segunda-feira, 15 de maio de 2023

Romance de um país pobre


Um texto que merece o seu prolongamento através das vastas participações de um povo comentador exasperado - com excepções de gabarito, apreciadores de Isabel Moreira. Texto de uma grande mulherHelena Matos  -  extensos comentários o acompanham. Com o perdão pelo tamanho que o pesadume - pessoal - pelo irrevogável da estupidificação nacional -  justifica.

A religião de Abril

Aprovar a eutanásia é cumprir Abril. Taxar lucros extraordinários é cumprir Abril. Tudo e o seu contrário pode ser cumprir Abril, assim o digam os sacerdotes da Igreja Abril de Todos os Dias. Amém.

HELENA MATOS Colunista do Observador

OBSERVADOR, 14 mai. 2023, 00:22109

Morte assistida confirmada. Legalizá-la também “é cumprir Abril” declarou na Assembleia da República a deputada socialista Isabel Moreira. Quantas vezes nos últimos anos os propósitos mais excêntricos foram justificados por esta invocação de uma fé laica: “Cumprir Abril”?

O que quererá dizer exactamente “Cumprir Abril”? Será cumprir uma rota prévia e superiormente traçada como acontecia no marxismo científico em que a sociedade socialista futura era uma certeza tão incontornável quanto os átomos? Ou uma espécie de destino-fado a que, tal como acontecia com as personagens dos mitos, não conseguiremos escapar? Ou ambas as coisas?

Em primeiro lugar, o óbvio: o golpe de estado de Abril de 1974 não é para aqui visto nem chamado. Em 1974, caso então existisse eutanásia, esta seria mais um crime do Estado Novo que, incapaz de assegurar cuidados de saúde e condições dignas de vida à população, usaria a eutanásia para esconder esses falhanços. (Que exemplos patetas e patéticos não fariam com esta temática os autores dessa sequência mirabolante de Não Podias! em que, mais que celebrar a democracia, a comissão das celebrações do 25 de Abril pretende salvar a imagem dos governantes de hoje através da invenção do passado.)

Fosse qual fosse o lugar da barricada em que se estivesse, aos olhos de 1974 a opção pela eutanásia nunca seria vista como uma conquista ou um direito. (Sim, já sei que a esperança de vida em Portugal era muito inferior e que as questões da sobrevivência não se colocavam nos termos actuais, mas o anacronismo também é válido para quem justifica a aprovação de legislação em 2023 como a consequência de se estar a cumprir Abril).

Em segundo lugar, e mais importante, “cumprir Abril” tornou-se a profissão de fé do credo do progressismo cívico por agora convertido na religião oficial do estado português. Antecipadamente sabemos que havemos de “cumprir Abril” e portanto não interessa quantas vezes rejeitamos aquilo que os sacerdotes da Igreja Abril de Todos os Dias nos anunciam como o futuro, porque o futuro é como eles dizem que vai ser. Nós apenas estamos aqui para cumprir o pré-determinado.

Da eutanásia à regionalização, acabamos invariavelmente vencidos por essa escatologia da História em que a democracia se torna cansaço. Caso nos afastemos dos dogmas, a decisão terá de ser repetida uma e outra vez até que acabemos a aceitar com fatalismo o que tínhamos anteriormente rejeitado por convicção. Ora o contrário não é válido: há 28 anos que a eutanásia se discute em Portugal. Foi sempre rejeitada. Agora que foi aprovada o assunto é dado por encerrado. Ou na versão mais arquetípica: cumpriu-se Abril.

Esta espécie de Livro do Progressismo onde está inscrito o tempo que há-de vir está a levar-nos aos maiores absurdos: no meio do falhanço das medidas gerais, o que ocupa a atenção são os casos particularíssimos e os ainda mais excepcionais dentro dos excepcionalíssimos. E por isso, ao mesmo tempo que se diz que legalizar a eutanásia é cumprir Abril, já se interiorizou o caos nas urgências hospitalares. Ou em que um Governo que assiste à degradação da qualidade da escola pública inventa comissários do género para que as crianças lhes declarem a sua identidade e persegue quem se opõe a esta cruzada. (A propósito, com as escolas a funcionarem irregularmente há meses o que teria sido se a tutela dos filhos do casal Mesquita Guimarães tivesse sido entregue à escola como defendiam os prosélitos da religião da cidadania?)

Mas pior que a habituação ao absurdo são os erros que não se denunciam: ao contrário do que intuo que actualmente sucede com a eutanásia, não duvido que a esmagadora maioria dos portugueses rejeita o que está a acontecer com as crianças nas escolas no âmbito da chamada autodeterminação de género mas cala-se. Então porquê o silêncio? Porque é muito mais difícil ser tratado como herege do que como opositor.

Quando se debatem ideias e projectos está-se entre pessoas que fazem diferentes escolhas. Mas aquilo em que estamos não é isso. O que temos são fiéis de uma religião laica que têm a certeza sobre o que será o futuro e que em cada opinião divergente vêem um empecilho nessa marcha para um paraíso que dizem glorioso.

Por mais impopular que seja escrevê-lo eu não quero cumprir Abril. Eu quero poder escolher.

PS 1. As manifestações dos activistas que alegamente pretendem salvar o clima, o planeta ou ambas as coisas pecam por defeito. Em primeiro lugar, os referidos activistas, em coerência com a exigência que apresentam de que façamos a transição até 2025 para energias renováveis — eles garantem que “está comprovado” que isso é possível —, passam, já no ano de 2023 (eles são apenas uns activistas, não um país inteiro), a deslocar-se prescindindo do fóssil e seus derivados. Logo dizem adeus aos autocarros, automóveis e a todos e quaisquer veículos, eléctricos incluídos, a não ser que possam garantir que a energia dos mesmos é renovável. O mesmo se deve aplicar aos jornalistas-activistas que os entrevistam, também eles imbuídos da fé de que só a perfídia do capitalismo impede que se passe já para as energias renováveis.

Para o fim um pedido aos activistas: na próxima actividade vão amarrar-se aos muros da embaixada da China, em Lisboa. O sítio é bonito e, acrescento eu, aprazível para se ficar amarrado. Como devem saber os incensados activistas, a China não só tem muita prática a lidar com pessoas amarradas como está a aprovar a construção de centrais de carvão ao impressionante ritmo de duas por semana. Estão a perceber: duas por semana! Em 2021, Portugal, esse gigante poluidor mundial, fechou a única central a carvão que tinha em funcionamento. Quanto mais não seja os activistas podem explicar ao senhor embaixador Zhao Bentang que a China pode muito bem seguir o nosso exemplo.

PS 2. Quem tiver seguido as reportagens sobre a preparação dos activistas do “Fim ao fóssil” para a acção em Sines constata que os ditos activistas treinam como “romper bloqueios policiais” e “ser retirado nos braços dos agentes“. Traduzindo, os ditos activistas aprendem a forçar uma intervenção policial para em seguida conseguirem imagens para as televisões e redes sociais. Esta espécie de escola de activismos funciona no antigo quartel da GNR de Cabeço de Bola, em Lisboa. O quartel ficou desactivado e será no futuro dedicado à habitação. Enquanto tal não acontece está devoluto e, como não podia deixar de ser, logo apareceu uma petição em que “cidadãos em várias condições de vulnerabilidade social, como situações de sem abrigo, situações de refúgio, com vários grupos de activistas pelas questões climáticas, questões de género” vieram garantir que aí “coabitam com uma grande e diversa comunidade”. Onde é que a formação em “romper bloqueios policiais” e “ser retirado nos braços dos agentes” entra neste cenário idílico pago por nós é que não estou a perceber.

SOCIALISMO   POLÍTICA    EUTANÁSIA   SAÚDE

COMENTÁRIOS (de 109):

Paulo Morisson: Sempre na mouche Helena Matos. Obrigado                   José Rego: O cancro deste país é o PS. Um partido podre, jacobino, herdeiro da maçonaria e da carbonária da primeira república. Enquanto esse partido não acabar este país não vai conseguir sair deste pântano.                 C. Soares > José Rego: O PS a fazer aquilo que melhor saber fazer: destruir pessoas e sociedade! Agora abrem as portas ao negócio da morte, assistida claro. Se nos hospitais os médicos se recusarem a fazer, terão de abrir clínicas pagas por quem? Pelo estado , leia-se por nós! Clínicas de morte num país onde faltam clínicas de vida...e ninguém acha isto estranho?... Somos pobres e também precisamos de ser estúpidos?                    Domingas Coutinho: De facto a maior preocupação dos militares no dia 25 de Abril era a eutanásia. Que ridícula que é esta gente.              Maria Cordes: Estes prosélitos desta religião, têm pouca espiritualidade. Mentem e inventam sobre o que se passou antes de Abril, com quantos dentes têm na boca. Saberão da luta para conseguir fazer o testamento vital? e ainda pior para o renovar? Levava tempo a contar. O serviço público a que deveríamos ter direito, pela obscena carga fiscal, está a saque, e eles sempre a inventar casos e casinhos. Entretanto fecham as camas de cuidados paliativos. Ao alívio do doente, a pedido, com a consciência intacta, não é necessário dar nomes esquisitos, nem inventar bandeiras. A D. Isabel Moreira volte a pintar as unhas, sff.                   Filipe Costa: Mas esperem um pouco e pensem, se uma consulta de urologia ou cardiologia demora mais de 1 ano, o pedido da eutanásia vai demorar quanto?                    Liberales Semper Erexitque > Filipe Costa: Já não há pedidos de eutanásia, a menos que o doente esteja em tal estado que não possa cometer suicídio com ajuda.                  Carlos Costa > Filipe Costa: Esse vai ser de um dia para o outro. Assim, o governo poupa nas reformas, medicações e afins... É o tal negócio da China.               C. Soares > Carlos Costa: Negócio da China e , provavelmente dos chineses. Estão em força nos lares de idosos, para onde irão encaminhar os "suicidas", de seguida para as suas próximas instalações, ou melhor investimento, as "câmaras de gás"!... E o estado, o Zé Parvinho, paga, claro e bebe mais um copinho para esquecer.                      C. Soares > Filipe Costa: Muito mais rápido! Sofrer para quê se pode morrer já? Já estou a ver os anúncios de marketing. Morrer é mais rápido, gratuito, e sem custo prolongados para o estado. E ainda há quem apoie esta indecência.           Carminda Damiao: Boa definição da religião de Abril. Estas pessoas são obcecadas pela lei da morte. Primeiro o aborto (procurando sempre o alargamento do prazo), agora a eutanásia. Com a ideologia de género irão destruir a vida a muitos jovens. O que mais virá a seguir?                 Liberales Semper Erexitque > Carminda Damiao: A Carminda Damião, uma pessoa tão informada, tão combativa, ainda não percebeu que a eutanásia já saiu praticamente da lei? O mundo está perdido...              C. Soares > Carminda Damiao: Andam obcecados pela morte dos outros, porque eles vão lutar para continuar bem vivos! Os pobres vão para os suicídios! E tem uma boa explicação, foram eles que pediram... coitadinhos, em vez de demorarem 2, 3 ou 4 anos a morrerem de doenças sem assistência médica, vale mais morrerem logo, e pronto consciência limpa...                C. Soares > Liberales Semper Erexitque: O mundo está perdido para uns, os suicidas por falta de assistência médica, e está ganho para aqueles que vão continuar vivos por muitos anos!... à nossa custa. Abre os olhos que é dia!            Liberales Semper Erexitque > C. Soares: Por acaso já não é dia, mas os olhos ainda estão abertos! O senhor Soares parece crer que a medicina é o fim da morte e do sofrimento, e que os médicos são novas encarnações da sua mamã, destinados a fazê-lo regressar ao berço original cuidando de si 24 horas por dia. Está apenas mal informado, e deve pois seguir o seu próprio conselho e "abrir os olhos"!                        C. Soares > Liberales Semper Erexitque: Ou seja em caso de doenças graves: caminhar para a sala da salvação do suicídio assistido, passo a redundância ilógica dos termos! Porque os médicos que tinham como função tratar e curar, passam a ser coveiros porque não podem cuidar de pessoas doentes, essas têm que pedir às suas mamãs? Entendi bem? Hummm...o mundo está realmente perdido.            Liberales Semper Erexitque > C. Soares: Não entende porque não quer entender, mas continua a não ter direito de se meter nas decisões dos outros. Felizmente, esta lei evita que se meta. Vá rezar ao seu deus, e deixe os outros em paz.                     C. Soares: Tudo que só tem explicação pela cegueira ideológica, é justificado: para " cumprir" Abril... Podíamos chamar a isto, sem qualquer tipo de demagogia, a seita do "Cumprir Abril"! Não há seita que não deixe no seu rasto, manipulação, mentiras e falta de valores e respeito pelo ser humano, e esta seita cumpre, de facto, as suas premissas: manipulação, mentiras e falta de valores humanos! Abril foi para isto? Duvido.                     Maria Vilhena: Deixaram-nos entrar, em nome de abril, espalharam-se como polvos. Agora, enquanto tiverem dinheiro distribuem o grosso pelos caciques e dão os rebuçados aos montinhos, para calar aguns insatisfeitos. O resto é fado diz o povo sereno.               Miguel Ramos: A eutanásia é uma questão que enche as medidas das nódoas do PS. É só conversa, não muda nada e ocupa o tempo de antena.                     Liberales Semper Erexitque > Miguel Ramos: A julgar pela campanha promovida pela ICAR, sem assumir, a possibilidade da morte assistida muda alguma coisa! Para mim muda de certeza, posso vir a pedi-la um dia, e não iria ser nenhum deus a impedir-me.               C. Soares > Miguel Ramos: Põe a bandeira da eutanásia á frente dos cuidados de saúde, uma para ofuscar a outra! Afinal o que é mais importante, acabar com a vida ou ajudar as pessoas a viver?                  C. Soares > Liberales Semper Erexitque: Se nem temos um SNS decente... resolveram matar em vez de investirem na saúde das pessoas. Isto é cumprir Abril? Só hipocrisia e demagogia barata para o Zé Parvinho, num país onde se consome mais álcool no mundo! Onde tudo vale porque o QI deste povo está no mínimo!                Carminda Damiao > Liberales Semper Erexitque: Acho melhor inscrever-se já para a eutanásia, porque se o sistema funcionar tão bem como para as consultas, pode ter de esperar vários anos após o pedido.                   Liberales Semper Erexitque > C. Soares: SNS mais ou menos decentes, mais ou menos álcool, o que quiser alegar, as pessoas continuarão todas a morrer.                   Liberales Semper Erexitque > Carminda Damiao: Cara Carminda Damião, confesso que gostaria de que não houvesse nenhum "sistema", e que deixassem as pessoas e os médicos que estão de acordo com a morte assistida organizarem-se para prestar essa ajuda, longe do Estado. O mesmo deveria acontecer para o aborto, ser feito apenas por pessoas que não têm pruridos de consciência, e pago pelas clientes. A ver vamos o que acontece desta vez... Os precedentes são péssimos, concordo. Nem no caso do aborto, nem no da ajuda à morte, é possível esperar mais do que alguns dias. É o que nos vale!                    C. Soares > Liberales Semper Erexitque: Então para que serve a eutanásia, se morrer é uma inevitabilidade? A lógica não seria apostar em manter a vida? Suicídio assistido, ou não, também sempre existiu... até há pouco tempo, a tendência para o suicídio era considerado uma doença mental, agora é uma opção! Sintomologia da nossa sociedade?               Liberales Semper Erexitque > C. Soares: Recuso-me a falar sobre o que não está quase na lei, ou seja, a eutanásia. O suicídio assistido, que é o que ficou na lei, serve para abreviar a morte por decisão do moribundo (ou doente incurável em grande sofrimento), o que tem a grande vantagem de evitar uma agonia e o seu sofrimento, isso para quem assim escolher. Mas qual tendência para o suicídio qual quê, ainda se dá ao desplante de gozar com quem está à beira da morte certa? Se calhar os animais que hoje beneficiam de uma eutanásia têm "tendências suicidas"... Não há limites para a aldrabice papófila.                   C. Soares > Liberales Semper Erexitque: Demagogia? Maior que chamar a isso suicídio assistido? Alguma vez o suicídio é assistido? Suicídio é cometido pelo próprio. O resto é homicídio... digamos, no limite, morte assistida, ou seja: eutanásia. As questões de semântica não são assuntos menores, são pertinentes.                     António Reis: Tudo isto é de uma estupidez absoluta!! Será que ninguém consegue impor um mínimo de bom senso e sentido do ridículo nesta meia dúzia de meninós mimados?                JOHN MARTINS: Com este artigo, de HM, sempre actual, da realidade portuguesa, cada vez mais, me leva, à conclusão, que é necessário retomar o Portugal adiado do tempo de Cavaco Silva; tanto no plano económico como na vertente social. Basta de marxismo ignorante, que os governos socialistas nos têm impingido ao longo dos últimos trinta anos. O próximo governo, para além de ter que ser reformista, precisa de ser, sobretudo, REVOGADOR, da insanidade da agenda marxista levada acabo por este desgoverno, abusador de ABRIL!!!                    Alexandre Barreira:  Pois. Está lindo...está. Uns dizem MATA. Outros dizem ESFOLA....!                  José Miranda: O 25 de Abril é um fracasso... Esta é a realidade que muitos têm medo de afirmar.                Liberales Semper Erexitque > José Miranda: Porque quem quiser terminar a sua vida sem passar horrores o vai poder fazer, como na atrasada e fracassada Suíça?               José Miranda > Liberales Semper Erexitque: Sim, também. Mas refiro-me especialmente à realidade económica e social. Depois da vinda de170 000 000 000 € daUE e com uma dívida de 250 000 000 000€, estamos neste estado miserável. Já que falou na Suíça e na eutanásia, respondo-lhe que não é só viver bem que define um país. Para os liberais, talvez.               Liberales Semper Erexitque > José Miranda: A dívida pública já é maior do que diz! O dinheiro que recebemos da CEE/UE não pode ser visto como alguma dádiva, e também pagamos para a CEE/UE, logo a partir de 1986. A magna questão da dívida pública não é apenas portuguesa, é até bastante geral. Põe-se seriamente neste exacto momento a questão de os EUA irem falhar pagamentos, incluindo dos encargos da sua dívida pública, comparável à de Portugal. De qualquer forma, quem conhecer os números não pode deixar de concluir que o 26 de Abril é globalmente um semi-fracasso económico para o país, coisa que não é nova - o Estado Novo também deixou muito a desejar. A solução não parece ser o Estado, mas sim a saída do Estado.             José Miranda > Liberales Semper Erexitque: Sim, o problema da dívida não é só Português. Só que a maioria dos outros grandes devedores não têm 45% da população em situação de pobreza.                Liberales Semper Erexitque > José Miranda: Há muitas maneiras de medir a pobreza. A julgar pela onda actual de mendicidade em Lisboa, não está a melhorar. De resto, sabemos que a melhor maneira de criar mais pobres é subsidiá-los. Não vai nada, deixe-se de dramas. A eutanásia já caiu, quase só sobrou a ajuda ao suicídio, e para doentes terminais ou em grande sofrimento irreversível. Deixe-se de demagogia, a que temos já Chega e sobra!        André Fernandes: Como sempre… excelente!               José Ramos: Helena Matos, eu estou tão farto desta canalhagem ignóbil, impreparada, incoerente, semi-analfabeta e totalitária, que nem sei o que hei-de "comentar". Estou farto! Quando houver um número, um enorme número, de gente tão farta como eu, mas muito menos civilizada, não sei onde estes "coninhas" se vão esconder.                  Liberales Semper Erexitque > José Ramos: Acho que estamos todos um "poucochinho" fartos! Eu digo que o guterrismo é uma política que é praticada com anestesia (€€€) do paciente. O inconveniente é que um dia o paciente acorda, quando já não há anestésico para lhe dar, e descobre que não andou a ser bem tratado... Claro que o Sparta sabe bem disso e há muito tempo, mas olhe que muitos tugas não sabem!              António Reis > José Ramos: Exactamente!!             José Ramos > Liberales Semper Erexitque: Mas desde o período da "anastesia", também conhecido como "o Pântano", passámos pelo período "de Tanga", e, salvo o período do resgate, continuamos na mesa de operações. São mais de 20 anos e, realmente, estou farto e não é"poucochinho". Confesso, no entanto, que o que mais me irritou foi a parte dos "post scriptum". Mas que raio de mundo este no qual os doidos saíram do manicómio! E mandam! Li, há bocado, a deputada Moreira a queixar-se de "tersofrido bullying nos corredores do Parlamento". Mas por acaso estamos a ser "representados" por crianças do pré-primário?! Desculpe o desabafo e saudações, Kamarada.                     Liberales Semper Erexitque > José Ramos: São criaturas muito sensíveis as que andam por aí como essa que se queixa de bullying, mas claro, se for em inglês soa sempre bem! Para onde julgaria ela que ia quando se dedicou à política, para o coro infantil?  Os post scriptums da Helena Matos são sumarentos, são! Sabe que em França os agricultores correm o risco de ser agredidos se usarem pesticidas ou se cometerem outros pecados como esse?                 João Eduardo Gata: Todos os "Sacerdotes de Abril" têm algo em comum: a sua ignorância, a sua mediocridade intelectual, e a sua venalidade, no sentido de que se vendem por um qualquer tacho. São 4             C. Soares > Liberales Semper Erexitque: Pois, passam horrores porque não há assistência médica, as pessoas passam dias em filas á espera de consultas, em vez disso põem uma seta para a sala da eutanásia e o povo vai todo contente! Isto é surreal!               Liberales Semper Erexitque > C. Soares: gente inútil na sua maioria, que têm que ser arredados de qualquer lugar com responsabilidade política, económica e social.                   Liberales Semper Erexitque: Hoje salvam-se os P.S. (post scriptums!), o artigo em si é absurdo, logo para começar porque a eutanásia caiu na versão final da lei que irá enfim entrar em vigor, e insistir na palavra é demagogia barata. Entristece-me, sinceramente, ver Helena Matos a participar em demagogia barata.                    Ricardo Dias: A obsessão geral dos governantes e de alguns Portugueses com o 25 de Abril poderia simplesmente corresponder a uma clara e deliberada tentativa de limpar a história de alguns capítulos bem negros, como o estúpido e desorganizado abandono das ex-colónias sem qualquer respeito pelos cidadãos que ali viviam muitas vezes havia gerações. Mas, infelizmente, não é só isto. Esta coisa do "cumprir Abril" faz parte integrante do catecismo ideológico socialista, onde tudo é justificável, não porque faça sentido, não porque seja mais produtivo, ou mais barato, ou mais humano. Não, na lógica deformada do socialismo medíocre que nos caracteriza, o que interessa, é a ideologia. Como diz a Helena, e bem, essa religião estranha que se adopta como princípio de tudo. E quando faltarem justificações que acaso não venham no dito catecismo, então vamos "cumprir Abril". Tristeza de governantes. Porque é que deixámos que a escumalha do país se pusesse a governar? Sim, a escumalha, é o que são para mim. Enojam-me com as suas mentiras e incompetência totais. Vergonha.           Tiago Manso: Brilhante. Tal como a HM: "Eu não quero cumprir Abril. Eu quero poder escolher."!         Pedro de Freitas Leal: Helena, sempre igual a si própria. Obrigado por mais esta reflexão. É importante o que diz e como o diz. Bem haja!             Ediberto Abreu: Comparar a lei da eutanásia  a uma conquista de Abril, é um acto ridículo, só possível saído da cabeça avariada de Isabel Moreira. Eu que não suporto os dislates da esquerda caviar sou pela eutanásia porque continuo a pensar que cada pessoa deverá ter a liberdade se dar ou não ao sofrimento (do próprio e dos que mais quer).                  Fernando Alves: Haja (ainda) alguma lucidez neste país! Obrigado, Helena Matos               Vítor Prata: Mais um óptimo texto de HM. E a de Isabel, filha de A Moreira, ser a "sacerdotiza da Igreja Abril de Todos os Dias" é excelente. Caso para dizer que a filha nada aprendeu com a sabedoria do Pai.                   Joaquim Rodrigues: E, no entanto, há um Abril que está por cumprir! Não nos podemos esquecer que, durante décadas, em ditadura, vivemos num país que só tinha dois lados: o salazarismo (no poder) e o comunismo (na oposição). Em Portugal, durante décadas, salazaristas e comunistas, cada um à sua maneira, tudo fizeram para abafar qualquer voz “livre” que se manifestasse. Salazar e Cunhal, farinha do mesmo saco, cresceram juntos, um como contraponto do outro, mas unidos por uma visão totalitária, Estatista e Centralista, da economia e do Estado e pelo ódio à liberdade, à democracia, à livre iniciativa privada, ao mercado e à concorrência. O ódio que ambos cultivavam e que os seus afilhados e herdeiros continuam a cultivar contra o “mercado”, decorria e decorre do facto de “não o poderem controlar” quando se respeita a “livre iniciativa privada”, a igualdade de oportunidades e a “justa, sã e leal concorrência”. O ataque ao mercado e à livre iniciativa privada, que hoje une os herdeiros e afilhados de salazar/cunhal, está patente na atitude que têm em relação às Taps, Ppps, Aeroportos, Ferrovias, arrendamento urbano, cmecs, mini-hídricas, eólicas, Scuts, Agências Regulatórias, PRRs, “bombas de hidrogénio”,etc., etc.”, tudo negócios de “compadres” garantidos pelos contribuintes. Os temas ditos "fracturantes" são apenas "corruptores de mentes" e "faits-divers" para distrair os "indígenas" do essencial. Quando os herdeiros e afilhados de salazar/cunhal defendiam a TAP pública e o esbulho dos contribuintes para a sustentar, esse era o “tónico” de que o Costa precisava, para se sentir legitimado, contra qualquer voz dissonante que ele logo rotulava de “ultra- neo- liberal”. O “grande conluio ideológico”, forjado após o 25 de Abril foi sendo ajustado, refinado e formalizado, por iteracções sucessivas, desde o PREC, passando pelo 25 de Novembro, pelo PCC (Processo Constitucional em Curso), até à aprovação da Constituição,  à medida que se ia reorganizando uma nova “oligarquia” de interesses montados à volta do Estado, dos poderes de Estado e do Orçamento de Estado, inspirada nos grupos económicos salazarentos, (nascidos e criados com a protecção do Estado, alguns entretanto reciclados), nos tecnocratas Marcelistas Keynesianos e na aristocracia operária e intelectual cunhalista. Foi já após esse processo de formalização das linhas gerais do grande “conluio ideológico Estatista e Centralista” que, Sá Carneiro, fez o verdadeiro diagnóstico da situação do País e, quando começava a ter as condições e poder para desmontar esse conluio, pretendendo a criação de uma verdadeira “Democracia Liberal” através da liberalização da economia e da descentralização do Estado, que foi assassinado. Os temas ditos fracturantes têm apenas como objectivo dar a entender aos "indígenas" que esse conluio não existe e que afinal há Abril e há Março, há esquerda e direita. Os actuais “oligarcas das Cortes de Lisboa” adoram é Iniciativa Pública, PPPs, SCUTs, TAPs, Hubs Aeroportuários, Monopólios de Estado, Monopólios Protegidos ou outorgados pelo Estado, bitolas “ibéricas” na ferrovia que os protejam da concorrência internacional e “Elefantes Brancos” (a que pomposamente chamam projectos "estratégicos" ou "estruturantes") que lhes assegurem “rendas garantidas” pelos contribuintes por muitos e bons anos. Fogem do “mercado” das “regras de mercado e da concorrência” como o “diabo da cruz”. São eles os verdadeiros responsáveis pela estagnação e sub-desenvolvimento do País, pela falta de mobilidade social, pela falta de igualdade de oportunidades, pela miséria a que o povo é condenado e pela cada vez mais acentuada “macrocefalia” de Lisboa, o seu “Habitat Natural”, estatista e centralista, sem o qual não sobrevivem. Esse sim! É o Abril que está por cumprir.  Vamos ter que lutar pela verdadeira democracia, pela Democracia Liberal, em Portugal.                Antonio Marques Mendes: O episódio da eutanásia revelou sobretudo a cobardia de Marcelo. Uma semana depois de ter sido humilhado pelo Costa devia ter respondido a esta humilhação da AR decretando a sua dissolução obrigando os partidos a disputar umas eleições com o tema central da eutanásia. Veríamos os resultados do sentimento popular. Triste país com tais dirigentes.         Ricardo Dias > Antonio Marques Mendes: 100% de razão. Já deviam estar na rua há meses.                    Pedro Campos: Invocar " Cumprir Abril" para justificar a eutanásia é intelectualmente miserável, proveniente de uma mente doentia!                João Ramos > Pedro Campos: Se calhar até tem razão “cumprir Abril” é dar cabo de quem vive…                    Censurado sem razão > Pedro Campos: Provém de uma mente socialista. Também concordo que é miserável e doentia, mas o povo, para não perder o subsídio vota sempre nestas mentes abjectas. Continuem a votar PS.               João Ramos: Quem votou a favor da eutanásia deviam de ser todos eutanisados, lhes garanto que o país ficaria muito melhor…                    Ediberto Abreu > João Ramos: Eu espero ser, se estiver em sofrimento, claro. Portanto já tem aqui um candidato...                 José Miranda > Ediberto Abreu: Que ridículo medo do sofrimento! Já sofreu mesmo a sério? Querer morrer devido ao sofrimento, que ainda não tem, é prova de não amar nem ser amado.              João Ramos: Isabel Moreira, uma coisa é certa, ela é completamente parva e é a prova provada que os bons genes também produzem aberrações destas… só podia estar no partido socialista!!!                    Maria Soares: Muito bom!           TIM DO Á: Aumentar os impostos é cumprir Abril. Empobrecer o povo é cumprir Abril. Destruir o SNS é cumprir Abril. Destruir a agricultura, as pescas e a indústria é cumprir Abril. Destruir a justiça é cumprir Abril. Corrupção é cumprir Abril. Elites ricas e povo pobre é cumprir Abril. Nepotismo é cumprir Abril. Invasão do país por asiáticos é cumprir Abril. Delito de opinião e pensamento único obrigatório é cumprir Abril. Nova censura é cumprir Abril. Ideologia do género, promoção da homossexualidade e destruição da família é cumprir Abril. Soltar os bandidos é cumprir Abril. Dar privilégios às minorias prejudicando o mérito e discriminando negativamente a maioria é cumprir Abril, etc... Chega!                Censurado sem razão > TIM DO Á: Mas o meu amigo ainda não sabe que quem destruiu a agricultura, as pescas e a indústria foi o Cavaco? Vamos lá ser exactos. Aí, aí!                 TIM DO Á > Censurado sem razão: Cavaco também é Abril.                      TIM DO Á > Censurado sem razão: Na indústria, quem está a dar o golpe de misericórdia é o PS com a bitola ibérica na ferrovia, negando a bitola europeia. Na agricultura, a burocracia do PS e o ataque dos ignorantes burgueses auto-intitulados defensores dos animais do PS e PAN está a matar o pouco que resta dos pobres dos agricultores portugueses. O PS só se preocupa com as elites urbanas de Lisboa; o resto é para abater. Também a burocracia do PS está a dar cabo do pouco que resta das pescas. O PS quer, como na Venezuela, um povo pobre e dependente e agradecido pelas esmolas dadas pelas elites socialistas. Tudo a depender do Estado, como na ex-URSS. Mas com as elites e suas famílias ricas. Chega!                      Joaquim Lopes: Isabel Moreira sofre de problemas psiquiátricos, ódio em cada intervenção na AR, sem nexo, uma psicose com picos de agressividade cada vez mais intensas, está mal com o mundo, vivendo numa bolha, como Costa, o PS onde está, deveria se tivesse coragem, mudar-se para o BE, mas aí decerto poderia fazer perigar o emprego e o sustento, envergonha a memória do pai. O PS é hoje um partido neomarxista gramsciano e woke, sem causas e sem estratégia para o país, seria melhor, ser governado por duodécimos, vivemos numa ditadura comunista coma ajuda dos corruptos media, subsidiados, TVI/CNN, RTP, SIC/Balsemão decrépito de corpo e espírito, CM, JN e DN, todos falidos , todos subsidiados, como a comunista LUSA, são a censura mil vezes pior que a do Estado Novo.               Ricardo Dias > Joaquim Lopes: Bem dito!                  José Miranda > Joaquim Lopes: Eu penso que o problema da Isabel Moreira é ser mal amada. Dantes dizia-se o mesmo, mas em vernáculo.               C. Soares > José Miranda: De qualquer modo o cabecilha da seita é o dr Costas, o que dizer dele, enquanto homem? Em vernáculo, já agora?... Dá para imaginar, se é isso a que se está a referir enquanto mulher... Não acha essas analogias desnecessárias? Vejo nessa sua análise uma evidência de um machismo arrasador! Poupe-nos! Já basta a seita de abril, não é necessário a seita do "mal amados", certo?                       José Miranda > C. Soares: Que sensível! Não sabe que tb. há os mal amados? A censura do politicamente correcto em clara evidência.                       C. Soares > José Miranda: Eu diria, que insensível! Será que essa sua insensibilidade não revela um ser também mal amado? Já agora...poderia pensar nisso?                       José Miranda > C. Soares: Está enganado. Já agora, pergunto se não é o seu caso.                      Maria Madeira: Mais um excelente artigo.                Amigo do Camolas: Quando chove nos hospitais públicos; quando pessoas esperam anos para ser atendidas por um médico; quando os burocratas especialistas mandam as pessoas ficar em casa para salvar o SNS; quando a nossa civilização está em ruínas e a vida cotidiana é um horror miserável, eles esperam que estejamos prontos para morrer. Mate os idosos em situação critica. Depois os deficientes. E depois as crianças. Os progressistas dirão que é um acto de misericórdia e idealismo corajoso. Ou pior: "cumprir Abril" Só que a verdade da Eutanásia, não importa quem é a favor ou contra, é que ao não ser referendada passa a ser uma grande mentira dos nossos "democratas cumpridores de Abril" - mais uma. E quando o governo não pára de dizer que nunca se enfiou tanto dinheiro e tanto pessoal no SNS como agora e os problemas continuam precisamente os mesmos mas para pior, a população só pode concluir que impor a Eutanásia sem ouvir a população é apenas um motivo para racionalizar a escassez de recursos e a negação de atendimento. E se Isabel Moreira acha que andar como uma carraça durante tantos anos no parlamento a tentar impor a Eutanásia até conseguir é cumprir Abril, realmente estava bem melhor a pintar as unhas no parlamento. Disso sim, ela pode-se gabar.                    João Floriano: Excelente como sempre. Não me alongarei sobre a questão da eutanásia, porque é um assunto sério , sensivel , fracturante , doloroso para ser tratado em duas linhas de comentário. Já basta o entusiasmo despropositado de Isabel Moreira ao anunciar que se cumpriu Abril, quando o momento requer um recato e uma sensibilidade muito longe das convicções dogmáticas desta deputada, exemplo que uma boa árvore pode dar fruta azeda, de má qualidade. Cumprir Abril ornou-se mesmo uma religião e à maneira antiga , quando não havia liberdade de religião e as dissidências eram severamente punidas, muitas vezes com a própria vida. Cumprir Abril é um culto dogmático, intolerante, que não admite contrariedades e interrogações sobre a boa nova que anunciam. E há muitas boas novas sobretudo na questão do género, da educação, dos assuntos ligados ao LGBTI+, na leveza com que o assunto da eutanásia tem sido tratado, esta semana nas proibições que serão feitas a partir de outubro aos fumadores, o que não deixa de ser curioso porque não sei quantos acidentes na estrada ou crimes por violência doméstica e não só, são causados por fumadores, em comparação com os protagonizados por gente embriagada ou consumidora de estupefacientes. Como não fumador, incomoda-me quem fume junto de mim , mas proibir nunca será o melhor caminho, embora seja muito mais fácil que educar através de campanhas, na escola, na CS. Estas últimas muito mais direccionadas para a divulgação da nova Igreja do que para o interesse dos portugueses. Voltando novamente a esta religião, ela destina-se sobretudo ao acolhimento de acéfalos e à sua replicação. O Parlamento é a sua Igreja tanto no sentido doutrinário como no sentido físico. É certo e sabido que quando todo o resto falha nos voltamos para a religião.Cumprir abril não foge à regra. Com o PS e a esquerda tudo está a falhar. Crie-se então um novo culto. E por que não Cumprir o 25 de Novembro? PS: O activismo pelo clima é mais uma palhaçada nas muitas que diariamente nos animam os dias, que de outro modo seriam de cinzentismo. Aqueles jovens que por ali andam a perturbar a ordem pública, a importunar quem trabalha e a fazer tristes figuras com discursos decorados e papagueados sem qualquer significado, estão a ser patrocinados e retiram proveitos do activismo. Quando o dinheirito dos patrocinadores se acabar acaba a palhaçada. Eu por mim deixá-los-ia acorrentados ao gradeamento do consulado até serem recebidos pelo Xi Jinping em carne e osso. Também não tenho qualquer simpatia pelos chineses.                       Maria Fernanda Louro > João Floriano: Bom dia caro Floriano, Abril é tudo o que um Homem quiser. Em Abril águas de mil; Abril molhado, ano abastado e se não chove em Abril, perde o lavrador couro e quadril. No fundo Abril é chuva, água é vida e nada melhor do que celebrar a eutanásia como uma homenagem à vida invocando Abril. Trocadilhos à parte, ouvi no outro dia num programa da Rádio Observador um comentário muito interessante; nem Marcelo nem Montenegro deram alguma vez a sua opinião sobre a eutanásia, ou seja, na verdade ninguém sabe se são a favor ou se são contra. Como é um tema fracturante não se quiseram meter em sarilhos, e assim não perdem popularidade para um dos lados. Mas, como o tema é importante para os socialistas, Marcelo e Montenegro fazem política com a eutanásia. O cinismo habitual da direita fofinha que quer o poder pelo poder e não tem coragem para se declarar. Eu sou contra, e não é por isso que deixo de apoiar a IL, todavia, deixaria se a IL abandonasse as suas ideias fundamentais apenas pelo poder. A Isabel Moreira defende Abril como o vínculo para uma sociedade perfeita, mas, uma sociedade perfeita à imagem dela. Assim como qualquer outro abrileiro defende abril como o caminho para um dos seus objectivos políticos ou sociais, de preferência estapafúrdios. Os ambientalistas soldados aos portões defendem Abril, o genro eletricista de Jerónimo Sousa defende Abril, os Okupas da propriedade dos outros defendem Abril, a Alexandra Reis defende Abril, Sócrates defende Abril e o Frederico defende Abril, agora ainda mais depois do PS o sossegar com um cargo na RTP África para ir caçar javalis. Abril é tudo o que um Homem desejar, apesar de neste caso Abril ter sido tudo menos chuva que era aquilo que eu desejava. Já para Salazar o seu Abril que haveria de chegar era o vinculo para carregar os bolsos de oiro aqueles que pouco ou nada fizeram para o merecer, daí que ele disse: - "No dia em que eu abandonar o poder, quem voltar os meus bolsos do avesso só encontrará pó.“ Resumindo Abril pode ser tudo aquilo que um Homem quiser, todavia, depois de Abril vem Maio onde se costuma dizer: Guarda para Maio o teu melhor saio.                         João Floriano > Fernando Cascais: «Não há mês mais irritado do que Abril zangado» Parece-me de longe o melhor exemplo para definir Abril, não o meteorológico mas o político. Andamos todos zangados uns com os outros. Pensamos todos que nós é que estamos certos e os outros errados e contra mim falo. Cada vez nos fracturamos mais e procurar consensos é um luxo e uma raridade. Aqui nos conduziu o caminho do politicamente correcto.              Diogo Sousa: Parabéns pela coragem do que escreve! Sim acredito que a maioria não quer a eutanásia, mas quer serviços paliativos e continuados, coisa que não há! E, isso sim, vamos precisar todos e a grande maioria no final da nossa vida para morrer com dignidade! Em relação aos activistas, um grupo de garotos de esquerda que podiam ir viver para uma das democracias de esquerda existentes na China ou na Coreia do Norte. E muito gostaria de ver que gadgets eles têm.                   bento guerra: Esta,que até parece inteligente, também está preocupada com a eutanásia agora "suicidio assistido"Tretas de aldeia     Manuel Joao Borges: Muito bom. Aos activistas mandem nos quinze dias para África para viverem com uma tribo africana para verem o que custa a vida                  Luis Ferreira: Extraordinário texto. Com pérolas pelo meio do ouro, como a Igreja Abril de Todos os Dias. "Eu quero poder escolher". É exactamente disso, da liberdade, que se trata. Fantástico também o Post-Scriptum acerca do activismo destes do "clima". Um artigo a guardar. Esta é uma mulher livre.             Barroso Gonçalves: As duas linhas de comentário tornaram-se um grande comentário, não no tamanho mas sim na qualidade. Está aberta a época da inquisição desta nova doutrina, só falta acenderem as fogueiras. O ódio que se vê estampado nas intervenções da Isabel Moreira é a antítese das intervenções do Pai dela onde se espelhava o amor à Humanidade. Que Deus nos defenda desta corja!          Fernando Cascais > João Floriano: Eu sou a favor da eutanásia, mas acho abominável a provocação associada a essa impensável associação ao 25 de abril. Se há assunto que, para além de eventual diferença de preponderância do tipo de crença pessoal nos diversos partidos, não tem nada de ideologia política é este, nem tão pouco a ver com a liberdade ou falta dela. O que acontece é que esta esquerda está a radicalizar-se e a tornar-se cada vez mais agressiva.                  Américo Silva: A Helena Matos quer poder escolher, ninguém a impede, e quer impedir aos outros a escolha numa decisão, que ao contrário do aborto, só os implica a eles. A minha vizinha acha que eu sou o ser vivo mais parecido com o seu cão, e não é pouca consideração, procurou-me lavada em lágrimas: - O Kiko está internado sem esperança, a soro e analgésico, se fosse você queria ser eutanasiado, ou voltar para morrer em casa? - Eu queria sofrer o menos possível. - Já sei o que vou fazer, obrigado.                fernando soares > Américo Silva: percebe-se o motivo de ela julgar q é o ser vivo mais parecido com o cão          Ediberto Abreu > fernando soares: Não me diga que o cão foi criado pelo demo?                  Lily Lx: Este país, nas mãos do pê ésse está perdido.                  Pontifex Maximus: Para mim, verdadeiramente salvar Abril é correr com este Partido Socialista do poder quanto antes. E não falo metaforicamente, digo que na realidade é assim. E se o não fizermos em tempo útil, teremos um regime à moda antiga, diga a Europa o que disser.                      Nuno Borges: Cumprir Abril é dar força ao SNS, tão atacado pela concorrência dos privados, aprovando a eutanásia para diminuir as listas de espera.         Maria Tubucci: É triste, HM, “Cumprir Abril”, é destruir os meses seguintes. É doutrinar a ignorância às crianças, é expulsar a juventude e o conhecimento para além-fronteiras, é hipotecar o futuro com dívida estratosférica, é exterminar os mais fracos, é atacar a propriedade privada, é atacar a liberdade de opinião, é escravizar todos os restantes para servirem o socialismo. Foi para isto que serviu a religião de Abril? Se foi, Eu que não estive lá, Eu não a quero.                   Carlos Quartel: Acontece que a autora refere uma das poucas dissidências nessa religião abrileira. O PC não vai muito em conversar eutanásicas, que me parece ser mais um cocktail semi azedo, uma caldeirada de novoriquismo pseudo progressivo, de alguns ricaços que , mesmo na morte, querem bilhete de primeira classe, mais umas pitadas de LGBT, tudo embrulhado em estalinismo e maoismo (os grandes especialistas em eutanásia). Para cabal esclarecimento consultar o Sampaio da Nóvoa, grande sacerdote da religião, tendo mesmo sido candidato a PR com o exclusivo programa de "cumprir Abril".                  Alexandre Barreira: Pois. Oito deputados do PSD. Votaram a favor. É esta a oposição. Que temos....!              Nuno Borges > Alexandre Barreira: O PSD é um partido de esquerda.               Maria Clotilde Osório: Top              Cisca Impllit: Não nos deixemos vencer pelo cansaço!                    Vitor Batista: Mas o conselho da revolução não incluiu a Eutanásia no seu programa eleitoral. Mentiram aos Portugueses, e quando houver um governo de direita,é favor reverter esta aberração.            Maria Eduarda Vaz Serra: Onde estão os activistas a clamar contra a poluição que a invasão da Ucrânia feita pela Rússia está a causar? Tantas bombas que causam de certeza alterações no clima, tantos prédios destruídos? A agenda climática é de esquerda só para aterrorizar e manipular a seu belo prazer.               Nuno Borges > Maria Eduarda Vaz Serra: a esquerda continua a ser financiada por Moscovo invasão???? qual invasão???                   José Vaz > Maria Eduarda Vaz Serra: Concordo em absoluto. Belo nome Vaz.               José Fernandes: A eutanásia não constava do programa do MFA!                C. Soares > José Fernandes: Foi o PREC, aliás É o PREC!                 GateKeeper: Bom texto cara HM. Dele, para além de reter algumas  verdades que já  "circulam" no meu pensamento há mais de 35 anos, "ficaram" algumas palavras para "remoer" o 'breakfast" Domingueiro :CANSAÇO RELIGIÃO MARXISTA EUTANÁSIA  O que caracteriza mais este período miserável da nossa vida como Portugueses, nados, criados e residentes neste actual circo nunca "ambulante" é a opressão/sufoco que sofremos a toda a hora, desta "gente menor", egoísta, cobarde e sem "espinha dorsal". Vivem para adorar um "presépio diabólico", no qual 3 reis magos fake, finos e supostamente 'ladinos' [ António Costa, MRdeS e o famigerado "caceteiro" SS] se podem dar ao "de luxe" de, respaldando-se num 'infinito número tuga' de "matraquilhos, espantalhos, cretinos e cobardolas, nos considerarem carne pagante para o seu 'canhão'. O termo "donos disto tudo" aplica-se na perfeição a este trio miserável. Para quem já  viveu tantas e diferentes tiranias, tiranos e "advogados/das do Diabo, Marx, Trostsky, Lenine, Estaline e de Mao, desde 1974 que o nosso pensamento "deriva" sempre à volta do mesmo : Só tivemos, na realidade, 2 Pres. da República. Só tivemos, no meio de tanta "porcaria" , de facto, 2 PM's. O resto são "cantigas d'Abril", "tugas em adoração" e muita 'gente' a "ver a tv em casa". Com o "advento do VAL [ virtual & artificial Lord] a "coisa Lusa" ainda ficou PIOR. Narcisos/as e corruptos/as abundam. Estadistas e servidores da nossa  res pública "" não nos há ". Ei-la a neo-igreja de Deus na Terra!!                    Maria Paula Silva: Obrigada HM! Excelente. Se calhar falta mesmo cumprir Abril. Porque está tudo por fazer :) Quanto aos activistas adorei a sua prosa e repito o que lhes tenho dito "larguem as escolas e ocupem o Parlamento". A Embaixada da China é uma ideia esplêndida :) Quanto às energias verdes e a China, que desarboriza e desfloresta África e não só, são milhares de troncos que seguem diariamente para a China para alimentar as centrais de biomassa (incrível, não é?), deixo aqui o link para um documentário muito interessante e que se chama "O Lado Negro das Energias Verdes" . Recomendo que quem não o tenha visto, veja, vale a pena!               Maria Paula Silva > Maria Paula Silva: "O Lado Negro das Energias Verdes"vimeo.com/475654691 Maria Liz > Maria Paula Silva: E  "O planeta dos Humanos" para reforço.  https://youtu.be/Zk11vI-7czE Maria Paula Silva > Maria Liz: Sim, sim, boa adenda :)                   Ricardo Dias > Maria Paula Silva: Lamento informar mas este documentário, embora diga algumas verdades, está cheio de informações incompletas, e mesmo falsas. Por exemplo, dando a ideia de que a grafite é um elemento raro. Por exemplo, exagerando enormemente a quantidade de metais raros como o neodímio e o cobalto nos motores e nas baterias. E ainda, tentando fazer crer que as baterias que se fabricavam há dez anos, são iguais às baterias que são fabricadas hoje. Isto é falso e é perigoso. As energias renováveis não são perfeitas e os carros eléctricos não são perfeitos. Mas são infinitamente melhores que a alternativa. Não me vou alongar mais no comentário, mas posso dizer que só quem não sabe como o petróleo é extraído, transformado, transportado, distribuído e consumido (igual com carvão), é que pode achar que as energias verdes são piores. Não me espantaria que este documentário tivesse sido pago pela industria fóssil.                  Maria Paula Silva > Ricardo Dias: A sério?! grata pelas suas informações. Presumo que tenha visto todo o documentário. Se sim, o que me diz sobre a exploração do lítio mostrada no video? é que, a ser verdade, o que a China está a fazer parece um enorme crime ambiental. Pode esclarecer-me um pouco mais, por favor? Obrigada.

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