhor.                 Alexandre Arriaga e Cunha: Grande lucidez! Oxalá Luis Montenegro leia e releia este artigo 🤞              José Miranda: Brilhante, curto e certeiro!                    José Carvalho: Brilhante Rui Ramos. Infelizmente o seu brilho na análise da situação é raro no Observador, e uma voz no deserto no conjunto da comunicação social.              Paulo Silva > S N: Se não tivesse memória de 2022 nem consciência das declarações de Carlos Moedas, Paulo Rangel, Nuno Melo et alii e do silêncio de Luís Montenegro, também acharia inesperado... Há com cada uma...              Carlos Real: Sinceramente estou farto do palavreado sem nenhuma substância. Reformas significam alguma coisa? Eu posso concretizar duas. Na saúde, seria podermos aceder ao privado, e o Estado comparticipar numa percentagem. Isto existe em países avançados. Seria uma ADSE alargada a todos, e não aos privilegiados do costume. Outra seria passar um cheque ensino de 500 euros mensais, para que cada jovem pudesse ter aulas todos os dias, e em todas as disciplinas. O público, como sabemos, só funciona quando os sindicatos deixam. Já é tempo de passarmos ao concreto e deixarmos a alta política para os deuses do faz de conta. De políticos de feira os portugueses já receberam dose excessiva.                vitor Manuel > António Afonso: Vão chorando, que ainda mais chorarão ...

 

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