E as reclamações organizadas pelos do costume, a pretender demonstrar que o povo é quem mais ordena… orquestrado, é certo, por aqueles que verdadeiramente o afirmam, que são todos esses que quereriam estar no lugar agora ocupado por uma direita deficitária, aparentemente mais séria, num país de brincalhões sem ponta de vergonha na pele, nem do agasalho da vergonha e do dó de si próprios.
O PSD
escolheu um caminho duvidoso
O PSD até terá pretensões
reformistas. Mas o PS não existe para facilitar reformas. Não é provável,
portanto, que um governo dependente da benevolência socialista fique na
história do reformismo.
OBSERVADOR, 29
mar. 2024, 00:20118
Durante algum tempo, pareceu que não ia acontecer por cá. Por todo
Ocidente, as crises da globalização fizeram crescer as esquerdas radicais e as
direitas nacionalistas. Em poucos anos, surgiram partidos novos, e velhos
partidos mudaram de orientação. Em Portugal, no entanto, o parlamento continuou a
abrir o mesmo leque partidário da Assembleia Constituinte de 1975, como um
imperturbável museu de história política. Em 2019, porém, o sistema abriu
brechas. A 10 de Março, veio abaixo.
A dúvida sobre se a história ia
passar por aqui teve a ver com o PS. A certa altura, os socialistas deram a
impressão de ter encontrado a fórmula, numa sociedade envelhecida e debilitada,
para blindar o sistema contra renovações: capturar o Estado e clientelizar os seus
dependentes, usando o apoio do BCE e os fundos europeus. A comunicação social contribuiu, cancelando quem não
cantava no coro. Mas
nem assim o sistema aguentou. Não podia. Os abalos eram demasiado grandes. Com
muitas ou poucas queixas, os portugueses viviam por volta de 1995 num país que
era deles, mais ou menos funcional, e que esperavam se tornasse melhor, numa
Europa aparentemente destinada à paz e à estabilidade. Tudo isso acabou, com o
mais longo período de divergência económica em relação à Europa ocidental desde
a II Guerra Mundial, as migrações descontroladas, o wokismo oficializado, e o
retorno à Europa da inflação e dos conflitos entre grandes potências. Neste
contexto de declínio e de incerteza, os abusos e a incapacidade da oligarquia
tornaram-se insuportáveis. Foi isto, e não qualquer excerto de prosa judicial,
que derrubou António Costa. E foi isto, e
não qualquer birra passageira do eleitorado, que avassalou o sistema
partidário.
É possível, porém, que o sistema tente resistir, com um novo
protagonista. Após o 10 de Março, Luís Montenegro tinha, em teoria,
dois caminhos. Um deles
era tentar organizar a maior maioria de direita de sempre, de modo a viabilizar
um governo de ruptura com as políticas dos últimos anos. Tratava-se
de reunir a direita para fazer reformas, como António Costa reuniu a esquerda
em 2015 para resistir às reformas. O
outro caminho era propor-se como o novo porteiro do sistema, e esperar que uma
governação concentrada na satisfação dos dependentes do Estado e na
distribuição do PRR lhe traga os votos de que até agora beneficiaram os
socialistas. As “linhas vermelhas” já tinham revelado inclinação
pelo segundo caminho. O acordo com o PS para a partilha da presidência da
Assembleia da República confirmou a opção.
A Luís Montenegro, no entanto, este caminho deveria merecer alguma
reflexão. O PSD até pode, caso se mantenha no governo, saciar a
obsessão de “reconciliar-se” com os pensionistas. Mas entretanto, já Pedro Nuno
Santos provou que “só o PS resolve”, sempre no lugar do patrão, e André Ventura
ficou livre de responsabilidades, como oposição ao bloco PSD-PS. Quando a nossa estratégia também serve
aos nossos adversários, devemos duvidar. Resta saber se serve ao país. Talvez
Luís Montenegro tenha pretensões reformistas. Mas o PS
não existe para facilitar liberalizações (chamemos as reformas pelo seu
verdadeiro nome). Não é provável,
portanto, que um governo dependente da benevolência socialista fique na
história do reformismo. Mas sem reformas, só por grande acaso é que a
economia voltará a convergir, a saúde e a educação estarão garantidas, e a
sociedade recuperará confiança. O que significa que a turbulência e a
transformação do sistema partidário não está para acabar. De facto, ainda só
agora começou.
ASSEMBLEIA DA
REPÚBLICA POLÍTICA
COMENTÁRIOS (de 114)
Maria Cordes: A lucidez do seu artigo é extraordinária, uma leitura, na bola de cristal.
Foi tudo dito. O não é não de M. é de uma irracionalidade ditatorial e
ofensiva. Se o Chega é errático, o que poderemos chamar a esta divisa,
endossada pelo PSD? Tem semelhanças com a inquisição em relação aos cristãos
novos. O que é que M. sabe dos votantes do Chega para lhes chamar renegados,
apostatas, lascivos e idólatras. Se me conhecesse achava-me uma pessoa normal,
educada, bem formada no ensino público, não o de agora. Votei Chega, não quero
o Centrão, lembro a destruição da CGD pelos senhores da AD +PS, sem que nada
lhes tivesse acontecido. Estou perante um país destruído, com os mais bem
preparados e não só, incluindo a família a sair para outras paragens. A
funcionar, só a Alta Autoridade a esbulhar-nos. Assisto ao desrespeito assumido
dirigido a parte da população, e a cereja em cima do bolo, ao repescar de
quem nos colocou na cauda da Europa. Será que o Srs. Montenegro, Melo e
outros tantos, estão bem do juízo? Têm a oportunidade de emendar a deriva do país, pela
primeira vez, e vão aliar-se aos que impunemente, roubaram a entidade, alguma
qualidade dos serviços públicos, destruíram as forças armadas e estão a vender
a nacionalidade por um prato de lentilhas.!
Miguel Seabra: Montenegro só é primeiro ministro graças à maioria de
direita, caso contrário já teríamos nova geringonça. Essa maioria só existe
pelo crescimento do Chega, porque a AD não conseguiu descolar. Ao rejeitar o
apoio do Chega traçou o seu destino: vai ser derrubado pela esquerda unida com
a abstenção do Chega, que assim evita contaminá-lo com um apoio indesejado. Que oportunidade perdida! Que idiota inútil! Venha outro! Alexandra
Ferraz: Rui Ramos é um dos poucos oásis que ainda subsistem no imenso deserto de
resistência ideológica em que se tem tornado o Observador... Só mesmo por estes
oásis ainda sou assinante deste meio de comunicação que, a não ter cuidado e a
não ser melhor ' observador' do meio envolvente irá ter o destino da comunicação
social instalada face ao poder das redes sociais. O sistema partidário de
Abril fez 50 anos e rançou. Acontece! Tudo tem um prazo de validade e quem
não perceber desaparece. É a realidade. Mas há quem não consiga sair da bolha
politico-mediática... azar! O mundo não pára. Muitíssimo obrigada ao Rui Ramos
por mais uma vez eu ter podido lavar a minha alma 🙏 uma Santa Páscoa! Pobre Portugal: “Se 1.169.836 de pessoas é um número
insuficiente para ter voz, é bem possível que o povo lhes dê um número
suficiente da próxima vez.” (Leonor Gaião) Rui Lima: Parem e pensem sem o Observador como seria a
imprensa nacional? Só haveria espaço para os cronistas do sistema. Sim, também
temos o jornal Sol que vou comprar daqui a momentos , não está alinhado, tenta
lutar e sobreviver contra os donos disto tudo. No papel temos 140 deputados
de direita e 90 de esquerda e vamos ter uma política de esquerda. Isto é gozar
com o povo. O PSD é apenas a direita da
esquerda, querem o poder , o PS tem o PSD na mão por isso vamos ter a mesma
política do Costa feita por Montenegro. Maria
Tubucci: Muito bem Sr. RR. A espécie mais forte é a espécie que se adapta. O PS de
Costa sobreviveu porque se adaptou, o PS de PNS também se irá adaptar. O LM
ao manter “o não é não” prova que o PSD não se irá adaptar, escolheu um caminho
duvidoso que pode conduzir à sua extinção. O CH está sempre a adaptar-se.
Como dizia Napoleão: “Tenho mais medo de um exército de carneiros chefiados por
um leão do que de um exército de leões chefiados por um carneiro” Vejamos. O
PSD foi a eleições com 2 pesos mortos às costas, não aumentou quase nada e
ainda perdeu 3 deputados para o ADN, após as eleições não soube calar um desses
pesos mortos que deu cabo de um acordo parlamentar, entregando ½ presidência da
AR ao inimigo, em vez de ter ficado com ela toda. Só estamos no início e LM já
tem 2 derrotas. Fernando
CE: Parece que pode
ter razão. Mas este será um governo de transição para um governo de direita. Carlos
Fernandes: Artigo escrito com uma simplicidade, profundidade e reflexão admiráveis.
Parabéns! Não conseguiria explicar melhor tudo o que penso a nível político e
social. Obrigado pela reflexão....
Hugo Silva > Carlos Quartel: Votos emocionais? Risível, para
não dizer outra coisa. A AD teve uma vitória pífia, o PSD, teve o mesmo número
de deputados que o PS, acordem que já é tempo. Você devia estar preocupado com o PS e restante esquerda. Esses sim
deveriam ser a preocupação do PSD, não o CH. A comunicação social consegue
doutrinar as mentes mais influenciáveis. Se não fosse o CH o PSD nunca
seria governo, nunca. Os abstencionistas tinham ficado em casa. Os que migraram
de outros partidos para o CH nunca votariam AD. Portanto, é agradecer e
preocuparem-se em governar o país. Vitor
Batista > Alfaiate Tuga: Consegue provar que assim foi? consegue
provar que a AD teve os votos que teve por causa do não é não? pessoalmente
deixei de votar AD por causa da incapacidade de se distanciarem das esquerdas, e
ao fim de muitos anos tive a resposta: o psd tornou-se um partido também ele
parasita como todas as esquerdas, e não são para levar a sério, irão pagar caro
por isso, porque não são carne nem peixe, tornaram-se cobardolas e oportunistas. João
Floriano: O PS não vai permitir de modo algum que as coisas corram bem a Montenegro.
É apenas um questão de reorganizar os piratas, remendar as velas, verificar os
danos no casco, içar uma Jolly Roger renovada, estabelecer a nova rota do
tesouro e pôr de novo o barco em pleno funcionamento. E nessa altura vamos ver
qual será a atitude do PSD em relação ao CHEGA e aposto que não será de
ghosting. Xico Nhoca > Fernando CE: Há 3 coisas que nunca voltam
atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida. Pedro de
Freitas Leal: Rui Ramos, claro e magistral como sempre, entendeu rapidamente aquilo que
se está a tornar óbvio. PSD significa afinal PS Dois. Fernando
Cascais: O PSD, apesar dos seus 50 anos bem vividos, continua, surpreendente, com a
inocência da adolescência. Em 1985 o PSD tinha 11 anos, assim como a maioria
dos partidos políticos que se sentavam no hemiciclo à excepção do PCP que
nasceu em 1921. Nos idos do primeiro governo de Cavaco Silva foi possível o PSD
governar com brilharete durante dois anos com um governo minoritário
catapultando o PSD para uma maioria absoluta nas eleições seguintes. Em 2024, o PSD tem como
principal aposta a repetição do que se passou há 40 anos, ou seja, acredita que
a conjuntura política de 1985 é comparável à de 2024. O PS não vai deixar
que a história se repita. O Chega também conhece a história. Este governo
minoritário da AD não vai ter a mesma hipótese de brilhar que teve Cavaco Silva
em 1985 quando todos desconheciam o resultado de deixarem um governo
minoritário governar durante dois anos. Também a nobreza e o respeito
político que existia em 1985 extinguiu-se. Este governo AD até pode ser excelente, mas, a
oposição não lhe vai dar a mínima possibilidade de cair nas boas graças do
eleitorado ou até mesmo de se espalhar, não vá o eleitorado confundir com
vitimização. Não vai conseguir aprovar o Orçamento de Estado para 2025, a não ser que
consiga negociar uma legislatura alternada com o PS (Bloco Central) ou que faça
um verdadeiro acordo de governo com o Chega. Tudo o resto são sonhos lúdicos
não concretizáveis. Carlos
Chaves: Caríssimo Rui Ramos, obrigado por mais esta excelente análise politica do
que nos está a acontecer. Se juntarmos esta sua análise à de ontem do João
Marques de Almeida, ninguém pode dizer que não está informado do que se está a
passar! Se o PSD persistir no caminho de acordos com o PS, cava a sua
sepultura, os eleitores de direita não perdoam estas traições, estamos fartos de
socialismo! António
Afonso: O comportamento de André Ventura é vergonhoso e
inaceitável numa democracia. Truculento, trafulha, mentiroso e manipulador! Já quanto à qualidade do seu grupo parlamentar não me
parece que seja grande coisa. Sérgio Coelho: Brilhante, como sempre! Os "fofinhos de
centro" e da eterna "alternância" da gamela dos contribuintes
são mesmo uns idiotas e preferem ressuscitar os moribundos do CDS e
continuar, com desprezo e arrogância, a afrontar e marginalizar os das
"linhas vermelhas e cercas sanitárias".... Ainda não perceberam que Chega!! Vitor
Batista: Este é daqueles artigos que deveria ser de leitura
obrigatória nas escolas! mostra que o ps não se interessa pelo bem comum, mas
somente pelas suas clientelas parasitárias e muito dadas ao nepotismo amiguismo
e corrupção, e de agora em diante sabemos que psd é igual a ps, é de facto tudo
da mesma trampa e a diferença estará no cheiro. Pobre país e pobre gente. Ana Luís da Silva: Rui Ramos coloca aqui
(corajosamente) o dedo na ferida. O sistema tenta resistir à mudança. Não sei o que fará
este governo, mas sei que os 50 deputados do CHEGA vão trabalhar e muito. Só
que em vez de convergirem PSD e CHEGA por Portugal, vão digladiar-se para
gáudio dos socialistas a assistir (literalmente) “de bancada”. Um
desperdício. Alexandre
Barreira: Pois. A verdade é que o Chega
conseguiu eleger o "camarada" Amorim para nº. 2 da AR. Ex-Activista do "verão
quente-75". Grande "amigo" do Dr. Freitas do Amaral. E "confidente"....do
Dr. Álvaro Cunhal. Não haja dúvidas que. O que hoje é mentira...ontem era verdade.....!!! Hugo Silva > Velha do Restelo: Tem a certeza que todos os que
votaram na AD, votaram porque Montenegro disse "não é não"? Falou com
todos eles? Conheço bastantes que pós eleições não se opunham a um acordo com o
CH, acham que é preferível estabilidade a novas eleições. Tristão: Até tu, Rui Ramos! 😞 Mas que artigo mais
infeliz… O governo, que é minoritário, vai depender tanto da
“benevolência” do PS como do CH, mas claro, reformista vai ser difícil, está
entalado entre dois partidos estatistas, ou pensa que o CH quer liberalizar
alguma coisa? Só dois exemplos: Quer aumentar todas as pensões mais baixas
até ao nível do salário mínimo, sem critério algum, só para comprar votos e
aumentar a despesa desgraçadamente para todos os que pagam impostos neste país
com língua de palmo. Quer manter a TAP na esfera estatal, para fazer
política com uma empresa pública para nós mais tarde pagarmos os desvarios de
gestão danosa que invariavelmente acontecerão. Vê aqui algum liberalismo? Já
para não falar de toda uma forma de estar onde a mentira despudorada impera e a
sem vergonha é a regra. Esta gente é imprestável, pelo menos comportam-se assim, até admito,
não por convicção mas por estratégia. Seja como for, na altura exacta se irá
ver quem está do lado das reformas, pois o não é não, que as cabecinhas teimam
em não perceber, não impede acordos no parlamento que, estou certo, vão-se
realizar mas só para dar dinheiro, para reformas a AD vai ficar sozinha, querem
uma aposta?
Paulo Silva: Caro Rui Ramos, antes de ter escolhido o caminho
duvidoso de “novo porteiro do sistema”, o PSD deveria ter resolvido
um problema de dúvida existencial, um problema congénito de (in)definição
ideológica que o marcou sempre. Embora o PPD tenha nascido à esquerda -
por razões conjunturais e opções estratégicas, (boas ou más), dos seus
fundadores - um facto indesmentível, o seu espaço de evolução natural é o
centro-direita. Sempre foi. O centro-esquerda já pertence a um outro, (não
pequeno), grande partido: o PS. Ter dois grandes partidos a disputar o
mesmo espaço político é complicado. Mas o pior neste momento é que com a
estratégia das “linhas vermelhas”, já em si uma cedência inaceitável a
terceiros, Luís Montenegro arrisca-se a ser comido por inteiro. O compromisso
do “não é não” referia-se apenas à governação, mas ao não querer conversar com
André Ventura na questão da eleição dos membros para a mesa da AR, está a dar o
flanco àqueles que têm uma interpretação maximalista e abusiva do “não é não”,
como é o caso do comunista utópico Rui Tavares. Qualquer dia o chefe do Livre e
tontinhos como Pedro Marques Lopes estão a dizer que a AR só conta [com] 180
deputados… (ironicamente um número defendido por AV). Vitor Batista > Rui Lima: Você escreveu a maior verdade que por estes dias os
mesmos de sempre não querem admitir! 140 valem menos do que 90,parabéns! bento
guerra: Nem mais, já que o Chega é para manter na "cerca sanitária". Só
"contaria", o problema é que conta João Floriano > Rui Lima: No papel temos 140 deputados de
direita e 90 de esquerda e vamos ter uma política de esquerda isto é gozar com
o povo . A maior verdade que já li aqui hoje. Alfaiate Tuga: Portanto, o articulista acha
que o Montenegro deveria após 10 de março, destratar grande parte do eleitorado
que votou nele, deitando o não é não para o caixote do lixo e fazer um acordo
com o Chega. Pois caro Rui Ramos, está redondamente enganado e explico porquê.
Primeiro o carácter, se o Montenegro fizesse um acordo com o Chega, começaria
logo por dizer aos portugueses que não passava de mais um aldrabão sem palavra,
depois daria ao PS fundados motivos para dizer que o que o Montenegro diz não é
para levar a sério. Agora a política, um acordo com o Chega iria permitir ao
Ventura exponenciar o seu populismo , teria logo à partida um ganho de causa,
ter forçado o Montenegro a desdizer-se, depois iria inundar o tictocas com
vídeos a dizer que foi graças ao chega que todas as benfeitorias foram feitas,
baixas de impostos, aumentos para polícia, professores, médicos, etc,etc, Quando o ventura percebesse
que já não havia mais medidas para agradar ao povo, deitava o governo abaixo na
expectativa de aumentar a bancada parlamentar nas eleições seguintes. O
chega tem a mesma legitimidade dos demais partidos eleitos, tem é um problema
de coerência e ânsia de protagonismo. Primeiro só havia governo de
direita se o chega integrasse o governo, depois já não era preciso integrar o
governo mas tinha que haver acordo, depois vem para a televisão dizer que tem
um acordo (que afinal não tinha), para eleger o presidente da assembleia da
república , e por fim não permite ao PSD eleger Aguiar Branco, depois queixa-se
que o PSD fez um acordo com o PS , quando foi o próprio chega que
impossibilitou a eleição do deputado inicialmente indicado pelo PSD. O
articulista fala de unir a direita, então ainda não percebeu que o Chega não é
de direita, o Chega tem ideias de direita nos costumes e imigração de vez em
quando, pois como percebeu que os brasileiros já são muitos e como tal esses já
são bem vindos….Grande parte das medidas que o Chega defende para
a economia seriam facilmente aprovadas pelo PCP, aliás , muitos dos que votaram
chega votaram antes à esquerda e vão lá voltar quando perceberem o que é
realmente o Chega. O chega é um partido populista que promete tudo a
todos sem fazer contas, pois sabe que a factura não lhe chega. Deixem o
governo governar e a assembleia da república funcionar, os 50 deputados do
chega podem apresentar as suas medidas, vetar ou aprovar as medidas dos outros
e o povo estará cá para avaliar, o Montenegro não pode é dar o dito por não
dito e pior, sem vantagem nenhuma como acima expliquei…O Chega ficou amuado?
Comece a comportar-se com seriedade se quiser ser levado a sério . Vitor
Batista > Velha do Restelo: Vamos ver se é de palavra ou
não, e não vale a pena culpar o Ventura porque quem traçou linhas vermelhas e
disse que não é não foi Montenegro, e na primeira oportunidade correu para o
colo dos corruptos mafiosos, fez aquilo que sempre desejou, culpar Ventura é um
exercício de retórica tacanho cobarde e egoísta, queriam Ventura a passar
cheques em branco não era? a politica não é assim, porque tudo o que parece é! mas
já vão tarde, e os mesmos de sempre que não querem que este país progrida já
conseguiram aquilo que queriam, os inúteis levam a melhor. Alexandre
Arriaga e Cunha: Grande lucidez! Oxalá Luis Montenegro leia e releia este artigo 🤞 José Miranda: Brilhante, curto e certeiro! José
Carvalho: Brilhante Rui Ramos. Infelizmente o seu brilho na análise da situação é raro no Observador, e
uma voz no deserto no conjunto da comunicação social. Paulo Silva > S N: Se não tivesse memória de 2022
nem consciência das declarações de Carlos Moedas, Paulo Rangel, Nuno Melo et alii e do silêncio de Luís
Montenegro, também acharia inesperado... Há com cada uma... Carlos Real: Sinceramente estou farto do
palavreado sem nenhuma substância. Reformas significam alguma coisa? Eu posso
concretizar duas. Na saúde, seria podermos aceder ao privado, e o Estado
comparticipar numa percentagem. Isto existe em países avançados. Seria uma ADSE
alargada a todos, e não aos privilegiados do costume. Outra seria passar um
cheque ensino de 500 euros mensais, para que cada jovem pudesse ter aulas todos
os dias, e em todas as disciplinas. O público, como sabemos, só funciona quando
os sindicatos deixam. Já é tempo de passarmos ao concreto e deixarmos a alta
política para os deuses do faz de conta. De políticos de feira os portugueses já
receberam dose excessiva.
vitor Manuel > António Afonso: Vão chorando, que ainda mais
chorarão
...
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