Com Teresa de Sousa,
lembremos o que por nós passou, que ela nos faz reviver, com o esplendor de uma
seriedade que por alguns comentadores é contestada. Não somos historiadores
para pesquisar os dados que o comentador João traz à luz em ironia de quem não
sente a humanidade que Teresa de Sousa bem revela, sobre a história de um país que quer ser
livre. Para esse, o que impera é a força do poder de uma Rússia ambiciosa como
o foi sempre e continua, sob a égide, hoje, de Putin. Mas revivamos esse tempo próximo
passado que ainda faz sofrer um país que luta pela sua independência – a Ucrânia - e apoiemos a Ucrânia, como se fôssemos nós, os oprimidos...
Na Europa, nada voltou a ser como antes
Na noite de 27 para 28 de Fevereiro de 2014, homens armados e soldados
russos sem qualquer insígnia tomaram de assalto os edifícios do Parlamento e do
Governo da Crimeia, parte integrante do território ucraniano. Foi o primeiro
dia de um longo conflito provocado pela agressão da Rússia à Ucrânia, ainda
hoje à procura de resolução. A Europa nunca mais foi a mesma.
PÚBLICO, 18 de Dezembro de
2019,
No dia 17 de Julho de 2014, o voo MH17 da Malasya Airlines levantou voo
de Amesterdão com destino a Kuala Lumpur. A maioria dos passageiros tinha nacionalidade
holandesa e europeia. Cerca de uma hora depois, quando sobrevoava a região do
Donetsk já à altitude e à velocidade de cruzeiro, o avião foi
abatido por um míssil disparado por uma arma russa. Ninguém
sobreviveu. O acontecimento
provocou ondas de choque em Berlim e em Washington. Deixava
de ser possível desvalorizar as consequências enormes da agressão à Ucrânia,
ordenada por Vladimir Putin e desencadeada nos últimos dias de Fevereiro com
a ocupação da Crimeia. Poucos
dias depois, forças russas entravam nas regiões do Leste e do Sul do país, que
ganhou a sua independência com a implosão da União Soviética, em 1991.
Até esse dia fatídico, o Ocidente tentara sem sucesso evitar uma
escalada militar, apelando a Moscovo e a Kiev para que se sentassem à mesma
mesa e negociassem um caminho para a resolução do conflito. A primeira
tentativa foi em Genebra, ainda em 2014. Seguiram-se mais algumas, lideradas
pela Alemanha e pela França e apoiadas pelos EUA. Passaram a realizar-se em em
Minsk, capital da Bielorrússia. O objectivo inicial era a retirada do
armamento pesado russo de território ucraniano e um entendimento sobre a
autonomia das províncias do Leste do país. Isso nunca aconteceu. Até hoje.
Na noite de 27 para 28 de Fevereiro, bandos de homens
armados apoiados por forças especiais russas tomaram de assalto os principais
edifícios governamentais da capital da Crimeia, Simferopol, cercaram as
pequenas bases militares ucranianas e passaram a controlar as duas vias de
comunicação que ligavam a península ao território ucraniano. Foram hasteadas
bandeiras da Rússia no alto dos edifícios do Parlamento e do Governo da Crimeia. Nos dias anteriores, milhares de manifestantes
pró-russos e pró-Kiev confrontaram-se nas imediações do Parlamento. A 1 de
Março, Putin pediu autorização à Duma para usar a força militar para
proteger os interesses da Federação Russa na Ucrânia.
A operação de ocupação da Crimeia durou meia dúzia de dias. Terminou
antes mesmo que as capitais ocidentais se tivessem dado conta do seu início.
A Rússia já dispunha de uma base militar de 20 mil homens junto ao Porto de
Sebastopol, no Mar Negro, que se manteve nas suas mãos na sequência do
Memorando de Budapeste, em 1994, assinado pelos EUA, Reino Unido, Rússia e
Ucrânia. O Memorando estabelecia as fronteiras ucranianas, a devolução do
arsenal nuclear instalado na antiga república soviética e o “aluguer” da base
naval de Sebastopol a Moscovo. A base era fundamental para a Rússia manter
a sua frota de guerra no Mar Negro. Em 2014, o “aluguer” estava garantido até
2043.
A 18 de Março, é assinado no Kremlin o Tratado de
Adesão da Crimeia à Federação Russa. As Nações Unidas declaram o tratado ilegal
e condenam “a ocupação temporária de partes do território da Ucrânia”.
Pouco dias depois, as províncias de Donetsk e de Luhansk, no Leste do
país, “revoltam-se” contra o Governo de Kiev. Tal como na Crimeia, tropas
russas entram em território ucraniano, envergando fardas desprovidas de
qualquer insígnia. A imprensa internacional chamou-lhes “os homenzinhos
verdes”, vindos de Marte, já que o Kremlin negava veementemente que fossem
russos. Foram proclamadas as duas Repúblicas Populares de Donetsk e de Luhansk.
Kiev enviou tropas. Começou a guerra.
Na Praça Maidan
É preciso regressar a Novembro de 2013 para encontrar a origem dos
acontecimentos que desencadearam a agressão. O Presidente ucraniano, Viktor Ianukovich, um aliado de Moscovo,
anunciou que não assinaria um acordo de associação negociado com a União
Europeia, incluindo pelo seu próprio governo. Poucos dias antes, Vladimir Putin
informou-o que não admitia a sua assinatura. A reacção foi absolutamente
inesperada. Primeiro, foram os jovens que começaram a concentrar-se
na Praça central de Kiev, a célebre Praça Maidan, protestando contra
o cancelamento do acordo e reivindicando um destino europeu. Aos jovens foi-se
juntando cada vez mais gente da capital e vinda de todo o país. Como em 2004, com a Revolução Laranja, os
ucranianos queriam, numa larga maioria, libertar-se da sombra de Moscovo e
juntar-se ao Ocidente, através da integração na União Europeia e na NATO. A
manipulação dos resultados das eleições presidenciais desse ano a favor do
candidato pró-russo, o mesmo Ianukovich, desencadeou a revolução. Moscovo não
gostou, mas não reagiu.
A Ucrânia seguiu o seu caminho em direcção à Europa, procurando salvar
a sua ainda frágil democracia das garras de uma corrupção endémica que atingia
todas as forças políticas.
Talvez por isso, em 2010, Ianukovich regressou ao poder. Nessa altura, já não se
colocava a questão da adesão à NATO. Em 2008, na cimeira de Bucareste, a
última em que participou, George W. Bush deixou-se convencer pelos aliados
alemães e franceses de que era preciso fazer uma pausa no alargamento da NATO
para Leste. O objectivo era acalmar a Rússia, cada vez mais “nervosa” com
expansão da Aliança em direcção às suas fronteiras. A Ucrânia era a peça estratégica fundamental para
travar o “cerco”. Nessa altura, Putin já tinha anunciado que o fim da União
Soviética tinha sido “a maior catástrofe do século XX”. Ninguém admitia, no
entanto, que o estreitamento da relação entre a Ucrânia e a União Europeia
pudesse causar a mesma reacção em Moscovo.
Avisos
Até então, a Europa ignorara todos os avisos que alertavam para uma
viragem radical da política externa de Moscovo. Na sequência da
Revolução Laranja, a Rússia cortara por duas vezes o abastecimento de gás
natural à Ucrânia, deixando o Norte da Europa sem o seu abastecimento normal.
O objectivo era vergar Kiev e “convidar” os europeus a desistirem de apoiar
a democratização. Em 2008, Putin ordenou a invasão da região da Abkhazia e da
Ossétia do Sul, parte integrante da Geórgia, outra antiga república soviética
tornada independente depois de 1991, alegando a defesa da população
maioritariamente russa que vivia na região. Nicolas Sarkozy encarregou-se da intermediação do conflito em nome da
Europa e com o apoio dos EUA. Negociou um acordo de paz nas duas capitais -
Moscovo e Tbilissi - e anunciou que o problema estava resolvido. Não
estava. Transformou-se num “conflito congelado”. O alerta foi
rapidamente esquecido. Depois de dois mandatos consecutivos, o limite imposto
pela Constituição, Putin cedeu o lugar a Dmitri Medvedev, um jovem tecnocrata
vindo da ala “modernizadora”, reservando-se o posto de primeiro-ministro.
Obama chegou à Casa Branca em Janeiro de 2009. Com o objectivo de virar
a política externa dos EUA para o Pacífico, para onde se deslocava o dinheiro e
o poder e onde emergia uma China cada vez mais desafiante, decidiu carregar no botão
do reset para iniciar uma reaproximação a Moscovo. Em 2010, numa
cimeira da NATO em Lisboa, Medvedev foi um dos convidados de honra.
Em 2012, Putin regressou ao Kremlin, fazendo-se eleger de novo Presidente.
O reset teve vida curta. Começou a crise ucraniana.
Merkel, Obama e a Europa
Coube a Angela Merkel liderar a reacção europeia aos acontecimentos
de Fevereiro e Março de 2014, em consonância com o Presidente americano.
Foi ela a principal interlocutora de Putin, talvez porque fale russo
fluentemente. No essencial, Obama e Merkel estiveram sempre de acordo, frustrando
um dos pilares em que assentava a estratégia de Putin: separar as duas margens
do Atlântico, acreditando que a chanceler seria forçada pelos meios económicos
alemães, com fortes interesses na Rússia, a adoptar uma atitude mais
apaziguadora. Não foi assim. A chanceler declarou que a Rússia tinha
passado a ser uma ameaça à segurança da Europa e conseguiu manter a União
Europeia unida à sua volta, incluindo os países com maior propensão para
desculpar o Kremlin (a Hungria, por exemplo). No dia 17 de Março, o
Conselho Europeu decreta a primeira leva de sanções à Rússia. Também na
frente europeia os cálculos de Putin falharam. O G8 suspende a Rússia, que
fora convidada a entrar no clube em 1997 por Bill Clinton, regressando à velha
configuração do G7.
“Ele não fala a mesma linguagem que nós”, desabafou a chanceler num dos
seus constantes telefonemas para Obama, para lhe dar conta das suas diligências
junto de Putin. O Kremlin
criara a sua própria ficção sobre os acontecimentos. Primeiro, que não
interferira militarmente na Ucrânia. Depois, perante a evidência, justificando
a sua intervenção com o socorro às populações russas que viviam na Crimeia e
nas províncias do Leste do país, ameaçadas pelos “fascistas” que governavam
Kiev. Nessas províncias, a maioria da população é etnicamente ucraniana. A
língua russa é falada pela maioria dos ucranianos com a mesma naturalidade com
que falam a sua própria língua. Não havia nem há fascistas e nazis em Kiev ou
na Praça Maidan, como se comprovou nas eleições presidenciais que se seguiram à
fuga de Ianukovich para Moscovo, depois de ter sido deposto pelo Parlamento de
Kiev a 22 de Fevereiro.
Poucos dias antes, atiradores especiais tinham matado largas dezenas de pessoas
na Praça Maidan. O partido de extrema-direita obteve 1% dos votos. Mas a
propaganda ficcional de Moscovo conseguiu unir os russos em torno do seu
Presidente, numa guerra patriótica para salvar os seus irmãos da Ucrânia.
A guerra ceifou mais de 13 mil vidas. Os combates continuaram com maior ou menor
intensidade. Ainda hoje morrem soldados ucranianos na região do Donbass. As
sucessivas renegociações dos acordos de Minsk nunca saíram do papel. Donald
Trump deu uma vantagem suplementar a Putin, que pode contar com um
“simpatizante” na Casa Branca, embora não no Congresso americano. A
Ucrânia voltou a estar sob as luzes da ribalta graças ao escândalo que envolveu
o Presidente americano e levou ao processo de impeachment.
Putin pode de novo esfregar as mãos de contente, ao ver até que ponto o
compromisso americano com a segurança da Ucrânia era posto em causa por uma
pequena ajuda à reeleição de Trump. A NATO reencontrou a sua velha razão de
ser, com a defesa dos seus membros mais directamente expostos às aventuras de
Moscovo - em primeiro lugar, as três repúblicas bálticas e a Polónia. Foi
criada uma nova força militar no âmbito da Iniciativa Europeia de Dissuasão,
para aconselhar Putin a pensar duas vezes antes de se lançar em mais uma
aventura, eventualmente contra um membro da própria NATO. Obama aumentou em mil
milhões de dólares a despesa dos EUA com a defesa europeia. Já com Trump na
Casa Branca, o Pentágono aumentou significativamente o seu investimento
financeiro e militar na protecção da fronteira Leste da Aliança. Mais uma vez,
Putin não conseguiu o seu objectivo.
Em Kiev, o
novo Presidente, Volodimir Zelenskii, eleito em Abril passado com a
promessa de encontrar uma solução pacífica para o conflito, deu alguns sinais
de boa vontade. O seu homólogo francês, Emmanuel Macron, comprometeu-se em devolver a vida ao chamado “Quarteto
da Normandia” - Rússia, Ucrânia, Alemanha e França – para retomar as
negociações de paz. A primeira reunião decorreu no dia 9 de Dezembro, em Paris.
Os resultados não foram animadores.
Mais de cinco anos
depois, a Europa continua a debater qual é a melhor estratégia para lidar com o
seu poderoso vizinho do Leste. A anexação da Crimeia foi a primeira violação de
uma fronteira europeia no pós-Guerra Fria. Para a Ucrânia o futuro continua em
aberto. Para a Europa, nada nunca mais voltou a ser como antes.
COMENTÁRIOS
Joao, 18.12.2019: A cara Teresa está de parabéns, escreveu
uma narrativa aliciante e merece bem um prémio literário no estilo Romance
Histórico. Já antes e várias vezes me tinha surpreendido com as suas
capacidades literárias de romancista, nomeadamente naquela história do fotógrafo
que na China, perseguido, ferido, cansado, esfomeado, que tinha protegido o
rolo com o próprio corpo, finalmente refugiado no seu quarto lá tenta a custo
revelar as fotos e na tina do líquido revelador lá começa a vislumbrar, pouco a
pouco, miraculosamente, a mancha branca da camisa do “TankMan” que começa a
tomar forma … só que afinal e na realidade essa foto só seria obtida pelo
fotógrafo dois dias depois … mas enfim, pouco interessa pois a emoção e o
suspense da narrativa foram muito bem conseguidos.
Neste romance de hoje acho que não há um só parágrafo que
não seja um trabalho de liberdade artística na arte da narrativa romanceada,
que merece ser reconhecido e recompensado. Mas acho que está mal
classificado aqui no Público pois aparece na secção “Mundo/notícia”,
erradamente pois não é notícia, ficaria talvez melhor no “Lazer”. Para ser
notícia, ou até para ser opinião, seria necessário acrescentar os factos que
foram omitidos pela Teresa, e evitar as insinuações. Seria tudo bem não fosse
um texto que se diz erradamente “notícia” e propaga como factos meias verdades,
meias falsidades, demoniza e inflama sentimentos, ódios, guerras, mortes e
sofrimento.
Só um ou dois exemplos, por exemplo quando a Teresa diz
“Putin ordenou a invasão da região da Abkhazia e da Ossétia do Sul, parte
integrante da Geórgia… “ até parece uma coisa horrorosa daquele malandreco do
Putin que está sempre a fazer diabruras, mas afinal o Putin só reagiu (até
estava nos olímpicos de Pequim imagine-se bem) à guerra começada pelo Saakashvili
Reuters 30/9/2009 “Georgia started war with Russia: EU-backed report”, aliás o
Saakashvili até depois teve de fugir Nytimes “Georgian Court Sentences Mikheil
Saakashvili in Absentia to 3 Years in Prison” e anda pela Ucrânia a incitar
mais umas guerras, foi expulso, depois parece que já voltou, etc, etc. Mas
pronto, para a Teresa isso não interessa muito.
“Não havia nem
há fascistas e nazis em Kiev ou na Praça Maidan, como se comprovou nas eleições
presidenciais… “ deve ser para rir, sei lá comecemos pelo Paruby, tradutor
de Goebbels, fundador do partido nazi, o contratante dos snipers, Chefe de
Segurança do Poroshenko e que foi durante anos o Presidente do Parlamento de
Kiev “Meet Andriy Parubiy, the Neo-Nazi Leader Turned Speaker of Ukraine’s
Parliament”, ou falemos dos nazis que estão em todos os postos principais “Kiev
regional police head accused of neo-Nazi ties”, ou vejam-se os nazis com as
suas bandeiras hitlerianos vermelho e preto e com as suásticas estilizadas a
passearem-se por lá “Neo-Nazis and the Far Right Are On the March in Ukraine”,
ou veja-se “Euromaidan: The Dark Shadows Of The Far-Right In Ukraine Protests”,
ou … etc etc
Já agora diz a Teresa sobre Minsk “O objectivo inicial era
a retirada do armamento pesado russo de território ucraniano…” caramba, fui ler
e em 3º, após o cessar fogo, vem “3. Implement
decentralization of power… “With respect to the temporary status of local
self-government in certain areas of the Donetsk and the Lugansk regions”…” e o
mais parecido com o que a Teresa diz encontra-se em décimo lugar (décimo!) e
diz “10. Remove unlawful military formations, military hardware, as well as
militants and mercenaries from the territory of Ukraine” … Nem fala em russos nem nada? E já agora a
Teresa poderia dizer que foram os de Kiev que não cumpriram Minsk, ainda aqui o
Público dizia em 24/11/2016 “O Acordo de Minsk, cuja segunda versão foi
assinada em Fevereiro de 2015, continua por cumprir...
... O Governo de Kiev tem recusado em
fazer avançar a agenda política do acordo de paz …” E poderia dizer quem é que
ainda hoje se opõe a Minsk “Thousands march in Kyiv to oppose east Ukraine peace plan” … e
já agora poderia dizer que o actual presidente, pelo que aqui o Público
noticiou, teve de, só agora, retirar à força os milicianos dos batalhões nazis
da frente de combate que têm ocupado à revelia de Minsk, teve dos retirar à
força pois eles nem lhe obedecem sequer.
Só mais um exemplo, “Pouco dias depois … tropas russas
entram em território ucraniano, envergando fardas desprovidas de qualquer
insígnia…. “ … Não sei como a Teresa vislumbrou isso, por exemplo um mês e
meio depois quando os de Kiev enviam tropas, blindados e aviões … o que se vê
são populares a conversarem e a bloquearem os blindados sem tiros nem armas sequer,
e os militares enviados por Kiev até nem tiveram coragem de matar os populares
e foram todos beber um vodka BBC 16/4/2014 “Ukraine crisis: Military column
'seized' in Kramatorsk”. Aliás foram essas as primeiras armas e blindados que
os “rebeldes” conseguiram, vejam-se as fotos, eram algumas raras caçadeiras,
espingardas pressão de ar, e até foram buscar ao museu umas peças de guerra. É
a BBC no local com factos, mas a Teresa ...
Bom, podia continuar por aí fora, a Teresa nem fala no
acordo na presença de ministros estrangeiros para eleições em Setembro de 2014
que foi seguido horas depois pela invasão do Parlamento de Kiev por mascarados
e sequestro dos deputados, a Teresa nem fala que na Crimeia o Parlamento da
República Autónoma votou a realização dum referendo no dia 27 após o massacre
de Korsun e após as mortes no dia anterior, nem fala no referendo, e já agora a
Teresa nem fala nos snipers de Kiev e que a Ashton e o Paet sabiam que ali
havia marosca do nazi Paruby e calaram-se, etc, etc. Bom, omissões em barda,
verdades encurvadas, falsidades retorcidas, insinuações… Bom, mas pelos hurras
de alguns fãs este lançamento até parece o do Star Wars.
Leónidas António, 18.12.2019:
A
grande notícia é apenas esta: A Ucrânia perdeu a Crimeia, território russo que
lhe fora oferecido pelo presidente soviético, quando curtia uma das suas
inúmeras bebedeiras.
Darktin, 18.12.2019: Podem alegar todas as fantasias, falsidades e
interpretações que não lembram ao Diabo (golpe). Estão no vosso direito.
Contudo, há um facto inegável. Um facto! O tratamento da Rússia no G7+1, na
União Europeia e no Ocidente antes da invasão da Ucrânia e o depois. De nação
amiga e parceira económica passou a ser considerado um país pária e perigoso.
Podem dizer: “ haaaaaa mas e tal os EUA e coiso, o misseis de defesa nas
fronteiras (referir novamente DE DEFESA) mas na realidade o EUA não são todo o
Ocidente. Agora podem lançar toda a areia que quiserem, mas ficam a saber que
nesta história há um Antes e Depois. Um marco histórico aconteceu em 2014. A
Rússia Antes de 2014 e Após 2014.
Se acham que Putin não tem nada a ver com isto, podem
continuar a dormir porque hoje não vou perder (perder) tempo com vocês. E já
agora, parabéns a TS por mais um excelente artigo.
agany, 18.12.2019 : Hip-hip-hurra!
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