À sua maneira aparentemente descontraída, ou antes, optimisticamente
anti-alarmista relativamente às mudanças climáticas e físicas que temos sentido
na pele, é certo, mas criticamente céptica sobre a intencionalidade abjectamente
interesseira de tais alarmismos
catastróficos, Salles da Fonseca adverte sobre a falsidade e o excessivo dos mitos que se criam à volta
do “aquecimento global” e suas consequências no desenrolar da vida presente e
futura em função das tragédias climáticas. Fui consultar alguma bibliografia
que citou, mas os textos são de 2010, não sei se ainda hoje são assim credíveis,
mas transcrevo um sobre o Aquecimento global, em apoio da sua teoria
alegremente positiva – não no que toca, todavia, ao “aquecimento” dos
caracteres nos seus egoísmos e ambições finórias. A “História secreta do aquecimento global” assim se
chama o texto de Geraldo Luís Lino, que
retirei da bibliografia citada, em apoio de texto de Salles da
Fonseca, tembrando ainda outros mais
antigos que a própria Bíblia
refere, de secas e calores e pragas à mistura, para além de um dilúvio universal de carácter mítico...
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO 06.12.19
Os cientistas pré Copenhagen inverteram os gráficos
das temperaturas transformando o arrefecimento em aquecimento
O Hemisfério Norte está num processo de mini glaciação
e no do Sul se regista estabilidade de temperaturas
O buraco do ozono se está a fechar
O polo do frio no Norte se deslocou em sentido oposto
ao homólogo do Sul
Quem disser o contrário tem tanta credibilidade como
qualquer outro mentiroso
Já ninguém pode acreditar em ninguém
O mundo está perdido mas talvez não pela via das
questões climáticas e talvez sim pela quantidade de mentirosos à solta
… DÁ PARA CONCLUIR QUE…
Tudo é inconclusivo. Os lobbies
andam à solta Ninguém sabe onde está a
verdade porque o seu contrário também o pode ser.
Mas eu concluo de um modo mais prosaico:
- QUE MAÇADA!!!
Dezembro de 2019 Henrique Salles da Fonseca
«La vérité sur l’effet
de serre» - Yves Lenoir - https://www.amazon.fr/v%C3%A9rit%C3%A9-sur-leffet-serre/dp/2707121789
COMENTÁRIO
Anónimo 06.12.2019 22:24: Haveria muito mais a dizer, mas no essencial concordo
consigo. Vou surripiar e publicar na minha página do FB, com ressalva para o
seu copyright.
Texto retirado da BIBLIOGRAFIA:
História (quase) secreta do aquecimento global
Por Geraldo Luís Lino
A presente histeria mundial em torno do aquecimento global e a mobilização
política articulada para “controlar” os seus alegados efeitos têm motivações
bastante diferentes daquelas estabelecidas pelo papel e as responsabilidades da
ciência como mola propulsora do progresso da humanidade. O facto é que uma legítima indagação científica sobre
as funções do dióxido de carbono para o clima e a contribuição humana para o
aumento das suas concentrações na atmosfera, que remonta ao século XIX, se viu
alçada à condição de obsessão mundial e convertida numa pauta política que
ameaça afectar drasticamente a matriz energética e os níveis de vida de todas
as nações do planeta.
Tal processo pouco tem a ver com a ciência em si, mas
com a captura de fenómenos atmosféricos, como as mudanças de temperaturas e o
“buraco” na camada de ozónio, pela agenda ambientalista
do Establishment (classe dirigente) anglo-americano. As
motivações para a colocação em marcha desse processo remontam à década de 1950,
quando a humanidade, como um todo, experimentava o período de mais rápida
expansão do seu desenvolvimento socioeconómico. Tal impulso foi proporcionado
pela reconstrução econômica do pós-guerra, o processo de descolonização na Ásia
e na África e o arcabouço financeiro e monetário relativamente estável
proporcionado pelo Sistema de Bretton Woods.
Ao mesmo tempo, uma série de conquistas científico-tecnológicas
contribuía para disseminar um intenso optimismo cultural: a “Revolução Verde” das variedades vegetais
alimentícias de alto rendimento, os avanços da medicina e da saúde pública, as
telecomunicações, as perspectivas de uso pacífico da energia nuclear, a corrida
espacial e outras. Naquele
momento, a palavra de ordem era industrialização, principalmente entre
os países subdesenvolvidos, muitos dos quais contemplavam ambiciosos planos de
modernização económica baseados na indústria. Em 1957, o comércio
mundial de produtos industrializados superou, pela primeira vez, o de produtos
primários e alimentos. Entre 1953 e 1963, a participação dos países
subdesenvolvidos na produção industrial mundial subiu de 6,5 % para 9 %, uma
alta de quase 50 %, com tendência ascendente.
Foi nesse contexto que certos sectores
do Establishment anglo-americano, que desde o início do século XX
promoviam iniciativas que visavam o controle social, como a eugenia
(“melhoramento racial”) e o controle demográfico, colocaram em marcha o
movimento ambientalista, com a criação de grandes ONGs internacionais como a
União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), o Fundo Mundial para
a Vida Selvagem (WWF) e a Fundação Conservação (Conservation Foundation), as
“sementes” da vasta rede de organizações que integram hoje o aparato “verde”.
O sociólogo Donald Gibson, da Universidade de Pittsburgh, que
esbarrou no ambientalismo durante as suas pesquisas sobre o contexto do
assassinato do presidente estadunidense John F. Kennedy (1961-63), descreve: No
final da década de 1950 e início da de 1960, uma antiga inclinação existente
entre alguns membros da classe superior estava prestes a se tornar um assunto
nacional. Esta inclinação iria redefinir as conquistas da ciência e da
tecnologia como ações malignas que ameaçavam a natureza ou como fúteis
tentativas de reduzir o sofrimento humano, que, diziam, era o resultado da
superpopulação.
Essa tendência, em parte articulada como uma visão de mundo nos
escritos de Thomas Malthus, toma o que podem ser preocupações razoáveis sobre
temas como a qualidade do ar e da água e as reveste de uma ideologia
profundamente hostil ao progresso econômico e à maioria dos seres humanos…
O impulso geral era claro: os EUA e o mundo deveriam se
mover para acabar com o crescimento populacional e a proteção do meio ambiente
deveria receber uma importância igual ou maior do que a melhoria dos níveis de
vida… O crescimento económico e a tecnologia eram vistos como problemas. (…)
Em síntese, a estratégia hegemónica
do Establishmenet oligárquico visava, basicamente: 1)
transferir o controle dos processos de desenvolvimento, dos Estados nacionais
para entidades supranacionais e não-governamentais, consolidando estruturas de
“governo mundial” (ou “governança global”); 2) erradicar o “vírus do progresso”
entre os estratos educados das sociedades de todo o mundo, com a difusão do
irracionalismo e da descrença nas conquistas científico-tecnológicas como
motores do desenvolvimento; 3) reduzir o crescimento da população mundial; e 4)
controlar uma grande proporção dos recursos naturais do planeta.
Por esses motivos, não admira que a agenda
ambientalista não priorize os grandes problemas ambientais realmente
enfrentados pela maioria da população mundial. Em vez disto, por exemplo, os
“verdes” têm em seu currículo: o banimento do insecticida DDT, responsável pela
preservação de literalmente centenas de milhões de vidas em todo o mundo,
evitando que fossem vitimadas por doenças transmitidas por insectos; o
banimento dos clorofuorcarbonos (CFCs), versáteis produtos químicos que
possibilitaram a popularização da refrigeração e seus incontáveis benefícios;
um atraso de décadas nos usos pacíficos da energia nuclear; a obstaculização de
incontáveis projectos de infra-estrutura energéticos e viários; e outras
façanhas de igual calibre. Enfim, quase invariavelmente, os alvos principais
das suas ruidosas campanhas têm sido elementos que são sinónimo de bem-estar e
progresso, principalmente nos países em desenvolvimento.
Desde as fases iniciais da formação do movimento, o potencial de
utilização dos fenómenos atmosféricos para a sua agenda antidesenvolvimento não
passou despercebido pelos mentores do ambientalismo. Por isso, propostas como estabelecimento de uma
legislação internacional referente aos impactos das atividades humanas na
atmosfera, a criação de um organismo supranacional para implementá-la e a
imposição de custos adicionais na utilização de combustíveis fósseis, como
impostos ou, até mesmo, o estabelecimento de cotas de emissões de CO2, vêm
sendo discutidas há décadas e nada têm de novidades.
Já em 1963, a Fundação Conservação patrocinou uma conferência sobre as “Implicações do
crescente conteúdo de dióxido de carbono da atmosfera”, a qual foi presidida
por Charles David Keeling. O relatório da conferência alertava que a duplicação
do CO2 prevista para o século XXI poderia provocar uma elevação de até 4 ºC nas
temperaturas, o que provocaria o derretimento de geleiras, elevação do nível do
mar, inundação de áreas costeiras e outros problemas cuja descrição se tornaria
lugar comum nos prognósticos catastrofistas sobre o assunto.
Em contraste, no mesmo ano, a Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e Agricultura (FAO) convocou uma conferência em Roma para discutir
os efeitos do “resfriamento global” sobre a produção mundial de alimentos.
O principal especialista ouvido foi o climatologista inglês Hubert H. Lamb,
diretor do Centro de Pesquisas Climáticas da Universidade de East Anglia e um
renomado especialista dos climas do passado (além de opositor da tese
simplista de que o CO2 teria uma influência determinante no clima).
COMENTÁRIOS:
Anónimo 06.12.2019: Haveria muito mais a dizer, mas no essencial
concordo consigo. Vou surripiar e publicar na minha página do FB, com ressalva
para o seu copyright.
António da Cunha Duarte Justo 07.12.2019 : Texto muito
oportuno e um bom motivo de reflexão num tempo em que esta até se evita! De
facto o fomento do relativismo na civilização ocidental tornou-se numa
oportunidade que seus adversários encontraram para a desestabilizar. A opinião
pessoal, à tona de ideologias, tornou-se instância absoluta de interpretação e
determinadora da verdade, à margem da razão. Na confusão reina o caos! Esta é a
hora dos oportunismo. Os servidores do oportunismo andam à solta. A verdade
passou a ser subjugada à perspectiva, ao ponto de vista dos interesses. A
estatística é que orienta. Num tempo em que a regra tem o mesmo valor da
excepção pode-se até prescindir de maiorias e de minorias!...
Henrique Salles da
Fonseca 07.12.2019 Ainda na linha prosaica: JÁ NÃO HÁ
PACHORRA! Abraço, António Alves Caetano
Adriano Lima 07.12.2019 : Fez-me bem ler este texto. Digo-o porque
fui convencido pelos ambientalistas de que estamos num caminho perigoso e de
retorno difícil. A opinião do Dr. Salles aqui expressa vem permitir que a
dúvida ao menos se instale, não direi nas minhas certezas mas no amontoado de
informações que colhi até agora. Hoje é difícil descortinar onde está a
verdade, tal é a quantidade de profetas e boateiros que por aí circulam,
sabe-se lá com que intenções.
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