terça-feira, 9 de maio de 2023

A guerra neste dia


Em tópicos do OBSERVADOR, 8/5/23

Guerra: 1ano e 73  dias

Momentos-chave

Há 3hPrigozhin diz que ainda não viu entrega de novas munições "pessoalmente"

Há 3hAssociated Press e New York Times vencem Pulitzer 2023 por cobertura da guerra

Há 3h1 em cada 5 ucranianos defendem uma negociação com a Rússia para acabar com a guerra

Há 4hPró-russos em Zaporíjia suspendem actividade da central nuclear

Há 4hLukashenko chega a Moscovo

Há 5hNATO "em elevado estado de alerta" após "comportamento perigoso" de avião russo que sobrevoava Mar Negro

Há 6hBombardeamentos russos deixam seis regiões da Ucrânia sem eletricidade

Há 7hUcrânia não acredita que grupo Wagner tenha falta de armas

Há 7hChina deixa aviso a Bruxelas sobre novo pacote de sanções

Há 7hLíder do grupo Wagner diz que mercenários são "novos heróis" da Rússia

Há 8hArmazém da Cruz Vermelha em Odessa destruído por bombas russas

Há 8hPonto de situação: o que aconteceu esta segunda-feira

Há 9hJá terão morrido 100 mil soldados russos na luta por Bakhmut, diz general ucraniano

Há 11hMoscovo acusa Kiev de terrorismo após declarações de chefe da "secreta"

Há 12hGoverno da Turquia afasta-se do programa de sanções contra a Rússia

Há 12hPresidente da Comissão Europeia vai a Kiev reunir-se com Zelensky esta terça-feira

Há 12hUrsula Von der Leyen celebra Dia da Europa em Kiev na terça-feira

Há 14hRússia disparou oito mísseis da era soviética contra Odessa esta noite, revelam ucranianos

Há 16hZelensky: "Terror que a Rússia moderna está a trazer de volta vai ser derrotado tal como o nazismo foi derrotado"

Há 16hGrupo Wagner e líder checheno terão "chantageado" Kremlin para obter mais munições e manter mercenários em Bakhmut

Há 17hAtaque acontece a 24 horas do Dia da Vitória

Há 17hMoscovo ataca Kiev com drones iranianos, dizem militares ucranianos. Queda de destroços provocou 5 feridos

 

Há 11h11:45: João Francisco Gomes:

Presidente da Comissão Europeia vai a Kiev reunir-se com Zelensky esta terça-feira

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vai estar em Kiev esta terça-feira, dia 9 de maio, para “reafirmar o apoio inabalável da UE à Ucrânia”.

A data da visita é simbólica: nos países ocidentais, o dia 8 de maio é comemorado como o dia da vitória aliada sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial e o dia 9 de maio é o Dia da Europa. Já na Rússia, o dia 9 de maio é comemorado como o dia da vitória na Segunda Guerra Mundial, conhecida na Rússia como Grande Guerra Patriótica, e é habitualmente usado por Vladimir Putin para galvanizar o apoio popular, com grandes paradas militares e discursos patrióticos.

Em declarações esta manhã em Bruxelas, o porta-voz da Comissão Europeia Eric Mamer confirmou a viagem de Von der Leyen à Ucrânia para uma reunião com Volodymyr Zelensky e sublinhou a importância da data.

Esta visita vai acontecer no Dia da Europa. Neste contexto, saudamos o anúncio feito pelo Presidente Zelensky de que o dia 9 de maio vai ser a partir de agora celebrado também como o Dia da Europa na Ucrânia”, disse o porta-voz.

Esta segunda-feira, o Presidente ucraniano anunciou que tinha submetido uma proposta ao parlamento para que o dia da vitória sobre os nazis passe a ser celebrado na Ucrânia também no dia 8 de maio — em vez de seguir a tradição do espaço pós-soviético de o celebrar no dia seguinte.

Há 12h11:35

Ursula Von der Leyen celebra Dia da Europa em Kiev na terça-feira

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, visitará na terça-feira a Ucrânia pela quinta vez, para assinalar o Dia da Europa, foi hoje anunciado.

O anúncio da deslocação foi hoje feito pelo porta-voz do executivo comunitário, Eric Mamer, que adiantou que von der Leyen vai reunir-se com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Há 12h10:43 Rádio Observador

"Há uma disputa sobre a memória da 2ª GM"

“É importante recordar que a derrota das forças da Alemanha Nazi não teria sido possível sem a ajuda Ocidental”. A análise do historiador Bruno Cardoso Reis aos últimos avanços da Guerra na Ucrânia.

Ouça aqui o novo episódio do Gabinete de Guerra da Rádio Observador.

Há 14h09:30 João Francisco Gomes 

Rússia disparou oito mísseis da era soviética contra Odessa esta noite, revelam ucranianos

A Rússia lançou um conjunto de mísseis soviéticos contra a cidade ucraniana de Odessa durante a última noite, revelou esta segunda-feira o porta-voz da força aérea ucraniana, Yurii Ihnat, em declarações à imprensa ucraniana e reproduzidas pelo jornal britânico The Guardian.

Segundo Ihnat, cerca de oito mísseis KH-22 foram disparados contra Odessa durante a noite, embora “alguns deles” não tenham atingido os alvos. Trata-se, explicou o porta-voz, de mísseis soviéticos antigos — embora tenham sido usados noutros momentos desta guerra pela Rússia.

Há 15h08 13: João Francisco Gomes:

Zelensky: "Terror que a Rússia moderna está a trazer de volta vai ser derrotado tal como o nazismo foi derrotado"

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu esta segunda-feira que as forças russas vão ser derrotadas tal como as forças nazis foram vencidas na Segunda Guerra Mundial.

“Todo o velho terror que a Rússia moderna está a trazer de volta vai ser derrotado tal como o nazismo foi derrotado”, disse Zelensky numa mensagem em vídeo publicada esta manhã no Telegram.

“Tal como destruídos o terror em conjunto na altura, estamos hoje a destruir um terror semelhante”, acrescentou.

Na mensagem, Zelensky afirmou também que a Ucrânia pretende regressar à “honestidade histórica sem misturas ideológicas” tendo para isso submetido ao Parlamento ucraniano uma proposta de lei para que o dia da vitória sobre o nazismo na Segunda Guerra Mundial passe a ser celebrado na Ucrânia a 8 de maio, como fazem os países ocidentais — e não a 9 de maio, como faz a Rússia.

É no dia 8 de maio que o mundo honra a memória de todos aqueles cujas vidas foram tiradas pela guerra”, diz Zelensky, sublinhando que foi no dia 8 de maio que o acordo de rendição entrou em vigor — embora na União Soviética só tenha sido celebrado no dia seguinte (tradição que se manteve em todos os países do espaço pós-soviético).

“Tal como na altura dependemos da força conjunta das nações livres, também agora lutamos contra o mal juntos com o mundo livre, juntamente com a Europa livre”, disse ainda Zelensky.

As celebrações do dia da vitória na Rússia foram aproveitadas por Vladimir Putin ao longo dos últimos anos para celebrar a sua própria presidência, com grandes paradas militares e discursos patrióticos.

Há 15h07:42: João Francisco Gomes

Grupo Wagner e líder checheno terão "chantageado" Kremlin para obter mais munições e manter mercenários em Bakhmut.

Depois de, no domingo, o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, ter confirmado que já lhe foram prometidas mais munições que lhe permitam manter-se na cidade ucraniana de Bakhmut, o Instituto para o Estudo da Guerra publica uma análise em que considera que o líder do Wagner e o líder da Chechénia, Ramzan Kadyrov, “terão efectivamente chantageado” o Kremlin.

“Kadyrov publicou uma carta, no dia 6 de maio, a pedir ao Presidente russo, Vladimir Putin, que ordenasse ao ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, e ao diretor da Guarda Nacional Russa, Viktor Zolotov, que autorizasse a transferência de unidades chechenas ‘Akhmat’ de ‘outras direções’ para assumir as posições do Wagner na direção de Bakhmut”, escreve o instituto norte-americano, citado pelo The Guardian.

“A carta de Kadyrov para Putin contornou a cadeia de comando da Rússia e a retirada de forças chechenas de outros lugares provavelmente significaria um risco para as linhas defensivas russas”, diz ainda a instituição, salientando que esse era um risco que a liderança militar russa e o próprio Putin “aparentemente não tinham vontade de correr”.

Na semana passada, Yevgeny Prigozhin, o líder do Wagner, uma empresa de mercenários que actuam ao serviço de Moscovo, aumentou a pressão sobre o Kremlin, denunciando a falta de munições e ameaçando abandonar Bakhmut — cidade ucraniana que tem sido mantida sob controlo russo pelos mercenários — caso o Kremlin não fornecesse mais munições.

Prigozhin divulgou também um conjunto de vídeos em que, além de insultar directamente o Kremlin pela falta de apoio militar, mostrou os cadáveres de vários soldados do Grupo Wagner mortos na Ucrânia.

No domingo, Prigozhin anunciou no Telegram que já lhe tinham sido prometidas mais munições e equipamentos militares, sinalizando que o seu protesto tinha dado frutos e que havia condições para o Grupo Wagner continuar em Bakhmut.

Há 16h07:17: João Francisco Gomes

Ataque acontece a 24 horas do Dia da Vitória

O ataque russo surge menos de 24 horas antes do início do Dia da Vitória — as grandes celebrações em que a Rússia assinala a vitória sobre a Alemanha nazi, na Segunda Guerra Mundial, em 1945, conhecida na Rússia como Grande Guerra Patriótica.

O dia da vitória aliada sobre os nazis é comemorado no Ocidente esta segunda-feira, 8 de maio, e na Rússia um dia depois, a 9 de maio — sendo sempre assinalado em Moscovo com paradas militares e discursos patrióticos.

Recentemente, as autoridades pró-russas na Ucrânia admitiram que Kiev poderá lançar uma contraofensiva durante o dia da vitória para “ofuscar” as celebrações em Moscovo.

Há 16h07:04: João Francisco Gomes

Moscovo ataca Kiev com drones iranianos, dizem militares ucranianos. Queda de destroços provocou 5 feridos

Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas esta madrugada na capital da Ucrânia, Kiev, na sequência de uma nova ronda de ataques por parte da Rússia contra o país.

As informações sobre os ataques russos contra Kiev foram comunicadas através do Telegram pelo presidente da câmara da cidade, Vitaliy Klitschko.

O primeiro alerta surgiu perto das 2h00 locais (meia-noite em Lisboa), quando Klitschko comunicou que os destroços de um drone tinham caído no bairro de Sviatoshyn, em Kiev, estando as autoridades ainda a tentar perceber se havia ou não vítimas.

Nos minutos seguintes, o autarca confirmou que cinco pessoas tinham ficado feridas e se encontravam hospitalizadas.

Já por volta das 2h30 locais, Klitschko anunciou que se registavam “explosões na cidade novamente”.

Já passava das 3h00 quando a administração militar de Kiev deu por terminado o alerta na cidade e deu mais detalhes sobre o ataque.

Segundo as autoridades, durante cerca de 3 horas e meia, a Rússia tentou atacar Kiev com drones iranianos disparados de diversas direções, tendo as forças ucranianas já destruído mais de 30 destas aeronaves.

“Como resultado da queda dos destroços, houve danos em casas, estradas e carros na capital”, dizem os militares, sublinhando também que os cinco feridos estão a receber tratamento hospitalar.

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