Já Nuno Rogeiro tinha referido a tal questão de boicote floral ao embaixador russo, no programa “Guerra Fria” de hoje, muito centrado na manifestação russa, nos seus tímidos festejos da vitória sobre a Alemanha de Hitler, e no discurso de vitimização de Putin, "inocente" na questão ucraniana, que N. R. e José Milhazes convenientemente exploram, e hoje com especial “textura” crítica adequada. Gostei de rever o caso polaco no OBSERVADOR, só não caricato porque implicativo de tanta tragédia monstruosa.
Varsóvia. Mortos, prédios destruídos e poças de sangue no caminho do
embaixador russo
Protesto
incluía centenas de bandeiras e cruzes ucranianas que serviam como lápides
simbólicas para ucranianos mortos por russos durante a guerra. Moscovo acusou
Varsóvia de saber do plano.
OBSERVADOR, 09
mai. 2023, 22:40
Manifestantes e uma instalação
representando as atrocidades russas na Ucrânia bloquearam esta terça-feira o
caminho do embaixador da Rússia na Polónia enquanto tentava colocar uma coroa
de flores num memorial aos soldados soviéticos em Varsóvia.
O Ministério das Relações Exteriores
da Rússia criticou a Polónia sobre o incidente, dizendo que o governo de
Varsóvia foi informado com antecedência sobre o plano do embaixador de visitar
o cemitério e o memorial do Exército Vermelho e que não agiu para garantir que
pudesse prestar homenagens no memorial.
Em comunicado, o ministério disse que o incidente
demonstra “a duplicidade da política de Varsóvia em
avaliar os eventos da Segunda Guerra Mundial e tentar esquecer o papel da nação
russa no salvamento dos países europeus escravizados pela Alemanha nazista”, e anunciou que o incidente “não ficará sem uma reacção adequada”.
A instalação em Varsóvia incluía
centenas de bandeiras e cruzes ucranianas azuis e amarelas que serviam como
lápides simbólicas para ucranianos mortos por russos durante a guerra lançada
por Moscovo no ano passado.
Uma
poça de sangue falso debaixo das cruzes sublinhava a mensagem do protesto,
apresentado pela Euromaidan-Warszawa, uma iniciativa de cidadãos que apoia a
Ucrânia.
A organizadora Viktoria Pogrebniak disse que a instalação tinha como
objectivo lutar contra a propaganda russa e “mostrar a imagem real ao mundo”, e
que o embaixador e outros diplomatas russos teriam que passar por cima dos
simbólicos cadáveres de ucranianos se quisessem chegar ao memorial.
A Polónia derrubou o comunismo
apoiado por Moscovo em 1989, sendo hoje um aliado da Ucrânia, fornecendo armas
a Kiev e dando refúgio a ucranianos.
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