quarta-feira, 10 de maio de 2023

Uma lição polaca


Já Nuno Rogeiro tinha referido a tal questão de boicote floral ao embaixador russo, no programa “Guerra Fria” de hoje, muito centrado na manifestação russa, nos seus tímidos festejos da vitória sobre a Alemanha de Hitler, e no discurso de vitimização de Putin, "inocente" na questão ucraniana, que N. R. e José Milhazes convenientemente exploram, e hoje com especial “textura” crítica adequada. Gostei de rever o caso polaco no OBSERVADOR, só não caricato porque implicativo de tanta tragédia monstruosa.

Varsóvia. Mortos, prédios destruídos e poças de sangue no caminho do embaixador russo

Protesto incluía centenas de bandeiras e cruzes ucranianas que serviam como lápides simbólicas para ucranianos mortos por russos durante a guerra. Moscovo acusou Varsóvia de saber do plano.

AGÊNCIA LUSA: Texto

OBSERVADOR, 09 mai. 2023, 22:40

Manifestantes e uma instalação representando as atrocidades russas na Ucrânia bloquearam esta terça-feira o caminho do embaixador da Rússia na Polónia enquanto tentava colocar uma coroa de flores num memorial aos soldados soviéticos em Varsóvia.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia criticou a Polónia sobre o incidente, dizendo que o governo de Varsóvia foi informado com antecedência sobre o plano do embaixador de visitar o cemitério e o memorial do Exército Vermelho e que não agiu para garantir que pudesse prestar homenagens no memorial.

Em comunicado, o ministério disse que o incidente demonstra a duplicidade da política de Varsóvia em avaliar os eventos da Segunda Guerra Mundial e tentar esquecer o papel da nação russa no salvamento dos países europeus escravizados pela Alemanha nazista”, e anunciou que o incidente “não ficará sem uma reacção adequada”.

A instalação em Varsóvia incluía centenas de bandeiras e cruzes ucranianas azuis e amarelas que serviam como lápides simbólicas para ucranianos mortos por russos durante a guerra lançada por Moscovo no ano passado.

Uma poça de sangue falso debaixo das cruzes sublinhava a mensagem do protesto, apresentado pela Euromaidan-Warszawa, uma iniciativa de cidadãos que apoia a Ucrânia.

A organizadora Viktoria Pogrebniak disse que a instalação tinha como objectivo lutar contra a propaganda russa e “mostrar a imagem real ao mundo”, e que o embaixador e outros diplomatas russos teriam que passar por cima dos simbólicos cadáveres de ucranianos se quisessem chegar ao memorial.

A Polónia derrubou o comunismo apoiado por Moscovo em 1989, sendo hoje um aliado da Ucrânia, fornecendo armas a Kiev e dando refúgio a ucranianos.

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