quinta-feira, 12 de junho de 2025

No princípio era o verbo


Quero com isto significar que a parte inicial do discurso de Lídia Jorge me deixou encantada, pelo brilho dos dizeres, na sua aparência cordata e pontuada pela correcção e aparente orgulho nacional. A seguir descambou, em informações do à la page hodierno da banda esquerdina, e senti vergonha. Tão tímidos somos no respeito por quem nos precedeu e foi pioneiro no alargamento da visão do mundo, que preferimos tolamente esborratar a História Nacional, acentuando o crime do esclavagismo – nós, antes, “escravos cardíacos das estrelas” - com perdão para Álvaro de Campos pela usurpação indevida -- para acentuarmos modestamente a nossa insignificância ao olhar das gentes, não por complexo de superioridade mas por falsa modéstia “para inglês ver”…

Alertas activos

Considerações sobre um discurso de Lídia Jorge

Não foram os portugueses que inauguraram “o tráfico negreiro intercontinental em larga escala”. Não repita nem espalhe aos quatro ventos informações falsas. Já bastam as que a esquerda woke injecta.

JOÃO PEDRO MARQUES Historiador e romancista

OBSERVADOR, 11 jun. 2025, 00:2085

Numa passagem do seu discurso no passado dia 10 de Junho, a escritora Lídia Jorge acentuou, adequadamente, as múltiplas origens do povo português. Disse, a esse respeito, o seguinte: “Consta que em pleno século XVII 10% da população portuguesa teria origem africana. Essa população não nos tinha invadido. Os portugueses os tinham trazido arrastados até aqui, e nos miscigenámos. O que significa que por aqui ninguém tem sangue puro. A falácia da ascendência única não tem correspondência com a realidade. Cada um de nós é uma soma do nativo e do migrante, do europeu e do africano, do branco e do negro e de todas as outras cores humanas. Somos descendentes do escravo e do senhor que o escravizou”.

Passemos por cima do dado percentual errado — Lídia Jorge terá eventualmente confundido população portuguesa no século XVII com população de Lisboa no século XVI. Segundo Arlindo Manuel Caldeira a percentagem de escravos e negros livres, em Portugal, situar-se-ia entre os 3 e os 4%. Passemos, também, por cima de um curioso esquecimento relativamente aos árabes, isto é, aos asiáticos, que — esses, sim — nos invadiram, e muito antes do século XVII já constituíam parte significativa da população portuguesa. Somos a soma não apenas do europeu e do africano, mas também do asiático.

Mas tudo isso são detalhes. O que importa acentuar é que a escritora tem razão no resto que afirmou nesta breve passagem do seu discurso. Discurso que provocou reacções desencontradas, com o Chega, pela voz de André Ventura, a contestar, e a esquerda a vir para as redes sociais e, quase que imediatamente, para os jornais, a celebrar e a apoiar estas afirmações de Lídia Jorge. Contudo, essa esquerda não terá reparado que está a entrar em forte contradição (a esquerda é muito dada a não se prender com essas minudências). É que, se de facto, nós, portugueses, descendemos dos africanos e dos europeus, dos escravos e dos seus senhores, por que razão é que essa mesma esquerda que rejubila com o discurso de Lídia Jorge, apoia e exige, por outro lado, reparações pela escravatura? Se não somos apenas descendentes dos senhores, mas também daqueles que eles traficavam ou mantinham em escravidão, teremos de pagar reparações a quem? A nós próprios?

Fica a pergunta e passo adiante porque o discurso de Lídia Jorge suscita-me uma segunda questão, bem mais importante. É que numa outra passagem da sua intervenção, a escritora, referindo-se ao local do Algarve em que discursava e mais especificamente à questão dos Descobrimentos versus escravatura. Disse o seguinte:

No início da Idade Moderna, Lagos e Sagres representaram tanto para Portugal e para a Europa que a sua volta se constituíram mitos que perduram. Sagres passou assim para a História e para a mitologia como lugar simbólico de uma estratégia que mudaria o mundo. Mas existe uma outra perspectiva, como é sabido, e hoje em dia o discurso público que prevalece é sem dúvida sobre o pecado dos Descobrimentos e não sobre a dimensão da sua grandeza transformadora. É verdade que a deslocação colectiva que permitiu estabelecer a ligação por mar entre os vários continentes e o encontro entre povos obedeceu a uma estratégia de submissão e rapto, cujo inventário é um dos temas dolorosos de discussão na actualidade. É preciso sempre sublinhar, para não se deturpar a realidade, que a escravatura é um processo de dominação cruel tão antigo quanto a humanidade, o que sempre se verificou foi diversidade de procedimentos e diferentes graus de intensidade. E é indesmentível que os portugueses estiveram envolvidos num novo processo de escravização longo e doloroso. Lagos, precisamente, oferece às populações actuais, a par do lado mágico dos Descobrimentos, também a imagem do seu lado trágico. Falo com o sentido justo da reposição da verdade e do remorso, por aqui se ter inaugurado o tráfico negreiro intercontinental em larga escala, com polos de abastecimento nas costas de África, e assim se ter oferecido um novo modelo de exploração de seres humanos que iria ser replicado e generalizado por outros países europeus até ao final do século XIX. Lagos expõe a memória desse remorso”.

Passemos de novo por cima de erros incompreensíveis, mas persistentes por terem aparentemente ficado calcificados em muitas mentes. É que, de facto, Lídia Jorge, não foram os portugueses que inauguraram “o tráfico negreiro intercontinental em larga escala”. Não repita, por favor, nem espalhe aos quatro ventos, mais informações falsas. Já bastam as que a esquerda woke aqui injecta. O tráfico negreiro de grande dimensão entre continentes foi inaugurado pelos povos de religião muçulmana que já a partir do século VIII traficavam escravos negros — escravas, sobretudo — de África para a Ásia e, depois, para a Europa.

Lídia Jorge afirmou também que “sempre houve quem repudiasse por completo a prática (da escravatura) e o teorizasse”, e que Gomes Eanes de Zurara, que escreveu a Crónica da Guiné, em 1448, e nos deixou uma descrição detalhada da chegada do primeiro grande número de escravos africanos a Lagos, quatro anos antes, seria contra aquela “degradação”. Mas está completamente enganada e a reproduzir, sem ter disso consciência, suponho, uma lengalenga woke que é falsa de cabo a rabo.

Sim, Zurara comovia-se com o espectáculo da partilha e com o afastamento forçado de pais e filhos. Contudo, como qualquer homem do século XV, logo acrescentava que, com o correr do tempo, e uma vez acalmada a dor da separação inicial, os escravos eram socialmente integrados, cristianizando-se, aprendendo os ofícios e acabando até, por vezes, por adquirir a liberdade. Para Zurara, a salvação das almas e a introdução à civilidade cristã legitimavam o acto escravizador e isso ficará claríssimo para quem, em vez de acreditar no que Lídia Jorge disse no seu discurso, ler as palavras do próprio cronista, que são as seguintes: “É assim que onde antes viviam em perdição das almas e dos corpos, (os negros) vinham de todo receber o contrário: das almas enquanto eram pagãos, sem claridade e sem lume de santa Fé; e dos corpos, por viverem assim como bestas, sem alguma ordenança de criaturas razoáveis, que eles não sabiam que era pão nem vinho, nem cobertura de pano, nem alojamento de casa; (…). Ora vede que galardão deve ser o do Infante (D. Henrique) ante a presença do senhor Deus, por trazer assim à verdadeira salvação não somente aquestes, mas outros mui muitos que em esta história ao diante podeis achar!”.

Não, Lídia Jorge, no século XV (e noutros, claro) não houve gente, que eu saiba, a insurgir-se contra o tráfico negreiro. A contestação a esse tráfico e à escravidão só se tornou comum a partir do último terço do século XVIII.

Mas deixando de lado esse e outros erros, o que quero dizer é que não estou certo de que a perspectiva que prevalece entre os meus concidadãos seja a do “pecado dos Descobrimentos”. E também duvido que o seu sentimento dominante seja o do “remorsopela existência do tráfico e escravidão dos negros. Mas admitindo, por mera hipótese académica, que assim seja, a pergunta que quero fazer a Lídia Jorge e a todos os portugueses é a seguinte: serão essas perspectivas e esse eventual remorso adequados? É que os Descobrimentos tiveram um lado luminoso, positivo, que sucessivas levas de bem pensantes se têm encarregado de denegrir e enterrar. Seria importante que, neste 10 de Junho que passou, Lídia Jorge tivesse dado tanto realce a esse lado, como o que, indo nas modas culturais da actualidade, resolveu dar à trágica história do envolvimento português na escravatura.

Mas talvez Lídia Jorge não saiba, que o remorso a que se refere, já teve o seu tempo, já foi sentido e vivido, no século XIX. Foi nessa época que os ocidentais, entre os quais os portugueses, se deram conta da crueldade e do erro que a escravatura constituía, e decidiram pôr-lhe fim. Em Setembro de 2017 escrevi um artigo no Público intitulado “Quantas vezes terá Portugal de pedir desculpa?” em que mostrei, como já mostrara nos meus textos académicos e como outros autores continuam a mostrar, que a partir de 1840, Portugal alinhou decidida e sinceramente no combate ao tráfico de escravos. Por isso, renovo a pergunta a Lídia Jorge e aos portugueses: quantas vezes terá Portugal de pedir desculpa? Não nos bastou o remorso do século XIX? Eu acho que bastou. E acho que continuar com este muro de lamentações em 2025, 150 a 200 anos depois de ele ter sido percorrido e demolido, é não só incompreensível, como flagelante e masoquista.

10 DE JUNHO     PAÍS     SOCIEDADE     ESCRAVATURA

COMENTÁRIOS (de 85):

Rui Lima: Ontem era o dia de comemorar a nossa História não para discutir a nossa Historia, esse gente tem 364 para o fazer. Para mim quando alguém fala de sangue é racista, nunca olhei para ninguém pelas misturas do seu sangue , mas sim se culturalmente pode viver numa sociedade Ocidental onde homem e mulheres tem os mesmos direitos. Ontem num jornal francês dizia que vivem 100 000 afegãos em França e recordava um estudo Pew Research Center 99% dos afegãos disseram ser a favor da lei Sharia e 85% a favor do apedrejamento por adultério , o problema nunca é o sangue sr. presidente.            Carlos Chaves: Estava certo de que o João Pedro Marques, não podia deixar passar esta em branco! Mais uma vez obrigado! Como é possível a este nível, nas comemorações oficiais do dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, no século XXI, dizerem-se tantas imprecisões e mesmo inverdades (neologismo de mentiras), sobre a nossa própria história?                           Glorioso SLB: É compreensível sim. É um nicho de mercado. Como o gaysmo. Onde puder pôr a mão, lá está a extrema-esquerda. A pergunta q fica é: pq é q foi esta wokista a discursar? C q objectivo?       Calm Glorioso SLB: Outra pergunta é: porque é esta "wokista" conselheira de estado?     Eduardo Cunha: Excelente crónica. Parabéns.               António Lamas: Um texto brilhante, esclarecedor e didáctico, mesmo para conselheiros de Estado e Presidentes da República. Não ouvi em directo os discursos. Não tenho pachorra. Li os comentários, na sua maioria de jornalistas e comentadores do costume, e fui ler. E fiquei envergonhado. Não me revejo minimamente naquilo, e acho de um tremendo mau gosto discursos daqueles no dia 10 de Junho, para mim, o dia da raça, a nossa, a Portuguesa. Nunca um cidadão, conselheiro ou presidente de um país de origem de muitos dos emigrantes em Portugal faria um discurso a menorizar os seus cidadãos.              Novo Assinante: O senhor João Pedro Marques faz lembrar aquela mãe que assistindo ao desfile militar do seu filho, que levava o passo trocado, se volta para a assistência à sua volta, exclamando com orgulho:"Todos levam o passo trocado, só o meu Zé leva o passo certo!"                  Jorge Frederico Cardoso Vieira Barbosa:  Excelente artigo para a juventude dado que como fica demonstrado pelos discursos de hoje, Dia de Camões, mentes politicamente sectárias ou politicamente correctas para sobreviverem pessoalmente jamais darão a mão à palmatória, respeitando a História                 António Melo: Excelente artigo! Alguém enfatizou muito os nossos erros e se esqueceu das nossas virtudes.                Lourenço Sousa Machado de Almeida: É sobretudo injusto que os descendentes daqueles que acabaram com a prática de sempre da escravatura, sejam justamente acusados do contrário daquilo que fizeram! Não foram os estrangeiros nem todos os portugueses passaram o Cabo, mas foram portugueses os primeiros a fazê-lo. Não foram todos os estrangeiros nem todos os portugueses ou ocidentais que proibiram a escravatura, mas foram ocidentais e portugueses dos primeiros a fazê-lo!                 João Floriano: É no que dá pôr uma escritora de esquerda do domínio da ficção a dissertar sobre factos históricos. Só pode dar errado porque Lídia Jorge é escritora de ficção e é de esquerda. «O que significa que por aqui ninguém tem sangue puro.» Não sei concretamente onde Lídia Jorge foi buscar esta falácia do sangue puro, embora desconfie que o seu intuito é colar a direita portuguesa conservadora e antiwoke  ao nazismo dos anos 30 e 40. Incorrecto. A mistura entre ideologia e História, sem a objectividade necessária, dá mau resultado. O outro termo que considero extremamente desagradável e muito mais literário do que histórico é associar Lagos, uma simpática cidade algarvia, ao remorso d nova exploração de seres humanos, não tão nova assim, já que desde há muitos séculos que muitos povos tinham a mesma prática. Ou será que Lídia Jorge nunca ouviu falar de Spartacus? Basta observar as reacções de regozijo e júbilo da esquerda derrotada a 18 de maio para se perceber que os discursos tanto de Lídia Jorge como o de Marcelo Rebelo de Sousa não foram escritos para unir os portugueses para lhes sugerir a caminhada juntos, mas para reforçar linhas vermelhas.       Carlos Quartel: Este 10 de Junho foi orquestrado (por Marcelo ??) como  uma manobra, infantilmente anti-Ventura e contra todas as vozes que alertam para a  imigração desordenada. A coincidência entre os discursos de Lídia Jorge e do PR não pode ser por acaso, foi uma ofensiva coordenada. Teve a virtude de pôr a escritora no seu lugar e terminarem os sonhos de grande estrela da intelectualidade. Mais um(a) escrevinhador(a) a soldo. A escolha da data para tão grande ofensa só confirma a inadequação ao cargo pelo actual presidente. Sairá pela porta dos fundos ...                   Ana Luís da Silva: Muito obrigada ao autor destas linhas. Cada vez mais esta gente que se acoita no Estado nos envergonha. Não são os estábulos mas os salões que cheiram mal e que precisam de uma jorrada de água pura, cristalina, que varra para longe as ideias desconstrutivas da Esquerda e o seu benjamim embotado que é o wokismo. Reformem esta gente com a pensão mínima e enviem-nos para uma ilha do Pacífico que esteja desabitada, onde possam ouvir-se uns aos outros e deixar-nos a nós aqui a salvo de tanta hipocrisia e miséria intelectual. Venham outros encher os salões, novos, cheios de força, com brio e orgulho de serem portugueses!        J. D.L.: Com tantos erros na sua redação a menina Lídia deve ter chumbado... Mas o sr. prof. JPM, como bom pedagogo moderno, não dá uma nota quantitativa, apenas dá feedback qualitativo... é pena.                Bailaruco Madeira: Lídia Jorge é uma Ignorante. Nunca comprei nem comprarei qualquer livro dela.               Maria Nunes: Excelente artigo Dr João Pedro Marques. Parabéns.              Miguel Sanches: É caso para continuar a dizer: não passarão! Continua, João Pedro, o caminho é longo.             José Martins de Carvalho: "Pecado dos descobrimentos" só na cabeça dos wokes. Como português, tenho muito orgulho por essa gesta incomparável. Objectivamente, os descobrimentos foram um grande passo em frente da humanidade, que a levou a conhecer o mundo, e que fez com que todas as culturas se pudessem aproximar e entrelaçar.               Eduardo Carreiro: O que este grande Senhor faz constantemente é serviço público. Bem haja!             Pedro Gonzaga: Lagos: meio milhão de euros em três esculturas ‘voam’ em nove dias por ajuste directo.  Na cidade de Lagos, onde Lídia Jorge evocou, no Dia de Portugal, o “poder demente” e os cidadãos reduzidos a “seguidores”, a autarquia socialista liderada por Hugo Pereira decidiu investir em mais ídolos: três esculturas que custam meio milhão de euros aos cofres públicos, todas adjudicadas por ajuste directo. Em dois dos casos, o critério parece ter sido a residência do artista. Uma das empresas contratadas, pertencente a uma escultora da cidade, foi criada apenas um mês antes de receber, de forma automática, uma adjudicação de 209 mil euros. Com pouco mais de 33 mil habitantes, Lagos caminha agora para alcançar o feito escultórico de ter uma peça pública por cada mil residentes.” No Página Um. Era sobre isto que deveria falar a LJ. E já agora, também O Observador.)                João Sá: Como é possível que sejam convidados a discursar no dia 10 de Junho pessoas que não sabem do que estão a falar? Não sabe, não fala. E fiquei a perceber que Zurara escreve melhor que Lídia Jorge. De Lídia Jorge, na minha vida, apenas li o texto transcrito. Penoso.                 Miguel Geraldes Cardoso: Caro Senhor Prof. Dr. João Pedro Marques: Uma só palavra: Obrigado! Respeitosamente Miguel Geraldes Cardoso      Carlos Henrique Cunha Simões Soares: Muito bem. Esclarecedor. O discurso da escritora foi absolutamente infectado pela (in)cultura woke e muito me admira que seja conselheira de Estado sob o alto patrocínio do Presidente da República.       Maria Melo: Excelente artigo! É necessário que se reponha a verdade dos factos e, como está escrito no final, Se acabe com a atitude flagelante e masoquista. Já chega de passado, temos é que construir um futuro digno. E é verdadeiramente reprovável que pessoas cultas e com responsabilidade política insistam em desinformação e mentiras. Eu sou descendente de negros de S.Tomé e Príncipe e tenho características que aprecio. O passado não se pode mudar, mas temos um papel importante no presente e no futuro. A História é importante, não só pelos feitos, mas para não repetir erros. Façamos um Mundo melhor em vez de criar problemas e desunião!                 Bailaruco Madeira > Bailaruco Madeira: Lidia Jorge deveria ler o livro "O Genocídio Ocultado: Investigação histórica sobre o tráfico negreiro Árabo-Muçulmano", do autor de Tidiane N'Diaye. Talvez aprendesse alguma coisa.               Maria Alva: Excelente apontamento repondo a verdade histórica e o pensamento dos portugueses da época. JPM é um dos ponta-de-lança nacionais contra a equipa do wokismo. Bem haja.               José B DiasCalm: Por ter sido para tal escolhida pelo senhor que tantos decidiram eleger e reeleger presidente ... e se na primeira todos caem, na segunda cai quem quer!             Uiros Ueramos: Muito obrigado João Pedro Marques por desmascarar as mentiras da Lídia e do Marcelo. O crime de traição à Pátria, a Assembleia da República pode proceder à destituição do Presidente, mediante proposta subscrita por um quinto dos deputados e aprovada por uma maioria de dois terços dos deputados em efectividade de funções. Portanto existem condições para que isto aconteça, existe maioria de 2/3 de deputados da direita! Passos para a destituição por traição à pátria: 1. Proposta: Pelo menos 1/5 dos deputados à Assembleia da República (ou seja, no mínimo 46 deputados em 230) devem subscrever a proposta de destituição por traição à pátria.2. Votação: A proposta precisa ser aprovada por uma maioria qualificada de dois terços dos deputados em efectividade de funções (ou seja, pelo menos 154 deputados).3. Julgamento: O Presidente é então julgado pelo Supremo Tribunal de Justiça, que decide sobre a responsabilidade penal.4. Consequência: Se for considerado culpado, poderá ser destituído do cargo e sujeito às penalizações legais aplicáveis.         Mario: Parabéns pelo excelente artigo, didáctico e esclarecedor.               graça Dias: Ao Exmo Senhor Pedro Marques, manifesto o meu agradecimento pelo seu magnífico contributo e compromisso para com a verdade da História. Obrigada.              José Martins de Carvalho > João Floriano: Seria caso para perguntar à escritora qual é o povo que tem sangue de uma única origem, pois a história do mundo é uma sequência de invasões e de migrações.              Manuel Lisboa: Mais uma vez palavras sábias de João Pedro Marques. As modas e tendências infectam e provocam erros mesmo a pessoas razoáveis, habitualmente bem informadas e com boas intenções, como por exemplo a escritora que presidiu às comemorações do Dia de Portugal de este ano em Lagos. Trata-se de mania actual que sempre que se menciona os Descobrimentos Portugueses associar de imediato o hediondo tráfico de escravos. Sublinhe-se, uma vez mais e como o autor da crónica insiste, a escravatura não foi inventada por portugueses. Mais, o comércio escravista transatlântico só foi possível com a cumplicidade de tribos e seus chefes africanos, os quais faziam razias em territórios de inimigos tendo em vista a captura de indivíduos para serem traficados. Sem a colaboração permanente desses potentados locais, os europeus nunca teriam conseguido estabelecer-se aí de forma permanente e promover expedições para a captura de pessoas para as transportar, sobretudo, para outra margem do oceano Atlântico. Os Descobrimentos Portugueses constituíram uma notável epopeia de homens e conhecimentos. No Dia de Portugal espera-se que seja enaltecida essa indubitável realidade. Evidente, as descobertas portuguesas prolongaram-se durante cerca de dois séculos. E o enorme império colonial português foi o primeiro europeu e o que mais perdurou. Portanto, estranhar-se-ia a inexistência de contradições da passagem dos tempos. Finalmente e já que se fala no Dia de Portugal há que fazer o esforço de evitar lugares-comuns vulgares como a constatação que os portugueses são mestiços. Os portugueses e todos europeus. A Europa Ocidental está no extremo da massa continental euroasiática e as diferentes cordilheiras alpinas nunca se revelaram montanhas inultrapassáveis, por exemplo, para celtas, romanos, bárbaros (incluindo os vikings) berberes, turcos e mesmo mongóis... e não eram necessárias auto-estradas e caminhos de ferro, para não falar em aviões como hoje em dia. Bem se sabe que a moda, especialmente devido à imigração, obriga a essas profissões de fé de tolerâncias; contudo, melhor seria que o dissessem de maneira pedagogicamente clara, do que rebuscar floreados históricos, até à Pré-História...                       Carlos Correia: Há quase quarenta anos ouvi o professor Hermano Saraiva contar uma das suas histórias: um fidalgo apaixonou-se por uma donzela e propôs-se casar com ela. A mãe do moço opôs-se. O que é que ele fez? Meteu a mãe numa pele de urso e atirou-a aos mastins. Por favor, não queiram julgar a história antiga com os nossos valores actuais.              Rui Pedro Matos: Como sempre, muito esclarecido e pedagogo! A esquerda, Lídia Jorge, Marcelo e quejandos estão estabelecidos e propagam a maldade! Enfim.....é preciso combater este wokismo e estes 'velhos do restelo', ainda por cima um Marcelo filho e afilhado de governantes do Antigo Regime! Marcelo deve querer fugir ao ancient regime, que lhe está bem no sangue e no ADN! Marcelo, um sabotador dos valores da Pátria!                  Francisco Almeida: Se Marques Mendes é o Marcelo dos pobres, Lídia Jorge foi o Marcelo dos analfabetos.         José Piçarra: E acho que continuar com este muro de lamentações em 2025, 150 a 200 anos depois de ele ter sido percorrido e demolido, é não só incompreensível, como flagelante e masoquista. É sobretudo um exercício de narcisismo.              António Duarte: Porque Marcelo não convidou o prof JP Marques para discursar no 10 de junho, num local mítico da nossa epopeia “quinhentista”, para ao menos enaltecer, como muitos outros antes dele e desde logo o grande Luís Vaz de Camões, os grandes valores que a ele presidiram, como também os grandes entorses aos direitos humanos segundo a lógica actual, que também tiveram lugar, assim se fazendo Justiça a esses grandes timoneiros, desde o Infante, D. João II, Gama, mas também gente mais popular como Gil Eanes e Diogo de Silves? Enfim, a História é o que é e a nossa só nos deve orgulhar, nunca envergonhar!       Maria João Pestana: Obrigada por esclarecer! Faça-o por todos os que procuram a verdade sem preconceitos de esquerda ou direita.         Carlos Chaves > João Floriano: Caro João, estamos a assistir ao vivo e a cores à degradação da III República, não estamos a ser dignos do que vamos deixar aos nossos filhos! Nem me fale nesse socialista vingativo, não sei como é que ainda está no PSD e não se mudou de malas e bagagens para o largo do rato!                      Eduardo Gomes: No que toca a discursos oficiais, este 10 de Junho foi uma vergonha. Dois papagaios a enxovalhar o país que se celebrava, a alinhar em modas pretensamente progressistas e modernaças. Quer-me parecer que foi para atingir aquele partido que, por acaso, teve muitos votos nas últimas eleições.                  Eduardo Silva: Parabéns pela crónica/esclarecimento para nós, e ensinadela curta e grossa para a senhora (com S minúsculo) Lídia Jorge! Obrigado               Maria Madeira: Excelente lição de História.                    Maria Melo > Manuel Lisboa: Lídia Jorge “com boas intenções”? Nunca leu os seus livros? A escritora é de esquerda e tem a atitude correspondente…         João Floriano > Carlos Chaves: E ainda por cima é conselheira de Estado. Demonstra falta de rigor e imparcialidade, dois grandes inconvenientes para quem aconselha o PR. Tenho curiosidade em saber quais os conselheiros de Estado que Gouveia e Melo vai escolher, já que uma parte é por via da AR e outra por via presidencial. Um deve ser Rui Rio.                  João Floriano > Pedro Gonzaga: Mas neste caso das esculturas lá teríamos Lagos vergado pelo remorso do despesismo, ou talvez não, porque remorsos é coisa que não assiste aos socialistas quando se trata de gastar dinheiros públicos.        João Floriano > Ana Luís da Silva: Sugiro a Ilha das Cobras na costa brasileira, onde nem os náufragos querem pôr os pés. Isto sem pôr em perigo a sobrevivência das serpentes com os novos habitantes.                 unknown unknown: A senhora escritora não tem nível intelectual para se aventurar em discursos sobre a história nem o sentido da nacionalidade! Neste momento vivos não temos nenhum grande escritor que possa estar à altura dessa responsabilidade! Se quisessem ter no 10 de Junho um verdadeiro símbolo vivo desse sentido patriótico tinham escolhido o Ronaldo para discursar, podem estar certos que não dizia nenhuma asneira e não nos envergonhava!                   Luis Santos: Professor João Pedro Marques não se canse por favor de denunciar esses detratores da nossa portugalidade. Obrigado.          Miguel Macedo: Muito bem!                       graça Dias > Glorioso SLB: Esta Senhora, Lídia Jorge construiu um texto enviesado e distorcido dos factos da História a fim de corresponder a uma solicitação do nosso PR/ MRS, para melhor sublinhar o seu pensamento poluído e expressado no tão humilhante encontro há alguns meses atrás com os correspondentes estrangeiros em Portugal.                 joão Melo: A Lídia Jorge faz parte daquela categoria de escritores que ganha muito em estar calada. Escreve bem, mas quando se aventura a fazer discursos sociológicos e a opinar sobre questões morais, é um descalabro total. Como dizia o outro – Caladinha, és uma poeta!                    Alexandre Guedes da Silva: Caros, O vento de mudança vai levar o Marcelo e a Lídia pelo que o selfismo e o sufismo serão apenas ténues lembranças de um tempo de fim de festa!! Insultar a memória e a inteligência colectiva dos Portugueses foi uma moda que já está datada e que irá mudar a bem de Portugal!!! Abraço, Al         Paulo Machado > Novo Assinante: Santa ignorância                   Gabriel Madeira > Ana Luís da Silva em que juntar creolina para desinfetar, água não é suficiente.         Lily Lx: Bem!              José Silva: Excelente texto para clarificar a onda esquerdista e woke. Obrigado.                 MCMCA A > Glorioso SLB: Porque convinha ao narciso Marcelo para atacar o Chega. Aliás o discurso de Lídia é, sobretudo, o de MRS são um hino ao narcisismo de ambos. O necessitar tanto de agradar proferindo discursos tão politicamente correctos demonstram baixa auto-estima: precisam ......

Nenhum comentário: