Quero com isto significar que a parte
inicial do discurso de Lídia Jorge me deixou encantada, pelo brilho dos
dizeres, na sua aparência cordata e pontuada pela correcção e aparente orgulho
nacional. A seguir descambou, em informações do à la page hodierno da banda esquerdina, e senti vergonha. Tão tímidos
somos no respeito por quem nos precedeu e foi pioneiro no alargamento da visão
do mundo, que preferimos tolamente esborratar a História Nacional, acentuando o
crime do esclavagismo – nós, antes, “escravos
cardíacos das estrelas” - com perdão para Álvaro de Campos pela usurpação
indevida -- para acentuarmos modestamente a nossa insignificância ao olhar das
gentes, não por complexo de superioridade mas por falsa modéstia “para inglês ver”…
Alertas activos
Considerações sobre um discurso
de Lídia Jorge
Não foram os portugueses que inauguraram “o tráfico
negreiro intercontinental em larga escala”. Não repita nem espalhe aos quatro
ventos informações falsas. Já bastam as que a esquerda woke injecta.
JOÃO PEDRO MARQUES
Historiador e romancista
OBSERVADOR, 11 jun.
2025, 00:2085
Numa passagem do seu discurso no passado dia 10 de Junho, a escritora Lídia Jorge acentuou, adequadamente, as múltiplas
origens do povo português. Disse, a esse respeito, o seguinte: “Consta que em pleno século XVII 10% da
população portuguesa teria origem africana. Essa população não nos tinha
invadido. Os portugueses os tinham trazido arrastados até aqui, e nos
miscigenámos. O que significa que por aqui ninguém tem sangue puro. A
falácia da ascendência única não tem correspondência com a realidade. Cada
um de nós é uma soma do nativo e do migrante, do europeu e do africano, do
branco e do negro e de todas as outras cores humanas. Somos descendentes do
escravo e do senhor que o escravizou”.
Passemos por cima do dado percentual
errado — Lídia Jorge terá eventualmente confundido população
portuguesa no século XVII com população de Lisboa no século XVI. Segundo Arlindo Manuel Caldeira a
percentagem de escravos e negros livres, em Portugal, situar-se-ia entre os 3 e
os 4%. Passemos, também, por cima de um curioso
esquecimento relativamente aos árabes, isto é, aos asiáticos, que — esses,
sim — nos invadiram, e muito antes do século XVII já constituíam parte
significativa da população portuguesa. Somos a soma não apenas do europeu e
do africano, mas também do asiático.
Mas
tudo isso são detalhes. O que importa acentuar é que a escritora tem razão
no resto que afirmou nesta breve passagem do seu discurso. Discurso que provocou reacções desencontradas, com o Chega, pela voz
de André Ventura, a
contestar, e a esquerda a vir para as redes sociais e, quase que imediatamente,
para os jornais, a
celebrar e a apoiar estas afirmações de Lídia Jorge. Contudo, essa esquerda não terá reparado
que está a entrar em forte contradição (a esquerda é muito
dada a não se prender com essas minudências). É que, se de facto, nós,
portugueses, descendemos dos africanos e dos europeus, dos escravos e dos seus
senhores, por que razão é que essa mesma esquerda que rejubila com o discurso
de Lídia Jorge, apoia e exige, por outro lado, reparações pela escravatura? Se não somos apenas descendentes dos
senhores, mas também daqueles que eles traficavam ou mantinham em escravidão,
teremos de pagar reparações a quem? A nós próprios?
Fica a pergunta e passo adiante porque o
discurso de Lídia Jorge suscita-me uma segunda questão, bem mais importante. É
que numa outra passagem da sua
intervenção, a escritora, referindo-se ao local do Algarve em que discursava e
mais especificamente à questão dos Descobrimentos versus escravatura. Disse o
seguinte:
“No
início da Idade Moderna, Lagos e Sagres representaram tanto para Portugal e para
a Europa que a sua volta se constituíram mitos que perduram. Sagres passou
assim para a História e para a mitologia como lugar simbólico de uma
estratégia que mudaria o mundo. Mas existe uma outra perspectiva,
como é sabido, e hoje em dia o discurso público que prevalece é sem dúvida
sobre o pecado dos Descobrimentos e não sobre a dimensão da
sua grandeza transformadora. É verdade
que a deslocação colectiva que permitiu estabelecer a ligação por mar entre os
vários continentes e o encontro entre povos obedeceu a uma estratégia de
submissão e rapto, cujo inventário é um dos temas dolorosos de discussão na
actualidade. É preciso sempre sublinhar, para não se deturpar a
realidade, que a escravatura é um processo de dominação cruel tão
antigo quanto a humanidade, o que sempre se verificou foi diversidade de
procedimentos e diferentes graus de intensidade. E
é indesmentível que os portugueses estiveram envolvidos num novo processo de
escravização longo e doloroso. Lagos, precisamente,
oferece às populações actuais, a par do lado mágico
dos Descobrimentos, também a imagem do seu lado trágico. Falo com o sentido justo da reposição
da verdade e do remorso, por aqui se ter inaugurado o tráfico negreiro
intercontinental em larga escala, com polos de abastecimento nas costas de
África, e assim se ter oferecido um novo modelo de exploração de seres humanos
que iria ser replicado e generalizado por outros países europeus até ao final
do século XIX. Lagos expõe a memória desse remorso”.
Passemos
de novo por cima de erros incompreensíveis, mas persistentes por terem
aparentemente ficado calcificados em muitas mentes. É que, de
facto, Lídia Jorge, não foram os portugueses que
inauguraram “o tráfico negreiro intercontinental em larga escala”. Não repita,
por favor, nem espalhe aos quatro ventos, mais informações falsas. Já bastam as
que a esquerda woke aqui injecta. O tráfico negreiro de grande dimensão
entre continentes foi
inaugurado pelos povos de religião muçulmana
que já a partir do século VIII traficavam escravos negros — escravas, sobretudo
— de África para a Ásia e, depois, para a Europa.
Lídia Jorge afirmou
também que “sempre houve quem
repudiasse por completo a prática (da escravatura) e o teorizasse”, e
que Gomes Eanes de Zurara, que
escreveu a Crónica da Guiné, em 1448, e nos deixou uma descrição detalhada da
chegada do primeiro grande número de escravos africanos a Lagos, quatro anos
antes, seria contra aquela “degradação”. Mas está completamente enganada e a
reproduzir, sem ter disso consciência, suponho, uma lengalenga woke que é falsa
de cabo a rabo.
Sim,
Zurara comovia-se com o espectáculo da partilha e com o afastamento forçado de
pais e filhos. Contudo, como qualquer homem do século XV, logo acrescentava que, com o correr do
tempo, e uma vez acalmada a dor da separação inicial, os escravos eram
socialmente integrados, cristianizando-se, aprendendo os ofícios e acabando
até, por vezes, por adquirir a liberdade. Para Zurara, a salvação das almas e a introdução à civilidade cristã
legitimavam o acto escravizador e isso ficará claríssimo para quem, em vez de
acreditar no que Lídia Jorge disse no seu discurso, ler as palavras do próprio
cronista, que são as seguintes: “É assim que onde antes viviam em perdição das almas e dos corpos,
(os negros) vinham de todo receber o contrário: das almas enquanto eram pagãos,
sem claridade e sem lume de santa Fé; e dos corpos, por viverem assim como
bestas, sem alguma ordenança de criaturas razoáveis, que eles não sabiam que
era pão nem vinho, nem cobertura de pano, nem alojamento de casa; (…). Ora vede
que galardão deve ser o do Infante (D. Henrique) ante a presença do senhor
Deus, por trazer assim à verdadeira salvação não somente aquestes, mas outros
mui muitos que em esta história ao diante podeis achar!”.
Não, Lídia Jorge, no século XV (e
noutros, claro) não houve gente, que eu saiba, a insurgir-se contra o tráfico
negreiro. A contestação a esse tráfico e à escravidão só se tornou comum a
partir do último terço do século XVIII.
Mas deixando de lado esse e outros
erros, o que quero dizer é que não estou certo de que a perspectiva que
prevalece entre os meus concidadãos seja a do “pecado dos Descobrimentos”. E também duvido que o seu
sentimento dominante seja o do “remorso”
pela existência do tráfico e escravidão dos negros. Mas admitindo, por
mera hipótese académica, que assim seja, a pergunta que quero fazer a Lídia
Jorge e a todos os portugueses é a seguinte: serão essas perspectivas
e esse eventual remorso adequados? É que os Descobrimentos tiveram um lado
luminoso, positivo, que sucessivas levas de bem pensantes se têm encarregado de
denegrir e enterrar. Seria importante que, neste 10 de Junho que passou, Lídia
Jorge tivesse dado tanto realce a esse lado, como o que, indo nas modas
culturais da actualidade, resolveu dar à trágica história do envolvimento
português na escravatura.
Mas
talvez Lídia
Jorge não
saiba, que o remorso a que se refere, já teve o seu tempo, já foi sentido e
vivido, no século XIX. Foi nessa época que os ocidentais, entre os quais os
portugueses, se deram conta da crueldade e do erro que a escravatura
constituía, e decidiram pôr-lhe fim. Em Setembro de 2017 escrevi um artigo no Público intitulado “Quantas
vezes terá Portugal de pedir desculpa?” em que mostrei, como já mostrara nos
meus textos académicos e como outros autores continuam a mostrar, que a partir de
1840, Portugal alinhou decidida e sinceramente no combate ao tráfico de
escravos. Por isso, renovo a pergunta a Lídia Jorge e aos
portugueses: quantas vezes terá Portugal de pedir desculpa? Não nos
bastou o remorso do século XIX? Eu acho que bastou. E acho que continuar com este muro de lamentações em 2025, 150 a 200
anos depois de ele ter sido percorrido e demolido, é não só incompreensível,
como flagelante e masoquista.
10 DE JUNHO PAÍS SOCIEDADE ESCRAVATURA
COMENTÁRIOS (de 85):
Rui
Lima: Ontem era o dia de comemorar a nossa História não para
discutir a nossa Historia, esse gente tem 364 para o fazer. Para mim quando alguém
fala de sangue é racista, nunca olhei para ninguém pelas misturas do seu
sangue , mas sim se culturalmente pode viver numa sociedade Ocidental onde
homem e mulheres tem os mesmos direitos. Ontem num jornal francês dizia que
vivem 100 000 afegãos em França e recordava um estudo Pew Research
Center 99% dos afegãos disseram ser a favor da lei Sharia e 85% a favor do
apedrejamento por adultério , o problema nunca é o sangue sr. presidente. Carlos Chaves: Estava
certo de que o João Pedro Marques, não podia deixar passar esta em branco! Mais
uma vez obrigado! Como é possível a este nível, nas comemorações oficiais do
dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, no século XXI, dizerem-se
tantas imprecisões e mesmo inverdades (neologismo de mentiras), sobre a nossa
própria história?
Glorioso SLB: É
compreensível sim. É um nicho de mercado. Como o gaysmo. Onde
puder pôr a mão, lá está a extrema-esquerda. A pergunta q fica é: pq é q
foi esta wokista a discursar? C q objectivo? Calm Glorioso SLB: Outra
pergunta é: porque é esta "wokista" conselheira de estado? Eduardo Cunha: Excelente
crónica. Parabéns. António Lamas: Um texto
brilhante, esclarecedor e didáctico, mesmo para conselheiros de Estado e
Presidentes da República. Não ouvi em directo os discursos. Não tenho pachorra.
Li os comentários, na sua maioria de jornalistas e comentadores do costume, e
fui ler. E fiquei envergonhado. Não me revejo minimamente naquilo, e acho de
um tremendo mau gosto discursos daqueles no dia 10 de Junho, para mim, o dia da
raça, a nossa, a Portuguesa. Nunca um
cidadão, conselheiro ou presidente de um país de origem de muitos dos
emigrantes em Portugal faria um discurso a menorizar os seus cidadãos. Novo Assinante: O senhor
João Pedro Marques faz lembrar aquela mãe que assistindo ao desfile militar do
seu filho, que levava o passo trocado, se volta para a assistência à sua volta,
exclamando com orgulho:"Todos levam o
passo trocado, só o meu Zé leva o passo certo!"
Jorge
Frederico Cardoso Vieira Barbosa: Excelente
artigo para a juventude dado que como fica demonstrado pelos discursos de hoje,
Dia de Camões, mentes politicamente sectárias ou politicamente correctas para sobreviverem pessoalmente jamais darão a mão à
palmatória, respeitando a História
António
Melo: Excelente artigo! Alguém enfatizou muito os nossos
erros e se esqueceu das nossas virtudes. Lourenço Sousa Machado de Almeida: É sobretudo injusto que os descendentes daqueles que
acabaram com a prática de sempre da escravatura, sejam justamente acusados do
contrário daquilo que fizeram! Não foram os estrangeiros nem todos os
portugueses passaram o Cabo, mas foram portugueses os primeiros a fazê-lo. Não
foram todos os estrangeiros nem todos os portugueses ou ocidentais que
proibiram a escravatura, mas foram ocidentais e portugueses dos primeiros a fazê-lo!
João
Floriano: É no que
dá pôr uma escritora de esquerda do domínio da ficção a dissertar sobre factos
históricos. Só pode
dar errado porque Lídia Jorge é escritora de ficção e é de esquerda. «O que significa que por aqui ninguém
tem sangue puro.» Não sei concretamente onde Lídia Jorge foi buscar esta
falácia do sangue puro, embora desconfie que o seu intuito é colar a direita
portuguesa conservadora e antiwoke ao nazismo dos anos 30 e 40.
Incorrecto. A mistura entre ideologia e História, sem a objectividade
necessária, dá mau resultado. O outro termo que considero extremamente
desagradável e muito mais literário do que histórico é associar Lagos, uma
simpática cidade algarvia, ao remorso d nova exploração de seres humanos, não
tão nova assim, já que desde há muitos séculos que muitos povos tinham a mesma
prática. Ou será que Lídia Jorge nunca ouviu falar de Spartacus? Basta
observar as reacções de regozijo e júbilo da esquerda derrotada a 18 de maio
para se perceber que os discursos tanto de Lídia Jorge como o de Marcelo Rebelo
de Sousa não foram escritos para unir os portugueses para lhes sugerir a
caminhada juntos, mas para reforçar linhas vermelhas. Carlos Quartel: Este 10
de Junho foi orquestrado (por Marcelo ??) como uma manobra, infantilmente anti-Ventura e
contra todas as vozes que alertam para a imigração desordenada. A
coincidência entre os discursos de Lídia Jorge e do PR não pode ser por acaso,
foi uma ofensiva coordenada. Teve
a virtude de pôr a escritora no seu lugar e terminarem os sonhos de grande
estrela da intelectualidade. Mais um(a) escrevinhador(a) a soldo. A escolha da
data para tão grande ofensa só confirma a inadequação ao cargo pelo actual
presidente. Sairá pela porta dos fundos ... Ana Luís da Silva: Muito
obrigada ao autor destas linhas. Cada
vez mais esta gente que se acoita no Estado nos envergonha. Não são os
estábulos mas os salões que cheiram mal e que precisam de uma jorrada de água
pura, cristalina, que varra para longe as ideias desconstrutivas da Esquerda e
o seu benjamim embotado que é o wokismo. Reformem esta gente com a pensão
mínima e enviem-nos para uma ilha do Pacífico que esteja desabitada, onde
possam ouvir-se uns aos outros e deixar-nos a nós aqui a salvo de tanta
hipocrisia e miséria intelectual. Venham outros encher os salões, novos,
cheios de força, com brio e orgulho de serem portugueses! J.
D.L.: Com
tantos erros na sua redação a menina Lídia deve ter chumbado... Mas o sr. prof.
JPM, como bom pedagogo moderno, não dá uma nota quantitativa, apenas dá
feedback qualitativo... é pena. Bailaruco Madeira: Lídia Jorge é uma Ignorante. Nunca comprei nem
comprarei qualquer livro dela.
Maria
Nunes: Excelente
artigo Dr João Pedro Marques. Parabéns. Miguel Sanches: É caso
para continuar a dizer: não passarão! Continua, João Pedro, o caminho é longo. José
Martins de Carvalho: "Pecado
dos descobrimentos" só na cabeça dos wokes. Como português, tenho muito
orgulho por essa gesta incomparável. Objectivamente, os descobrimentos
foram um grande passo em frente da humanidade, que a levou a conhecer o
mundo, e que fez com que todas as culturas se pudessem aproximar e entrelaçar. Eduardo Carreiro: O que este grande Senhor faz constantemente é serviço
público. Bem haja! Pedro Gonzaga: Lagos: meio milhão de euros em três esculturas ‘voam’
em nove dias por ajuste directo. Na
cidade de Lagos, onde Lídia Jorge evocou, no Dia de Portugal, o “poder demente”
e os cidadãos reduzidos a “seguidores”, a autarquia socialista liderada por Hugo
Pereira decidiu investir em mais ídolos: três esculturas que custam meio milhão
de euros aos cofres públicos, todas adjudicadas por ajuste directo. Em dois dos
casos, o critério parece ter sido a residência do artista. Uma das empresas
contratadas, pertencente a uma escultora da cidade, foi criada apenas um mês
antes de receber, de forma automática, uma adjudicação de 209 mil euros. Com
pouco mais de 33 mil habitantes, Lagos caminha agora para alcançar o feito
escultórico de ter uma peça pública por cada mil residentes.” No Página Um. Era
sobre isto que deveria falar a LJ. E já agora, também O Observador.) João Sá: Como é
possível que sejam convidados a discursar no dia 10 de Junho pessoas que não
sabem do que estão a falar? Não sabe, não fala. E fiquei a perceber que Zurara
escreve melhor que Lídia Jorge. De Lídia Jorge, na minha vida, apenas li o
texto transcrito. Penoso. Miguel Geraldes Cardoso: Caro Senhor Prof. Dr. João Pedro Marques: Uma só palavra: Obrigado! Respeitosamente Miguel
Geraldes Cardoso Carlos Henrique Cunha Simões Soares:
Muito
bem. Esclarecedor. O discurso da escritora foi absolutamente infectado pela
(in)cultura woke e muito me admira que seja conselheira de Estado sob o alto
patrocínio do Presidente da República. Maria Melo: Excelente
artigo! É necessário que se reponha a verdade dos factos e, como está escrito
no final, Se acabe com a atitude flagelante e masoquista. Já chega de passado,
temos é que construir um futuro digno. E é verdadeiramente reprovável que
pessoas cultas e com responsabilidade política insistam em desinformação e
mentiras. Eu sou descendente de negros de S.Tomé e Príncipe e tenho
características que aprecio. O passado não se pode mudar, mas temos um papel
importante no presente e no futuro. A História é importante, não só pelos
feitos, mas para não repetir erros. Façamos um Mundo melhor em vez de criar
problemas e desunião! Bailaruco Madeira > Bailaruco Madeira: Lidia Jorge deveria ler o livro "O Genocídio
Ocultado: Investigação histórica sobre o tráfico negreiro Árabo-Muçulmano",
do autor de Tidiane N'Diaye. Talvez aprendesse alguma coisa. Maria Alva: Excelente apontamento repondo a verdade histórica e o
pensamento dos portugueses da época. JPM é um dos ponta-de-lança nacionais
contra a equipa do wokismo. Bem haja. José B DiasCalm: Por ter
sido para tal escolhida pelo senhor que tantos decidiram eleger e reeleger
presidente ... e se na primeira todos caem, na segunda cai quem quer! Uiros Ueramos: Muito
obrigado João Pedro Marques por desmascarar as mentiras da Lídia e do Marcelo. O crime de traição à Pátria, a Assembleia da
República pode proceder à destituição do Presidente, mediante proposta
subscrita por um quinto dos deputados e aprovada por uma maioria de dois terços
dos deputados em efectividade de funções. Portanto existem condições para que
isto aconteça, existe maioria de 2/3 de deputados da direita! Passos para a
destituição por traição à pátria: 1. Proposta: Pelo menos 1/5 dos deputados à Assembleia
da República (ou seja, no mínimo 46 deputados em 230) devem subscrever a
proposta de destituição por traição à pátria.2. Votação:
A proposta precisa ser aprovada por uma maioria qualificada de dois terços dos
deputados em efectividade de funções (ou seja, pelo menos 154 deputados).3.
Julgamento: O Presidente é então julgado pelo Supremo Tribunal de Justiça, que
decide sobre a responsabilidade penal.4. Consequência: Se for considerado culpado, poderá ser
destituído do cargo e sujeito às penalizações legais aplicáveis. Mario: Parabéns
pelo excelente artigo, didáctico e esclarecedor. graça Dias: Ao Exmo Senhor Pedro Marques, manifesto o meu
agradecimento pelo seu magnífico contributo e compromisso para com a verdade da
História. Obrigada. José Martins de Carvalho > João Floriano: Seria caso para perguntar à escritora qual é o povo
que tem sangue de uma única origem, pois a história do mundo é uma sequência de
invasões e de migrações. Manuel Lisboa: Mais uma
vez palavras sábias de João Pedro Marques. As modas e tendências infectam e
provocam erros mesmo a pessoas razoáveis, habitualmente bem informadas e com
boas intenções, como por exemplo a escritora que presidiu às comemorações do
Dia de Portugal de este ano em Lagos. Trata-se de mania actual que sempre
que se menciona os Descobrimentos Portugueses associar de imediato o hediondo
tráfico de escravos. Sublinhe-se, uma vez mais e como o autor da crónica
insiste, a escravatura não foi inventada por portugueses. Mais, o comércio
escravista transatlântico só foi possível com a cumplicidade de tribos e seus
chefes africanos, os quais faziam razias em territórios de inimigos tendo em
vista a captura de indivíduos para serem traficados. Sem a colaboração
permanente desses potentados locais, os europeus nunca teriam conseguido
estabelecer-se aí de forma permanente e promover expedições para a captura de
pessoas para as transportar, sobretudo, para outra margem do oceano Atlântico. Os
Descobrimentos Portugueses constituíram uma notável epopeia de homens e
conhecimentos. No Dia de Portugal espera-se que seja enaltecida essa
indubitável realidade. Evidente, as descobertas portuguesas prolongaram-se
durante cerca de dois séculos. E o enorme império colonial português foi o
primeiro europeu e o que mais perdurou. Portanto, estranhar-se-ia a
inexistência de contradições da passagem dos tempos. Finalmente e já que se
fala no Dia de Portugal há que fazer o esforço de evitar lugares-comuns
vulgares como a constatação que os portugueses são mestiços. Os portugueses e
todos europeus. A Europa Ocidental está no extremo da massa continental
euroasiática e as diferentes cordilheiras alpinas nunca se revelaram montanhas
inultrapassáveis, por exemplo, para celtas, romanos, bárbaros (incluindo os
vikings) berberes, turcos e mesmo mongóis... e não eram necessárias auto-estradas
e caminhos de ferro, para não falar em aviões como hoje em dia. Bem se sabe que
a moda, especialmente devido à imigração, obriga a essas profissões de fé de
tolerâncias; contudo, melhor seria que o dissessem de maneira pedagogicamente
clara, do que rebuscar floreados históricos, até à Pré-História... Carlos Correia: Há quase
quarenta anos ouvi o professor Hermano Saraiva contar uma das suas histórias:
um fidalgo apaixonou-se por uma donzela e propôs-se casar com ela. A mãe do moço
opôs-se. O que é que ele fez? Meteu a mãe numa pele de urso e atirou-a aos
mastins. Por favor, não queiram julgar a história antiga com os nossos valores
actuais. Rui Pedro Matos: Como
sempre, muito esclarecido e pedagogo! A esquerda, Lídia Jorge, Marcelo e
quejandos estão estabelecidos e propagam a maldade! Enfim.....é preciso
combater este wokismo e estes 'velhos do restelo', ainda por cima um Marcelo
filho e afilhado de governantes do Antigo Regime! Marcelo deve querer fugir
ao ancient regime, que lhe está bem no sangue e no ADN! Marcelo, um sabotador
dos valores da Pátria! Francisco Almeida: Se Marques Mendes é o Marcelo dos pobres, Lídia Jorge
foi o Marcelo dos analfabetos. José Piçarra: E acho que continuar com este muro de lamentações em
2025, 150 a 200 anos depois de ele ter sido percorrido e demolido, é não só
incompreensível, como flagelante e masoquista. É sobretudo um exercício de
narcisismo. António Duarte: Porque
Marcelo não convidou o prof JP Marques para discursar no 10 de junho, num local
mítico da nossa epopeia “quinhentista”, para ao menos enaltecer, como muitos
outros antes dele e desde logo o grande Luís Vaz de Camões, os grandes valores
que a ele presidiram, como também os grandes entorses aos direitos humanos
segundo a lógica actual, que também tiveram lugar, assim se fazendo Justiça a
esses grandes timoneiros, desde o Infante, D. João II, Gama, mas também gente
mais popular como Gil Eanes e Diogo de Silves? Enfim, a História é o que
é e a nossa só nos deve orgulhar, nunca envergonhar! Maria João Pestana: Obrigada por esclarecer! Faça-o por todos os que
procuram a verdade sem preconceitos de esquerda ou direita. Carlos Chaves > João Floriano: Caro João, estamos a assistir ao vivo e a cores à
degradação da III República, não estamos a ser dignos do que vamos deixar aos
nossos filhos! Nem me fale nesse socialista vingativo, não sei como é que ainda
está no PSD e não se mudou de malas e bagagens para o largo do
rato! Eduardo Gomes: No que
toca a discursos oficiais, este 10 de Junho foi uma vergonha. Dois papagaios a
enxovalhar o país que se celebrava, a alinhar em modas pretensamente
progressistas e modernaças. Quer-me parecer que foi para atingir aquele partido
que, por acaso, teve muitos votos nas últimas eleições.
Eduardo
Silva: Parabéns
pela crónica/esclarecimento para nós, e ensinadela curta e grossa para a
senhora (com S minúsculo) Lídia Jorge! Obrigado Maria Madeira: Excelente
lição de História. Maria Melo > Manuel Lisboa: Lídia Jorge “com boas intenções”? Nunca leu os seus
livros? A escritora é de esquerda e tem a atitude correspondente… João Floriano > Carlos Chaves: E ainda por cima é conselheira de Estado. Demonstra
falta de rigor e imparcialidade, dois grandes inconvenientes para quem
aconselha o PR. Tenho curiosidade em saber quais os conselheiros de Estado que
Gouveia e Melo vai escolher, já que uma parte é por via da AR e outra por via
presidencial. Um deve ser Rui Rio. João Floriano > Pedro Gonzaga: Mas neste caso das esculturas lá teríamos Lagos
vergado pelo remorso do despesismo, ou talvez não, porque remorsos é coisa que
não assiste aos socialistas quando se trata de gastar dinheiros públicos. João Floriano > Ana Luís da Silva: Sugiro a Ilha das Cobras na costa brasileira, onde nem
os náufragos querem pôr os pés. Isto sem pôr em perigo a sobrevivência das
serpentes com os novos habitantes. unknown unknown: A senhora
escritora não tem nível intelectual para se aventurar em discursos sobre a
história nem o sentido da nacionalidade! Neste momento vivos não temos nenhum
grande escritor que possa estar à altura dessa responsabilidade! Se quisessem
ter no 10 de Junho um verdadeiro símbolo vivo desse sentido patriótico tinham
escolhido o Ronaldo para discursar, podem estar certos que não dizia nenhuma
asneira e não nos envergonhava! Luis Santos: Professor João Pedro Marques não se canse por favor de
denunciar esses detratores da nossa portugalidade. Obrigado. Miguel Macedo: Muito
bem! graça Dias > Glorioso SLB: Esta Senhora, Lídia Jorge construiu um texto enviesado
e distorcido dos factos da História a fim de corresponder a uma solicitação do
nosso PR/ MRS, para melhor sublinhar o seu pensamento poluído e expressado no
tão humilhante encontro há alguns meses atrás com os correspondentes
estrangeiros em Portugal. joão Melo: A Lídia
Jorge faz parte daquela categoria de escritores que ganha muito em estar
calada. Escreve bem, mas quando se aventura a fazer discursos sociológicos e a
opinar sobre questões morais, é um descalabro total. Como dizia o outro –
Caladinha, és uma poeta! Alexandre Guedes da Silva: Caros, O vento de mudança vai levar o Marcelo e a
Lídia pelo que o selfismo e o sufismo serão apenas ténues lembranças de um
tempo de fim de festa!! Insultar a memória
e a inteligência colectiva dos Portugueses foi uma moda que já está datada e
que irá mudar a bem de Portugal!!! Abraço, Al Paulo Machado > Novo
Assinante: Santa ignorância Gabriel Madeira > Ana Luís da
Silva em que juntar creolina para desinfetar, água não é
suficiente. Lily Lx: Bem! José Silva: Excelente texto para clarificar a onda esquerdista e
woke. Obrigado. MCMCA A > Glorioso SLB: Porque convinha ao narciso Marcelo para atacar o
Chega. Aliás o discurso de Lídia é, sobretudo, o de MRS são um hino ao
narcisismo de ambos. O necessitar tanto de agradar proferindo discursos tão
politicamente correctos demonstram baixa auto-estima: precisam ......
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